Translate

terça-feira, 31 de julho de 2012

Direção de Zé Henrique de Paula, Mormaço estreia em agosto no Teatro do Núcleo Experimental

                                                        Foto Bibi Piragibe

         

Um diretor montando a segunda estreia do ano em seu novo espaço – a primeira foi Bichado. Um texto de um jovem e inédito dramaturgo brasileiro. Atores com diferentes trajetórias profissionais, oriundos de diferentes experiências na cena paulistana. Combinação de fatores importantes,MORMAÇO, a novidade teatral do pessoal do Núcleo Experimental, entra em cartaz dia 9 para uma curta temporada até 29 de agosto.

A exemplo da montagem de O Livro dos Monstros Guardados, de Rafael Primot, em 2009, o diretor Zé Henrique de Paula aposta na nova dramaturgia brasileira e leva aos palcos o texto deautoria do jovem Ricardo Inhan, formado pelo Núcleo de Dramaturgia do Sesi / British Council. Recentemente, Inhan foi um dos roteiristas da versão brasileira da série In Treatment, dirigida por Selton Mello.

Para Zé Henrique, Mormaço se comunica, de alguma forma, com as peças da Trilogia da Guerra (As Troianas – Vozes da Guerra, Casa/Cabul Bichado), ao abordar temas como violência, poder e desesperança.

Mormaço narra histórias de jovens sem ambição, devastados pelo isolamento e pela solidão. O enredo se desenvolve por meio de três quadros: dois amigos punks que são agredidos por um grupo de skinheads numa manhã ensolarada de domingo; dois irmãos presos em casa que planejam a morte do pai; e dois amigos, numa pista de skate, que saem com a mesma garota e aguardam o mormaço passar. Veja o site do grupo www.nucleoexperimental.com.br

Poder de comunicação
Zé Henrique conheceu o autor Ricardo Inhan em 2010, quando leu as peças produzidas no Núcleo de Dramaturgia do SESI/British Council, segunda turma. “Das doze peças que eu li naquele ano, a do Inhan me chamou a atenção pela escrita de alto poder de comunicação, aliando sofisticação dramatúrgica, inventividade formal e aquilo que eu busco em qualquer texto teatral, um olhar humano sobre os personagens”, diz o diretor.

Começou uma correspondência entre os dois e Ricardo foi mandando para Zé seus outros textos.Mormaço foi desenvolvido durante esse período, em parceria com integrantes do Núcleo Experimental que haviam trabalhado como assistentes de direção. “Com a peça mais amadurecida, acabei achando que ela já podia ser trabalhada com um grupo de atores e vir à cena”, fala Zé Henrique.

Sobre a montagem da peça, o encenador conta que ele e o grupo passaram mais da metade do processo debruçados sobre o estudo do texto, dos temas abordados, da gênese dos personagens e dos elementos visuais que inspiram a encenação (arte de rua, grafite, o registro fotográfico dos movimentos punk e skinhead, além de obras de pintores como Schiele, Rebolo e Munch).

“Como sempre, tenho privilegiado o trabalho dos atores, a ideia de descobrir e investigar a peça com os atores na sala de ensaio, o teatro como processo mais do que resultadoClaro que prezo pelo acabamento visual e musical - desta vez, a parceria em música se dá com o músico Hélio Flanders, vocalista da banda Vanguart”, diz Zé Henrique.

É a segunda peça que o grupo ensaia inteiramente no Teatro do Núcleo Experimental. Para o diretor, “esse fato, sem dúvida, acrescenta um outro elemento à concepção de direção, que é a interação com o nosso espaço cênico, a possibilidade de descobrirmos a concretude, a materialidade da peça, no próprio espaço em que ela será encenada”.

Desta vez, Zé Henrique de Paula usará o espaço aberto, as perspectivas, as longas distâncias, a ocupação dos cantos e dos vãos da sala, criando o ambiente inóspito e sufocante que Ricardo Inhan sugere para as três cenas da peça.

Texto potente
Para Ricardo Inhan, o texto de Mormaço não respeita a ideia de trama. “Não é uma obra que permite uma aproximação com um enredo feito para dar sentido nas ações e criar emoções de identificação no espectador”, explica. O texto foi escrito para mostrar (e não discutir) as circunstâncias que levam determinadas ações de violência a lugares extremos.

“É um mosaico sobre desesperança e desamparo. Ao mesmo tempo em que não permite uma interpretação imediata, uma única visão de mundo. Acho que pode ser um texto potente, por operar por outras formas de subjetivação e não focar em construções de personagens, mas por rascunhos de personalidades.”

Para o autor, Zé Henrique é um diretor de escolhas dramatúrgicas interessantes, corajosas. “O impacto da primeira vez que vi uma peça sob sua direção foi forte e pensei 'quero que esse cara dirija uma peça minha um dia'. Quando o conheci percebi que, além de inteligência e uma observação particular sobre o fazer teatral, ele é um diretor de estilo próprio, dono de um universo particular, e isso é raro fundamento para qualquer artista.”

Vocalista da Vanguart
O músico Hélio Flanders, da banda Vanguart, recebeu o convite para fazer a trilha sonora do espetáculo. “Tinha ouvido falar muito bem do trabalho do Zé Henrique e logo que tive mais contato com suas montagens, ele é absurdo! Admiro muito o Zé, suas observações para a criação da sonoplastia serão muito importantes. O texto de Mormaço é muito instigante e já estou sentindo uma conexão forte com a trilha. A ansiedade de fazer algo inédito se mescla a uma excitação enorme e o prazer de estar trabalhando com um diretor tão talentoso”, afirma Hélio.

Na concepção da trilha sonora, Hélio Flanders pretende utilizar colagens e alguns enxertos de música clássica, além de climáticas e ambiências. Vocalista do Vanguart, Hélio Flanders continuará, no segundo semestre, com a turnê de Boa Parte de Mim Vai Embora (o álbum foi recordista de indicações ao VMB Brasil 2012) e, em outubro, entra em estúdio para gravar o terceiro álbum da banda.

Ficha Técnica:
Mormaço - DireçãoZé Henrique de Paula. Texto: Ricardo Inhan. Assistente de Direção: Thiago Vieira. Produção: Firma de Teatro.Realização: Núcleo Experimental. Elenco: Ana Elisa Mattos, Danilo Rodriguez, Edu Zenati, Gisa Araújo, Juliana Calderón, Laerte Késsimos, Rafaela Cassol, Ricardo Mancini, Simone Sallas, Stephanie Lourenço, Thiago Vieira, Tiago Real, Valmir Martins. Para maiores informações:www.nucleoexperimental.com.br

 

Para roteiro:

Estreia 9 de agosto, quinta-feira, no Teatro do Núcleo Experimental, na Rua Barra Funda, 637. Temporada – 9 a 27 de agosto. De sexta a segunda – sextas, sábados e segundas às 21h. Domingos às 19h. Ingresso: R$ 30,00 inteira / R$ 15,00 meia. Ingresso gratuito às sextas (sujeito à lotação da sala). Capacidade: 50 lugares. Duração: 60 minutos. Censura: 16 anos.

Com cenário e figurino inspirado em Botero, a comédia Quem é a Fofinha? estreia nos palcos do Teatro APCD


A comédia passou por várias cidades brasileiras e participou de dois festivais em Portugal: 5º. Ciclo de Teatro Brasileiro em Arcos de Valdevez e Festival Cômico da Maia. Essa é primeira vez que a montagem faz temporada na capital paulista. Espetáculo tem como protagonista Beth Rizzo em mais uma produção da Cia. de Teatro Lá Vem o Rizzo. A direção é de Ênio Gonçalves, ator que tem carreira consolidada nos palcos e no cinema brasileiro

Após as temporadas de I Love Neide, Na Boca do Leão e João Pedro e o Mundo Louco da Dona Boca, o Teatro APCD vai se consolidando como novo pólo cultural da Zona Norte de São Paulo. O espaço continua com sua programação teatral e recebe o bom humor e as histórias do cotidiano na comédia Quem é a Fofinha?. A trama estreia sábado, 4 de agosto, às 21h. O espetáculo é protagonizado por Beth Rizzo, que também assina o texto com o diretor Ênio Gonçalves, em mais uma produção da Cia. de Teatro Lá Vem o Rizzo.

O espetáculo tem cenários e figurinos que remetem à obra do pintor colombiano Fernando Botero, um dos artistas mais prestigiados da América Latina, que tem como marca em seu trabalho o jeito peculiar de retratar personagens de maneira arredondada e rechonchuda. “O artista coloca os gordinhos de uma maneira natural e bonita, enfatizando o lado estético, deixando de lado a forma caricata. Procurei absorver essa atmosfera na questão visual da peça”, fala Beth Rizzo.

A peça mostra a história de Mada Lena, uma mulher fora dos padrões estéticos atuais, que depois de sofrer uma decepção amorosa pela Internet busca auxílio em uma sessão de terapia em grupo. O terapeuta tenta auxiliá-la fazendo com que ela reviva vários episódios de sua vida diária. A partir daí, ela encontra respostas para descobrir quem de fato ela é.

A partir desse momento, a protagonista tem flashbacks com seus regimes que tem como objetivo conseguir uma boa forma, encontrar um emprego ou comprar um vestido novo. “São momentos de conflitos com os quais a personagem lida, tudo tratado de maneira divertida na encenação. A comédia quer mostrar que é preciso o ser humano se aceitar, independente das diferenças de qualquer natureza. O público se identifica e se reconhece nas situações vividas”, conta a atriz.

O trabalho de Ênio Gonçalves procurou colocar em prática o humor inteligente e atingir vários públicos. “A história soa verdadeira, as experiências da personagem trazem identificação nas pessoas”. O diretor já atuou em novelas, participou de cerca de 40 peças teatrais, além de ser um nome reconhecido no cinema nacional por estrelar longas como Filme Demência e Garotas do ABC, ambos de Carlos Reichenbach. Também trabalhou com diretores renomados como Walter Lima Jr. e Júlio Bressane.

George Pagassini é o responsável pela trilha sonora que mistura música da Madonna, do clássico filme E O Vento Levou..., entre outros sons usados de maneira cômica. Quem é a Fofinha? passou por cidades brasileiras e participou de dois festivais em Portugal: 5º. Ciclo de Teatro Brasileiro em Arcos de Valdevez e Festival Cômico da Maia. Em 2012, a montagem foi convidada a se apresentar no 9º. Festival América do Sul – FAS, na cidade de Corumbá (MS).

“Essa é primeira temporada que fazemos na capital paulista. O Teatro APCD é grande, tem um belo urdimento, som excelente. Além disso, é bem localizado, tem fácil acesso para o público prestigiar um lugar que fomenta a cultura”, enfatiza Beth.

(Renato Fernandes – julho de 2012)

Teatro APCD
Novo pólo cultural na Zona Norte de São Paulo, inaugurado no mês de março. O espaço funciona no interior da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas. Com 1.662m², o teatro tem 800 lugares na plateia e 44 lugares distribuídos por dois camarotes. Com projeto arquitetônico de Heitor Coltro, o local possui poltronas vermelhas estofadas, palco de 7 por 6 metros, boca de cena de 16m por 5.80m.

Sobre a Cia. de teatro Lá vem o Rizzo
A Cia. de teatro Lá vem o Rizzo, núcleo da Cooperativa Paulista de Teatro, foi fundada em 2003, pela atriz, contadora de histórias, escritora e produtora teatral, Beth Rizzo. Desde seu início, a “Lá Vem o Rizzo” buscou uma investigação teatral, que, por meio da arte, o público jovem e adulto fosse sensibilizado a refletir sobre seu papel como cidadão, considerando a importância que suas atitudes podem ter na vida social. A Cia. tem em seu repertório mais de 60 histórias, já se apresentou e continua se apresentando nas unidades do Sesc, capital e interior, desde 2003, com contações de histórias, intervenções, mediações de leitura etc. Também em 2012 foi novamente selecionada pela Secretaria da Cultura do estado de São Paulo com 3 projetos: “Beth Rizzo contando causos cascudos”, “Poesia com alegria” e “Pedrinho e Narizinho contando suas aventuras no Sítio do Pica Pau Amarelo”, para apresentações em 30 bibliotecas, além da Secretaria de cultura de São Caetano do Sul com histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo.

PARA ROTEIRO:

QUEM É A FOFINHA – Estreia Sábado, 4 de Agosto, às 21h.Texto: Beth Rizzo e Ênio Gonçalves. Direção: Ênio Gonçalves. Elenco: Beth Rizzo e Ronaldo Barbosa. Operação de som e luz: Nuno Beserra. Produção: Cia. de Teatro Lá Vem o Rizzo. Duração: 55 minutos. Gênero: Comédia. Classificação: 12 Anos. Capacidade: 800 lugares. Ingressos: R$ 40 (Inteira), R$ 20 (Meia) e R$ 15 (Associados APCD). Temporada: Sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Até 26 de Agosto.

TEATRO APCD. Rua Voluntários da Pátria 547 – Santana – São Paulo/SP. Telefone: (11) 2223-2424  Lotação: 800 lugares. Bilheteria: De quarta-feira a sábado, das 15h às 22h, e domingo, das 15h às 20h. Pagamento: Cartões: Visa, Mastercard e Good Card. Acesso para deficientes físicos. Ar condicionado. Estacionamento no local, coberto e com seguro. A 100 metros da estação do metro Tietê. (http://www.apcd.org.br/teatroapcd/)

ARTEPLURAL – Assessoria de imprensa
Fernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
Adriana Balsanelli – (11) 9245-4138
Douglas Picchetti – (11) 9814-6911
Renato Fernandes – (11) 7286-6703
www.artepluralweb.com.br
www.twitter.com/arteplural
Facebook – Arteplural

Workshop ensina técnicas para adeptos da dança no SESC Pompeia


Flying Low se baseia na relação do bailarino com o chão.
A atividade será realizada todas as terças-feiras do mês de agosto.
As inscrições podem ser feitas na Central de Atendimento da Unidade
a partir de 25 de julho. A bailarina e coreógrafa Clarice Lima ministrará as aulas.

A dança coloca em prática movimentos difíceis de serem descritos em palavras. Gestos que evocam beleza, precisão, drama. Um leque cheio de leituras e interpretações. Em meio a essa rica atmosfera, o workshop de dança Flying Lowacontece nos dias 7, 14, 21 e 28 de agosto, das 10 às 11h30, no SESC Pompeia. As atividades serão ministradas pela bailarina e coreógrafa Clarice Lima, que já trabalhou com profissionais de dança de destaque como Jan Febre, Constanza Macras, Jorge Garcia, Cristian Duarte, entre outros.

A técnica de dança contemporânea conhecida como Flying Low se concentra principalmente na relação do bailarino com o chão. Foi criada por David Zambrano (Venezuela/Holanda), coreógrafo e professor que apresentou seus trabalhos e ensinou suas técnicas em mais de 50 países.

O método utiliza padrões de movimento simples que envolvem a respiração, velocidade e a liberação de energia por meio de todo o corpo para ativar a relação do centro com as articulações. O exercício proporciona uma maior eficiência no movimento para sair e entrar no chão. Inicialmente o aluno é convidado a explorar o corpo na posição vertical, conectando o físico com o ambiente à sua volta.

As sequências desafiam os alunos a descobrirem em algumas das leis primárias da física, como por exemplo: coesão e expansão. Uma ligação que envolve uma conexão entre corpo e ambiente. Braços, pernas, mãos, dedos, cotovelos, joelhos e pés deixam a performance com maior clareza e precisão, fazendo o movimento sempre passar por todo o corpo.

As inscrições estão abertas a partir de 25 de julho, quarta-feira na Central de Atendimento da Unidade. A atividade será realizada no 10º andar do Conjunto Esportivo e é indicada para pessoas que já desenvolvam trabalho corporal.

SERVIÇO:

Workshop Flying Low
Dias 7, 14, 21 e 28 de agosto, terças das 10h às 11h30.
10º andar do Conjunto Esportivo.
Vagas: 20.
As inscrições começam a partir da quarta, 25 de julho na Central de Atendimento.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos
Ingressos: R$ 5,00 a R$20,00
Duração: 90 minutos
Lotação: 356 pessoas
SESC Pompeia – Rua Clélia, 93
Telefone para informações: (11) 3871-7700

Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal
www.sescsp.org.br
.
Horário de funcionamento da Bilheteria – De terça a sábado das 9 às 21 horas e domingos e feriados das 9 às 19 horas (ingressos à venda em todas as unidades do SESC).
Formas de pagamento - Cheque, cartões de crédito (Visa, Mastercard e Diners Club International) e débito (Visa Electron, Mastercard Electronic, Maestro e Redeshop).

Assessoria de Imprensa - SESC POMPEIA:
Roberta Della Noce (11) 3871-7740
roberta@pompeia.sescsp.org.br

Marina Pereira
(11) 3871-7776
mclaudia@pompeia.sescsp.org.br

MARIA RITA NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO