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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Aos 25 anos, o escritor Guilherme Junqueira lança seu terceiro livro, Intrigas Augustas


Com estilo direto e corrosivo de escrever, o jovem autor situa os três contos que recheiam o livro na madrugada paulistana. Livro está sendo vendido na Livraria Cultura
Depois de “Suicida Rock’nRoll” (2010) e “O Evangelho Segundo a Carne” (2011), Junqueira traz para sua terceira publicação da carreira 3 protagonistas femininas que vivem dilemas aos 27 anos. “Intrigas Augustas” é uma espécie de trilogia dos 27 anos, com mulheres que flertam com a morte e a ideia de perderem a vida antes dos 28, assim como tantos ídolos do rock como Janis Joplin, Curt Cobain e Jim Morrison. As histórias foram inspiradas nas noites e madrugadas de São Paulo, com foco específico no Baixo Augusta. As três histórias do livro, que o próprio autor define como sendo histórias de vício, crime e paixão, revelam o submundo da condição humana.
A primeira história do livro “Monalisa Underwear” já foi encenada sob a direção do próprio autor, cumpriu temporada no Teatro Cemitério dos Automóveis em abril e maio deste ano. A trama é de um escritor boêmio, que escreve sobre as mulheres que sai e nunca se apaixona, até conhecer a misteriosa Mona Hard, cantora junkie de uma banda. Os outros dois contos também devem ganhar suas versões para o palco em breve. “Black Vomit Blues”, que narra um inusitado encontro entre Bárbara Camille, uma mocinha careta e Beliel, que se apresenta como se fosse o próprio diabo e oferece à protagonista uma longa noite de loucuras na Rua Augusta.
No último conto “A Morte Sorriu Pra Mim”, a protagonista do conto se chama Celine Satã, e é uma atriz underground morta de overdose na noite do seu aniversário. Celine volta do além para assombrar seu melhor amigo, um cartunista homossexual. “Escrever sobre garotas é um exercício de observação. Elas são mais profundas, abrem um leque maior para sentimentos e reações. Fechei três histórias e aconteceu de todas terem 27 anos. Convivo com muita gente nessa fase e é difícil”, disse o autor. As principais inspirações dramatúrgicas para Junqueira vão das tragédias gregas a Nelson Rodrigues, Harold Pinter e Plínio Marcos. Suas personagens enfrentam as situações mais absurdas com muita naturalidade, bem como acontece com as heroínas de Pedro Almodóvar.
A escritora Adriana Zapparoli na apresentação do livro descreve o estilo de Junqueira da seguinte forma:
“O autor possui um estilo direto e forte e descreve de forma verossímil a degradação humana. Poética que conta a paixão, o amor, o sexo, as relações turbulentas, as drogas e o calvário do subemprego, transformando a matéria do cotidiano em arte e poesia com alto teor (..) Geralmente, a violência de sua linguagem oculta uma ternura sem piedade pelos predadores e pelos excluídos mais atormentados. Seus personagens mergulham na excitação frenética, na insanidade corrosiva das noites mormacentas e irrompem nas manhãs da névoa poluída de São Paulo em memórias que fundem o hilário ao melancólico.”
Sobre o autor
Guilherme Junqueira tem 25 anos, estudou artes cênicas no Conservatório Dramático Carlos de Campos de Tatuí, sua cidade natal. Desde 2007 Junqueira  vive em São Paulo, cidade que escolheu para exercer seu trabalho. O jovem atua em diversas frentes culturais, já publicou romances, no áudio visual já dirigiu e escreveu roteiros para curta metragens, participando de festivais de cinema alternativo. Além disso, mantém uma carreira de desenhista expondo seu trabalho em clubes noturnos e fazendo flyers para bandas de rock do baixo-augusta.  Em “MonalisaUnderwear” estreou também como diretor de teatro.
Junqueira integra a Companhia Cemitério dos Automóveis e seu livro pode ser facilmente encontrado na vitrine do teatro fundado e dirigido por Mário Bortolotto – de quem ganhou o apelido de Sugar, em referência ao pugilista Sugar Ray Leonard, já que o Junqueira pratica boxe como lazer.

Formato: Livro
Idioma: PORTUGUES
Editora: LUMME EDITOR
R$ 27,00
Livraria Cultura

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