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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Palestra - Saúde Financeira Familiar (gratuito - SP)


Estreia - 'São Paulo Surrealista', de Marcelo Fonseca

foto de Bob Sousa 

Mergulho no surreal mostra símbolos e fantasias
de São Paulo aos olhos da Cia. Teatro do Incêndio

São Paulo Surrealista estreia em março no Madame (“Satã”).

A Cia. Teatro do Incêndio apresenta seu novo espetáculo São Paulo Surrealista, ritual teatral dirigido por Marcelo Marcus Fonseca. Com estreia marcada para dia 2 de março (sexta-feira, às 21h30), a montagem inaugura a programação teatral da casa noturna Madame (antiga Madame Satã que reabriu suas portas totalmente reformada e sob nova direção).

Este novo projeto da companhia, contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, é uma ode à cidade e seus personagens, confrontando - em um jogo de imagens sobrepostas - as contradições e fantasias da metrópole. Em São Paulo Surrealista o público confere o resultado da primeira fase desta pesquisa do Teatro do Incêndio.

O espetáculo não conta, necessariamente, uma história. Para revelar a cidade real, nada é realista. Os textos são colagens emolduradas por imagens e figuras da metrópole, sejam elas reais ou distorcidas, tendo na música ao vivo um elemento essencial para traduzir sua pulsação.

“Esta montagem propõe também que o público perceba a cidade pelos olhos de André Breton, um dos criadores do surrealismo, em um jogo que ressalta pontos turísticos, monumentos, terreiros, restaurantes e bordeis paulistanos”, explica o diretor Marcelo Marcus Fonseca.

Mário de Andrade, Roberto Piva, Pagu, nativos, cidadãos comuns, ninfas e animais recebem o surrealista André Breton, observado por Antonin Artaud (dramaturgo francês, surrealista), para um mergulho na capital paulista, percorrendo Os Nove Círculos do Inferno de Dante Alighieri.

Em cena, 25 atores em uma celebração musical da cidade com alusões ao cinema de Pier Paolo Pasolini e Frederico Fellini e textos escritos durante o processo pelo próprio grupo, com base na escrita automática característica do Surrealismo. Todas as canções foram compostas por Marcelo Fonseca e Wanderley Martins especialmente para o espetáculo, algumas delas “em parceria” com Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.

São Paulo Surrealista é um espetáculo que interage com o público, questionando a existência pela natureza histórica, política, sensual e caleidoscópica de uma cidade anárquica num delicado equilíbrio de contrários. O público é recebido com uma taça de vinho (quem quiser beber outras terá que comprá-las) e também pode degustar o absinto, mas oferecido pelos atores em conta gotas. O espetáculo ainda propicia a experiência surreal de ver uma escola de samba tocando peça de Heitor Villa-Lobos.

Os Nove Círculos do Inferno, por São Paulo Surrealista

       
Os Nove Círculos do Inferno são os degraus propostos pelo espetáculo, inspirados na primeira parte da Divina Comédia, para explorar os signos, ou infernos, da cidade de São Paulo.  No primeiro círculo, “Pagãos no Limbo”, André Breton é batizado no Candomblé, abrindo passagem para a imersão nas contradições e tradições da metrópole, como a “Luxúria”, onde a paixão pelo dinheiro impera, e a “Gula”, retratando a filosofia da comida em um banquete a la Píer Pasolini e frases do poeta francês Benjamin Péret. No quarto círculo, a “Avareza” se materializa em um homem velho, personagem que expulsa as pessoas desse banquete e guarda tudo para si.

Uma aparição de Antonin Artaud, com fios elétricos ligados à sua cabeça, representa a “Ira”, justificada em texto que questiona a própria existência. “Heresia” é o sexto circulo: uma freira tortura um padre enquanto lê, para Artaud, uma carta ao Papa criticando a religião. Em “Violência e Bestialidade” nosso personagem mergulha nas baladas noturnas dos jogadores de futebol e seus empresários que molestam adolescentes (passagem pontuada por textos bestiais e violentos do Conde de Lautréamont, poeta uruguaio que viveu na França, precursor do Surrealismo).

“Fraude” é o oitavo círculo, que faz cair por terra o sétimo: as jovens molestadas saem de dentro de sacos de lixos, mas estão “grávidas” de bolas de futebol. No último, a “Traição”, traz o mapa de São Paulo marcado por pontos turísticos, mesclados a tumores diversos. E Artaud conclui que a cidade doente e que trai a si própria.

Ficha técnica
Espetáculo: São Paulo Surrealista
Com: Cia. Teatro do Incêndio
Roteiro e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca
Co-direção e figurinos: Liz Reis
Elenco: Liz Reis, Marcelo Marcus Fonseca, João Sant'Ana, Wanderley Martins, Sérgio Ricardo, David Guimarães, Giulia Lancellotti, Talita Righini, Sonia Molfi e outros.
Direção musical: Wanderley Martins
Iluminação: Rodrigo Alves
Fotos: Bob Sousa
Composições originais: Marcelo Marcus Fonseca e Wanderley Martins
Produção e realização: Cia. Teatro do Incêndio
Apoio: Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo
Serviço
Estreia: 2 de março de 2012 –  sexta-feira – 21h30
Local: Madame (antiga Madame Satã) – www.madameclub.com.br
Endereço: Rua Conselheiro Ramalho, 873 - Bela Vista/SP - Tel: (11) 2592-4474
Temporada: sexta (às 21h30) e sábado (às 21 horas) – Até 19/05/12
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00), o ingresso dá direito à balada após sessão.
Bilheteria: 1h antes da sessão - Aceita cartões de crédito/débito (V, MC e AE).
Reservas: 2347 1055  e  9628 1772 - Gênero: Surrealismo - Duração: 70 min
Classificação etária: 18 anos - Capacidade: 200 lugares - Ar condicionado
Acesso universal - Estacionamento c/ manobrista (R. Cons. Ramaalho, 853): R$ 20,00.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Tel (11) 3079-4915 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br


Reestreia - "Nara"


Musical Nara volta em curta temporada para comemorar 70 anos de Nara Leão

Montagem vencedora do Prêmio Contigo de Melhor Musical Nacional e indicada
aos prêmios Shell e APCA faz uma delicada reverência à musa da bossa nova.

Depois de temporadas de sucesso em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, além de apresentações em Teresina e cidades do interior paulista, o musical brasileiro Nara – estrelado por Fernanda Couto – volta ao cartaz no Teatro Jaraguá, em São Paulo.

O espetáculo reestreia dia 25 de fevereiro, sábado, às 21 horas, para comemorar os 70 anos do nascimento da Nara Leão (19-01-1942 – 07-06-1989) e também os dois anos de história da montagem, que segue até 18 de março. O enredo de Nara percorre a trajetória da musa da bossa nova, reverenciando-a por meio de uma seleção musical que ilustra mais de 25 anos de carreira.

A direção é de Márcio Araújo que assina também a dramaturgia, ao lado de Fernanda Couto, e Pedro Paulo Bogossian é ROesponsável pela premiada direção musical. A ficha técnica traz ainda o talento de Valdy Lopes na cenografia, André Boll na iluminação e Cássio Brasil no figurino. No palco, além da protagonista Fernanda, estão em cena Rodrigo Sanches, William Guedes e Guilherme Terra.

Nara é um espetáculo delicado e elegante como a bossa nova. Canta a trajetória musical de Nara Leão e desvenda suas várias facetas de mulher, seu envolvimento político e suas posições artísticas. Nara descobriu e ajudou artistas como Chico Buarque, Maria Betânia, Fagner e tantos outros. Ela foi a musa da bossa nova, mas também flertou com o Tropicalismo, gravou sambas do morro, Roberto & Erasmo e até versões de clássicos americanos.

O diretor Márcio Araújo explica que “Nara é um musical de câmara, genuinamente brasileiro que não busca referências na Broadway e, sim, encontra nosso próprio caminho; mostra a relevância de uma música que nasceu aqui e ganhou o mundo: a bossa nova”.

A atriz Fernanda Couto foge da caricatura de Nara Leão e constrói a sua Nara pela essência, calcada em uma pesquisa que durou mais de quatro anos. “Identifico-me com seu canto, com sua postura em relação à arte e à vida. Apesar das diferenças físicas, há um sentido na música de Nara que me deixa muito próxima dela”. Revela Fernanda que, acompanhada por três músicos-cantores-atores, representa os principais acontecimentos da vida da cantora como a peça Opinião, o período do regime militar no Brasil e o auto-exílio, até ganhar o mundo com a sua força, talento e doçura.

Segundo o diretor, “Nara é uma respeitosa homenagem a esta artista da maior importância para a música brasileira e que tanto ensinou com suas posturas perante o sucesso, os amigos e a luta pela vida”. A montagem é dividida em momentos que sintetizam e pontuam as fases mais representativas da trajetória musical de Nara Leão. Textos sobre ela e depoimentos que concedeu à imprensa costuram, de forma sutil e delicada, o caminho que ela percorreu na história da música popular brasileira. O foco da montagem está na sua vida profissional e nas canções que interpretou: escolhas certeiras que refletiram na história da nossa música.

O enredo de Nara relembra cerca de 20 canções inesquecíveis, imortalizadas pela musa, entre elas: Diz Que Fui Por Aí (Zé Kéti e H. Rocha), Opinião (Zé Kéti), Se É Tarde Me Perdoa (R. Bôscoli e C. Lyra), Insensatez (Jobim & Vinícius), A Banda (C. Buarque), Com Açúcar, Com Afeto (C. Buarque), João e Maria (C. Buarque e Sivuca), As Curvas da Estrada de Santos (Roberto & Erasmo), Manhã de Carnaval (Luis Bonfá e Antonio Maria) e outras.

Fernanda Couto conta que, em 2007, iniciou uma pesquisa de repertório de músicas da MPB sem grandes pretensões. A figura de Nara apareceu nesse processo e, depois de ler e pesquisar, encantou-se e redescobriu Nara Leão: tanto a artista como a personalidade brasileira. “Não queria nada muito didático”, diz a atriz. Ela elaborou um roteiro e convidou Márcio Araújo para dirigir e ajudá-la na dramaturgia. Fernanda finaliza dizendo: “Pedro Paulo, com toda sua sensibilidade e experiência, conduziu-nos com maestria por esse universo musical, acrescentando muita bossa ao espetáculo".  

Nara foi contemplado o Prêmio Contigo de Melhor Musical Nacional e obteve quatro outras indicações: Prêmio Shell (Melhor Música), Prêmio APCA (Melhor Atriz e Direção Musical) e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro (Projeto Sonoro). Esta temporada foi viabilizada pela Lei Rouanet – PRONAC (Programa Nacional de Apoio à Cultura).

Espetáculo: Nara
Texto:  Fernanda Couto e Márcio Araújo
Direção: Márcio Araújo
Direção musical Pedro Paulo Bogossian
Elenco: Fernanda Couto, Rodrigo SanchesWilliam Guedes e Guilherme Terra
Cenografia: Valdy Lopes
Design sonoro: Luciano Monson
Iluminação: André Boll
Figurino: Cássio Brasil
Direção de produção: Mamberti Produções
Produção executiva: Daniel Palmeira
Temporada: 25/02 a 18/03 - sábado (21 horas) e domingo (19 horas)
Local: Teatro Jaraguá
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista – SP – Telefone: (11) 3255-4380
Ingressos: R$ R$ 40,00 (meia: R$ 20,00) – Bilheteria: 3ª a 6ª (14h-19h), sáb. (14h-21h) e dom. (14h-19h). Aceita todos os cartões - Gênero: Musical – Duração: 60 min – Classificação etária: 8 anos – Capacidade: 271 lugares - Antecipados: www.ingressorapido.com.br (4003-1212)
Acesso universal. Ar condicionado – Estacionamento c/ manobrista: R$ 18,00.

Assessoria de imprensa: ELIANE VERBENA
Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181 – verbena@verbena.com.br