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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Teatro Eva Herz recebe a estreia de 'Nise da Silveira - Senhora das Imagens'


Estreia no Teatro Eva Herz o espetáculo
“Nise da Silveira – Senhora das Imagens


Produção carioca tem Daniel Lobo na dramaturgia e direção, atuação de Mariana Terra, coreografias de  Ana Botafogo e trilha sonora de João Carlos Assis Brasil. Carlos Vereza, Ferreira Gullar e José Celso Martinez Corrêa têm participações especiais.



Mariana Terra em cena. A atriz tem forte ligação com Nise da Silveira desde criança

Nise da Silveira chegou na vida de Mariana Terra ainda na infância da atriz, quando seu pai, o psicanalista Raffaele Infante, um dos discípulos de Nise, usou do psicodrama  para “libertar” seus pacientes. A psiquiatra na época lutava por tratamentos mais humanos, fazendo das tintas instrumento para a catarse de seus pacientes-artistas. E boa parte deste enredo real, de uma trajetória ímpar, virou mote para a dramaturgia e concepção do espetáculo multimídia NISE DA SILVEIRA – SENHORA DAS IMAGENS que estreia em São Paulo no dia 1º de fevereiro de 2012, no Teatro Eva Herz (Avenida Paulista 2.073, Livraria Cultura | Conjunto Nacional). A temporada paulista celebra os 60 anos do Museu de Imagens do Inconsciente, criado por Nise da Silveira e que teve origem nos ateliês de pintura e de modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1946.
Após temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, Brasília, Alagoas e Espírito Santo, a peça, que une teatro, dança, canto, projeção de imagens e pantomima, chega pela primeira vez a São Paulo e revela ao grande público a história de uma das mulheres mais importantes do século XX: Nise da Silveira,  médica psiquiatra alagoana que virou referência no tratamento da esquizofrenia no Brasil ao implantar ateliês de pintura em hospitais psiquiátricos, contrapondo-se aos polêmicos tratamentos com eletrochoque aplicados nos pacientes, tipo de método vigente na época. A partir dos trabalhos artísticos surgidos desse processo, Nise iniciou um estudo profundo das expressões simbólicas das pinturas para penetrar no universo do inconsciente de cada um deles, o que, talvez, tenha sido o seu grande trunfo. “A força daquela mulher  revolucionou a psiquiatria através da arte e de um processo mais humanitário de cura, de um olhar para o seu semelhante, que não fosse um olhar tão duro, um olhar tão científico, mas um olhar de amor ao próximo”, explica o diretor Daniel Lobo.
“Nise da Silveira – Senhora das Imagens” apresenta um painel dos acontecimentos marcantes na vida da psiquiatra. Fatos como a chegada ao Rio de Janeiro, em 1927, a amizade com Manuel Bandeira, a prisão no governo Getúlio Vargas, a aproximação com o escritor Graciliano Ramos e a relação com o psicanalista Carl G. Jung, estão na narrativa que culmina na consagração internacional das obras criadas por seus pacientes.
Criado pela Essencial Cia. de Teatro, o espetáculo tem direção e dramaturgia de Daniel Lobo (Prêmio APCA com o espetáculo “O menino detrás das nuvens”), atuação solo de Mariana Terra, coreografias da bailarina Ana Botafogo e trilha sonora inédita do pianista João Carlos Assis Brasil. Em cena, participações especiais do poeta e crítico de arte Ferreira Gullar (em vídeo), do ator Carlos Vereza, cuja voz, ouvida em off, dá vida ao psicanalista Carl Gustav Jung (que, inclusive, visitou o Museu de Imagens do Inconsciente, instituição criada por Nise da Silveira), importante referência na vida da psiquiatra e de José Celso Martinez Corrêa, admirador de longa data da psiquiatra.“Procuramos fazer do espetáculo um grande caleidoscópio, assim como era o trabalho da própria Nise”, conta Daniel Lobo.
A concepção do espetáculo
A Essencial Cia. de Teatro concebeu espetáculo multimídia unindo teatro, dança, vídeo, canto e pantomima. Sobre o cenário de Ronald Teixeira são projetadas pinturas doMuseu de Imagens do Inconsciente, concebidas por sete pacientes de Nise da Silveira, os quais eram apelidados por ela de “camafeus”. A bailarina Ana Botafogo assina, pela primeira vez em seus 35 anos de carreira, coreografias para um espetáculo teatral. A cada dia de encenação três danças, de um total de sete, são apresentadas ao público. Portanto, dificilmente um mesmo espectador verá a mesma cena se voltar a ver a peça.
As pinturas desses camafeus de Nise da Silveira impressionam pela força das cores, das pinceladas, e foram considerados por Ferreira Gullar (que também é crítico de arte, além de poeta) e Mário Pedrosa (crítico de arte e literatura) como alguns dos maiores pintores brasileiros de seu tempo.
A ligação de Mariana com Nise
A ligação de Mariana com sua personagem vem do tempo em que a atriz era criança. Filha do também psiquiatra  Raffaele Infante, um dos discípulos de Nise, Mariana acompanhou a luta de seu pai (e a de Nise) pelo que é descrito no espetáculo como uma “psiquiatria mais humana”.  Enquanto Nise fez das tintas instrumento para a catarse de seus pacientes-artistas, Raffaele usou do psicodrama para “libertar” seus pacientes. E boa parte desta trajetória foi acompanhada por Mariana. O embrião do projeto para este espetáculo começa para valer em 2008. O destino reuniu Daniel Lobo e Mariana Terra na mesma sessão de aula de ioga. Daniel comentou com a turma de que estava montando uma equipe para conceber um espetáculo que tratasse da vida de Nise. Mariana disse que conheceu Nise quando criança, que seu pai, Raffaele Infante foi um discípulo dela. E por coincidência da vida (ou não) Daniel Lobo conheceu Raffaele 20 anos antes, quando tinha 18 anos. A partir dessa história com ingredientes cármicos (ou de sincronicidade, como diria Jung), nasceu “Nise da Silveira – Senhora das Imagens”.
Biografias
Mariana Terra
Formada pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e pela Escola de Dança Angel Vianna, Mariana Terra aperfeiçoou seu ofício no Centro de Teatro Ateneo, em Roma. Trabalhou ainda com Bruce Myers, parceiro de Peter Brook, no Workcenter of Jerzy Grotowski, em Pontedera, e no Grupo Potlach, em Fara Sabina. Aprofundou-se também com Claudio Di Maglio, um dos maiores nomes da Commedia Dell’arte. É co-fundadora do Aion Teater, companhia sediada na Itália.
Daniel Lobo
Por seu desempenho em teatro recebeu os prêmios APCA - Associação Paulista de Crí­ticos de Arte, Troféu Mambembe/Ministério da Cultura e Festival Nacional de Teatro de SP.  Idealizou o projeto “O Amante do Girassol”, espetáculo poético-musical e CD homônimo em que reúne textos e canções de sua autoria interpretados por Amyr Klink, Dra. Zilda Arns, Monja Coen, Diogo Vilella, Reynaldo Gianecchini, Mariana Ximenes, Chico Anysio, Paulo Goulart e Eva Wilma, entre outros. Em TV, participou da novela “Esperança”, sob a direção de Luiz Fernando Carvalho.
Ficha Técnica
Dramaturgia, concepção multimidia e direção: Daniel Lobo. Interpretação e co-dramaturgia: Mariana Terra. Coreografia: Ana Botafogo. Trilha original: João Carlos Assis Brasil. Participações de Carlos Vereza (Voz do Inconsciente) e Ferreira Gullar, José Celso Martinez Corrêa, Ednaldo Lucena e Gilray Coutinho (em vídeo). Preparação vocal: Angela Herz. Cenografia e figurino: Ronald Teixeira. Desenho de luz: Djalma Amaral. Percussão: Marco Lobo. Ensaiadora: Inês Pedroza. Edição: Personal Filme (Daniel Trindade) Realização: Essencial Companhia de Teatro.
Serviço
Nise da Silveira – Senhora das Imagens
Local: Teatro Eva Herz - Livraria Cultura | Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2.073 - Bela Vista - São Paulo/SP
Temporada: de 01 de fevereiro a 29 de março de 2012, Quartas e Quintas, às 21h
Fone bilheteria: 11 3170-4059 Site: www.teatroevaherz.com.br e www.ingresso.com
Capacidade: 168 lugares (Quatro espaços para cadeirantes) Duração: 1h30 min
Classificação: a partir de 16 anos
Ingresso: R$50,00. Meia-entrada para estudantes, idosos, professores da rede pública de ensino e portadores de necessidades especiais
Horário de atendimento da bilheteria: de Terça a sábado: das 14h às 21h e domingos: das 12h às 19h
Acesso para deficientes/Banheiro para deficientes/Ar condicionado/Aceita todos os cartões/Não aceita pagamento em cheque.

CANAL ABERTO ASSESSORIA DE IMPRENSA
Márcia Marques – email: canal.aberto@uol.com.br
Fones: 011 2914 0770/ 011 3798 9510
Celular: 011 9126 0425

Citações
"Mariana Terra, com um trabalho de categoria e graça, usa máscaras, dança e canto. Graciosa coreografia de Ana Botafogo. Encantadora música original de Assis Brasil"
O GLOBO - BARBARA HELIODORA
''Umas das montagens que mais me tocaram desde que exerço o ofício de crítico teatral. Intérprete brilhante. Das mais impactantes atuações que já assisti em toda a minha vida.''
LIONEL FISCHER – Crítico teatral
"Música, coreografia e texto inspirados. Belo tributo!"
REVISTA VEJA RIO - CARLOS HENRIQUE BRAZ
"Raras vezes me emocionei tanto vendo um espetáculo teatral."
GRACINDO JÚNIOR – Ator e diretor
"Espetáculo de carga emocional forte."
PAULO BETTI – Ator e diretor
"Final corajoso e emocionante. Interpretação da Nise é mediúnica."
BENILTON BEZERRA JR. – Psiquiatra

Grupo de Dança Primeiro Ato estreia "Adorno" na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança

Foto: Guto Muniz


GRUPO DE DANÇA PRIMEIRO ATO ESTREIA ADORNO NA 38ª CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO DO TEATRO E DA DANÇA
Espetáculo inspirado nas imagens dos habitantes da região do Vale do Omo, na África, já foi apresentado em diversas cidades, mas pela primeira vez integra o calendário de ações da Campanha

O Grupo de Dança Primeiro Ato abre a temporada 2012 com participação na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Nos dias 21 e 22 de janeiro, a companhia apresenta “Adorno”, no Grande Teatro do Palácio das Artes e a expectativa é de mais uma vez lotar o espaço, agora com o espetáculo revigorado. “O trabalho nunca é o mesmo. O espetáculo se modifica com o tempo, os bailarinos se envolvem e apropriam da apresentação. A essência de ‘Adorno’ permanece, mas ajustamos alguns detalhes em relação à estreia, nos dias 2 e 3 de julho”, explica a diretora do Grupo, Suely Machado. As apresentações (Sab: 21h; dom: 20h) têm entrada a preços populares: R$ 12,00.

O Grupo de Dança Primeiro Ato, completou 25 anos de estrada no ano passado, mas Suely conta que esse ano é especial por outro motivo. “Em 2012, comemoramos os 30 anos de existência do núcleo de formação de bailarinos, que hoje conta com mais de 430 alunos. Esse trabalho vai ao encontro das propostas da Campanha e do Primeiro Ato, que é a de valorizar e formar público e criadores da arte contemporânea”.

Para Suely Machado, a oportunidade de apresentar “Adorno” novamente no Palácio das Artes é fruto do reconhecimento do Grupo e do espetáculo. “Esse trabalho é de difícil circulação e estar inserido no calendário da Campanha é muito gratificante, pois assim como o 1º Ato, é um projeto vitorioso com mais de 30 anos de atuação, valorização da cultura, do artista e das artes em geral”, avalia a diretora que ainda completa: “a Campanha tem uma característica peculiar, que é a de levar a dança e o teatro a pessoas que muitas vezes não são habituadas a frequentar espaços culturais”.

Em “Adorno” as imagens das tribos Mursi e Surma da região do Vale do Omo, na África, serviram de inspiração para a construção do espetáculo levando a equipe a uma reflexão sobre o primitivo e o sideral na evolução do ser humano, na aproximação entre masculino e feminino, suavizando as diferenças e diluindo barreiras.

O processo teve início quando Suely Machado recebeu de um amigo, imagens destas tribos: “As fotos de Hans Silvester me emocionaram pela qualidade e pelo resultado humano que apresentavam. A pureza e leveza na estética contrastando com a profundidade dos olhares provocaram em mim uma reação física e o desejo de dialogar através de nosso trabalho. Flores, frutos e sementes são adereços enaltecidos pela pintura corporal feitas como forma de contato, um no outro, tornando-os ao mesmo tempo artistas e obra de arte levando-nos a reflexão sobre a escassez de nosso tempo”, diz Suely Machado.

Nos dias 21 e 22 de janeiro, além dos bailarinos do Grupo, sobem ao Palco do Palácio das Artes a cantora e compositora Titane e o percussionista Marco Lobo. Além da parte musical, “Adorno” se destaca pela iluminação, desenho de luz e palco móvel que juntos se interagem com os vídeos e os bailarinos, além do figurino, assinado pelo estilista Ronaldo Fraga, que se inspirou na liberdade das tribos Murci e Surma de usar o corpo como aparato para pintura. Titane afirma: ‘’O diálogo entre as artes já foi uma tendência. Hoje, é uma realidade. Não há como fugir disso’’.

Em 2011, além do Palácio das Artes, “Adorno” circulou por Divinópolis, Vitória e São Paulo e foi conferido com boa aceitação, por aproximadamente 10 mil pessoas. O saudoso crítico de espetáculos Marcelo Castilho Avelar termina assim sua crítica sobre o trabalho. “Os bailarinos podem estar num momento, construindo uma relação em cena para, no instante seguinte, desenvolver um solo independente de tudo o mais que vemos. A partir das ousadias presentes no espetáculo, é possível imaginar uma dúzia de novas coreografias, como se a obra abrisse caminhos novos para a companhia. Tudo isso faz de Adorno fonte permanente de êxtase para os sentidos e o coração”.

DEPOIMENTO DOS ARTISTAS ENVOLVIDOS NA CRIAÇÃO___________________________

Alex Dias – Estudo do Movimento
“Partimos das ações simples, objetivas para construir uma movimentação precisa, focada na particularidade, no desejo do contato e de expressar marcas e sensações vividas. O sentimento em sua forma mais essencial provocando um estado corporal livre e peculiar, configurando uma atitude fundamental do fazer artístico”, explica o bailarino Alex Dias, um dos responsáveis pelo estudo do movimento do espetáculo.


Guille Seara – Cenógrafo
Na concepção e direção de criação de cenárioGuile Seara, criou a ambientação de “Adorno” juntamente com os artistas Manuel Guerra e Sophia Felipe, usando tecnologia e arte digital com interferências, efeitos visuais e projeções de vídeos, possibilitando o diálogo entre dança e tecnologia. “O espetáculo começa como se estivéssemos em cosmo, no céu de onde viemos e revela um nascer do dia, a chegada do sol” inspirada na sensação trazida pelas fotos explica Guille

Lula Ribeiro – Direção da Trilha sonora.
Pela primeira vez, a trilha sonora será executada ao vivo durante o espetáculo. “Quando Suely me passou a idéia das tribos pensei, primeiramente, em algo instrumental. Mas depois, vieram as melodias, a referência musical africana, e a parte rítmica. A partir daí convidamos o Tizumba e a Titane para fazer interferências vocais”, conta Lula Ribeiro, responsável pela trilha sonora. A percussão ficou a cargo de Marco Lobo que completa, “o fato de ficar ao lado do grupo, fez o processo de composição ser próximo. Assim, fomos criando a trilha e amadurecendo nossas ideais a partir do que era mostrado”. Segundo ele, foi um rico processo de pesquisa, com várias visitas aos ensaios do Grupo, onde músicos, bailarinos e a direção trocaram idéias, impressões e experiências até acharem ao som que estavam procurando.

Ronaldo Fraga - Figurinista
O estilista Ronaldo Fraga é responsável pelo figurino do espetáculo. Em sua criação ele utiliza a diversidade das cores, formas geométricas, que ao mesmo tempo confundem o espectador sobre o que é pele e o que é tecido “Muito mais do que uma pintura primitiva é um conceito de beleza. Por isso, eu me inspirei na liberdade da tribo de usar o corpo como aparato para a pintura”, completa Ronaldo Fraga.

Jorginho de Carvalho – Desenho de Luz
O espetáculo conta com uma luz marcante que mostra a situação de risco que vive essas tribos com a possível construção de uma hidrelétrica e com uma nova fenda já constatada no continente africano. “Eu ficava conversando com a Suely sobre essa inspiração e sobre a ideia que o continente vai ser separado originando essas pinturas. O desenho de luz tem a ver com força da natureza e a vibração”, diz Jorginho de Carvalho, responsável pelo desenho da luz.

A DOR NO__________________________________________________________________
SINOPSE DA OBRA

“Entre o instante e o extinto, entre o humano e o sideral acontece o fenômeno”. O homem e suas possibilidades. O risco de ousar ser próprio e único no momento da fala inevitável. A poesia pelo gesto, que no traço, propõe encontros. Mescla das artes que desenham vidas e juntas constroem o inusitado do próximo instante. Incógnito. Possível pela ilusão do real, real pela possibilidade de criar ilusões.

Dança para sentir, arte para fluir, olhar que transforma, transcende, transmuta, mudando o ciclo, alterando a órbita, redimensionando a existência.

A delicadeza das pinturas contrastando com a dureza de nossa urgência cotidiana, o foco da câmera na profundidade daqueles olhares pousados na lente e posados para a eternidade tornou inevitável a comparação com nossa falta de pouso e o farfalhar de atitudes em busca de presença. Desse conteúdo foi construído o espetáculo nos fazendo escolher pela leveza e delicadeza dos movimentos emociona-se Suely.

“O espetáculo está maduro, estamos muito mais próximo do que a gente construiu. Já saboreamos a reação da plateia e vimos que as pessoas saem sensibilizadas pela delicadeza das imagens”, relata Suely Machado.

25 ANOS______________________________________________________________________

A estréia de “Adorno”, em julho de 2011, também marcou a comemoração dos 25 anos do Grupo de Dança Primeiro Ato. “Minas Gerais é um dos poucos lugares do Brasil que mantêm trabalhos de grupo com originalidade e qualidade por tanto tempo: destaca Suely Machado, diretora do grupo.

O Grupo nasceu do amor de sua fundadora pela dança. “Há 25 anos, eu não pensava em nada, só queria dançar. Fundamos o Primeiro Ato para ter a oportunidade de ter um coletivo de criadores, artistas de formações diversas. Queria unir diferenças”, revela a diretora do Primeiro Ato reforçando que esta sempre foi à missão do Grupo.

Entre as curiosidades dos 25 anos, Suely conta que os figurinos dos espetáculos em repertorio são os mesmo da montagem original. Eles são guardados de forma impecável, catalogados e mantidos na melhor forma de preservação possível. “A bailarina e atriz Fernanda Vianna, quando voltou ao grupo, ficou toda feliz porque pode vestir o mesmo figurino que ela usou na estreia do ‘Isso aqui não é Gothan City’ há 25 anos” revela Suely, mostrando o cuidado que o Grupo tem com todos os detalhes de sua história.

“De alguma forma os trabalhos assinados por mim e pelo grupo tocam a sensibilidade humana. O que importa é a sutileza que diferenciam as histórias de cada criador e eu procuro utilizar isso em cena. Cada bailarino é co-autor da obra, eles doam suas bagagens de vida e artísticas generosamente e por inteiro”, finaliza Suely Machado.

Ao longo destes 25 anos de trajetória o Primeiro Ato já passou por temporadas em diversos estados brasileiros e apresentações nos Estados Unidos, Espanha, Portugal, Argentina e Alemanha, além de ganhar diversos prêmios regionais e nacionais.

FICHA TECNICA_______________________________________________________________
Diretora: Suely Machado
Produtora: Regina Moura
Cenógrafo: Guile Seara
Figurinista: Ronaldo Fraga
Iluminador: Jorginho de Carvalho
Estudo do Movimento: Alex Dias
Bailarinos: Alex Dias, Marcela Rosa, Danny Maia, Lucas Resende, Pablo Ramon, Ana Virginia Guimaraes, Verbena Cartaxo, Verônica dos Santos
Trilha Original: Lula Ribeiro e Marco Lobo
Cenotécnico: Roberto Duque
Vozes ao vivo: Titane e Mauricio Tizumba
Técnico de luz: Elias do Carmo
Sonoplasta: Fabricio Galvani

SERVIÇO_____________________________________________________________________
GRUPO DE DANÇA PRIMEIRO ATO ESTREIA ADORNO NA CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO DO TEATRO E DA DANÇA
Dias: 21 e 22 de janeiro, sábado e domingo
Horário: 21h sábado e 20h domingo
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes
Avenida Afonso Pena, 1537 – Centro – Belo Horizonte
Ingresso: R$12,00 (inteira)