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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

5ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas

Serão apresentados 22 espetáculos de grupos de teatro de rua de todo o Brasil em espaços públicos de São Paulo, entre 5 a 14 de novembro, em mostra organizada pelo MTR/SP (Movimento de Teatro de Rua de São Paulo). Cortejos e debates completam a Mostra.


A 5ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas é uma realização do Movimento de Teatro de Rua de São Paulo, co-patrocinada pela Secretaria Municipal de Cultura com apoio da Funarte (Fundação Nacional de Artes) e da Cooperativa Paulista de Teatro.

O evento apresenta grupos que pesquisam a linguagem do teatro de rua. O objetivo da Mostra é proporcionar novas oportunidades para os criadores dessa arte, buscando apoio institucional e espaços para apresentações. O evento aponta também para a importância da realização de debates e publicação de vivências estético-teóricas dos grupos, ampliando a reflexão e a troca de experiências que resulta em apuro estético e aperfeiçoamento das linguagens de cada coletivo.

Os grupos envolvidos nesta edição são de Recife (Movimento de Teatro Popular de Pernambuco - MTP), São Paulo (14 grupos: Capital, Campinas, São José dos Campos, Presidente Prudente, Santos e São José do Rio Preto), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Belém (PA). Após cada espetáculo, haverá bate papo com o público no mesmo espaço onde ocorreu a encenação.

O Movimento de Teatro de Rua de São Paulo, desde 2002, agrega diferentes grupos e companhias, pensadores e afins que defendem a existência de políticas públicas permanentes para garantir a continuidade de pesquisa, produção e circulação do teatro de rua. O Movimento propõe ações reflexivas em âmbito nacional e regional sobre a relação do teatro de rua com as cidades, defendendo o espaço público aberto como local de criação, expressão e encontro. O MTR-SP busca um novo significado para esses lugares, dando-lhes vida por meio da arte, retirando as pessoas, ainda que por alguns momentos, do ritmo urbano acelerado e lhes permitindo a distração, o riso, o sonho e a crítica; coisas que a arte propicia.


Programação resumida -
5ª Mostra de Teatro de Rua Lino Rojas


05/11 - sexta-feira

20h – Cerimônia de abertura e homenagem ao MTP/PE
Local: Teatro Studio 184 (Praça Franklin Roosevelt, 184 – Consolação)

· 06/11 - sábado
14h – Cortejo de abertura
Local de saída: Praça do Patriarca - Centro
Encerramento: Rua Teodoro Baima (em frente ao Teatro de Arena) - Consolação.
15h – Anuário Imaginário - Cia. Baitaclã (São Paulo/SP) – Duração: 50 min.
Local: Rua Teodoro Baima – Consolação
20h – Homem, Cavalo e Sociedade Anônima
Cia. Estável de Teatro (SP/SP) – Duração: 70 min.
Local: Arsenal da Esperança (Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás)


•07/11 - domingo
11h – O Filhote do Filhote de Elefante - Esquadrão da Vida (Brasília/DF) – Dur.: 45 min.
Local: CICAS - Centro Indep. de Cultura Altern. e Social (Av. do Poeta, 740 – Jd. Julieta)
16h – Quem Ensinou o Diabo a Amassar o Pão?
Grupo de Teatro Popular Vem Cá Vem Vê (MTP/PE) – Duração: 50 min.
Local: Praça do Casarão (ao lado da estação Vila Mara, Jd. Helena - ZL)
17h – Diásporas – Uma Dispersão da(s) Humanidade(s)
Poesis (MTP/PE) - Duração: 50 min.
Local: Praça do Casarão (ao lado da estação Vila Mara, Jd. Helena - ZL)

· 08/11 - segunda-feira
12h – O Negrinho do Pastoreio - Oigalê CAT (Porto Alegre/RS) - Duração: 50 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
15h – Sombras da Luz - IVO 60 (São Paulo/SP) - Duração: 60 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
18h –Aconteceu no Brasil Enquanto o Ônibus Não Vem –
Arte da Comédia (Curitiba/PR) - Duração: 60 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)

•09/11 - terça-feira
12h – Circo do Só Eu - Barracão Teatro (Campinas/SP) – Duração: 60 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
15h – O Comecim das Coisas
La Cascata Cia. Cômica (São J. dos Campos/SP) – Duração: 55 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
18h - Êta Vida - Teamu & Companhia (MTP/PE) - Duração: 55 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)

•10/11 - quarta-feira
12h – Reprise – Cia. La Mínima (São Paulo/SP) - Duração: 55 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
15h – Reis de Fumaça - Companhia do Feijão (São Paulo/SP) - Duração: 50 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
18h – A Farsa do Advogado Pathelin
Circo Teatro Rosa dos Ventos (P. Prudente/SP) - Duração: 70 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)

•11/11 - quinta-feira
12h – Terra Papagalli - Trupe Olho da Rua (Santos/SP) - Duração: 90 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
18h – Este Lado Para Cima – Isto Não é Um Espetáculo
Brava Companhia (SP/SP) - Duração: 80 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)

•12/11 - sexta-feira
12h – O Pavão Misterioso
Forrobodó de Teatro e Cultura Popular (São J. Rio Preto) - Duração: 60 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)
18h – Fio de Pão – A Lenda da Cobra Norato
In Bust - Teatro c/ Bonecos (Belém/PA) - Duração: 50 min.
Local: Praça do Patriarca (Centro)

•13/11 - sábado
12h – A Festa da Rosinha Boca Mole
Mamulengo da Folia (São Paulo/SP) - Duração: 45 min.
Local: Sacolão das Artes (Av. Cândido José Xavier, 577 – Pq. Santo Antônio, ZS)
16h – O Básico do Circo
Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo (SP/SP) - Duração: 60 min.
Local: Praça do Campo Limpo (Campo Limpo, ZS)

•14/11 - domingo
12h – Cortejo de Encerramento
Saída e retorno: Centro Cultural Arte em Construção
(Av. dos Metalúrgicos, 2100 - Cidade Tiradentes, ZL)
13h – Mercadores de Liberdade
Ifá-Rhadhá de Art’Negra (MTP/PE) - Duração: 45 min.
Local: Centro Cult. Arte em Construção - (Av. dos Metalúrgicos, 2100 – Cid. Tiradentes)
14h – Espetáculo: A Herança de Nós Todos
Grupo Arteiros (MTP/PE) - Duração: 50 min.
Local: Praça 65 (próxima ao Terminal Velho e Centro Cultural Arte em Construção)


Assessoria de imprensa
Verbena Comunicação – Tel (11) 3079-4915 / 9373-0181 – eliane@verbena.com.br

Movimento de Teatro de Rua - SP: http://mtrsaopaulo.blogspot.com
Selma Pavanelli (11) 8591-7734 e Áurea Karpor (8337-5168) e Noemia Sacaravelli (11) 8353-4499
















Blackbird, com Cristina Cavalcanti e Nelson Baskerville -REESTRÉIA

      BLACKBIRD, DE DAVID HARROWER REESTREIA NO VIGA ESPAÇO CÊNICO

Lançada no Festival de Edimburgo em agosto de 2005 e prêmio Lawrence Oliver de melhor peça inédita de 2007, a montagem brasileira - que estreou em setembro no Teatro dos Parlapatões reúne no palco Cristina Cavalcanti e Nelson Baskerville, sob a direção de Alexandre Tenório. O texto é um fascinante, intenso e provocativo drama que trata das seqüelas e dos distúrbios emocionais causados pela brusca interrupção de um relacionamento.

Sob a direção de Alexandre Tenório, com os atores Cristina Cavalcanti e Nelson Baskerville no palco, BLACKBIRD volta para temporada agora na Sala Piscina do Viga Espaço Cênico, a partir do dia 29 de outubro, sexta-feira, às 21 horas.

Numa sala abarrotada de lixo, usada como refeitório pelos funcionários de uma empresa, um homem e uma mulher se reencontram. A última vez que se viram foi há 20 anos, num quarto de hotel. Desde, então, tentam se reerguer, em vão. BLACKBIRD trata de como as atitudes do passado afetam o presente de forma irreversível, e questiona tudo o que sabemos sobre amor, culpa e moral.

Inspirada num caso que aconteceu nos Estados Unidos, a peça, contudo, não é nem de longe uma dramatização do real. Num intenso jogo de palavras de pouco mais de uma hora, os dois personagens se confrontam e dissecam o tabu que eles próprios viveram, mas cujo nome são incapazes de pronunciar, vivendo momentos de amor e ódio, nostalgia e rancor, sedução e desespero.

Depois de trabalhos na televisão, o ator Nelson Baskerville (que no teatro esteve com peça “Quando Nietzsche Chorou”) volta aos palcos paulistanos movido pela paixão despertada pelo texto de Harrower. Segundo ele, o texto é capaz de provocar uma discussão na qual não há lugar para julgamentos de valores, de certo ou errado. “O espectador fica num estado de tensão constante que oscila entre sensações antagônicas e inesperadas.”

O texto é de uma poesia ímpar. O jornal New York Times o apontou como “magistral, hipnótico, extraordinário, um milagre”. As palavras, quando não são interrompidas, ficam atravessadas na garganta. Na peça quase não há pontuação. “Para mim os pontos deixavam tudo muito rígido, muito conclusivo. A forma a que cheguei espelha melhor a incerteza destas pessoas, que estão sempre fazendo círculos em torno uma da outra. Também não conseguia escrever linhas que fossem até o fim do papel. Se você olha o texto parece um pouco com uma escultura. E, modéstia à parte, eu acho bonito”, diz Harrower.

“O resultado em cena é uma espécie de staccato, um estilo similar ao de David Mamet, em que a trama vai se revelando gradualmente, através de sugestões e das intenções dos atores”, conclui. Diante de tamanho sucesso, ele diz que será um desafio se superar. “Depois de BLACKBIRD vou ter que repensar sobre o que escrever, qual é o meu estilo, qual é a minha voz.”, diz o autor do texto David Harrower.

Segundo o diretor Alexandre Tenório, a dramaturgia do escocês David Harrower apresenta uma série de características inovadoras que vão além do próprio tema. “O aspecto formal do texto nos coloca diante de um novo tipo de realismo, muito mais próximo da linguagem falada, ao mesmo tempo em que valoriza a composição sonora de uma obra destinada ao palco.” A escrita em linhas quebradas, a constante ausência de pontuação, a economia de rubricas, pausas e silêncios desenham a respiração e dão aos intérpretes e à direção inúmeras opções de abordagem de expressão.

Para Cristina Cavalcanti, BLACKBIRD vem ao encontro do foco de interesse da Visceral Companhia, que tem pesquisado intensamente dramaturgia contemporânea do mundo todo, haja vistos seus últimos trabalhos: um russo, um norueguês e um inglês, todos escritos depois do ano 2000.
(texto dos próprios atores)


Sobre o autor
Nasceu em 1966 em Edimburgo. Sua primeira peça, "Faca nas Galinhas", estreou em 1995, numa produção do Bush Theatre e do Traverse, com direção de Philip Howard. Logo obteve sucesso nos mais importantes palcos europeus. "Nunca tinha ido ao teatro, não tinha dinheiro", declarou Harrower, que ganhava a vida lavando pratos. Escreveu: "Matem os Velhos, Torturem Suas Crias" (1998), "Presença" (2001), "Terra Negra" (2003), "A Recusa" (2006), "Blackbird" (2006), "365" (2008), "Cinzas de Sangue" (2009), "Começar de Novo" (2009) e "Caixa de Surpresas" (2009). Adaptou "A Crisálida", do romance de John Wyndham (1999), "Seis Personagens à Procura de um Autor', de Pirandello (2001), "Ivanov", de Tcheckov (2002) e "Büchner", de Woyzeck (2002), "Contos das Florestas de Viena", de Ödon vön Horváth (2003), "A Alma Boa de Setsuan", de Bertolt Brecht (2008), "Sweet Nothings", de Arthur Schnitzler (2009). Traduziu "Menina no Sofá", e "Púrpura", ambas de Jon Fosse.


Sobre Alexandre Tenório
Graduado em direção teatral pela Universidade do Rio de Janeiro em 1980, Alexandre Tenório tem dirigido principalmente textos contemporâneos, sendo os mais recentes A SERPENTE NO JARDIM, de Alan Ayckbourn, ATO ÚNICO, de Jane Bodie, ANNA WEISS, de Michael Cullen, PAISAGEM E SILÊNCIO, de Harold Pinter. Também dirigiu LENDO PINTER, ciclo de leituras de peças de Harold Pinter. O MONTA CARGAS, de Harold Pinter; GENTE FINA É A MESMA COISA / NÃO EXPLICA QUE COMPLICA, de Alan Ayckbourn; ENTRE QUATRO PAREDES (HUIS CLOS), de Sartre; NOITE DE GUERRA NO MUSEU DO PRADO, de Rafael Alberti; ANNA CHRISTIE, de Eugene O’Neill; Como tradutor, seus mais recentes trabalhos incluem AS PONTES DE MADISON de Robert James Waller (também adaptação), LOUCOS DE AMOR, de Sam Sheppard, O ZELADOR de Harold Pinter.
Para roteiro

BLACKBIRD – De 29 de outubro a 19 de dezembro , na Sala Piscina do VIGA Espaço Cênico. Autor – David Harrower. Direção – Alexandre Tenório. Elenco – Cristina Cavalcanti e Nelson Baskerville. Tradução - Alexandre Tenório. Censura – 16 anos. Duração – 70 minutos. Temporada – Sexta e Sábados às 21 horas, domingos às 19 horas. Ingressos – R$ 40,00 (meia-entrada para estudantes, classe artística e pessoas acima de 65 anos). Capacidade - 74 lugares. Em cartaz até 19 de dezembro.

VIGA ESPAÇO CÊNICO – Telefone (11) 3801 1843 - Rua Capote Valente, 1323 - CEP: 05409-003 (entre a rua Heitor Penteado e a Amália de Noronha). Próximo ao metrô Sumaré.