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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Exposição OÁSIS NO CONCRETO por Laila Guimarães , estação Trianon/ MASP do Metrô - SP


MART´NÁLIA no Rival - RJ


Com influência de Kazuo Ohno e do esporte Andreia Yonashiro dança na Galeria Olido

O universo do mestre do teatro butô japonês é retratado pela intérprete. Na segunda
performance, dois bailarinos dançam coreografia inspirados nos jogos esportivos

A bailarina e coreógrafa Andreia Yonashiro (que dirigiu ao lado de Morena Nascimento os espetáculos Clarabóia, 2010, e Estudos para Clarabóia, 2013)mostra duas coreografias do seu repertório em apresentações em São Paulo. As performances A Flor Boiando Além da Escuridão Ginástica Selvagem serão apresentadas juntas, uma seguida da outra, 10 a 13 de outubro, quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h, na Galeria Olido. Os espetáculos tem duração, respectivamente, de 35 e 45 minutos. De graça.

Bailarinos esquecidos e coreografias revolucionárias inspiram a criação de A Flor Boiando Além da Escuridão, criado e dirigido por Joana Lopes, com interpretação solo de Andreia Yonashiro e composição musical de Zeka Lopez. O espetáculo estreou em 2008 no evento em homenagem ao centenário de Kazuo Ohno (1906-2010), promovido pela Universidade de Bolonha, com curadoria de Eugenia Casini Ropa. A diretora traz de volta à cena trechos de algumas personagens femininas que habitaram os 100 anos de poesia do mestre do teatro butô, Kasuo Ohno: La Argentina (1932), Mary Wigman (1927) e Kazuo Ohno dançando La Argentina.

Na segunda parte do programa, Andreia Yonashiro apresenta a coreografia Ginástica Selvagem, criada por ela em parceria com os bailarinos Robson Ferraz e Edson Calheiros. O espetáculo traz jogos coreográficos entre dois homens que também partem de princípios da dança moderna, porém, deslocando a sua relação tradicional com a música. Sua trilha sonora é composta por recortes musicais que não estão associados à dança, traçando um questionamento que remonta aos embates que geraram as grandes revoluções recentes na dança cênica, da modernidade à contemporaneidade. 

Os espetáculos são fruto do encontro do Cerco Coreográfico (grupo de Andreia Yonashiro) e o Teatro Antropomágico (de Joana Lopes). O intuito é criar um espaço de produção que investiga como a coreografia pode ser entendida nos dias atuais e aliada à tradição da dança moderna, que influenciou os mais importantes bailarinos do Século 20.

A parceria entre as artistas, que começou em 2002, busca trabalhar novos paradigmas para as formalidades coreográficas. “Fui convidada para ser bailarina de A Flor Boiando Além da Escuridão e já vinha de uma formação alinhada com o trabalho do Teatro Antropomágico, que propõe uma dramaturgia para dança. Nossa parceria revê a noção tradicional de coreografia, pois trata de estados de energia que se materializam em movimento”, explica Andreia Yonashiro.

As duas obras, que estão no mesmo programa, são criações individuais em tempos diferentes, com estéticas diferentes, mas existe uma fundamentação comum, que é a releitura das relações entre a arte e a ciência.

A Flor Boiando Além da Escuridão
Uma mulher transita entre a luz e a escuridão interpretando personagens femininas que habitaram os 100 anos de poesia do bailarino japonês Kazuo Ohno (1906-2010): La Argentina (1932), Mary Wigman (1927) e Kazuo Ohno Dançando La Argentina. A interpretação da bailarina revela uma visão filosófica e artística da dança moderna japonesa influenciada pelo expressionismo alemão das primeiras décadas do século 20.

O espetáculo recupera as coreografias para depois transformá-las em pequenos fragmentos expressionistas que instigaram Kazuo Ohno a desafiar suas tradições cênicas milenares. “É uma inflexão na minha história de criação artística. Reuni referências que são partes da dança e do teatro com a  essência do expressionismo para criar a coreodramaturgia, interpretada por uma  bailarina-atriz num campo de luz e sombra, quando vive uma única personagem inspirada em Kazuo Ohno”, fala a diretora Joana Lopes.

A composição musical original de Zeka Lopez é uma releitura do clássico Amapola, da década de 20, dançado por Kazuo Ohno. Apenas um corpo nu e um lenço japonês são suficientes para vestir o personagem transformado em outros por Andrea Yonashiro - que recebeu recentemente os prêmios Klauss Vianna 2013 e Fomento à Dança 2012 (por Clarabóia) e Prêmio Klauss Vianna 2012 (porErosão).

“Não desejamos reproduzir as coreografias de Kazuo Ohno nem a filiação à escola de Butô, um gênero de dança iniciado por ele, mas levá-lo à cena percorrendo caminhos de luz e sombra de devaneios e dores”, completa a diretora.

O espetáculo foi apresentado no SESC Pinheiros (2007), Teatro da USP (2008), Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (2008), Sala Crisantempo (ensaio aberto com Tadashi Endo, 2010), Festival Vértice de Teatro em Florianópolis (2010) e SESC Consolação (2011). Atualmente realiza um projeto de circulação contemplado pelo Edital Proac da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Ginástica Selvagem
Em Ginástica Selvagem, dois homens executam movimentos simples que são coreografados por meio de jogos, trazendo à cena o espírito dos jogos esportivos. Cada momento propõe desafios coreográficos. Eles se afastam e se aproximam, gerando o brilho na pele com o suor que evidencia a forma de cada músculo que trabalha. E assim, evocando uma sensação narrativa que retrata as possibilidades de contato e intimidade entre dois homens.

Para a coreógrafa e diretora Andreia Yonashiro, “tudo parte de uma ideia muito simples de ver o movimento de aproximação e afastamento de dois homens e o espaço vazio entre eles. Grande parte da dança acontece no silêncio, ela é cortada por músicas, mas o ritmo da trilha não define o ritmo da dança. A organização detalhada da dança não está pautada na música, mas num estudo detalhado do movimento”.

Os movimentos foram criados em um processo colaborativo de estudo. A coreografia não repete a forma visível dos passos de dança, mas organiza um conhecimento de como o movimento pode ou não acontecer. “É como num jogo de futebol, as trajetórias dos jogadores nunca são as mesmas, mas mesmo assim, não deixa de ser futebol. Então, os movimentos são criados pelos bailarinos a cada dia de apresentação, mas respeitando uma organização composicional da dança”, fala a diretora.

O cenário é uma linha amarela fluorescente (sinalizadora de perigo) que remete a uma quadra esportiva. As meias e camisetas brancas do figurino, tingidas pelas cores de uma projeção luminosa, lembram uniformes esportivos. Mas estes indícios são recortados por músicas e uma projeção de formas geométricas coloridas que fazem com que as relações criadas não sejam tão óbvias. De repente, a mesma camisa branca quase vira um pijama que traz um ar intimista de um quarto, ou uma música evoca memórias da infância.

O espetáculo foi apresentado na FUNARTE São Paulo (2012), Espaço Parlapatões (2011) e sua versão multimídia na Galeria Olido, Casa das Rosas e CCJ Ruth Cardoso. Atualmente realiza um projeto de circulação contemplado pelo Edital Proac da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Sobre Andreia Yonashiro
Nasceu em São Paulo, SP, 1982. Vive e trabalha em São Paulo. Iniciou seus estudos em balé em escolas de São Paulo e dança moderna com Ruth Rachou na adolescência, ao mesmo tempo em que treinava e competia no Brasil e Estados Unidos a patinação artística sobre gelo. Ao frequentar cursos com os artistas Paulo Monteiro, José Resende, Iran Espírito Santo entre outros, iniciou uma produção em artes visuais.

Em 2001 realiza sua Exposição Individual no Centro Cultural São Paulo e logo em seguida inicia o curso de dança na Universidade Estadual de Campinas. Lá, aprofunda seus estudos sobre as técnicas de dança e sua relação com a composição coreográfica, dedicando-se à criação e à pesquisa. Teve dois projetos de pesquisa financiados pelo CNPq na área de arte e ciência investigando uma releitura das propostas de Rudolf Laban a partir da topologia, e do Modelo Padrão da Matéria, tendo os Porf. Dr. Adolfo Maia e a Profa. Joana Lopes como orientadores.

Cruzando as influências de seu percurso assimétrico, nos últimos 10 anos tem atuado como bailarina, diretora/coreógrafa e professora, destacando seus trabalho: criação e direção de Clarabóia e Estudos para clarabóia (2010-2012) ao lado de Morena Nascimento (Prêmio Klauss Vianna 2013, Fomento à Dança 2012 e eleito melhor espetáculo de dança no Guia da Folha de 2012); Tempest - criação coreográfica a convite e em parceria com Daniel Fagundes (Prêmio Cultura Inglesa 2012); concepção e direção de Erosão ao lado de Robson Ferraz (Prêmio Klauss Vianna 2012); Um leite Derramado (BIenal SESC de Dança 2009); Toró (2009), performance e instalção multimídia; entre outros, tendo ainda vencido o quadro Dança no Gelo, TV Globo, ao lado de Leandro do KLB, como patinadora, em 2008. Fundou em 2013 sua plataforma de produção Cerco COREOGRÁFICO.

Sobre Joana Lopes
Diretora teatral e dramaturga fundadora do Teatro Antropomágico. Ela é autora de livros e artigos no Brasil e exterior, entre eles “Coreodramaturgia: uma dramaturgia para dança”. “Pega-teatro – um estudo antropológico sobre o jogo dramático”. Entre suas criações de espetáculos, destacamos “Pra Weidt o velho realizado com Atelier de Bailarinos Santistas para a Bienal Internacional SESC de Dança - 2007. Ex-professora do Departamento de Artes Corporais da Unicamp (1987 – 2007) e ex-professora visitante do Departamento de Musica e Espetáculo da Universidade de Bolonha (1992 – 2002).

Sobre Robson Ferraz
É artista, pesquisador e arte-educador graduado em dança pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seus últimos trabalhos, transita por diferentes abordagens da criação cênica como estratégia de reconhecimento do seu campo investigativo: as relações entre corpo, identidade e sexualidade. Seus trabalhos recentes 2010-2012 (Pistilo, Ginástica Selvagem e Erosão) resultam de uma parceria com a coreógrafa Andreia Yonashiro. Foi contemplado com o Prêmio Funarte Klauss Vianna 2011, Proac LGBT e Co-patrocínio de Primeiras Obras (CCJ) 2010. Entre 2006 e 2009 atuou na Borelli Cia de dança.

Sobre Edson Calheiros
Iniciou os estudos de dança e teatro em 1994. Atuou como intérprete nas companhias Corpos Nômades e Borelli. Criou em 2005 o solo Recluso c.3.3. e em 2006 o duo Desculpe o Transtorno. Estreou em 2008 o solo Memorial do quarto escuro, com direção de Nana Pequini, e Our Love is like the flowers, the rain, the sea and the hours. Trabalha atualmente em parceria com Robson Ferraz na Associação Desvio de dança. É mestrando em Artes da Cena no Instituto de Artes da Unicamp.

Ficha técnica:
A Flor Boiando Além da EscuridãoCoreodramaturgia e direção: Joana Lopes. Interpretação: Andreia Yonashiro. Composição, releitura da música Amapola e arranjos: Zeka Lopez. Desenho de luz e figurino: Joana Lopes. Projeto técnico e implantação de luz: André Boll Fotografia: Inaê Coutinho.Realização: Teatro Antropomágico e Cerco COREOGRÁFICO. Duração: 35 minutos. Classificação: 12 anos.

Ginástica SelvagemDireção e coreografia: Andreia Yonashiro. Elenco: Edson Calheiros e Robson Ferraz. Cenário e projeção em vídeo: Andreia Yonashiro. Música: Edson Calheiros, Robson Ferraz e Andreia Yonashiro. Fotografia: Edi Fortini e Priscilla Davanzo. Realização: Associação Desvio e Cerco COREOGRÁFICO. Duração: 45 minutos. Classificação: 12 anos.

Para Roteiro:
A FLOR BOIANDO ALÉM DA ESCURIDÃO e GINÁSTICA SELVAGEM – Espetáculo de dança formado por duas coreografias.

De 10 a 13 de outubro - Galeria Olido – Avenida São João, 473 – Centro – São Paulo. Telefone - 3331-8399 / 3397-0171. Temporada - Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h. Local - Sala Paissandu. Capacidade – 236 lugares. Ingressos - Grátis – retirar com 1 hora de antecedência.

Show: Tudo se Transformou de Zizi Possi no HSBC Brasil


Os “homens do divã” estão de volta, desta vez no palco do Ruth Escobar

Olivetti Herrera, Cássio Reis e Guilherme Chelucci integram elenco da comédia dirigida por Darson Ribeiro.

Depois de estrear no interior de São Paulo, em junho, e cumprir a primeira temporada de sucesso no Teatro Brigadeiro, a comédia Homens no Divã volta ao cartaz a partir do dia 25 de outubro, no Teatro Ruth Escobar com apresentações às sextas-feiras e sábados, às 21h30, e aos domingos, às 20 horas, até 1º de dezembro.

Na antessala da psicanalista, três homens, desesperados por suas mulheres, encontram-se e se tornam amigos. Este é o enredo da comédia. O público se diverte com as revelações e transformações inusitadas que vão acontecendo a partir daquele encontro inesperado.

A novidade desta temporada está na estreia do ator Cássio Reis que, opostamente à “fama” de bom moço, vive Renato Paes de Barros Seabra – um sedutor oficial do Corpo de Bombeiros com fama de “galinha”. Do elenco original, Olivetti Herrera interpreta Carlos Eduardo Carrara-Travertino, um médico obstetra narcisista. E, também estreando nessa temporada, Guilherme Cheluccisubstitui Darson Ribeiro na trama com o impagável e traído Fred – Frederico Freitas Fernandes, um executivo da Eletropaulo.

Foi com a intenção de dar uma espécie de resposta às diversas indagações das mulheres e, por tabela, elucidar os machões de plantão, que Darson Ribeiro decidiu adaptar e dirigir o original - Desesperados - de Miriam Palma e dar mão à palmatória, expondo as muitas fraquezas e dúvidas masculinas. E, ainda por cima, num divã freudiano.

Por esse motivo, buscou tipos para brincar com o fetiche feminino, com profissões bem reconhecidas nas três personagens: bombeiro, executivo e médico. Sem contar convidou Marília Gabriela para participar com a voz em off, interpretando a Dra. Maczka, a tão temida psicanalista.

Sem falsos moralismos, o texto traz à tona as inúmeras facetas das relações discutindo traição e sexo, assim como o verdadeiro amor entre um homem e uma mulher, levando inclusive à possibilidade do perdão. Deles, dos homens, é claro!

Os três machões com suas idiossincrasias vão mesclando suas personalidades tornando-se inseparáveis. A terapia, ao invés de reduzida entre as quatro paredes da Dra. Maczka, acaba acontecendo espontaneamente nos ambientes frequentados por eles, como academia, balada, e até uma palestra onde realmente o turning-point acontece – numa cena interativa envolvendo totalmente a plateia. Tudo isso numa linguagem altamente digerível - gostosa de ouvir e pra lá de engraçada.

Cenário e figurinos do próprio diretor, fazem contraponto com o classicismo freudiano e o órgão genital feminino (divã) – isso em cores e formas. A Luz, com supervisão de Guilherme Bonfanti cria o clima tenso do início (homem na terapia) e vai aos poucos amenizando, acompanhando a trajetória, até o ápice quando os três recebem alta – a psicanalista se apaixona por eles.

Perfil das personagens

Renato Paes de Barros Seabra, o Renatão (Cássio) – É um quarentão dono de si que nunca se viu questionado por mulher nenhuma. Principalmente no “senso de masculinidade”. Sua pretendida Kelly torna-se obsessão e o obriga a iniciar um tratamento psicanalítico, reduzindo as aventuras amorosas dele em “galinhage”. Oficial do Corpo de Bombeiros, ele se vê colocado em cheque porque até então era seguro de si, tanto no amor como no sexo. É nesse enfrentamento do divã que ele vai percebendo que “homi que é homi” pode ser também sensível e romântico. Ainda mais quando o assunto é a conquista da mulher amada.

Carlos Eduardo Carrara-Travertino, o Cadú (Herrera) – É obstetra. Ao nascer, sua mãe já o viu altamente lindo e sedutor, predestinando-o a ser narciso. “Narcísico!” E, assim, o batizou com nomes compostos de mármore por ter “ofuscado as enfermeiras com tanta luz”. Consequentemente, ele passa a não levar uma vida normal e espontânea com as mulheres. É pela mesma mãe – e pela namorada - que ele vai para o divã, ao ponto de ter que abandonar o conforto maternal do lar. Ele é apaixonado por Tássia, cujo trocadilho do “tá se achando” é mais cabível nele que nela, mas, ainda assim, teima no tête-à-tête com a psicanalista, até receber alta e se redescobrir enxergando as qualidades femininas.

Frederico Freitas Fernandes, Fred (Chelucci) - Executivo da Eletropaulo, reto nas decisões e honestíssimo, passou 18 anos vivendo e confiando na esposa, a amada Marjorie. Diante das circunstâncias, da mesmice, da falta de criatividade e do nonsense sexual do dia-a-dia do casal, acaba surpreendendo a esposa na cama com seu melhor amigo. A traição vem acompanhada por uma alta avaliação de si e, mesmo sob o deboche dos amigos, mantém-se firme no romantismo da relação, conseguindo - por meio do divã - perdoar o ato que o deixou acabrunhado na busca pela mulher ideal. Dá uma lição de moral ao mundo masculino: o perdão é possível quando o amor fala mais alto.

Ficha técnica
Espetáculo: Homens No Divã
Texto: Miriam Palma
Coautoria e direção geral: Darson Ribeiro
Elenco: Olivetti HerreraGuilherme Chelucci e Cássio Reis
Cenografia, trilha e figurinos: Darson Ribeiro
Iluminação: Leandra Demarchi e Darson Ribeiro, com supervisão de Guilherme
                    Bonfanti
Preparação corporal: Gustavo Torres
Fotos: Eliana Souza
Assistência de direção: Cecília Arienti
Serviço
Estreia: 25 de Outubro – sexta-feira – às 21h30
Teatro Ruth Escobar (Sala Dina Sfat) – teatroruthescobar.com.br
Rua dos Ingleses, 209. Bela Vista/SP. Tel: (11) 3289-2358
Temporada: sexta e sábado (às 21h30) e domingo (às 20h) – Até 01/12
Ingressos: R$ 60,00 (meia: R$ 30,00). Bilheteria: quin. e sex. (14h-21h30), sáb. (após 12h) e dom. (após 10h). Aceita cartão de débito e crédito (MC, V, D).
Duração: 1h30. Capacidade: 370 lugares. Gênero: comédia. (Estreou em 21/06/13)
Acesso universal. Bar e café. Estacionamento: R$ 20,00 (valet).
Ingressos antecipados: ingresso.com ou tel.: 4003 23 30.


Darson Ribeiro - direção e coautoria

Formado em Artes Cênicas pela PUC/Fundação Teatro Guairá do Paraná, Darson Ribeiro tem especialização em direção e cenografia, e é produtor. Passou pelos dois mais importantes teatros do país, Municipal de SP e do RJ, e recentemente foi consultor na obra do Teatro Bradesco, onde dirigiu artisticamente por dois anos. Trabalhou com grandes diretores como Ulysses Cruz (de quem foi diretor assistente), Jorge Takla, Abujamra, e Gabriel Vilella; valendo também citar alguns internacionais como Bob Wilson, Pina Baush e G. Strehler, além de companhias como Grupo Corpo, Ballet Stagium e Cisne Negro. No ano passado dirigiu Abrigo, pelo SESC, e no anterior, Herótica (texto, direção e atuação). Outras montagens importantes em sua carreira foram Sangue na Barbearia, com Antônio Petrin também pelo SESC SP,8Mulheres, de Robert Thomas, com Ruth de Souza, Miriam Pires, Sylvia Bandeira e Sura Berdichevski, Oberosterreich, de Franz Kroetz, elogiada pela crítica carioca, que criou e atuou, tendo a parceria de Ney Matogrosso na Luz e Marco Pereira na música composta; Maratona, de Naum Alves de Souza, entre outras. Recentemente, destacou-se com a montagem Disney Killer, de Philip Ridley (produção, direção e atuação).

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

O GRUPO GALPÃO leva a São Paulo, OS GIGANTES DA MONTANHA, com direção de GABRIEL VILLELA

Dia 27 de outubro
Domingo – 19h
Praça Frankin Roosevelt – Consolação

Classificação: livre
Duração: 80 minutos
Gênero: Fábula trágica
Acesso Gratuito – www.grupogalpao.com.br

Sinopse: A fábula “Os Gigantes da Montanha” narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais.



O GRUPO GALPÃO leva a São Paulo,
OS GIGANTES DA MONTANHA, com direção de GABRIEL VILLELA
Desde a estreia, o novo espetáculo já foi visto por mais de 60.000 espectadores, em cidades de Minas Gerais, Goiás, Paraíba e Pernambuco.

A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994)O acesso é gratuito. Classificação indicativa: livre.

Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova ousadia: levar para a rua o verso erudito de Pirandello. Autor conhecido por seus questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica, conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um instigante desafio para o Galpão.

Peça “Os Gigantes da Montanha”
Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas leituras e interpretações.

O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela, para celebrar o reencontro com o Galpão, que vem com um grande desafio: levar à cena o verso erudito de Pirandello. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público.

A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes.

“Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam.

Pirandello
Nasceu em Agrigento (Sicília), em 1867. Pirandello considerava a atividade teatral menos importante em sua condição essencial de poeta (Mal Jucundo), romancista (O Falecido Matias Pascal, A Excluída, O Turno) e contista (364 escritos). Mas foi como teatrólogo, curiosamente, que Pirandello ganhou êxito. Das peças mais conhecidas estão “Henrique IV” e “Seis Personagens à Procura de Um Autor”, que abordam a natureza da loucura e da identidade. Em 1934, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, por sua audaz renovação e questionamentos sobre a arte cênica e dramática. Com pinceladas de realidade à ficção, Pirandello explorava, em sua obra, a tradição elisabetana da “peça dentro da peça” e temas referentes aos bastidores da maquinaria cênica. Em 1936, o autor morre vítima de uma forte pneumonia.

Música
Gabriel Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o teatro popular de rua.

Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. “Ciao Amore”, “Bella Ciao” e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica de “Os Gigantes da Montanha”.

Para chegar a esse resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que trabalha a partir da técnica de espacialização vocal.

Cenário e Figurino
A ponte Brasil – Minas - Itália é costurada pelas mãos antropofágicas de Gabriel Villela e seus assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam referências diversas. Num mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro, macumba, magia, Commedia Del’Arte e circo-teatro, Vaudeville, Totó e Vicente Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo e seresta mineira. "Os Gigantes da Montanha" convida o público para um mergulho teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e desafios do Galpão. Toda essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e no cenário do espetáculo.

Construído por madeira feita de demolição, o cenário de “Os Gigantes da Montanha” traz 12 mesas robustas, objetos, armários e cadeiras que se movimentam para elevar a encenação e caracterizar a atmosfera de sonho da fábula.  Coloridos e brilhantes, concebidos especialmente para apresentações à noite, os adereços e figurinos do espetáculo carregam detalhes e referências do teatro popular, que surgem das ideias inventivas de Villela e das mãos criativas de seu parceiro antigo, José Rosa. Os bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor, adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de “Romeu e Julieta” reaparecem e ganham nova função em “Os Gigantes da Montanha”, com efeitos que tornam a Vila de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Gabriel e sua equipe também se utilizam de máscaras inspiradas na Commedia Del’Artee fabricadas pelo artista natalense Shicó do Mamulengo, para trazer à encenação um aspecto burlesco e, ao mesmo tempo, sombrio.

Galpão e Petrobras
Há mais de 10 anos, o Grupo Galpão conta com o patrocínio da Petrobras. Foram muitos espetáculos montados, temporadas nacionais, turnês por todas as regiões do Brasil e presença em festivais proporcionados por essa parceria. Maior empresa brasileira e maior patrocinadora das artes e da cultura no país, a Petrobras sempre apostou no compromisso do Galpão: reinventar a vida através da arte, possibilitando ao maior número de pessoas a vivência do teatro como alegria e transformação.

Ficha Técnica

ELENCO
Antonio Edson - Cromo
Arildo de Barros - Conde
Beto Franco - Duccio Doccia / Anjo 101
Eduardo Moreira - Cotrone
Inês Peixoto - Condessa Ilse
Júlio Maciel – Spizzi / Soldado
Luiz Rocha (ator convidado) - Quaquèo
Lydia Del Picchia - Mara-Mara
Paulo André - Batalha
Regina Souza (atriz convidada) – Diamante / Madalena
Simone Ordones - A Sgriccia
Teuda Bara - Sonâmbula

EQUIPE DE CRIAÇÃO
Direção: Gabriel Villela
Texto: Luigi Pirandello
Tradução: Beti Rabetti
Dramaturgia: Eduardo Moreira e Gabriel Villela
Assistência de direção: Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro
Assistência e Planejamento de ensaios: Lydia Del Picchia
Antropologia da Voz, direção e análise do texto: Francesca Della Monica
Direção, arranjos, composição e preparação musical: Ernani Maletta
Preparação vocal e texto: Babaya
Iluminação: Chico Pelúcio e Wladimir Medeiros
Figurino: Gabriel Villela, Shicó do Mamulengo e José Rosa
Coordenação Artística do Ateliê Arte e Magia: José Rosa
Cenografia: Gabriel Villela, Helvécio Izabel e Amanda Gomes
Assistência de Cenário: Amanda Gomes
Pintura do cenário: Daniel Ducato e Shicó do Mamulengo
Adereços: Shicó do Mamulengo
Bordados: Giovanna Vilela
Costureiras: Taires Scatolin e Idaléia Dias
Luthier: Carlos Del Picchia
Fotos: Guto Muniz
Registro e cobertura audiovisual: Alicate
Design sonoro: Vinícius Alves
Programação Visual: Dib Carneiro Neto, Jussara Guedes, Suely Andreazzi
Tratamento de Imagens do Programa: Alexandre Godinho e Maurício Braga
Logo do espetáculo: Carlinhos Müller
Direção de Produção: Gilma Oliveira

EQUIPE GRUPO GALPÃO
Gerência executiva: Fernando Lara
Coordenação de produção: Gilma Oliveira
Consultoria de planejamento: Romulo Avelar
Coordenação de planejamento: Ana Amélia Arantes
Coordenação de comunicação: Beatriz França
Coordenação administrativa e financeira: Wanilda D’artagnan
Produção executiva: Beatriz Radicchi
Iluminação: Rodrigo Marçal
Cenotécnica: Helvécio Izabel
Sonorização: Vinícius Alves
Assistência de produção: Evandro Villela
Assistência de planejamento: Natálha Abreu
Assistência de comunicação: Ana Carolina Diniz
Assistência financeira: Renata Ferreira
Assistência administrativa: Andréia Oliveira
Recepção: Cidia Santos
Serviços gerais: Lê Guedes




A Petrobras é patrocinadora do Grupo Galpão.