Translate

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ADORNO, novo trabalho do grupo mineiro PRIMEIRO ATO no SESC

Grupo de dança Primeiro Ato faz estreia nacional de Adorno no Sesc Vila Mariana com 12 bailarinos em cena e 13 músicas compostas exclusivamente para a peça


Inspirado em fotos de tribos na região do Vale do OMO, na África, o espetáculo de dança contemporânea tem concepção, direção coreográfica e direção geral de Suely Machado. Com figurino de Ronaldo Fraga e música original de Lula Ribeiro e Marco Lobo o grupo faz um percurso do primitivo ao sideral.

Adorno, novo trabalho do grupo mineiro de dança Primeiro Ato estreia dia 15 de outubro, sexta-feira, às 21 horas, no Teatro do Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Com figurino do estilista Ronaldo Fraga, reúne 10 bailarinos no palco e música ao vivo (criada especialmente por Lula Ribeiro e Marco Lobo) com percussão, celllo, violino, piano, marimba, acordeon e as vozes de Mauricio Tizumba e Titane.

Suely Machado, diretora do grupo, teve sua primeira inspiração para o espetáculo há um ano, ao deparar com fotos feitas pelo fotógrafo Hans Silvester, que esteve durante seis meses pela região do vale do Omo, na África, e registrou o modo como os representantes das tribos Mursi e Surma se adornam.

Para os Surmaris e Mursis, uma folha, um fruto, raízes e plantas são facilmente transformados em adereços naturais e, depois, enaltecidos pela pintura corporal. Os pigmentos usados nas pinturas também são encontrados na natureza, como pedras em pó, barro e frutos vermelhos. Os habitantes das tribos se enfeitam sem fazer distinção entre masculino e feminino. Os adereços são os mesmos para homens e mulheres.

As imagens levaram Suely a uma reflexão sobre o primitivo e o sideral, na evolução do ser humano, na aproximação entre masculino e feminino, suavizando suas diferenças e apagando os fortes traços que os dividem. Uma divagação sobre passado e futuro. Pensando na África como berço da cultura, ela traça um olhar sobre o que virá, o amanhã, um futuro de transparência e abertura para a sensibilidade, um tempo em que o conceito de feminino e masculino estão mais abertos, menos definidos, mais amplos e menos pré-conceituosos.

Sobre o processo criativo, Suely Machado destaca “as fotos serviram de inspiração, mas o trabalho vai além. Ele permeia o caminho do afeto, da memória ancestral, do lúdico cada vez mais presente na evolução de nossa espécie. O humano cada vez mais valorizado pelos que querem transmutar, evoluir e reorganizar a existência”. Para acompanhar esse conceito, toda a equipe de criação dialogou muito com a criadora, do cenógrafo e iluminador aos bailarinos, que são co-autores de muitos movimentos.

Pensando no repertório do Primeiro Ato em relação a este novo trabalho, Suely analisa: “Este é o trabalho mais dançado do grupo, onde o movimento traz em si uma dramaturgia instantânea, modificadora, inédita do momento da atuação. O gesto expressa e possibilita o pensamento transformado em movimento e o espectador faz sua própria leitura do espetáculo”.


Ficha técnica em parceria
O figurinista Ronaldo Fraga optou por fazer uma criação colorida, geométrica e que, ao mesmo tempo, revelasse a pele dos bailarinos. Pensando na geração futura como a geração da sensibilidade à frente dos outros sentidos, e na pele como órgão sensível, ele buscou tecidos com a transparência do tule e o caimento da organsa que, junto com a luz, brincam com a sombra e a silhueta, a fantasia e a imagem real para confundir o espectador sobre o que é pele e o que é tecido. Sem perder o medo das cores e das formas mais puras e geométrica, ele optou por são coloridas, apesar de transparentes, para trazer um pouco de África, do primitivo. As cores predominantes são amarelo, vermelho e ocre.

Para o iluminador Jorginho de Carvalho o trabalho principal foi criar uma luz que dialogasse com essa transparência do figurino, que potencializasse as nuances e os contornos dos corpos, também sem abrir mão das cores. O cenário de Guilli Seara faz uma intensa parceria com o figurino e a luz e utiliza tules e transparências em formatos alongados como sugestão de velas, das caravelas que fizeram a ponte da África para o Brasil.

“A trilha sonora está irrepreensível”, esta foi a observação de Ronaldo Fraga ao ouvir as 12 músicas que permeiam o espetáculo. Criada por Lula Ribeiro e Marco Lobo, com percussão, celllo, violino, piano, marimba, acordeon e as vozes de Mauricio Tizumba e Titane. A trilha foi toda criada em cima da coreografia já finalizada.

Os 10 bailarinos, Alex Dias, Ana Virginia Guimaraes, Cibele Maia, Danny Maia, Júnio Nery, Luciana Lanza, Lucas Resende, Marcela Rosa, Pablo Ramom, Thiago Oliveira, Verbena Cartaxo, Verônica Santos também são criadores de ADORNO, segundo Suely, “a coreografia partiu de movimentos criados por eles. Eles são a origem da minha criação.”

A trajetória do Primeiro Ato
Fundado por Suely Machado na década de 80, em Belo Horizonte (MG), o Primeiro Ato tem 15 obras no repertório. Com 21 anos de trajetória, a Companhia já se consolidou como um dos mais expressivos e duradouros grupos de dança contemporânea, com trânsito nacional e internacional. Sempre buscou a dramaturgia do gesto

O repertório do grupo já cumpriu temporadas em diversos estados brasileiros e apresentações nos Estados Unidos, Espanha, Portugal, Argentina e Alemanha, além de ganhar diversos prêmios regionais e nacionais. O Primeiro Ato mantém um núcleo de formação de bailarinos com 450 alunos; a escola, ao longo dos anos, também alimenta o grupo com novos talentos. Além deste projeto de formação, o grupo tem dois projetos sociais focados na recuperação da auto-estima de jovens através da dança.

Para roteiro
ADORNO – Dias 15 e 16 de outubro às 21h e dia 17 de outubro às 18h, no Teatro do Sesc Vila Mariana. Com o Grupo de Dança Primeiro Ato. Concepção, Direção Coreográfica e Direção Geral: Suely Machado. Elenco: Alex Dias, Ana Virginia Guimaraes, Cibele Maia, Danny Maia, Júnio Nery, Luciana Lanza, Lucas Resende, Marcela Rosa, Verbena Cartaxo, Verônica Santos. Assistente de Direção: Marcela Rosa. Estudo do Movimento: Alex Dias. Arquitetura do Movimento e elenco: Alex Dias, Ana Virginia Guimaraes, Cibele Maia, Danny Maia, Júnio Nery, Luciana Lanza, Lucas Resende, Marcela Rosa, Pablo Ramom, Thiago Oliveira, Verbena Cartaxo, Verônica Santos. Desenho de luz: Jorginho de Carvalho Operação de luz: Elias do Carmo. Assistente técnico: Alon Caetano. Cenotécnico: Roberto Duque. Figurino: Ronaldo Fraga. Trilha Sonora: Lula Ribeiro e Marco Lobo. Canto: Mauricio Tizumba e Titane. Novas tecnologias e cenário: Guilli Seara. Produção: Regina Moura. Artista colaboradora do processo: Inêz Vieira.

SESC VILA MARIANA - Rua Pelotas, 141. Vila Mariana. Telefone: 11 5080 3000. Duração: 60 minutos. Classificação etária: 12 anos. Ingressos – R$ 16,00 (inteira); R$ 8,00 (usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, estudante e professor da rede pública de ensino). R$ 4,00 (trabalhador no comércio de bens e serviços matriculado no SESC e dependentes). Capacidade: 643 lugares. Estacionamento no local: R$5,00 a primeira hora e R$ 1,00 por hora adicional (não-matriculados).

Show - Oito de Paus


             Grupo vocal Oito de Paus volta à cena com o show Sessão das Oito


Depois dos shows Eles Cantam as Mulheres (2006), Metendo o Pé na Jaca (2008) e Rádio Paulistana, o grupo vocal Oito de Paus volta à cena com um novo espetáculo, Sessão das Oito, que faz homenagem ao cinema e à sua fabulosa trilha sonora. As apresentações acontecem dias 17 e 24 de outubro, domingos, no Teatro do Centro da Terra, às 20 horas.

Apesar de seu fim ter sido apregoado de maneira recorrente nas últimas décadas, o “telão da matinê” sobrevive e reina. Com todo o avanço tecnológico, o cinema incorpora as novidades e segue à velocidade de 24 quadros por segundo. Seja namorar, matar aula, emocionar-se, fugir da realidade ou viver emoções incríveis, quem não tem na memória algum bom momento do “escurinho do cinema”? Filmes inesquecíveis que marcaram época e ajudaram a mudar mentalidades fazem parte da história de todos. Tudo isso está na concepção do novo espetáculo do grupo Oito de Paus: Sessão das Oito.

O show tem duração aproximada de uma hora e percorre um roteiro que vai de Mazzaropi a Gene Kelly, passando por Shakespeare e sucessos como Indiana Jones, ET e seriados da TV. Seu repertório apresenta músicas que fazem o espectador reviver cenas que fizeram a cabeça de gerações nesse universo mágico do cinema.
Com 13 anos de história, o grupo Oito de Paus surgiu do desejo de cantar de oito paulistanos cansados das pressões propícias da vida na cidade grande . O conjunto é formado por quatro tenores – Emanuel Zveibil, Geraldo Oppenheim (engenheiros), Fernando Bechara (gerente de vendas) e Vladir Bartalini (arquiteto) – e quatro baixos – Osvaldo Guizzardi Filho (economista), Daniel Citron (administrador de empresas), Neto Soares e Raul França (publicitários).

Com direção do maestro Adilson Rodrigues o espetáculo conta com a participação de Adriano Busko na percussão, Maurício Marques no teclado, cenário e figurinos de Kleber Montanheiro e iluminação de Tiago Marchesano.

SERVIÇO:
Show: Oito de Paus em Sessão das Oito
Integrantes: Emanuel Zveibil, Geraldo Oppenheim, Fernando Bechara, Vladir Bartalini, Daniel Citron, Neto Soares, Osvaldo Guizzardi Filho e Raul França.
Músicos: Mauricio Marques (piano) e Adriano Busko (percussão)
Dias 17 e 24 de outubro – domingos,às 20h
Teatro do Centro da Terra – www.centrodaterra.com.br
Rua Piracuama, 19 – Sumaré/SP – Tel: (11) 3675-1595



Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 (¹/2 entrada) – Duração: 60 min - Censura: Livre
Capacidade: 100 lugares - Aceita cheque e dinheiro. Não reserva. Bilheteira: seg. a sex. (10h às 17h) ou 2h antes das sessões. Ingressos antecipados: www.bilheteria.com e tel (11) 3030-9544.
Acesso universal - Estacionamento grátis (vagas limitadas).
Assessoria de imprensa: ELIANE VERBENA
Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181 – verbena@verbena.com.br

Arte Acesso - Exposição por Adélio Sarro

BABEL, texto de Letizia Russo, com direção de Alvise Camozzi, estreia dia 15 de outubro no Sesc Pinheiros

Alvise Camozzi dirige Babel, de Letizia Russo, dia 15 de outubro de 2010 no Sesc Pinheiros

O diretor italiano radicado no Brasil Alvise Camozzi repete a dobradinha com a escritora italiana premiada Letizia Russo (Prêmio Ubu – um dos mais importantes nomes da dramaturgia contemporânea). Ele, que em 2009 montou o monólogo Só, no Sesc Avenida Paulista com João Miguel, texto da dramaturga até então inédita no Brasil, agora apresenta BABEL. A montagem estreia no dia 15 de outubro, sexta-feira, Sala de Oficina 2º andar do Sesc Pinheiros, com os atores Caroline Abras e Rodrigo Fregnan.








BABEL bebe na fonte estética da ficção científica. Tem inspiração especificamente no escritor americano Philip K. Dik, autor de Os Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?, livro que gerou o filme Blade Runner, O Caçador de Andróides, dirigido por Ridley Scott, em 1982. Ambientado em um futuro fictício, é a história de um amor impossível entre uma bailarina sem um braço e um homem, que se torna seu proprietário.


Num tempo futuro, Babel é o imenso mundo-condomínio onde vivem Falena e Boccuccia. Enquanto Falena vive no 538º andar, Boccuccia é obrigada a viver e trabalhar no 22º na parte baixa, dançando no Sha-Mát, um night club do quadrante inferior. Eles vivem uma controversa relação de interdependência, obcecados pelo desejo de tomar a N.A.V.E, sonho comum de libertação, proibido e inacessível. No passado, os dois participaram juntos de uma ação fracassada, na qual ela perdeu o braço e também seu namorado, Ferro, irmão de Falena.

A nova vida em Babel traça novas perspectivas: ele, a de enriquecer, possivelmente com a política ou o crime, ou ambos. Ela, a de tornar-se proprietária da boate onde é obrigada a se exibir. Um novo encontro com a N.A.V.E os levará numa viagem onírica e, talvez, sem volta.

De acordo com Alvise Camozzi, Letizia Russo usa o futuro para questionar a sociedade contemporânea. "Para ela, trata-se de um texto político, uma reflexão sobre o poder que passa pela relação de dominação entre um homem e uma mulher e o contexto onde vivem, Babel. Eles só conseguem sair de Babel quando se vendem", explica o diretor.


Encenação
A encenação é a continuação do processo de pesquisa iniciado em Só (2009). Experimental em sua estrutura, o texto de Babel ("muito particular" para o diretor) não apresenta um formato linear. São 5 breves atos sequenciais, trechos de situações, 5 momentos de vida dos protagonistas, variando cada um de 5 a 10 minutos. O público se intromete nas histórias, como explica o diretor.

"A gramática usada em Só é a mesma de Babel. Existiu um diálogo nosso com o cenógrafo para que ele criasse um ambiente com alguns pontos, como a incomunicabilidade entre os personagens."

Para Alvise, "Babel é um texto delicadíssimo, caracterizado por um ritmo sincopado, quase cinematográfico. Delicado, não tanto por sua matéria quanto pelo contexto no qual se encontra. No teatro, comparado a outras artes, é mais fácil criar universos não realistas, alterar o tempo, definir novas leis. O desafio, em Babel, é o de criar um universo sobre o qual não se tem memória, o do tempo futuro".

O cenário abriga um fundo infinito preto, um cubo branco vazado foi concebido como uma arquitetura. “Um sólido concreto que contém todo o espetáculo. Os atores não saem desse ambiente limitado e limitante e a luz está embutida nesse espaço”. A montagem tem uma intervenção sonora “concreta” que acompanha a narrativa de maneira não descritiva e o figurino reproduz materiais orgânicos. "O grande desafio da montagem é usar a linguagem minimalista, hiper naturalista, contida, com os atores, em oposição ao ambiente onde eles têm que atuar", completa Alvise Camozzi.


BABEL – Estreia dia 15 de outubro, sexta-feira, às 21h na Sala de Oficina 2º andar do Sesc Pinheiros. Temporada – até 7 de novembro. Sextas e sábados, 21h e domingos, 18h. Ingressos – Inteira R$16,00 Meia R$8,00 e trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes R$4,00. Duração – 60 minutos. Capacidade - 40 lugares. Censura – 14 anos. Texto: Letizia Russo. Direção: Alvise Camozzi. Com Caroline Abras e Rodrigo Fregnan. Cenografia: William Zarella Jr. Iluminação: Guilherme Bonfanti. Trilha Sonora: Henrique Iwao. Figurinos, visagismo e adereços: Marina Reis. Assistência de direção: Thaís de Almeida Prado e Bruno Kott. Fotos: Ana Fuccia. Design Gráfico: Erico Peretta. Direção de produção: Rachel Brumana. Concepção e produção: Substância Produções Artísticas.

TEATRO SESC PINHEIROS – Rua Paes Leme, 195. Telefone (11) 3095-9400. Ar condicionado. Acesso para deficientes físicos. Bilheteria – Terça a sexta das 10h às 21h30, aos sábados das 10h às 21h30, domingos e feriados das 10h às 18h30. Aceitam-se cartões de crédito (todas as bandeiras) e cheques de todos os bancos. Informações: 0800 118220. Estacionamento com manobrista – vagas limitadas. Veículos, motos e bicicletas - Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h - Horários especiais para a programação do teatro. Taxas: Matriculados no SESC: R$ 5,00 as três primeiras horas e R$0,50 - a cada hora adicional // Não matriculados no SESC: R$7,00 as três primeiras horas e R$1,00 - a cada hora adicional // Para atividades no Teatro: Preço único: R$ 5,00. www.sescsp.org.br
Assessoria de Imprensa: ARTEPLURAL Comunicação
Jornalista responsável - Fernanda Teixeira
MTb-SP: 21.718 - tel. (11) 3885-3671 / 9948-5355

Ana Brasil e Ronaldo