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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Duas Musas da MPB em maio pelo Projeto Sons da Nova Ana Canãs e Isabella Taviani

Teatro Bradesco - Endereço: Shopping Bourbon São Paulo - Rua Turiassu, - Piso Perdizes, 2100 - Perdizes 
Tom Jazz- Av Angélica, , 2331 - Santa Cecília, São Paulo - SP

Ingresso: http://www.ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=33362

Comédia "QUE PAPEL MISERÁVEL!!" Com Loló Névves


Sesi-SP apresenta InteligênciaPontoCom, com Denise Fraga e Tata Amaral | 22 de abril, às 20h


VII Festibero celebra 25 anos do Memorial da América Latina com Eva Wilma, artista homenageada








Eva Wilma, artista homenageada, apresenta-se com o espetáculo Azul Resplendor.
VII Festibero - Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo, que reúne 15 espetáculos (de palco e de rua), oficinas e mesas redondas, será realizado no Memorial da América Latinaentre os dias 22 e 27 de abril.O festival promove uma grande festa teatral como parte das comemorações do aniversário de 25 anos do Memorial. A atriz Eva Wilma e o ator Paulo Goulart (1933-2014), falecido recentemente, serão homenageados no evento, respectivamente, nos dias 22 (às 20 horas) e 24 (às 21 horas). A programação pode ser conferida no site www.memorial.org.br. Todas as atividades têm entrada franca                                                                                                                                    

Esta edição do Festibero traz uma programação eclética com montagens que levam à cena autores clássicos e contemporâneos, espetáculos com estéticas diversas que transitam entre a linguagem tradicional e a de vanguarda. Além de produções nacionais, seis países são representados: Portugal (Aos Nossos Filhos, com Maria de Medeiros e Laura Castro), Espanha (Decameron, de Cándido Pazó), Argentina (Como Arenas Entre Lãs Manos, com Ana María Cores), Bolívia (Y Si Te Canto Canciones de Amor, com a Cia. Tucura Cunumi), Paraguai (Emiliano, com Fábio Chamorro) e México (A Vivir,  de Odin Dupeyron).

As montagens brasileiras que participam do Festibero são: Azul Resplendor (com Eva Wilma), Genet: o Poeta Ladrão (direção Sérgio Ferrara), Dentro é o Lugar Longe (com a Trupe Sinhá Zózima), Polvos Poéticos (com o Grupo Sensus), Marias da Luz (com As Graças),Cabeça de Papelão (com a Cia. da Revista), Borandá (com Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes), O Fiscal Federal (com Teatro Experimental do Sesc do Amazonas) e Relampião (com a Cia. do Miolo e Cia. Paulicéia).

O VII Festibero tem Curadoria do gestor e produtor cultural Efren Colombani, do dramaturgo e diretor teatral Guilherme Bonfin e do ator e diretor teatral Luiz Amorim , parceria com a SP Escola de Teatro, na realização de palestras e oficina, numa produção da Associação São Pedro Pró-Cultura. Segundo o coordenador geral do Festival, Luis Avelima, “o intuito do Festival é mostrar a diversidade cultural e mapear a produção contemporânea das artes cênicas, além de traçar um paralelo entre a produção dos países da América Latina, Portugal e Espanha”.

Festibero – Abertura - homenagens

O evento de abertura do VII Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo tem apresentação do espetáculo Azul Resplendor. Concebido por Eduardo Adrianzén e dirigido por Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas, a peça tem Eva Wilma no elenco, ao lado de Renato Borgh, Dalton Vich e outros. A atriz - uma das mais importantes referências da dramaturgia brasileira e que completa 60 anos de carreira neste ano - será homenageada no festival. Azul Resplendor é uma obra que faz homenagem ao universo teatral.

O ator Paulo Goulart , falecido no dia 13 março, que também será homenageado durante o evento, teve a carreira marcada pela atuação na televisão. Mas também participou de históricas montagens teatrais e filmes de grande repercussão 

Serviço
VII Festibero – Festival Ibero Americano de Teatro de São Paulo
De 22 a 27 de abril – terça-feira a domingo
Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664. Barra Funda/SP
Metrô: Estação Barra Funda. Tel.: (11) 3823-4600
Ingressos: Grátis. Bilheteria: a partir das 14h. Recomendado p/ maiores de 12 anos
Atividades a partir das 17 horas
Entrada: Portão 12. Estacionamentos: Portões 4 e 15 (R$ 10,00 ); Portão 8 (R$ 7,50 +  R$ 1,50 por hora adicional)
Programação completa no www.memorial.org.br

PROGRAMAÇÃO - VII Festibero

22 de abril – terça-feira

·         20h – Praça da Sombra / Lona Principal
Abertura com homenagem à Eva Wilma
Peça - BRASIL - Azul Resplendor
Duração: 90 min. Gênero: Comédia dramática. Classificação: 12 anos. 700 lugares
Ficha técnica: Texto: Eduardo Adrianzén. Direção: Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas. Elenco: Eva Wilma, Renato Borghi, Guilherme Weber, Luciana Borghi, Luciana Brites e Felipe Guerra.

23 de abril – quarta-feira

·         14h às 18h – SP Escola de Teatro
Workshop: O Som No Teatro – Criação e Técnica
Com Raul Teixeira e Tiago de Mello
Local: SP Escola de Teatro. End: Praça Franklin Roosevelt, 210
Duração: 4h. Vagas: 20. Inscrições até 21/4 pelo osomnoteatro@spescolateatro.org.br.
Os interessados receberão confirmação de inscrição no dia 22/4.

·         19h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - ARGENTINA - Como Arena Entre las Manos
Duração: 70 min. Gênero: Drama. Classificação: 12 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Texto: Pablo Mascareño. Direção: Herminia Jensezian. Interpretação: Ana María Cores.

·         20h – Praça da Sombra
Intervenção poética - BRASIL - Polvos Poéticos
Com o Grupo Sensus. Criação e direção: Thereza Piffer
Classificação: Livre. Duração: 60 min

·         21h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça BRASIL - O Fiscal Federal
Duração: 70 min. Genro: Comédia. Classificação: 12 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Com TESC - Teatro Experimental do Sesc do Amazonas. Texto: Márcio Souza (inspirado em O Inspetor Geral , de Nicolai Gogol). Direção: Márcio Souza. Elenco: Robson Ney Costa, Carla Menezes, Daniely Peinado, Emerson Nascimento e Dimas Mendonça.

24 de abril – quinta-feira

·         19h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - BOLÍVIA - Y si Te Canto Canciones de Amor
Duração: 90 min - Gênero: comédia - Classificação: 14 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Com Cia. Artística Tucura Cunumi. Texto: Dino Armas. Direção: Yovinca Arredondo Justiniano. Elenco: Diego Paesano e Janaina Prates.

·         20h – Praça da Sombra
Intervenção poética - BRASIL - Polvos Poéticos
Com o Grupo Sensus. Criação e direção: Thereza Piffer
Classificação: Livre. Duração: 60 min

  • 20h45 - Praça da Sombra / Lona Principal
Homenagem ao ator Paulo Goulart (1933-2014).

  • 21h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - BRASIL – Genet: o Poeta Ladrão
Duração: 80 min - Gênero: Drama - Classificação: 18 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Texto: Zen Salles - baseado na obra de Jean Genet. Direção: Sérgio Ferrara. Elenco: Ricardo Gelli, Fransérgio Araújo, Nicolas Trevijano, Rogério Brito, Felipe Palhares, Ralph Maizza, Gabrielle Lopez, Jhe Oliveira, Magno Argolo, Tiago Stechinni e Bruno Bianchi.

25 de abril – sexta-feira

·         19h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - ESPANHA - Decameron
Duração: 80 min - Gênero: comédia - Classificação: 14 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Adaptação da obra de Boccaccio: Cándido Pazó. Direção e narração: Cándido Pazó
Composição e direção musical: Manuel Riveiro.

·         20h – Praça da Sombra
Intervenção poética - BRASIL - Polvos Poéticos
Com o Grupo Sensus. Criação e direção: Thereza Piffer
Classificação: Livre. Duração: 60 min

·         21h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - BRASIL - Cabeça de Papelão
Duração: 70 min - Gênero: Comédia musical - Classificação: 14 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Com Cia. da Revista. Dramaturgia: Ana Roxo. Direção: Kleber Montanheiro. Elenco: Adriano Merlini, Bruna Longo, Daniela Flor, Gabriela Segato, Heloisa Maria, Luiza Torres, Natália Quadros, Paulo Vasconcelos, Pedro Bacellar e Pedro Henrique Carneiro.

26 de abril – sábado

·         18h – Auditório da Biblioteca Victor Civita
Mesa de discussão - O Teatro Brasileiro Contemporâneo
Por SP Escola de Teatro
Palestrantes: Alexandre Dal Farra e Soraya Belusi. Mediador: Valmir Santos
Duração: 60 min. Lotação: 150 lugares

·         17h – Em frente ao Auditório Simon Bolívar
Teatro de rua - BRASIL - Dentro é Lugar Longe
Duração: 90 min - Gênero: Drama - Classificação: 14 anos. Lotação: 28 lugares
Ficha técnica: Com Trupe Sinhá Zózima. Dramaturgia: Rudinei Borges. Direção: Anderson Maurício. Elenco: Alessandra Della Santa, Junior Docini, Maria Alencar, Priscila Reis e Tatiane Lustoza.

  • 18h  Praça da Sombra
Teatro de rua - BRASIL - Relampião
Duração: 60 min – Gênero: Comédia - Classificação: Livre
Ficha técnica: Direção: Alexandre Kavanji. Direção de atores: Renata Lemes. Dramaturgia: Solange Dias. Elenco: Aysha Nascimento, Antonia Mattos, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Flávio Rodrigues, Francisco Gaspar e Harley Nóbrega.

·         19h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - PARAGUAI - Emiliano
Duração: 60 min - Gênero: Drama - Classificação: 14 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Criação e interpretação: Fabio Chamorro. Colaboração na dramaturgia: Gabriela Zuccolillo, Edith Correa e Aida Risso.

·         20h – Praça da Sombra
Intervenção poética - BRASIL - Polvos Poéticos
Com o Grupo Sensus. Criação e direção: Thereza Piffer
Classificação: Livre. Duração: 60 min

·         21h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - BRASIL - Borandá
Duração: 100 min - Gênero: Comédia – Classificação: 12 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Com Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes. Texto: Luís Alberto de Abreu. Direção: Ednaldo Freire. Elenco: Mirthes Nogueira, Aiman Hammoud, Carlos Mira e Fábio Takeo.

 

27 de abril – domingo

 

·         17h – Auditório da Biblioteca Victor Civita
Mesa de Discussões - O Teatro Latino-Americano Contemporâneo
Por SP Escola de Teatro
Palestrantes: Beto Benites e Alexandre Mate. Mediadora: Silvana Garcia
Duração: 75 min. Lotação: 150 lugares

·         17h – Praça da Sombra
Teatro de rua - BRASIL - Marias da Luz
Duração: 60 min – Gênero: Comédia Grama. Classificação: Livre.
Ficha Técnica: Com As Graças. Dramaturgia: Daniela Schitini e Nereu Afonso da Silva (em colaboração com o grupo, a partir de depoimentos e histórias de frequentadores do Parque da Luz). Direção artística: André Carreira. Elenco: Eliana Bolanho, Juliana Gontijo, Daniela Schitini e Vera Abbud.

  • 18h – Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - MÉXICO – A Vivir
Duração: 1h20 - Gênero: Drama - Classificação: 12 anos – Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Roteiro e direção: Odin Dupeyron. Interpretação: Odin Dupeyron.

·         20h  Praça da Sombra / Lona Principal
Peça - PORTUGAL - Aos Nossos Filhos
Duração: 90 min - Gênero: Drama - Classificação: 14 anos. Lotação: 700 lugares
Ficha técnica: Texto: Laura Castro. Direção: João das Neves. Elenco: Maria de Medeiros e Laura Castro.

Programação completa no www.memorial.org.br

Assessoria de imprensa: VERBENA Comunicação

Eliane Verbena / Deborah Zanette
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

GRANDE FESTA " DIVA" em São Paulo dia 26 de abril

 DIA 26 DE ABRIL
*Os Ingressos antecipados já estão à venda
Locais de venda:Vendas Antecipadas: somente em dinheiro
CHILLI BEANS- Shopping Frei Caneca- Tel: 3545-4566
TIRRENOS V.MADALENA- Rua Harmonia,472- Tel: 4324-6267
ESPETO DE BAMBU- Rua Hadddock Lobo,71 - Tel:3256-5852
*Compre seu ingresso antecipado da Festa Diva.também pelowww.ticketfacil.com.br 

Local da FESTA DIVA GRAND METRÓPOLE Av: São Luis,187- Centro, SP
Informações: 3868-9944
www.grandmetropole.com.br

Depois do Festival de Curitiba, Rózà estreia na Casa do Povo, no Bom Retiro, dia 18 de abril

O público é convidado a entrar em uma instalação cenográfica que reproduz a casa e a prisão onde Rosa passou parte de sua vida. Na montagem, as atrizes cantam e tocam como uma banda de rock. Entre as imagens gravadas na Berlim de hoje (ela viajaram para a Alemanha especialmente para filmar para a peça), textos políticos e discursos de Rosa Luxemburgo.Adaptação foi feita por meio de improvisações, trechos das cartas de Rosa, incluindo até partes da troca de correspondência entre integrante do grupo de punk feminista russo Pussy Riot e o filósofo esloveno Slavoj ŽižekPolonesa naturalizada alemã, Rosa era judia, militante cosmopolita, oradora e antimilitarista. Foi brutalmente assassinada em 1919, poucos dias após deixar a prisão e assumir a linha de frente da revolução alemã.

De temperamento caloroso e apaixonado, a polonesa naturalizada alemã Rosa Luxemburgo (1871-1919) -  uma das principais revolucionárias do século 19, defensora intransigente da democracia - é a centelha projetada pelo espetáculo Rózàpara tratar das Rosas de todos os tempos. Com direção e adaptação de Martha Kiss Perrone e Joana Levi, a peça estreiadia 18 de abril, sexta-feira, às 20 horas, na Casa do Povo, no Bom Retiro, depois de participar do Festival de Teatro de Curitiba.

O espaço, fundado em 1949 por judeus provenientes da Europa Oriental, vive atualmente processo de retomada de suas atividades, com iniciativas ligadas à cultura contemporânea, se reinventando como um local de experimentação para a cidade de São Paulo. A temporada acontece entre os dias 18 de Abril e 11 de Maio de 2014 as sextas, sábados e domingos às 20h.

Com idealização, co-direção e coordenação de dramaturgia de Martha Kiss Perrone, pesquisa e colaboração dramatúrgica de Roberto Taddei, o espetáculo traz no elenco Lowri Evans, Lucia Bronstein e a própria Martha Kiss Perrone. Renato Bolelli assina a instalação coreográfica, enquanto Dani Porto é responsável pelos figurinos.

Boa parte das cartas e discursos de Rosa Luxemburgo que estão no espetáculo são inéditas no teatro. Em 2011, pela primeira vez no Brasil, foi publicada uma coletânea de cartas de Rosa Luxemburgo, traduzidas dos originais em polonês e alemão e organizadas por Isabel Loureiro.

“Como nossa pesquisa começou antes do lançamento da primeira publicação no Brasil, as primeiras cartas que entramos em contato foram traduzidas por Martha Kiss Perrone do francês, a partir de uma edição chamada Cartas de Prisão que influenciou muitas gerações de militantes durante décadas”, explica Martha.

Para dar vida às cartas escritas por Rosa Luxemburgo durante o período em que esteve nas prisões alemãs do começo do século 20, a encenação de Rózà une diferentes recursos dramatúrgicos – teatro, vídeo, música e performance. Por isso, as diretoras e atrizes definem o espetáculo como multimídia, que une artistas de diferentes áreas para encenar as palavras poéticas e políticas de Rosa.

Suas cartas são interpretadas por três atrizes diferentes e trazidas ao público por meio da palavra, do vídeo e da música na busca de uma relação sutil e particular entre o momento histórico e o contemporâneo. A ação acontece em uma instalação cenográfica de madeira e plásticos, como uma tenda, inspirada nas Cosmococas (série de obras de Hélio Oiticica e Neville d´Almeida - 1973). Este espaço reproduz a prisão e a casa de Rosa, onde o publico - em uma relação intimista com as atrizes - é convidado a entrar.

A encenação
A montagem apresenta a RÓZÀ BAND, formada pelas atrizes Lowri Evans, Lucia Bronstein na guitarra e no baixo e o diretor de som Edson Secco na bateria. Além da banda tocando ao vivo, são usadas bases eletrônicas para pontuar os sons de prisão. “A trilha musical inclui peças de outros compositores contemporâneos. A cantora Ligiana Costa interpreta a canção composta por ela e inspirada no assassinato de Rosa Luxemburgo.

Os vídeos e músicas são também recursos de dramatúrgicos no espetáculo. As imagens são projetadas nas paredes e muros da prisão de Rosa como se fossem situações externas, imaginadas ou sonhadas por Rosa. “Procuramos um encontro do gesto de Rózà com a projeção, o vídeo como uma camada visual de nossa personagem.

Durante o processo de criação e improvisação nos ensaios, as cenas foram construídas em conjunto com o vídeo e a música, o que fez com que o espetáculo se tornasse também uma experiência sensorial”, afirma Martha Kiss Perrone, que viajou comMarilia Scharlach, diretora de fotografia, e Lowri Evans para Berlim por 15 dias, especialmente para filmar cenas que são projetadas no espetáculo.

Veja teaser da filmagem em Berlim - https://vimeo.com/89511717 “Procuramos um encontro do gesto de Rosa com a projeção, o vídeo como uma camada visual de nossa personagem.

A montagem coloca passado histórico e o presente juntos, questões contemporâneas em permanente conflito. Mesclando documentário e ficção, as imagens entram no espetáculo como situações paralelas da vida de Rosa na cidade, fazendo referência à metrópole atual.

São projetadas paisagens urbanas, e jardins que Rosa frequentou, além de entrevistas e leituras de cartas gravadas pelas próprias atrizes. “A fronteira dessas linguagens geraram as imagens e cenas do espetáculo, criado principalmente a partir de improvisações e proposições das interpretes”, fala Martha Kiss.  

“Os figurinos de cada Rózà evocam arquétipos de diferentes mulheres fortes de ontem e hoje. Nos inspiramos na época de Rosa Luxemburgo quando usamos vestidos longos, mas também em cantoras pop da atualidade, como as roqueiras do Pussy Riot. A iluminação é baseada em luzes brancas, retroprojetores e a própria luz das projeções.”

Improvisações e Pussy Riot
O processo de criação de Rózà passou por muitas fases. “Mergulhamos no universo de Luxemburgo, tendo como base suas cartas. Esta escolha nos conduziu por um caminho híbrido, tanto em termos temáticos quanto de linguagem, nos deparamos com um discurso ao mesmo tempo íntimo e público, literário e performático, apaixonado e sanguinário, imagético e extremamente sensorial. Rosa como ela mesma diz é “uma terra de possibilidades ilimitadas. Tamanha potência contaminou nossas mentes, corpos e corações exigindo que a cena rompesse os limites da linguagem teatral”, explica Joana Levi.

A adaptação das cartas se desenvolveu em duas etapas: primeiro por meio de improvisações e proposições das próprias atrizes durante os ensaios iniciais. “As palavras de Rosa foram transformadas em imagens, ações e músicas”, explica Martha Kiss. “Descobrimos, assim, como transpor as palavras desta mulher (da virada do século XIX) para as nossas próprias palavras e questões.

Em seguida, em um trabalho mais textual, chegamos a uma síntese de cada carta e criamos encontros de diferentes cartas em uma mesma cena. Usamos também alguns trechos de uma carta de Nadezhda, integrante do grupo de punk rock feminista russo Pussy Riot (que encena, performances de provocação política), para o filósofo teórico crítico esloveno Slavoj Žižek(professor da European Graduate School), escrita em 2013, período em que esteve presa.”

Para a atriz e co-diretora Martha, “Rózà é uma peça sobre a paixão de Rosa, conhecida como Rosa, a vermelha, mas também sobre a mulher de hoje e do agora que, como ela mesma diz, não tem medo e quer tudo. Nas cartas deixadas por ela, e editadas muitos anos depois, estão as questões que queremos encenar: as paixões e os sonhos de ontem e hoje”.

“Como resposta à multiplicidade de Rosa, criamos uma estrutura que reúne teatro, performance, artes visuais e música. As cartas de Rosa foram ‘traduzidas’ em ação, imagem, som e palavra. Nosso texto é composto por meio destes suportes, que se articulam formando uma língua híbrida e pessoal, como a que encontramos nas cartas de Rosa. A dramaturgia é resultado deste tecido feito de corpo-som-imagem, criando uma estrutura que se desenvolve como uma espécie de máquina do desejo”, complete Joana Levi.

Passado e presente
Em 2009, a diretora Martha Kiss Perrone – que também atua, ao lado de Lowri Evans e Lucia Bronstein - fez estágio durante um ano no Théâtre du Soleil, em Paris, onde acompanhou o processo de criação do último espetáculo do grupo, Os Náufragos da Louca Esperança. Durante os ensaios, a partir de uma questão que Ariane Mnouschkine (diretora do Théâtre du Soleil ) fez sobre mulheres militantes do início do século, Martha começou a pesquisar sobre Rosa Luxemburgo da qual já tinha lido uma biografia.

De volta ao Brasil, Martha entrou em contato com as cartas da prisão, “que são documentos humanos e poéticos impressionantes” e teve a ideia de fazer um espetáculo a partir das cartas de Rosa, que reunisse artistas de diferentes áreas como cinema, música e performance.

“A figura de Rosa na peça congrega várias Rosas: a Rosa que viveu no fim do século 19 e começo do 20 e as Rosas que vivem hoje. Sobre a nossa perspectiva, a Rosa é também contemporânea em um mundo onde vidas e lutas se fundem. Começamos os ensaios com o desejo que o espetáculo fosse resultado do encontro entre as atrizes e as cartas deixadas por Rosa.”

Martha continua: “Partimos da seguinte pergunta: como a figura da Rosa nos atravessa hoje? Resgatar a figura desta mulher para nossos corpos de hoje. Curiosamente quando fomos para Berlim, em junho de 2013, para filmar cenas para a peça, a Rosa nos apareceu no Brasil durante as manifestações de junho”.

Marta comenta que, “a cada momento de revolta, em todo canto do mundo sem dúvida nos traz o espectro de Rosa, o seu fogo revolucionário. E este espectro de Rosa está pairando sobre tantas manifestações pelo mundo, diante de tantos ativistas presos como ela. Em seu ultimo artigo, horas antes de ser assassinada, Rosa nos deu uma pista quando diz: “Eu fui, eu sou, eu serei”.

Para o dramaturgo Roberto Taddei, nas cartas de Rosa Luxemburgo é possível ver claramente uma intenção literária. “Ela procura sempre trazer o leitor da carta (um amigo, um parente, um amante) para dentro de um universo específico. Assim, há uma preocupação de recriar o estado emocional ou de descrever o ambiente em que ela se encontra, geralmente utilizando exemplos literários ou construções literárias intensas”.

Taddei enfatiza a relação de Rosa com a literatura, com Tolstoi, Goethe e os poetas românticos alemães. De acordo com o diretor, “trabalhar com as cartas significou, principalmente, encontrar essa mulher que parecia muito mais espontânea, complexa e rica nesses registros epistolares do que nos ensaios críticos. A partir das cartas, foi possível também entender um movimento mais amplo na vida da Rosa, desde os anos de juventude e formação até às vésperas de sua morte, e com isso entender melhor a riqueza dela.”

Roberto Taddei completa que “foi muito satisfatório, revelador e emocionante perceber os paralelos entre o caminho pessoal da Rosa e os conflitos sociais que continuam a provocar comoções populares em grande parte do mundo ainda hoje. Encontrar esses pontos de conexão nas cartas pessoais nos indicava que ali, mais do que em qualquer outro lugar, estava a verdadeira Rosa, a potência do legado humanista e revolucionário da Rosa Luxemburgo”.

Sobre Rosa Luxemburgo
Judia, militante cosmopolita, oradora famosa e antimilitarista, foi brutalmente assassinada em 1919, poucos dias após deixar a prisão e assumir a linha de frente da revolução alemã. Era capaz de conquistar todos que se aproximassem dela sem preconceitos, intimidando, entretanto, aqueles que não se sentiam à sua altura.

A luta implacável de Rosa Luxemburgo contra a guerra, e o radicalismo com que insistia no vínculo entre liberdade política e igualdade social não perderam sua força até hoje. Participou na fundação do grupo de tendência marxista que viria a tornar-se, mais tarde, o Partido Comunista Alemão. Foi assassinada brutalmente e teve seu corpo jogado em um Rio na Alemanha.

Ficha Técnica:
Concepção e Idealização: Martha Kiss Perrone. Direção: Martha Kiss Perrone e Joana Levi. Atrizes: Lowri Evans, Lucia Bronstein e Martha Kiss Perrone. Assistente de Direção: Olívia Niculitcheff. Coordenação Dramaturgica: Martha Kiss Perrone. Pesquisa e Colaboração Dramaturgica: Roberto Taddei. Instalação Cenográfica: Renato Bolelli Rebouças. Criação Vídeo: Marília Scharlach.Direção Musical: Edson Secco. Composição: Edson Secco e Ligiana Costa.Preparação Vocal: Ligiana Costa.Iluminação: Beto de Faria.Figurino: Daniela Porto. Ass. de Arte: Camila Vieira e Dora Coelho.Programação Visual: Carlos Perrone e Sami Makino. Colaboração visual projeto: Ana Basaglia.Cenotécnico: Valdeniro Pais (Nene).Direção de Produção - José Renato Fonseca de Almeida.Produção Executiva: Cais Produção Cultural.Co-Produção e Patrocínio: Busca Vida.Ass. de Produção: Beto de Faria. Produção durante os ensaios: Valéria Blanco.  Vídeo: http://vimeo.com/89511717


Serviço:
Rózà – Estreia dia 18 de abril, sexta, às 20 horas, na Casa do Povo. Temporada de 18 de abril a 11 de maio. Sextas, Sábados e Domingos às 20 horas. Rua Três Rios, 252, Bom Retiro. (11) 3311-6577. Capacidade: 50 lugares. Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia). Duração: 80 minutos.Classificação: 12 anos.

Arteplural Comunicação
11.3885-3671 –
Fernanda Teixeira - 99948-5355
Adriana Balsanelli - 99245-4138
Renato Fernandes - 97286-6703