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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pocket Show de Helena Elis em Porto Alegre


FNAC Porto Alegre apresenta:
Pocket Show com a Cantora Paulistana Helena Elis
BarraShoppingSul
Dia: 28/02 (quinta-feira)
Horário: 19h30
Av. Diário de Notícias, 300  - Loja 1121
Fone: (51) 3396 2003
Entrada Gratuita

Biografia Não Autorizada: Marcos Oliveira vive o drama e a comédia da velhice na vida do ator





Texto de Daniel Torrieri Baldi e Maristela Bueno alterna euforia e deboche, vingança e depressão, infância e amores perdidos.

Estrelada por Marcos Oliveira e dirigida por Jair Assumpção, a comédia Biografia Não Autorizada, estreia no dia 1º de março, sexta-feira, no Teatro MuBE Nova Cultural, às 21h30. O Texto – assinado por Daniel Torrieri Baldi e Maristela Bueno – conta a história de um ator que resolve escrever sua própria biografia quando se vê esquecido e desprezado pela mídia.

Por meio de sua autobiografia, Modesto Valadares quer escancarar a sua revolta com os bastidores da televisão e se vingar de todos aqueles que o prejudicaram no decorrer da sua carreira. Misturando comédia, drama e sarcasmo, o espetáculo traz Marcos Oliveira como protagonista num hilário debate com a própria consciência – interpretada pelo ator Tiago Robert. A consciência vem à tona para contar a grande verdade: quem sempre buscou reconhecimento e imortalidade como encara agora a mortalidade?

O diretor Jair Assumpção diz que “a peça representa o tragicômico da vida do ponto de vista de um ator que teve os holofotes da televisão ao seu favor e, na velhice, se vê relegado ao terceiro plano”. E completa: “Este texto revela o saber irônico da comédia da vida com sua dor física, moral e emocional. O público vai se identificar com a humanidade da personagem que traz a comédia nas memórias absurdas e a visão cômica do real”.

Biografia Não Autorizada promove este cômico encontro do ator com sua consciência em um minúsculo e entulhado apartamento, onde guarda seus restos de glória e sua solidão. Só lhe resta a miséria da vida. Ele bebe para anestesiar a dor e faz uso de remédios para esquecer seu drama. O diretor explica que o contraste entre o sonho e a realidade da personagem é discutido com muito bom humor, passando por fatores como sorte, imaturidade, vaidade e a não percepção da realidade à sua volta. “A consciência provoca, instiga e questiona; revela o indizível. Quem sairá vitorioso nesse embate?”

Marcos Oliveira defende que o personagem é mais real do que fictício e está muito próximo da realidade dos atores brasileiros. “Muitos atores passam pelo auge e depois chegam ao fundo do poço. A peça questiona essa instabilidade. É muito fácil você ter reconhecimento e depois não ter mais; é nesse momento que a gente começa a lidar com os nossos sonhos e pesadelos.”

O diretor acredita ma importância de mostrar esse lado tragicômico da vida dos artistas. “A profissão de ator é regulamentada no País, porém muitos profissionais não têm acolhimento algum no final da vida. A TV estimula não só o talento, mas também o uso da imagem e da beleza. Há um abandono e o que sobra são pedaços de memórias risíveis e coisas dramáticas”.  Assumpção finaliza dizendo que ícones como o artista, a TV e a velhice são desvendados nesta comédia.

Ficha técnica
Espetáculo: Biografia Não Autorizada
Texto: Daniel Torrieri Baldi e Maristela Bueno
Direção: Jair Assumpção
Elenco: Marcos Oliveira e Tiago Robert
Diretora assistente: Nara Marques
Direção de arte e adereços: Mônica Nassif
Figurino: Paula Sabbatini
Desenho de luz: Salsicha
Trilha sonora e sonoplastia: Fábio Sá
Diretor de cena: Nicolau Ayer
Visagismo: Kene Heuser
Operação de som: Marcelo Santiago
Camareira: Edite Nartis Sanches
Design gráfico e fotos: Francisco Júnior
Administração: Fernando Rossilho e Anna Amélia Torrieri Baldi
Produção geral: Daniel Torrieri Baldi
Produção executiva: Mariana Marcondes
Produção e realização: Desembuxa Entretenimento
Patrocínio: 3M do Brasil
Apoio: ProAC / ICMS (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo)
Serviço
Estréia p/ convidados: 1º de março – sexta-feira – às 21h30

Teatro MuBE Nova Cultural www.mubenovacultural.com.br

Rua Alemanha, 221 - Jardim Europa/SP - Tel. (11) 4301-7521
Temporada: de 1º de março até 5 de maio
SESSÕES BENEFICENTES: nos dias 2 e 3/3 (sábado e domingo) e também nos dias 7 e 14/3 (sessões extras às quintas-feiras, 21h) o ingresso será trocado por 1 kg de alimento não perecível.
Horários: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas)
Ingressos: R$ 40,00 (sexta e domingo) e R$ 50,00 (sábado)
Bilheteria: terça a quinta (14h às 18h), sexta (19h às 21h30), sábado (13h30 às 21h30) e dom. (10h às 11h e 17h às 19h).
Aceita dinheiro e cartões de débito e crédito (V e MC).
Gênero: comédia - Duração: 70 min – Classificação etária: 16 anos – 192 lugares
Ar condicionado. Acesso universal. Estacionamento/valet: R$ 25,00.

Assessoria de imprensa: VERBENA Comunicação

Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181 - verbena@verbena.com.br

Bruna Caram -Turnê Bem Vinda


Espetáculo ¡Salta! do Coletivo Teatro Dodecafônico prorroga temporada até 3 de março no Sesc Santo Amaro

foto: Cacá_Bernardes

A peça incorpora ao teatro a poética presente nas obras da cineasta argentina Lucrecia Martel. Os filmes O Pântano (2000), A Menina Santa (2004) e A Mulher Sem Cabeça (2007) servem de propulsores para a encenação. Os longas lidam com relações familiares, uma característica presente na peça


Coletivo Teatro Dodecafônico prorroga até 3 de março a temporada do espetáculo ¡Salta!, em cartaz no Sesc Santo Amaro. A obra da cineasta argentina Lucrecia Martel inspirou a criação da peça  com dramaturgia da escritora Verônica Stigger construída a partir das cenas criadas pelo Coletivo. Com direção de Verônica Veloso, o elenco é formado pelos atores Beatriz CruzGabrielaCordaroJoaquim LinoKatia Lazarini e Miriam Rinaldi.

Na trama, três mulheres se relacionam e se mesclam, definindo-se ora como irmãs, ora como amigas, mães e filhas. A presença de uma jovem e de um homem ajuda a delinear traços de uma familiaridade confusa. A tensão do ambiente anuncia algo que aconteceu ou está por acontecer. Neste clima, um assunto proibido permeia os diálogos e a vida destas pessoas.

O Pântano (2000), A Menina Santa (2004) e A Mulher Sem Cabeça (2007) - filmes da cineastargentina Lucrecia Martel - servem de propulsores para a encenação. Os longas tratam de relações familiares, característica presente na peça. “Muito mais do que adaptar os filmes, procuramos criar uma montagem com as reações que eles nos trazem. Buscamos incorporar ao teatro a poética presente nas obras da cineasta com uma história com múltiplas relações e aberta a interpretações”, conta Verônica Veloso.

Parte das ações principais ocorre em momentos de ócio da família e fora do alcance do olhar da plateia, assim como nos enquadramentos da diretora argentina. “Uma situação que gera a iminência de algo que está prestes a acontecer”, pontua Verônica Veloso. O treinamento corporal dos atores também está a serviço dessa atmosfera: “Os corpos são exibidos em disposições espaciais que remetem às esferas de intimidade, são mais valorizados a coluna vertebral, personagens de costas ou apenas extremidades como braços e pés.”
A trilha sonora, uma das questões primordiais da encenação, é colocada em cena como uma audiocenografia. ¡Salta! tem inserçõessonoras de fontes diversas: ruídos de um mar ausente, umpiscina presente apenas sonoramente, músicas latinas, programa de TV,barulho duma TV ligada em outro cômodo, chuveiro, entre outros. O objetivo é revelar um leque de vários caminhos para o espectador, com ruídos produzidos fora da cena ou que não fazem parte do universo ficcional.

“A audiocenografia de Felipe Julián tem como resultado um espaço, um ambiente, uma atmosfera criados pelo que as pessoas ouvem. O som infiltra, invadeocupa, uma forma de extensão da peça”, destaca a diretora. Logo no foyer do teatro, uma instalação com 100 alto-falantes e objetos utilizados em cena estarão expostas para colocar o público em contato com a obra e mergulhar no universo de ¡Salta!.

A peça se passa no ambiente quente e úmido de uma casa com piscina em algum lugar da América Latina. Daí o título da peça que faz referência à ideia de suspensão presente no movimento de saltar e aos saltos temporais presentes na dramaturgia fragmentada da encenação.

Esta é a primeira vez que o Coletivo Teatro Dodecafônico se apresenta num espaço no qual o espectador observará a peça de maneira frontal, quase numa relação de palco italiano. Acostumado com sessões em espaços alternativos e intervenções urbanas, o Coletivo usa toda seu repertório para envolver o Espaço das Artes do Sesc Santo Amaro. “Sem o diferencial do espaço, que sempre nos acompanhou, o som ocupa esse lugar de destaque, criando atmosferas e envolvendo o público com sonoridades que vêm de diferentes caixas de som, posicionadas ao seu redor”, comenta Verônica Veloso. A diretora cita uma frase de Bob Wilson que sintetiza bem a montagem. “É como se fosse uma peça radiofônica aliada a um filme mudo”, finaliza.
O processo de criação de ¡Salta! faz parte do projeto contemplado pela 19ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro - Secretaria da Cultura. A estreia e temporada são uma realização do SESC em parceria com o Coletivo Teatro Dodecafônico.

Sobre Lucrecia Martel
A obra de Lucrecia Martel é reconhecida mundialmente pela forma como apresenta a realidade latino-americana e a transforma em proposta estética e pela maneira como utiliza de forma peculiar e inovadora a faixa de som e os enquadramentos. Seus três longa-metragens foram vencedores de vários prêmios, entre eles o Urso de Ouro de Berlim, além de terem concorrido por duas vezes à Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes. Seu terceiro filme foi produzido pelos irmãos Almodóvar, parceria que segue até hoje na criação de seu novo trabalho.

Contemporânea dos cineastas do Nuevo Cine Argentino, a diretora preserva um estilo próprio, mantendo-se fiel a questões consolidadas pela constante reiteração de temas e motivos como a presença de uma dança das gerações entre e mães e filhas, certo deslizamento entre um estado de languidez juvenil e de apatia, além da insistência no uso da piscina, nas figuras da precipitação e da morte. Em diálogo com a cineasta, o Coletivo tem buscado transpor os procedimentos do cinema de Martel para a encenação ¡Salta!.

Sobre o grupo
Coletivo Teatro Dodecafônico é um conjunto de artistas reunidos em torno da pesquisa de procedimentos para a composição da cena teatral contemporânea,na qual todos os elementos da linguagem cênica (texto, espaço, corpo, tempo e som) têm igual relevância. Têespecial interesse para o Coletivo proporinterações entre procedimentos do cinema e do teatro para a criação cênica, assim como a relação entre corpo e arquitetura na encenação.

As cenas são criadas como se o público fosse uma câmera que observa oatores. O corpo é trabalhado a partir doprincípiotécnicodesenvolvidopoKlaussVianna Os atoreassume figuras;  raramente sã visto compersonagens. Afiguras são compostapor meio da composição corporal, físico-vocal.

Toda composição do Dodecafônico é uma reação a uma obra de referência: um texto literário, um filme ou umimagem pictórica. A partir dessa escolha, oColetivo procura reagir à obra, e não adaptá-la para o contexto teatral. Reagir é transpor (no caso da literatura, sem transformar discurso indireto em direto); reagiré transformar (a obra original compropulsora de novas formas textuais e imaticas) e reagi é montar, como na linguagem cinematográfica (sobreporelementos, criar em camadas).

A pesquisa do Coletivo Teatro Dodecafônico começou em 2007, com a criação de ISAURA S/A + 1 Experimento Hidráulico, parte prática da pesquisa demestrado de Venica Veloso, que buscava na poética cinematográfica inspiraçãpara a criação cênica A segunda montagem do Coletivo, O Disfarce do Ovo uma reação à Clarice Lispector, questreou em 2009, reagiu aos contos “Legião Estrangeira e O Ovo e a Galinha. Na terceira encenação, O QUE ALISVIU, que estreou em 2010, o Coletivo se propõe a reagir às Alices de Lewis Carroll  Alice no País das Maravilhas” Alice Através do Espelho , comoponto de partida para uma reflexão sobre a infância. Em setembro de 2011, o Coletivo foi contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro do Munipio de São Paulo,com o Projeto Decupagem Dodecafônic(execução de outubro de 2011 a outubro de 2012). Nele, o Coletivo compartilha seu processo de criação emduas vertentes: 1) São Paulo Através do Espelho, onde o foco se volta para a cidade de São Paulo; 2) a criação da nova encenação, ¡SALTA!  umareação à Lucrecia Martel.


FICHA TÉCNICA:
Encenação: Verônica Veloso. Co-encenação: Paulina Caon. Assistente de direção: Damyler Cunha. Atores criadores: Beatriz Cruz, Gabriela Cordaro, Joaquim Lino, Katia Lazarini e Miriam Rinaldi. Luz: Taty Kanter. Audiocenografia: Felipe Julian. Colaboração no treinamento vocal: Sandra Ximenez. Dramaturgia:Veronica Stigger. Figurino: Jorge Wakabara.  Confecção do figurino: João Pimenta. Cenografia: Vânia Medeiros. Cenotécnico: José Valdir. Operação de som: Pablo Mendoza. Fotos: Cacá Bernardes. Teaser: Denis Marcondes. Vídeos de cena: Bruna Lessa e Taty Kanter. Arte gráfica: Ana Paula Campos.Assessoria de imprensa: Arteplural. Produção: Coletivo Teatro Dodecafônico. Censura: 18 anos. Duração: 70 Minutos.

SERVIÇO

¡Salta! estreou dia 18 de janeiro às 20hs no Espaço das Artes do Sesc Santo Amaro. Temporada: Sextas, às 20h, sábados, domingos e feriados, às 19h. Até 3 de marçoSESC Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 505 – Santo Amaro/SP - Tel: 5541-4000. Capacidade – 50 lugaresIngressos – R$ 12,00 (Inteira), R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes), R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).