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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dá no Coro faz show no Rival, 2 de outubro, após temporada de sucesso na França

Grupo carioca formado há sete anos promete repertório com releituras vocais, cênicas e percussivas de obras-primas da MPB e do folclore brasileiro

Foram oito apresentações que ficarão na memória do grupo Dá no Coro Música e Cena, todas dentro da programação dos festivais franceses Choralp e Choralies, entre julho e agosto últimos. A temporada no exterior, patrocinada pelo Itaú através da Lei Rouanet, foi tão positiva e vibrante que o grupo carioca resolveu levar a mesma energia para o palco do Teatro Rival, dia 2 de outubro, às 19:30h. Através de um repertório exclusivamente brasileiro, sublinhando a beleza da música popular com raízes afro-brasileiras, eles pretendem levantar o público com suas artes coral, percussiva e cênica, assim como fizeram há algumas semanas, em um teatro romano do século I d.C, na França, para mais de 5.000 expectadores.
            Formado há sete anos, o Dá no Coro Música e Cena, sob a direção musical do maestro e arranjador Sérgio Sansão e direção cênica de Jonas Hammar, conta com 17 cantores e instrumentistas que vão apresentar diferentes leituras de obras consagradas da MPB, como Casa Forte (Edu Lobo),Vera Cruz (Milton Nascimento e Márcio Borges), Água de Beber (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Milagres do Povo (Caetano Veloso) e Que baque é esse? (Lenine), não deixando de lado o prisma ligado ao cancioneiro do folclore brasileiro, como A Lua Girou (Folclore Brasileiro da região de Beira-Rio, Bahia) e Vapor da Paraíba (Vovó Teresa), todas com a interpretação envolvente que mistura voz, movimento e instrumental, fusão característica do grupo.

Companhia Dá no Coro Música e Cena

A Companhia Dá no Coro de Música e Cena desenvolve um trabalho eminentemente vocal e cênico, trabalhando exclusivamente com música brasileira, valendo-se também de instrumentos de cordas dedilhadas e percussões, em seus arranjos, e de performances cênicas, em suas apresentações. O grupo, que já dividiu palco com Dona Ivone Lara, Carlos Malta e Pife Muderno e Jongo da Serrinha, busca refletir a diversidade cultural presente na sociedade brasileira, abraçando nossas raízes indígenas, européias e principalmente africanas.
Em 2009 lançou se primeiro CD, Negro Cor, pelo selo Fina Flor, explorando a temática da identidade negra e da cultura afro-brasileira.Conhecido no circuito cultural do Rio de Janeiro, já se apresentou em importantes espaços culturais da cidade, como a Casa de Cultura Laura Alvim, Espaço Cultural Sérgio Porto, Teatro Maria Clara Machado (Planetário), Teatro Maison de France, Sala Baden Powell, Sala Cecília Meirelles, dentre outros. No ano passado, o grupo participou do Festival Mondial des Choers & Ensembles Vocaux Polyfollia 2012 (em Saint-Lô, França) e do FestRio Vocal (2012, Rio de Janeiro). Em anos anteriores, esteve presente no 9th World Symposium on Choral Music (2011, Puerto Madryn, Patagonia Argentina), America Cantat 6 (2010, Juiz de Fora), I e II Festivais de Música Dança e Cultura Afro-Brasileira (2006 e 2007) e o Cantapueblo 2006 - Tributo a la Música Negra del Mundo (Mendoza, Argentina)


Dia 2 de outubro, quarta-feira, 19h30
Teatro Rival Petrobras - Rua Álvaro Alvim, 33/37 – Cinelândia
Lotação: 458 pessoas
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Informações: 2240-4469
Ingressos antecipados
Bilheteria - de segunda à Sexta – de 15h às 21h; Sábados – à partir das 16h
Site - http://www.ingresso.com.br
Classificação 16 anos
Pagamentos em dinheiro ou cheque. Não aceitam cartões de crédito.



Com influência de Kazuo Ohno e do esporte, Andreia Yonashiro dança no Centro da Cultura Judaica e Galeria Olido

O universo do mestre do teatro butô japonês é retratado
pela intérprete. Na segunda performance, dois bailarinos
dançam coreografia inspirados nos jogos esportivos

A bailarina e coreógrafa Andreia Yonashiro (que dirigiu ao lado de Morena Nascimento os espetáculos Clarabóia, 2010, e Estudos para Clarabóia, 2013) mostra duas coreografias do seu repertório em apresentações em São Paulo. As performances A Flor Boiando Além da Escuridão Ginástica Selvagem serão apresentadas juntas, uma seguida da outra, dias 3 e 4 de outubro, quinta e sexta, às 20h30, no Centro da Cultura Judaica e de 10 a 13 de outubro, quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h, na Galeria Olido. Os espetáculos tem duração, respectivamente, de 35 e 45 minutos. De graça.

Bailarinos esquecidos e coreografias revolucionárias inspiram a criação de A Flor Boiando Além da Escuridão, criado e dirigido porJoana Lopes, com interpretação solo de Andreia Yonashiro e composição musical de Zeka Lopez. O espetáculo estreou em 2008 no evento em homenagem ao centenário de Kazuo Ohno (1906-2010), promovido pela Universidade de Bolonha, com curadoria de Eugenia Casini Ropa. A diretora traz de volta à cena trechos de algumas personagens femininas que habitaram os 100 anos de poesia do mestre do teatro butô, Kasuo Ohno: La Argentina (1932), Mary Wigman (1927) e Kazuo Ohno dançando La Argentina.

Na segunda parte do programa, Andreia Yonashiro apresenta a coreografia Ginástica Selvagem, criada por ela em parceria com os bailarinos Robson Ferraz e Edson Calheiros. O espetáculo traz jogos coreográficos entre dois homens que também partem de princípios da dança moderna, porém, deslocando a sua relação tradicional com a música. Sua trilha sonora é composta por recortes musicais que não estão associados à dança, traçando um questionamento que remonta aos embates que geraram as grandes revoluções recentes na dança cênica, da modernidade à contemporaneidade. 

Os espetáculos são fruto do encontro do Cerco Coreográfico (grupo de Andreia Yonashiro) e o Teatro Antropomágico (de Joana Lopes). O intuito é criar um espaço de produção que investiga como a coreografia pode ser entendida nos dias atuais e aliada à tradição da dança moderna, que influenciou os mais importantes bailarinos do Século 20.

A parceria entre as artistas, que começou em 2002, busca trabalhar novos paradigmas para as formalidades coreográficas. “Fui convidada para ser bailarina de A Flor Boiando Além da Escuridão e já vinha de uma formação alinhada com o trabalho do Teatro Antropomágico, que propõe uma dramaturgia para dança. Nossa parceria revê a noção tradicional de coreografia, pois trata de estados de energia que se materializam em movimento”, explica Andreia Yonashiro.

As duas obras, que estão no mesmo programa, são criações individuais em tempos diferentes, com estéticas diferentes, mas existe uma fundamentação comum, que é a releitura das relações entre a arte e a ciência.

A Flor Boiando Além da Escuridão
Uma mulher transita entre a luz e a escuridão interpretando personagens femininas que habitaram os 100 anos de poesia do bailarino japonês Kazuo Ohno (1906-2010): La Argentina (1932), Mary Wigman (1927) e Kazuo Ohno Dançando La Argentina. A interpretação da bailarina revela uma visão filosófica e artística da dança moderna japonesa influenciada pelo expressionismo alemão das primeiras décadas do século 20.

O espetáculo recupera as coreografias para depois transformá-las em pequenos fragmentos expressionistas que instigaram Kazuo Ohno a desafiar suas tradições cênicas milenares. “É uma inflexão na minha história de criação artística. Reuni referências que são partes da dança e do teatro com a  essência do expressionismo para criar a coreodramaturgia, interpretada por uma  bailarina-atriz num campo de luz e sombra, quando vive uma única personagem inspirada em Kazuo Ohno”, fala a diretora Joana Lopes.

A composição musical original de Zeka Lopez é uma releitura do clássico Amapola, da década de 20, dançado por Kazuo Ohno. Apenas um corpo nu e um lenço japonês são suficientes para vestir o personagem transformado em outros por Andrea Yonashiro - que recebeu recentemente os prêmios Klauss Vianna 2013 e Fomento à Dança 2012 (por Clarabóia) e Prêmio Klauss Vianna 2012 (porErosão).

“Não desejamos reproduzir as coreografias de Kazuo Ohno nem a filiação à escola de Butô, um gênero de dança iniciado por ele, mas levá-lo à cena percorrendo caminhos de luz e sombra de devaneios e dores”, completa a diretora.

O espetáculo foi apresentado no SESC Pinheiros (2007), Teatro da USP (2008), Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (2008), Sala Crisantempo (ensaio aberto com Tadashi Endo, 2010), Festival Vértice de Teatro em Florianópolis (2010) e SESC Consolação (2011). Atualmente realiza um projeto de circulação contemplado pelo Edital Proac da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Ginástica Selvagem
Em Ginástica Selvagem, dois homens executam movimentos simples que são coreografados por meio de jogos, trazendo à cena o espírito dos jogos esportivos. Cada momento propõe desafios coreográficos. Eles se afastam e se aproximam, gerando o brilho na pele com o suor que evidencia a forma de cada músculo que trabalha. E assim, evocando uma sensação narrativa que retrata as possibilidades de contato e intimidade entre dois homens.

Para a coreógrafa e diretora Andreia Yonashiro, “tudo parte de uma ideia muito simples de ver o movimento de aproximação e afastamento de dois homens e o espaço vazio entre eles. Grande parte da dança acontece no silêncio, ela é cortada por músicas, mas o ritmo da trilha não define o ritmo da dança. A organização detalhada da dança não está pautada na música, mas num estudo detalhado do movimento”.

Os movimentos foram criados em um processo colaborativo de estudo. A coreografia não repete a forma visível dos passos de dança, mas organiza um conhecimento de como o movimento pode ou não acontecer. “É como num jogo de futebol, as trajetórias dos jogadores nunca são as mesmas, mas mesmo assim, não deixa de ser futebol. Então, os movimentos são criados pelos bailarinos a cada dia de apresentação, mas respeitando uma organização composicional da dança”, fala a diretora.

O cenário é uma linha amarela fluorescente (sinalizadora de perigo) que remete a uma quadra esportiva. As meias e camisetas brancas do figurino, tingidas pelas cores de uma projeção luminosa, lembram uniformes esportivos. Mas estes indícios são recortados por músicas e uma projeção de formas geométricas coloridas que fazem com que as relações criadas não sejam tão óbvias. De repente, a mesma camisa branca quase vira um pijama que traz um ar intimista de um quarto, ou uma música evoca memórias da infância.

O espetáculo foi apresentado na FUNARTE São Paulo (2012), Espaço Parlapatões (2011) e sua versão multimídia na Galeria Olido, Casa das Rosas e CCJ Ruth Cardoso. Atualmente realiza um projeto de circulação contemplado pelo Edital Proac da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Sobre Andreia Yonashiro
Nasceu em São Paulo, SP, 1982. Vive e trabalha em São Paulo. Iniciou seus estudos em balé em escolas de São Paulo e dança moderna com Ruth Rachou na adolescência, ao mesmo tempo em que treinava e competia no Brasil e Estados Unidos a patinação artística sobre gelo. Ao frequentar cursos com os artistas Paulo Monteiro, José Resende, Iran Espírito Santo entre outros, iniciou uma produção em artes visuais.

Em 2001 realiza sua Exposição Individual no Centro Cultural São Paulo e logo em seguida inicia o curso de dança na Universidade Estadual de Campinas. Lá, aprofunda seus estudos sobre as técnicas de dança e sua relação com a composição coreográfica, dedicando-se à criação e à pesquisa. Teve dois projetos de pesquisa financiados pelo CNPq na área de arte e ciência investigando uma releitura das propostas de Rudolf Laban a partir da topologia, e do Modelo Padrão da Matéria, tendo os Porf. Dr. Adolfo Maia e a Profa. Joana Lopes como orientadores.

Cruzando as influências de seu percurso assimétrico, nos últimos 10 anos tem atuado como bailarina, diretora/coreógrafa e professora, destacando seus trabalho: criação e direção de Clarabóia e Estudos para clarabóia (2010-2012) ao lado de Morena Nascimento (Prêmio Klauss Vianna 2013, Fomento à Dança 2012 e eleito melhor espetáculo de dança no Guia da Folha de 2012); Tempest - criação coreográfica a convite e em parceria com Daniel Fagundes (Prêmio Cultura Inglesa 2012); concepção e direção de Erosão ao lado de Robson Ferraz (Prêmio Klauss Vianna 2012); Um leite Derramado (BIenal SESC de Dança 2009); Toró (2009), performance e instalção multimídia; entre outros, tendo ainda vencido o quadro Dança no Gelo, TV Globo, ao lado de Leandro do KLB, como patinadora, em 2008. Fundou em 2013 sua plataforma de produção Cerco COREOGRÁFICO.

Sobre Joana Lopes
Diretora teatral e dramaturga fundadora do Teatro Antropomágico. Ela é autora de livros e artigos no Brasil e exterior, entre eles “Coreodramaturgia: uma dramaturgia para dança”. “Pega-teatro – um estudo antropológico sobre o jogo dramático”. Entre suas criações de espetáculos, destacamos “Pra Weidt o velho realizado com Atelier de Bailarinos Santistas para a Bienal Internacional SESC de Dança - 2007. Ex-professora do Departamento de Artes Corporais da Unicamp (1987 – 2007) e ex-professora visitante do Departamento de Musica e Espetáculo da Universidade de Bolonha (1992 – 2002).

Sobre Robson Ferraz
É artista, pesquisador e arte-educador graduado em dança pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seus últimos trabalhos, transita por diferentes abordagens da criação cênica como estratégia de reconhecimento do seu campo investigativo: as relações entre corpo, identidade e sexualidade. Seus trabalhos recentes 2010-2012 (Pistilo, Ginástica Selvagem e Erosão) resultam de uma parceria com a coreógrafa Andreia Yonashiro. Foi contemplado com o Prêmio Funarte Klauss Vianna 2011, Proac LGBT e Co-patrocínio de Primeiras Obras (CCJ) 2010. Entre 2006 e 2009 atuou na Borelli Cia de dança.

Sobre Edson Calheiros
Iniciou os estudos de dança e teatro em 1994. Atuou como intérprete nas companhias Corpos Nômades e Borelli. Criou em 2005 o solo Recluso c.3.3. e em 2006 o duo Desculpe o Transtorno. Estreou em 2008 o solo Memorial do quarto escuro, com direção de Nana Pequini, e Our Love is like the flowers, the rain, the sea and the hours. Trabalha atualmente em parceria com Robson Ferraz na Associação Desvio de dança. É mestrando em Artes da Cena no Instituto de Artes da Unicamp.

Ficha técnica:
A Flor Boiando Além da EscuridãoCoreodramaturgia e direção: Joana Lopes. Interpretação: Andreia Yonashiro. Composição, releitura da música Amapola e arranjos: Zeka Lopez. Desenho de luz e figurino: Joana Lopes. Projeto técnico e implantação de luz: André Boll Fotografia: Inaê Coutinho.Realização: Teatro Antropomágico e Cerco COREOGRÁFICO. Duração: 35 minutos. Classificação: 12 anos.

Ginástica SelvagemDireção e coreografia: Andreia Yonashiro. Elenco: Edson Calheiros e Robson Ferraz. Cenário e projeção em vídeo: Andreia Yonashiro.Música: Edson Calheiros, Robson Ferraz e Andreia Yonashiro. Fotografia: Edi Fortini e Priscilla Davanzo. Realização: Associação Desvio e Cerco COREOGRÁFICO. Duração: 45 minutos. Classificação: 12 anos.

Para Roteiro:
A FLOR BOIANDO ALÉM DA ESCURIDÃO e GINÁSTICA SELVAGEM – Espetáculo de dança formado por duas coreografias.

Dias 3 e 4 de outubro - Centro da Cultura Judaica - Rua Oscar Freire, 2.500 – Sumaré - São Paulo. Telefone - 3065-4333. Temporada - Quinta e sexta às 20h30. Local - Teatro. Capacidade – 296 lugares. Ingressos – Grátis – retirar com 1 hora de antecedência.

De 10 a 13 de outubro - Galeria Olido – Avenida São João, 473 – Centro – São Paulo. Telefone - 3331-8399 / 3397-0171. Temporada - Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h. Local - Sala Paissandu. Capacidade – 236 lugares. Ingressos - Grátis – retirar com 1 hora de antecedência.


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Caetano Veloso em Niterói - Grátis