Translate

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Espetáculo é encenado na casa dos próprios atores

Dizer e Não Pedir Segredo joga foco na homossexualidade e revela para público assunto ainda tratado apenas na intimidade

A montagem – que fica em cartaz gratuitamente – também pode acontecer na residência das pessoas, para grupos de, no mínimo, 20 espectadores. A partir de pesquisa, o grupo revela facetas histórias importantes do amor entre iguais


Com direção de Luiz Fernando Marques, criação, pesquisa e dramaturgia de Ivan Kraut, Luiz Fernando Marques, Luis Gustavo Jahjah, Paulo Arcuri e Ronaldo Serruya (os três últimos também no elenco), Dizer e Não Pedir Segredo estreia dia 12 de novembro, às 21 horas, na rua Bela Cintra 619 – Apto 72 – Consolação (Esquina com a Rua Fernando de Albuquerque)

O livro Devassos no Paraíso – A homossexualidade no Brasil, da Colônia à Atualidade, de João Silvério Trevisan, foi o ponto de partida da pesquisa do Grupo. Na obra, Trevisan conta a história da homossexualidade brasileira, com narração de várias histórias acontecidas em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, entre outros lugares desde o período colonial. Histórias e casos de amigos também foram importantes na composição da dramaturgia.

Dedicado à memória de Ivan Kraut, o espetáculo é um mergulho no universo da homossexualidade masculina no Brasil, sob uma perspectiva histórico-social. Busca a construção de uma identidade gay em paralelo a uma identidade brasileira. O texto da peça, criado de forma colaborativa pelos atores e direção, embaralha os tempos, vai e volta cronologicamente, e constrói, numa linha evolutiva, um olhar sobre o desejo.
A encenação de Dizer e Não Pedir Segredo é construída com a cumplicidade da platéia, que assiste às cenas dentro do próprio espaço cênico: uma sala, que poderia ser qualquer sala, de qualquer família brasileira, lugar onde por hipocrisia ou medo nada se revela, ou melhor, tudo se apresenta velado, sob os signos reconhecíveis de uma sociedade heterossexual falocêntrica, que dita as regras.

Os espectadores escolhem onde sentam, escolhem adereços e figurinos, e compõem com seus corpos e gostos este ambiente de estar, transformando-se em sugestões de personagens, ações, climas e situações. E assim, assumindo a responsabilidade por nossas escolhas, todos nós revelamos aquilo que somos. E nessa revelação, nos desvelarmos. Nas nossas ricas diferenças.

"Falar sobre o gênero é falar da complexidade que envolve o desejo humano. É tarefa árdua e perigosa, e se deve evitar, a todo custo, que a moral compareça, que o bom senso impere e que o julgamento se instaure. É preciso aceitar a diferença", diz Paulo Arcuri.

Nesse sentido, a peça Dizer e Não Pedir Segredo, criada de forma colaborativa pelos atores e direção, embaralha os tempos, vai e volta cronologicamente, e constrói, numa linha evolutiva, um olhar sobre o desejo.

Num primeiro momento o olhar da criança, que se expressa de maneira libertária, sem amarras, por não saber ainda categorizar os valores. E, à medida que avançamos no tempo, este olhar infantil vai ficando pra trás, os valores e preconceitos são introjetados, discutidos, colocados em conflito nas relações familiares, mães e filhos, pais e filhos, nas relações de classe, nas relações de poder, tendo como moldura um País que tenta a passos trôpegos e contraditórios construir a sua ‘grandeza épica de povo em formação’.

Sobre o encontro:
"O teatro é casa do afeto, todo mundo sabe disso. É um lugar para afetar e ser afetado, deixar-se transpassar, sagrar-se instrumento, comungar uma reflexão, compartilhar paradigmas. Assim formamos o Teatro Kunyn: imbuídos pelo desejo de pesquisar e refletir sobre a questão da homossexualidade no Brasil, de tentar entender o que seria a construção de uma identidade gay em paralelo à construção de uma identidade brasileira, e assim perceber como cada um de nós vivia a sua própria homossexualidade", conta o diretor Luiz Fernando Marques.


"Queríamos responder a pergunta: o que é ser gay neste país? Não encontramos respostas, e sim mais perguntas", diz o diretor. Durante mais de dois anos o grupo mergulhou em livros, filmes, artigos, teorias, documentários e depoimentos. "Colocamos na mesa de discussão e na sala de ensaio nossas próprias experiências para construir o discurso, achar o tom, o recorte, o que queríamos dizer. Foi um longo processo para poder revelar o segredo. E nunca a vida esteve tão presente, com toda a sua contraditória perversidade. Perdas, alumbramentos, separações, descobertas, reencontros...como diria o poeta: os sentimentos vastos não tem nome", explica Paulo Arcuri.


Para roteiro - ficha técnica
Dizer e Não Pedir Segredo – Estreia dia 12 de novembro, às 21 horas, na Rua Bela Cintra 619 – Apto 72 – Consolação (Esquina com a Rua Fernando de Albuquerque). Criação, pesquisa e dramaturgia: Ivan Kraut, Luis Gustavo Jahjah, Luiz Fernando Marques, Paulo Arcuri e Ronaldo Serruya. Direção: Luiz Fernando Marques. Elenco: Luiz Gustavo Jahjah, Paulo Arcuri, Ronaldo Serruya. Assistência de direção: Daniel Viana. Iluminação: Wagner Antônio. Figurinos e adereços: Ligia Yamaguti. Fotografia: Adalberto Lima.

Temporada: De 12 de novembro de 2010 a 04 de dezembro de 2010. Horários: Sextas e sábados às 21h. Local: Rua Bela Cintra 619 – Apto 72 – Consolação (Esquina com a Rua Fernando de Albuquerque). Lotação: 20 pessoas. Ingressos: Apenas com reservas antecipadas. Reservas e Informações: 11 8564. 4248. Duração: 90min. Indicação etária: 14 anos. Entrada Franca.

Obs - A peça pode ser apresentada em residências, para grupos de 20 pessoas, com ingressos a R$ 15,00.

Cláudia Cunha retorna a São Paulo para única apresentação no SESC Pinheiros

Dia 11 de novembro, quinta-feira às 20h


A cantora e compositora se apresenta pelo Projeto Sonoras no SESC Pinheiros, quinta-feira, 11 de novembro. Ela canta músicas do seu primeiro e premiado CD "Responde à Roda" (Biscoito Fino, 2009), que foi produzido pelo compositor e violonista mineiro Sérgio Santos, com as participações especiais do capixaba Zé Renato e do baiano Roberto Mendes, além de músicos importantes como André Mehmari, Toninho Ferragutti, Ramiro Musotto, Nailor Proveta e mais.

Entre Belém, sua cidade natal, e Salvador, onde vive há 14 anos, a intérprete foi tecendo sua história, que resultou num álbum refinado e centrado numa MPB acústica, recheado de sambas, cocos e cirandas, numa permanente conversa da cultura popular e da tradição da música brasileira, e que lhe rendeu esse ano, a indicação como Melhor Cantora (Categoria Regional) no Prêmio da Música Brasileira.

Sua voz suave e canto claro passeia por repertório autoral, de temas sofisticados como "No Girar de Alice", "Baião Dividido" (com Rafael Dumont) e "Responde à Roda" (com Manuela Rodrigues), e visita com segurança outros autores. Estão programadas "Quando eu era sem ninguém" (Tom Zé), "Auto-retrato" (Egberto Gismonti/Geraldo Carneiro), "Ganga-Zumbi" (Sérgio Santos e Paulo César Pinheiro) entre outras.

Ao lado da cantora no palco, um super time: Fabio Torres (piano), Marcus Teixeira (violão), Sylvinho Mazzucca (contrabaixo) e Celso de Almeida (bateria), além das participações especialíssimas das cantoras paulistanas GIANA VISCARDI e VERÔNICA FERRIANI.

Cláudia se despede do "Responde à Roda" nesse show, já que a partir de agora ela começa a pensar e experimentar canções para o próximo CD.






Para os que estiverem em São Paulo no dia, fica a dica especial!!

Serviço
Claudia Cunha – "Responde à Roda"
Dia: 11 de novembro, quinta-feira às 20h
Local: SESC Pinheiros/Auditório - R. Paes Leme, 195/ 3º andar. Tel.: (11) 3095-9400
Ingressos à venda

Marisa Orth em Romance Volume II

“O Bom Humor é uma das melhores galas para se vestir em uma noite”.

(autor desconhecido)

Marisa Orth volta aos palcos paulistanos com o show inédito Romance Volume II, que mistura música, texto, improvisação, emoção e humor, muito humor. No roteiro, canções que vão de Hildon à Tim Maia, de André Abujamra à Roberto Carlos, passando por Rita Lee, Erasmo Carlos e tantos outros que traduzem em suas composições as dores e delícias de uma história de amor.

Com direção geral de Natália Barros, ex-integrante da Banda Luni, grande sucesso nos anos 80 da qual Marisa Orth também participava, o show Romance Volume II resgata as histórias de amor versadas nas letras das músicas que cantamos e que muitas vezes não notamos o romantismo nelas contido. Objetos de cena do acervo pessoal de Humberto e Fernando Campana e os figurinos de Fábio Namatame completam a viagem que o show se propõe.

Os músicos que acompanham Marisa Orth são: Marcos Camarano (guitarra), Alê Prade (teclados), Paulo Bira (baixo), Carneiro Sândalo (bateria) e Hugo Hori (sopros).

Por Marisa Orth

Escolhi músicas que falam de amor. Todas na primeira pessoa.
A ideia, inspirada em mim mesma e na data de estreia, o dia dos namorados, é falar de romance...
As historinhas que inventamos, aquelas que vivemos e as histórias que gostaríamos de ter vivido.
As canções, em sua maioria populares brasileiras, versando sobre os vários momentos de vida pelos quais passamos. Atire a primeira pedra quem nunca os viveu.
Humor, participação da plateia e momentos de emoção de verdade são a nossa despretensiosa intenção.
Entremeando as canções, um pouco de conversa e improviso. As músicas? Tim Maia, Rita Lee, Hildon, André Abujamra, Erasmo Carlos...
Para mim é puro prazer. Por isso mesmo o maior desafio.
E, é claro, que tem que ter final feliz, como toda bela história de amor. E, se estivermos juntos, melhor... muito melhor.
Obrigada pela atenção!


SERVIÇO:
11, 18 e 25 de novembro

Quinta 21h
R$ 40,00 a R$ 60,00
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos

Estúdio EMME

Av. Pedroso de Morais, 1036
Pinheiros - São Paulo - SP
Call Center (11) 2626-5835
Uma rara oportunidade desfrutar, num mesmo evento, do trabalho de vários artistas, diversos estilos e formações, por apenas 1 Real, e na sala principal do melhor teatro da Bahia, o TCA!