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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Teatro - Até Onde a Vista Alcança em nova temporada no Teatro Coletivo


Nova curta temporada do espetáculo
“Até onde a vista Alcança” no Teatro Coletivo


Sucesso de público, a Cia. das Artes faz nova temporada do espetáculo “Até Onde a Vista Alcança”, no período de 09 a 24 de junho de 2012, no Teatro Coletivo. Com texto de Reinaldo Santiago e direção de Jair Aguiar, o espetáculo conta a vida dos peões do interior de São Paulo do jeito que ela realmente é: sem tinturas, sem romantismos exacerbados. Seres humanos cercados de dramas verdadeiros e amores correspondidos. E também os não correspondidos.
“Até onde a Vista Alcança” é um espetáculo que relata as relações humanas no interior da São Paulo dos anos de 1930. Tem como pano de fundo, os laços familiares. O texto narra as histórias da família de Marcília Rosário, esposa do autor Reinaldo Santiago, trazendo ao palco a vida real dos peões do interior do Estado de São Paulo, homens que tinham uma profunda relação de fidelidade com os donos das fazendas, uma característica muito peculiar a estes personagens.
O diretor Jair Aguiar assistiu uma adaptação desse texto pela primeira vez em 1987 e pela profundidade do texto e a beleza da montagem, nunca mais a esqueceu. “Apesar de ser um homem inteiramente urbano, sempre que posso enceno trabalhos que remetem ao campo. Pesquisando novos textos, lembrei de Até onde vista alcança e não tive dúvidas”, explica Jair, que já realizou outra montagem que remetia à vida no campo, a peça Lugar Onde Peixe Para.
Em uma das reuniões de trabalho, Jair lembrou-se do avô de Antonio Netto, diretor da Cia das Artes. Famoso e respeitado no oeste paulista, o avô de Netto ganhou estima por ter chegado na região como peão e anos depois se transformou em proprietário de terras. A figura forte do avô serviu de inspiração para a construção do personagem Jorge, que, apesar de gostar de sua noiva, Negrinha, alimenta uma paixão arrebatadora por Guema (Camilla Flores).
O espetáculo é repleto de cantigas regionais, além da veracidade de seus personagens, que embalam o espectador com histórias das tropas que cruzavam o Estado de São Paulo.
O autor Reinaldo Santiago
Ator, diretor e dramaturgo, Professor Pleno do Dep. de Artes Cênicas / UNICAMP Cursou a EAD (Escola Arte Dramática-ECA-USP) de 1972 a 1975 .Licenciatura em Artes Cênicas pelas Faculdades Mozarteum.  Fundou com  alguns colegas o Grupo  “O Pessoal do Victor  e o Grupo  Lux in Tenebris” . Um  dos fundadores do Departamento de Artes Cênicas DAC /  UNICAMP. Como ator participou de montagens como :” Victor ou as Crianças no Poder “  de Roger Vitrac, “Os Iks “  de Collin Turnbull, e ‘Na  Carrera do Divino’   de C.A. Soffredini , entre outros. Fundador e Diretor Artístico da CETA Cia Estável de Teatro de Piracicaba . onde dirigiu “Édipo Rei” de Sófocles , “Vera Cruz... Brasil Primeiros Tempos” de sua autoria ( vencedor do Mapa Cultural Paulista ) e “Beira Rio” ( bolsa Vitae de dramaturgia ). Júri em vários festivais e edições do Mapa Cultural Paulista, fez parte da Comissão de Avaliação da 17ª edição da lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.
Ficha Técnica
Texto: Reinaldo Santiago Roteiro: Márcio Tadeu Tema: Marcília Rosário Direção Geral/Adaptação: Jair Aguiar Preparação de ator: Niveo Diegues Preparação Voz / Canto:Luiza Albuquerques  Preparação de Corpo | Coreografia: Talma Salem Iluminação: Will Damas Produção: Cia. das Artes Produção Executiva: Wesley Keri Cenários / figurinos: Márcio Tadeu Fotos: Sergio Massa Design Gráfico: Jair Aguiar Som | Imagens André Martins Assistentes de direção: Bruno Canabarro e Guilherme Trindade

Atores convidados/personagens:
Antonio Netto (Jorge peão)
Wagner Vaz (Fazendeiro Godêncio)
Michelle Gabriel (Negrinha)
Camilla Flores (Guema)
Hugo Leonardo (Quintino-marido de Guema)
Wesley Keri (Chico, amigo de Jorge)

Elenco:  Ana Carolina Barreto, Ana Paula Lubas, Cinthia Constantino, Débora Ramos, Fabiana Pires, Fernanda Lombardi, Leandro Rossato, Manuela Napchan, Mariano Rodrigues, Marina Saito, Ricardo Paixão, Stheffanya, Tertuliano, Thais Sorrentino, Thiago Zurk, Vanessa Tavares e Yasmin Aragão.
ATÉ ONDE A VISTA ALCANÇA
Local: Teatro Coletivo – Rua da Consolação 1623 – Centro – São Paulo/SP
Temporada: 09 a 24 de junho de 2012 Horários: Sábados às 19h e domingo às 18h.
Lotação: 135 lugares Duração: 70 minutos Recomendação: 12 anos
Ingressos: ANTECIPADO R$ 15,00 R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia entrada)
A bilheteria será aberta uma hora antes do espetáculo

*No dia 10 de junho não haverá espetáculo.
                 

Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade estreia no Teatro Eva Herz com Sura Berditchevsky

                                                         foto: Guga Melgar


Sura Berditchevsky apresenta cartas de Drummond e sua filha em espetáculo no Teatro Eva Herz


Monólogo revela correspondência inédita entre o poeta Carlos Drummond
 de Andrade e sua filha, Maria Julieta. O espetáculo faz parte da programação oficial
 da FLIP, que este ano terá Drummond como o homenageado
 
As correspondências de uma vida inteira, trocadas entre um dos maiores poetas da língua portuguesa e sua filha, estão no palco em Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade, espetáculo que estreia em São Paulo, no Teatro Eva Herzdia 16 de junho, para temporada aos sábados, às 17h e domingos, às 15 horas, até 29 de julho. 
Trata-se de um monólogo apresentado pela atriz, dramaturga e diretora do espetáculo, Sura Berditchevsky, que percorre toda a cronologia de vida da família. O espetáculo é fruto de um intenso trabalho de pesquisa em colaboração com Pedro Drummond, filho de Maria Julieta e neto de Carlos Drummond. Luis Fernando Philbert assina a co-direção.

Durante os 60 minutos acompanhamos o crescimento pessoal e profissional pelo viés da intimidade da relação familiar. Carlos Drummond de Andrade em crescente produtividade e a atividade de sua filha Maria Julieta como cronista. “São cartas desse período, e o recorte que fiz é da intimidade deles. Na peça, temos poemas que ele fez para os netos e alguns momentos bem íntimos. Todo o coração apertado deles aparece explícito”, conta Sura.

Desde que Maria Julieta tinha 5 anos de idade, pai e filha mantiveram uma profunda e intensa cumplicidade, expressa por meio de desenhos, cartas e bilhetes, e que prosseguiu ao longo de toda a vida. As palavras são o veículo maior da demonstração de amor entre os dois. São 5 décadas de correspondência que permitem ao espectador conhecer a fortíssima, delicada e enriquecedora relação entre o poeta e sua filha. De assuntos triviais e corriqueiros até instigantes comentários sobre artes plásticas, literatura, música, cinema e o bairro de Copacabana, onde Drummond viveu a maior parte de sua vida. Ela morreu aos 59 anos em agosto de 1987. Carlos Drummond faleceu 12 dias depois.

A ideia do espetáculo veio de um encontro. A diretora Sura Berditchevsky e Pedro Drummond frequentaram O Tablado (escola de atores no Rio de Janeiro) e possuem amigos em comum. Num desses encontros casuais surgiu a ideia de montar um espetáculo com as cartas que estavam em pastas no apartamento onde o poeta vivia, em Copacabana, e no qual mora Pedro, um de seus três netos.  “Aí começamos nosso trabalho de pesquisa. Para ele, então, foi uma coisa encorajadora porque ali estava a vida dele. Eu tinha o último texto de Maria Julieta e um mar de cartas em que eu ia entrar. Eram muitas pastas, muitíssimo bem organizadas pelos dois, as dele para ela e vice-versa”, explica Sura.

O espetáculo parte do último e inacabado texto de Maria Julieta, Topázio, escrito ao final de sua vida, já comprometida por um câncer. A seleção de cartas obedece à cronologia da escrita. A atriz permeia as cartas de ambos. “Eu queria que resultasse numa leitura de cartas mas, por outro lado, queria fugir de fazer personagens, então utilizo recursos em torno, como animação gráfica, a parte documental, e a trilha sonora, que conta, inclusive, com músicas que os dois escutavam”, conta a atriz.

Responsável pela direção de arte, Bia Junqueira instalou no palco algumas placas que remetem a folhas de papel e recebem a projeção de cartas, fotos e desenhos. Na projeção há muitos elementos e referências ao que é dito nas cartas e ao arquivo pessoal de cada um. O cenário permite mobilidade para a atriz, que é apoiada pelas projeções, mesas e pequenos caixotes. “Quisemos fugir de uma coisa realista, de ilustrar a vida deles e o que é dito. Há uma liberdade totalmente artística, é uma releitura desse material todo”, completa Sura.

Sobre Sura Berditchevsky
Formada em jornalismo, começou sua carreira teatral no Tablado, escola de atores do Rio de Janeiro, com Maria Clara Machado, onde, mais tarde, passou a lecionar. Dirigiu, escreveu, atuou e produziu diversas peças como Um Peixe Fora D`ÀguaPeter Pan e Diário de Um Adolescente Hipocondríaco, além de atuar em novelas e séries televisivas como Dancing Days,Marrom Glacê e Plumas e Paetês. Atuou, também, no cinema como em Os Sete GatinhosNoites do Sertão e Ajuricaba. Fundou, mais tarde, a companhia de palhaços Irmãos Flagelo e passou a dedicar-se a literatura infantil. Atualmente dirige sua própria companhia de teatro, lecionando artes cênicas para crianças e adolescentes.

Sobre Carlos Drummond de Andrade

Nascido em 1902, em Minas Gerais, é um dos maiores poetas, contistas e cronistas da língua portuguesa. Envolvido com o modernismo, criou a publicação A Revista, com o intuito de divulgar o movimento. Alguns de seus poemas como Sentimento do MundoA Rosa do Povo e José constam entre diversas listas de maiores poemas do português. Recusou convites para se tornar imortal da Academia Brasileira de Letras. Foi também tradutor de autores como Balzac, Garcia Lorca e Molière.

Sobre Maria Julieta Drummond de Andrade
Filha de Carlos Drummond de Andrade e Dolores Dutra de Morais, era contista e cronista. Casou-se com um argentino e mudou-se para Buenos Aires, onde teve três filhos. De 1976 a 1983 foi diretora do Centro Cultural Brasileiro de Buenos Aires. Faleceu em 5 de agosto de 1987, doze dias antes de seu pai.

Para roteiro:
Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade – Estreia 16 de junho, sábado, às 17 horas, no Teatro Eva HertzCom Sura BerditchevskyDramaturgia: Sura Berditchevsky. Direção: Sura Berditchevsky e Luis Fernando Philbert. Pesquisa de Cartas: Sura Berditchevsky e Pedro Drummond. Direção de Arte e Cenografia: Bia Junqueira.Figuro: Walter Marquette. Iluminação: Paulo Cesar Medeiros. Animação Gráfica e VídeoRenato Vilarouca e Ricardo Vilarouca. Pesquisa Iconográfica: Lucia Cerrone. Trilha Sonora: Alexandre Elias. Preparação Vocal: Rose Gonçalves. Preparação CorporalJean Marie Dubrul. Fotos: Guga Melgar. Programação Visual: PVDI / Claudia Cohen de Nair de Paula Soares.  Duração: 60 minutos. Classificação etária: 12 anos. Ingressos: R$60,00. Temporada: Sábados às 17 horas e domingos às 15 horas. Até 29 de julho.

Teatro Eva Herz da Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073, Metrô Consolação. Bilheteria: (11) 3170-4059. De segunda a sábado, das 14 às 21 horas e aos domingos e feriados, das 12 às 20 horas. Ingressos à venda pela Internet: www.teatroevaherz.com.br ou www.ingresso.com.brVendas/Call-center: 4003-2330. Compras pelo sistema da ingresso.com, funciona da seguinte maneiraCall-center: (adicional de 20%). Internet: (adicional de 15%). Os ingressos são retirados na bilheteria do próprio teatro. Formas de pagamento: dinheiro e todos os cartões de débito e crédito – não aceitam cheque. Capacidade do teatro: 166 lugares.


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Teatro da Vertigem estreia "Bom Retiro 958 metros"

                                                 foto:  Flavio Morbach Portella


Teatro da Vertigem leva público a uma caminhada cênica em
“Bom Retiro 958 metros”

Bairro homônimo serviu de base para a investigação cênica do grupo. Questões como os diferentes fluxos migratórios, relações de trabalho e consumo são alguns dos assuntos que emergem na encenação que acontece em 958 metros de trajeto no bairro paulistano.

O Teatro da Vertigem dá, aos lugares que ocupa em seus espetáculos, um significado que interfere na direção, na dramaturgia, na interpretação dos atores e no trabalho dos outros criadores. A junção de todos esses elementos na cena costuma produzir um tipo de teatro de caráter mais experiencial e imersivo.
Em novembro de 2012 o grupo completa 20 anos de uma estrada cheia de montagens controversas e premiadas. A trupe, nascida em 1992 com a estreia de O Paraíso Perdido, na Igreja Santa Ifigênia, centro de São Paulo, iniciou um trabalho que trouxe na sequência O Livro de Jó (1995), Apocalipse 1,11 (1999), BR-3 (2005), História de Amor (Últimos Capítulos) (2007), A Última Palavra é a Penúltima (2008), Dido e Enéas (Ópera – 2008) e Kastelo (2010). O Tetro da Vertigem conta com o patrocínio da Petrobras desde 2006, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.
Na continuidade desse pensamento investigativo, o grupo se debruça agora, em 2012, sobre as questões de um bairro marcado pelo multiculturalismo. Desde 2010 o grupo vem realizando seminários, ciclos de palestras e leituras públicas acerca da imigração e das relações de trabalho no bairro Bom Retiro, em São Paulo, caracterizado pelo intenso comércio de produtos têxteis e agora, em 15 de junho de 2012, estreia o espetáculo Bom Retiro 958 metros. A forte presença de diferentes grupos étnicos que caracteriza essa região, associada às tensões sociais ali detectadas, também são aspectos que estimularam a companhia a escolher esse bairro como objeto de sua pesquisa.
Bom Retiro 958 metros reflete o próprio histórico de criações do Vertigem: uma investigação de espaços públicos para a encenação de seus espetáculos, buscando um diálogo concreto com a cidade. Com direção de Antônio Araújo e dramaturgia de Joca Rainers Terron, a peça busca utilizar o espaço urbano como campo de experimentação artística e, para tanto, propõe ao público uma caminhada cênica no bairro paulistano, participando de um trajeto urbano que inclui um centro de lojas, ruas, calçadas, cruzamentos, e um teatro atualmente fora do circuito cultural da cidade. O Instituto Cultural Israelita Brasileiro - ICIB -, entidade mantenedora do teatro, passa atualmente por uma fase de reestruturação interna, mas atuou, ao longo do século XX, fortemente na esfera cultural: organizou palestras e conferências, foi sede de uma biblioteca e de uma escola - a Escola Sholem Aleichem - e marcou as artes cênicas, montando e apresentando peças teatrais.
Sinopse
O Bom Retiro é um lugar no qual predomina o comércio. Contudo, no final do expediente, as portas fecham e o Bom Retiro se torna um bairro fantasma. No limiar entre a noite e o dia, entre o final de um expediente e o início de outro, as ruas são tomadas por personagens assombrados pela História, pela febre do consumo, pela ânsia de transformação e pelo trabalho. Em seu novo espetáculo encenado nesse não lugar, o Teatro da Vertigem propõe revelar o que acontece quando nada acontece e o restante da população dorme.
O bairro Bom Retiro
O Bom Retiro é uma das mais importantes “portas de entrada” de São Paulo, além de ser um polo significativo da multiculturalidade desde início do século XX até hoje. Tomando como ponto de partida tais aspectos, o Teatro da Vertigem pretende materializar cenicamente o diálogo e o confronto entre os diferentes grupos étnicos ali residentes.
Ao ocupar lugares significativos do bairro, marcados tanto por aspectos históricos quanto pela importância econômico-social, o Teatro da Vertigem pretende trazer à tona camadas ocultas ou negligenciadas, provocando a experiência de redescoberta dessa parte da cidade.
O espetáculo, nesse sentido, é uma caminhada cênica pelas ruas do bairro e um mergulho em suas memórias.
O Teatro da Vertigem
O grupo Teatro da Vertigem, criado em 1991 na cidade de São Paulo, desenvolve um trabalho artístico com base em elementos característicos, que vão desde a utilização de espaços não convencionais da cidade, passando pela criação de espetáculos a partir do depoimento pessoal dos seus integrantes e de processo colaborativo entre atores, dramaturgo, encenador E demais criadores, até a pesquisa sobre os processos de interferência na percepção do espectador.
Ficha Técnica
Dramaturgo Joca Reiners Terron
Concepção e Direção Geral Antônio Araújo
Co-direção Eliana Monteiro
Atores
Luciana Schwinden
Mawusi Tulani
Roberto Audio
Raquel Morales
Sofia Boito
Conrado Caputto
Kathia Bissoli
João Attuy
Icaro Rodrigues
Samuel Vieira
Beatriz Macedo
Naiara Soares
Renato Caetano
Elton Santos
Atriz convidada residente Laetitia Augustin-Viguier
Desenho de luz Guilherme Bonfanti
Direção de Arte Carlos Teixeira
Co-direção de arte Amanda Antunes
Figurinos Marcelo Sommer
Imagem Grissel Piguillem
Trilha Sonora original Erico Theobaldo e Miguel Caldas
Produção Executiva Stella Marini
Direção de Produção Teatro da Vertigem e Henrique Mariano

Serviço BOM RETIRO 958 METROS
Estreia 15 de junho de 2012, temporada até 30 de setembro de 2012
Ponto de encontro: Oficina Cultural Oswald de Andrade - Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo/SP
Fone para informações 011 3255 2713
Temporada Quinta a sábado às 21h domingo às 19h (a produção recomenda ao público que chegue 15 minutos antes do início para a locomoção até o local do espetáculo)
Ingressos R$ 30,00 inteira – vendidos somente pelo telefone 11 40035588, site www.ticketsforfun.com.br (os ingressos NÃO SERÃO vendidos no local)
Promoção de ingressos Meia para estudantes, aposentados, e 50% de desconto para clientes do cartão Petrobras (na compra de até 2 ingressos)
Lotação 60 lugares Duração 110 min sem intervalo Recomendação 16 anos
Informações IMPORTANTES ao público: O público será recepcionado na Oficina Oswald de Andrade, para, na sequência, ser encaminhado ao local do espetáculo. Recomenda-se aos espectadores ir com sapatos confortáveis e sem bolsa ou sacola, e, em dias de frio, ir agasalhado. O espetáculo será cancelado em dias de chuva.

Bichado volta em cartaz dia 14 de junho no Teatro do Núcleo Experimental


Bichado volta em cartaz dia 14 de junho no Teatro do Núcleo Experimental

Nova temporada tem sessões de sexta à segunda (somente a reestreia acontece em uma quinta) até dia 6 de agosto. Às sextas-feiras, os ingressos são gratuitos


Um soldado, desertor na Guerra do Golfo, desenvolve uma crescente paranoia envolvendo experimentos secretos feitos em militares pelo governo americano. Esta é a trama de Bichado(Bug, 1996, EUA), primeira montagem no Brasil de texto do dramaturgo e ator americano Tracy Letts, ganhador dos prêmios Pulitzer e Tony. Comédia de humor negro, o espetáculo integra a Trilogia da Guerra, composta também por Casa Cabul e As Troianas. A reestreia é dia 14 de junho, quinta-feira, às 21 horas, no Teatro do Núcleo Experimental.

Com tradução de Thiago Ledier, preparação de atores de Inês Aranha e direção musical de Fernanda Maia, espetáculo tem Einat FalbelPaulo CruzAlexandre FreitasAdriana Alencar e Rodrigo Caetano no elenco. A peça retrata uma história de amor cercada de paranoia e fecha questão em temas como teorias de conspiração e o lento caminho para a insanidade da mulher, sob forte influência do amante.

O diretor Zé Henrique de Paula conheceu a escrita de Tracy Letts, por conta de outra peça que assistiu, August: Osage County  (Agosto: Condado de Osage, Prêmios Pulitzer e Tony, em 2008). “Ele tem uma mão incrível para escrever diálogos afiados e cortantes, sempre tentando radiografar a classe média, no caso de Bichado, mais à margem da sociedade. Além disso, o texto toca em questões muito relevantes hoje em dia, neste tipo de sociedade urbana em que vivemos, como a solidão do homem contemporâneo e a sua frágil saúde mental, a felicidade química nas grandes cidades e a vigilância sobre as nossas vidas privadas”, diz o diretor, que abordou este último tema em uma de suas recentes montagens, O Contrato.

Sinopse
As cenas se passam no quarto de um motel de beira de estrada, nos limites de Oklahoma, Estados Unidos, onde vive a garçonete Agnes White (Einat Falbel) , quarenta e quatro anos,escondida de seu violento ex-marido, o ex-presidiário Jerry Goss, quarenta e poucos anos, que está prestes a voltar. Uma noite, sua amiga gay R.C. (Adriana Alencar) apresenta-a a um veterano da Guerra do Golfo, Peter Evans, (Paulo Cruz) vinte e sete anosEla começa um relacionamento amoroso com ele, que desenvolve uma crescente paranoia sobre a Gerra do Iraque, envolvendo experimentos secretos feitos em soldados pelo governo americano.

Peter tem certeza de que foi cobaia em experiências do exército americano e está extremamente nervoso na angústia de que os cientistas estejam em seu encalço. Essa estranha sensação é potencializada por um helicóptero que vive dando rasantes sobre sua cabeça. Quando o casal tem o quarto invadido por insetos, essa comédia de humor negro fica cada vez mais bizarra.

A Trilogia da Guerra
Bichado foi a escolha do diretor Zé Henrique de Paula para encerrar a Trilogia da Guerra, composta também por Casa Cabul e As Troianas. Segundo o diretor, cada peça tem um ponto de vista diferente sobre o assunto. “Bichado oferece o contraponto que precisávamos para poder falar dos efeitos da guerra na vida de pessoas comuns, o estresse pós-traumático e, além disso, metaforicamente, da guerra como força latente na vida diária e cotidiana. O trânsito virou uma guerra, a guerra contra as drogas, o relacionamento é uma verdadeira guerra”, explica ele.

Para o diretor, “o teatro deve ser um lugar para o questionamento constante sobre a fragilidade das nossas existências e sobre como o ser humano entende este mundo, sobre a perene crise de valores que acompanha a nossa caminhada e o nosso relacionamento com o outro”. Para isso, ele tem procurado textos que proponham olhares sobre essas questões e o material é abundante. “As três peças da Triologia da Guerra tratam dessa intersecção entre o Eu (indivíduo) e o Outro, pela via da intolerância (As Troianas), da descoberta (Casa/Cabul) e da simbiose (Bichado)”.

Escolha do elenco e preparação de atores
No final do ano passado, o diretor Zé Henrique de Paula e o Núcleo Experimental de Teatro abriram processo seletivo de atores para montar o elenco de Bichado. Foram mais de 100 inscritos e 20 selecionados para participar da oficina, comandada por Zé Henrique de Paula e a preparadora de atores Inês Aranha, que trabalha com o diretor há seis anos.

“A formação de elenco é uma das tarefas mais importantes do processo de direção e eu sempre tento avaliar erros e acertos, o tempo todo. Para Bichado precisávamos de tipos bem específicos, com temperamentos e características psicofísicas que pudessem fazer germinar os papéis que Tracy Letts escreveu com tanta riqueza de detalhes, mesmo os menores em extensão. Além disso, como os nossos processos são de investigação do material dramatúrgico e não de mera montagem do texto, preciso sempre de atores disponíveis, abertos a esse tipo de processo, quase obsessivos pelo trabalho de pesquisa e aprofundamento dos personagens”.

A preparadora de atores Inês Aranha conta que, em primeiro lugar, propõe um entrosamento entre o elenco. “Fazemos exercícios específicos para encontrarem o corpo da personagem que estão estudando, as relações entre eles, gestos característicos para cada um, ocupação do corpo no espaço e sua expansão, pesquisamos imagens para investigar a vida ficcional da personagem (ou seja, o que não está escrito no texto, mas que pode ajudar a encontrar essas realidades), o tempo-ritmo de cada personagem, os estados internos e emoções de cada um, etc”, afirma ela.

Em Bichado, esse trabalho foi feito antes mesmo do diretor começar a levantar as cenas. “Depois, com as cenas levantadas, o meu trabalho é ajudar os atores a aprofundar as partituras de ações físicas e seus sentidos lógicos para dar vida à encenação, com o embasamento técnico que foi utilizado na preparação”, diz Inês, informando ter uma excelente sintonia com Zé Henrique de Paula.

A montagem
Em Bichado, Zé Henrique de Paula explica estar flertando com uma linguagem nova, o hiper-realismo. “Enquanto As Troianas tem uma encenação bastante sensorial e a nova montagem de Casa/Cabul será bastante simbólica, Bichado precisa da crueza da realidade física e palpável, da sujeira do motel de beira de estrada, do mau gosto que invade sem pedir licença as vidas das pessoas, da geladeira velha e do box sujo de bolor. Afinal, o mote da peça é uma invasão de insetos que devastam as vidas do casal de protagonistas. Com um cenário único e ensaiando no próprio local de apresentação, podemos investir nesse detalhamento cada vez mais próximo da vida como ela é”, diz o diretor, que conheceu o texto de Bichado há 5 anos.

Cenário, luz e figurino convergem para a sensação máxima da realidade, dentro de uma abordagem estética quase cinematográfica, com eventuais escapes durante as transições de cena. “Essas sim são mais livres e tangenciam o sonho, o devaneio, a alucinação, as viagens provocadas pelo intenso consumo de drogas que acontece durante a peça”, conta Zé Henrique.

Críticas


"Lágrimas, suspiros, risos, bocejos: o teatro, rotineiramente, provoca todas essas sensações. Mas você já foi a uma peça que fez você fez se coçar todo? Isso é apenas uma das realizações únicas de Bichado, a peça emocionante de Tracy Letts... Bichado tem uma sutileza e uma firmeza de composição que demonstram a habilidade de um voo mais alto."

The New York Times


"Tracy Letts cria um suspense com um toque de comédia sci-fi... Letts tem sido citado como quem vê no personagem de Peter a manifestação de uma paranoia em relação às atividades de instituições poderosas."

CurtainUp


"Tracy Letts sabe não apenas como estruturar uma história para a eficácia máxima, mas também como fazer com que o público seja participante ativo na ação... Bichado é uma peça que explode com tensão e vibra com divertimento. Isso é realmente mais do que suficiente."

B Talkin' Broadway


"É uma das melhores peças que eu já vi na Off Broadway... Com Peter vêm os insetos; com os insetos, a paranoia; e com a paranoia, o apocalipse... Tracy Letts escreveu um texto muito provocador, que é sombriamente engraçado."

New York Cool



Sobre o autor Tracy Letts
Nascido em 4 de julho de 1965, é um dramaturgo e ator americano, que recebeu os Prêmios Pulitzer e Tony em 2008 por sua peça  August: Osage County  (Agosto: Condado de Osage),que estreou no Steppenwolf, em 2007 e foi apresentada na Broadway e Londres. Outras peças de sua autoria são Man from Nebraska (que foi produzida em 2003 e finalista do Prêmio Pulitzer), Killer Joe (apresentada em Chicago, Londres e Nova York) e Bug (aqui no Brasil, Bichado), que já foi montada em Nova York, Chicago e Londres.

 

Sobre o diretor Zé Henrique de Paula

Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Foi assistente do cenógrafo J.C. Serroni em Nova Velha Estória e Trono de Sangue. Dirigiu A Comédia dos Erros, Judas em Sábado de Aleluia, É 20! As Folias do Século, Revelação, Noite de Reis, Naked Boys Singing, O Despertar da Primavera, R&J, Mojo, Side Man, Novelo, além das peças do repertório do Núcleo Experimental: Senhora dos Afogados, Cândida, As Troianas – Vozes da Guerra, O Livro dos Monstros Guardados, Casa/Cabul e O Contrato. Atuou em O Jovem Hamlet, A Comédia dos Erros, É 20! As Folias do Século, Mojo, Camaradagem e Amargo Siciliano. Indicado ao Prêmio Shell em 2009 e 2010, como Melhor Diretor, por As Troianas – Vozes da Guerra e Side Man, respectivamente. 

Sobre a preparadora de atores Inês Aranha

Formada pela Civica Scuola D'Arte Drammatica Paolo Grassi, em Milão. Acompanhou montagens dirigidas por Tadeusz Kantor, Giorgio Strehler, Heiner Muller. Após dez anos de estudos e trabalhos na Itália, voltou ao Brasil para trabalhar no Grupo Tapa e no CPT. A partir de 1997, começou a lecionar Interpretação no INDAC, onde sua metodologia de técnicas de interpretação se consolida. Alguns de seus principais trabalhos como atriz foram: Nova Velha Estória, Nas trilhas da Transilvânia, Morte e Vida Severina, Ivanov e Moço em Estado de Sítio, Orgia e As Troianas – Vozes da Guerra. Dirigiu as montagens Oceano Mar, Minha Mãe, Desatino e O Anjo de Pedra.

Ficha técnica

Bichado – Reestreia dia 14 de junho, quinta-feira, no Teatro do Núcleo Experimental. Direção: Zé Henrique de Paula. Tradução: Thiago Ledier. Assistente de Direção: Bibi Piragibe. Elenco: Einat Falbel, Paulo Cruz, Alexandre Freitas, Adriana Alencar e Rodrigo Caetano. Preparação de atores: Inês Aranha. Direção musical: Fernanda Maia. Direção de Produção: Sergio Mastropasqua. Coordenação de produção: Claudia Miranda. Produção: Firma de Teatro.

Para roteiro
Reestreia dia 14 de junho, quinta-feira, às 21h no Teatro do Núcleo Experimental, na Rua Barra Funda, 637. Temporada – Até 6 de agosto. De sexta a segunda - sextas, sábado e segunda às 21h. Domingos às 19h. Ingresso: R$ 30 – Às sextas-feiras, os ingressos são gratuitos. Retirar com uma hora de antecedênciaDuração: 90 minutos. Capacidade – 50 lugares. Censura: 16 anos

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