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sábado, 28 de janeiro de 2012

Premiada companhia mineira estreia o espetáculo Olá, Pessoa em São Paulo


Premiada companhia mineira estreia o
espetáculo Olá, Pessoa em São Paulo

Odeon Companhia Teatral traz para a capital paulista o monólogo estrelado por Alexandre Cioletti, com direção de Carlos Gradim, para curta temporada. A peça relata a trajetória de um personagem do momento em que se identifica homossexual até a sua aceitação na sociedade


Fundada por Carlos Gradim e Yara de Novaes, a premiada Odeon Companhia Teatral estreia o espetáculo Olá, Pessoa dia 2 de fevereiro, quinta-feira, às 21 horas no Teatro Studio 184, na Praça Roosevelt.  Livre adaptação do dramaturgo e ficcionista Edmundo de Novaes Gomes para o livro E Ninguém Tinha Nada Com Isso, de Marcelo Garcia, o monólogo é estrelado por Alexandre Cioletti e dirigido por Carlos Gradim. Com curta temporada, a peça fica em cartaz somente até 12 de fevereiro.

A ideia de montar Olá, Pessoa surgiu em um encontro entre o diretor Carlos Gradim e o autor Marcelo Garcia, que na época era secretário municipal do Rio de Janeiro. “Ele me apresentou o livro e eu adorei a forma como a homossexualidade é abordada. Além disso, a maneira como a história se conduz é muito envolvente e, portanto, decidir levá-la para os palcos”, diz Carlos.

Para construir o espetáculo de forma menos tradicional, Carlos Gradim optou por encenar a peça permitindo a manifestação da plateia. “O espetáculo se transforma em um diálogo entre público e personagem, claro, sem perder a dramaturgia”.  Para o ator Alexandre Cioletti, o formato da peça funciona. “A plateia se aproxima ainda mais da trama, se envolve com a história.

Mais uma vez o diretor mineiro aborda a homossexualidade em seu trabalho. O assunto já foi tema da montagem Amor e Restos Humanos (em que ganhou o prêmio SESC/SATED de melhor diretor), e do curta-metragem Bárbara, de 2007, baseado em conto de Edmundo de Novaes Gomes.

Sinopse

Na peça, Antônio Pessoa (Alexandre Cioletti) foi criado pela mãe e pela avó, dentro de uma educação muito rígida. À medida que se descobre homossexual Antônio passa a sofrer preconceitos por todos os lados, sem apoio da sociedade ou amigos. O personagem compartilha suas experiências com a plateia e, em certo momento, abre espaço para  quem quiser dividir suas vivências sobre o tema.

Olá, Pessoa utiliza a homossexualidade como um canal para discutir todo tipo de discriminação. “Queremos incentivar a construção de uma sociedade menos preconceituosa e mais tolerante, e direcionar o foco para a capacidade de transformação do homem, independentemente de opção sexual, raça ou posição social”, finaliza o diretor mineiro Carlos Gradim. “Por mais avançada que a sociedade esteja, a homossexualidade ainda é tabu para muita gente”, diz Carlos.

Desde sua primeira produção - a montagem de Ricardo III, de William Shakespeare, com direção de Yara de Novaes - a Odeon Companhia Teatral coleciona prêmios em suas peças. Fundada em 1998 por Carlos Gradim e Yara de Novaes, a Odeon busca legitimar a função social do teatro, promovendo ações culturais com diversos setores da sociedade e utilizando o teatro como ferramenta de inserção cultural.

Sobre o diretor Carlos Gradim
Diretor, produtor cultural, ator e fundador da Companhia Teatral Odeon, é técnico de Formação de Atores, pela UFMG, e formado em Publicidade. Com inúmeras experiências na área cultural, destacam-se a direção do filme "Todos os dias são iguais" - um curta-metragem premiado pela Associação Curta Minas, em 2001 –, a participação na 1ª Mostra Projeto Cena Aberta, de teatro e dança, no Rio de Janeiro, em 1998, e de peças teatrais clássicas, como "Os Saltimbancos", "Bonequinha de Pano" e "Branca de Neve e os Sete Anões". Como produtor, destacou-se pela participação em projetos realizados pela Prefeitura de Belo Horizonte, como o FIT e a Bienal Internacional de Quadrinhos.

 

Sobre ODEON COMPANHIA TEATRAL

Fundada em 1998, pelo diretor e produtor Carlos Gradim e pela atriz Yara de Novaes, a Odeon foi premiada diversas vezes. A pesquisa é pautada na busca de uma linguagem própria, com foco na atuação e na dramaturgia do espaço. Fazem parte da equipe fixa da companhia o cenógrafo e figurinista André Cortez, a iluminadora Telma Fernandes e o dramaturgo Edmundo Novaes.

Durante dez anos de existência, a Companhia tem uma presença importante e marcante na cena mineira, com forte respaldo nacional. Espetáculos cumprem temporadas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo e interior destes Estados e, ainda, participam dos mais importantes festivais de teatro do Brasil, como Festival Internacional de São José do Rio Preto (O Coordenador de Benjamim Galemiri), o Festival de Curitiba (Ricardo III de W. Shakespeare e Amor e restos Humanos) e o FIT-BH (Noites Brancas de Fiodor Dostoievski, Quando você não está no céu e Servidão, de Edmundo de Novaes.

FICHA TÉCNICA

Concepção e Direção: Carlos Gradim. Adaptado da Obra “E ninguém tinha nada com isso...” de Marcelo Garcia. Assistente de direção: Lira Ribas. Adaptação: Edmundo de Novaes Gomes. Coadaptação: Gladis Colodetti. Em cena: Alexandre Cioletti. Apoio em cena: Lira Ribas. Direção de Vídeo: Clarissa Campolina e Leonardo Barcelos. Operação de vídeo:Rita Pestana. Cenografia e Figurinos: André Cortez. Criação de luz: Edimar Pinto. Produção: Agentz Produções. Cenotécnico: Felício Alvez /Cia. Cenográfica.

PARA ROTEIRO
Olá, Pessoa. Estreia dia 2 de fevereiro, quinta-feira, às 21 horas. Temporada: De quinta a sábado, às 21h. Domingos, às 19h. Quintas e sextas - R$20; sábados e domingos – R$ 30.Duração: 60 minutos.  Teatro Studio 184 – Pça Roosevelt. Até 12 de fevereiro. Curtíssima temporada. Censura: 14 anos.

ARTEPLURAL – Assessoria do espetáculoFernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
Adriana Balsanelli - 11. 9245-4138
Douglas Picchetti - 11. 9814-6911
Renato Fernandes - 11. 7286-6703
Helô Cintra - 11. 9402-8732
Facebook – Arteplural

LUCINA em dose dupla -SP



Estreia - Esconderijo em São Paulo

foto de Fábio Ghrun

Esconderijo, peça de Leo Chacra,
fala de amor, poder e intrigas

4Com texto e direção do jovem dramaturgo Leo Chacra o espetáculo inédito Esconderijo estreia dia 10 de fevereiro, sexta-feira, na Sala Experimental do Teatro Augusta, em São Paulo, às 21 horas. O enredo desta montagem transita pelas paixões em suas diversas manifestações e pelas relações amorosas: três histórias de amor são marcadas por desencontros e afetos perdidos. O elenco é formado por Aline AbovskyRenato Bisoni Lívia Prestes.

A história se passa na São Paulo de 1969, época do regime militar no Brasil. Esse momento político é somente o pano de fundo para contar a história de Juliana, uma jovem ativista política que, após uma traição e a queda de seu “aparelho”, busca refúgio na casa de Marina, ex-mulher de seu namorado Pedro (personagem que não aparece fisicamente em cena). Elas amam o mesmo homem! Confinada no mesmo espaço com a rival, a protagonista vive um clima de suspense e mistério.

Esconderijo propõe  uma reflexão sobre o amor, o poder e  as intrigas. A relação forçada entre as mulheres faz com que o passado de ambas venha à tona. Segredos e desejos, assim como antigas disputas, vão se revelando à medida que elas vão se compreendendo. Juliana luta apaixonadamente pela liberdade e pelo seu amor. A convivência com Marina muda o rumo de suas desconfianças sobre a traição política e provoca nela o desejo de vingança. O traidor seria Fred, o jornalista com quem ela teve um romance? E quem seria Fred, este homem que luta pelo amor de Juliana até as últimas consequências?

Segundo Leo Chacra, a referência aos “anos de chumbo” é apenas o fio que conduz as personagens à convivência forçada. “A história poderia ser em outro contexto, em qualquer época, em qualquer lugar do mundo. Esconderijo está mais para a linha freudiana que marxista; fala mais de amor que de socialismo, de sentimento humano que nacionalista”. Chacra ainda explica que o texto traz uma visão pessoal sua da época de repressão política, de forma distanciada, sem levantar bandeiras. “Falo do amor livre, da relação aberta, da resistência às causas e às pessoas”. O foco da peça está no âmbito privado, na intimidade de Juliana, Marina, Pedro e Fred.

O diretor/autor salienta que a encenação brinca com os sentimentos das personagens, aplicando uma lente de aumento no âmbito privado de suas vidas. No cenário, três poltronas são dispostas aleatoriamente representando tanto a casa de Marina como o apartamento de Fred. De forma nada conceitual, folhas de papel, jornais e livros são jogados pelo cenário, compondo uma atmosfera literária. Também um aparelho de telefone e uma máquina de escrever ajudam a simbolizar a liberdade tão ansiada. “O ambiente lembra um jovem que saiu da casa dos pais, um jovem país em formação ou a desconstrução das coisas, nos anos 60”. Justifica o diretor. 

O figurino remete, sutilmente, à moda do final dos anos 60 e traz para a peça uma atmosfera de nouvelle vague, de tropicalismo. “Quero pincelar o mundo antes do eletrônico, antes da internet”, diz Leo. A trilha sonora passa pelo instrumental, folk music, rock clássico e tropicalismo. O diretor busca a força da sonoridade e dos acordes, para pontuar a simplicidade da vida ou a complexidade dos sentimentos. “Estou muito feliz dirigindo. Acho que o trabalho fica ainda mais autoral”. Finaliza LeoChacra.

Ficha técnica
Espetáculo: Esconderijo
Texto e direção: Leo Chacra
Elenco: Aline Abovsky (Marina), Lívia Prestes (Juliana) e Renato Bisoni (Fred)
Cenário: Leo Chacra
Iluminação: Fábio Ferretti
Figurino: Geondes Antonio e grupo
Programação visual: Suzy Suzuki
Produção executiva: Geondes Antonio
Fotos: Fábio Ghrun
Serviço:
Estreia: 10 de fevereiro – sexta-feira – às 21h30 - Até 25/03
Local: Teatro Augusta (Sala Experimental)
Rua Augusta, 943 – Cerqueira César/SP - Tel: (11) 3151- 4141
Horários: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas)
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00) – Gênero: Drama
Duração: 75 min – Classificação etária: 12 anos - Capacidade: 55 lugares
Bilheteria: 4ª a 5ª (14h às 21h), 6ª (14h às 21h30), sáb. (15h às 21h) e dom. (15h às 19h).
Reservas por telefone: 4ª a sab. (15h às 19h) e dom. (15h às 17h) – Aceita dinheiro e cartões (MC, D, V, RS e VE). Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel 4003-1212). Acesso universal.
Ar condicionado. Estacionamento conveniado no local – Site: www.teatroaugusta.com.br

Leo Chacra – autor e diretor

Leo Chacra é autor do romance Road Movie Doméstico. Com mais de 10 anos de carreira, além de ator, Leo é o palhaço Leleco, faz stand up comedy, sendo um dos fundadores do grupoClownbaret. Atuou em Estado de Sítio (direção de Marcello Lazaratto) e dirigiu o Grupo Sete em Seis Atrizes em Busca de Um Diretor (De Felipe Sant’Ângelo). Como dramaturgo, assina os textos România (peça que também dirigiu), Sessão da Tarde (na qual atuou e dirigiu), Falecida Senhora Sua Mãe (de Georges Feydeau; dirigiu e atuou), Comédia dos Esquemas (também foi ator sob direção de Antonio Rocco) e a inédita Epidemia Franciscana, que será encenada por Roney Facchini, em 2012.

Aline Abovsky – atriz

Aline Abovsky, 38 anos, formou-se atriz pelo Teatro-Escola Célia Helena e já participou de mais de 20 espetáculos de teatro ao lado de diretores como Jairo Mattos, Nilton Bicudo, Marcos Loureiro, Walter Stein, Nelson Baskerville e Mário Bortolotto. Junto com o grupo Cemitério de Automóveis foram várias peças, entre elas Nossa Vida não Vale um ChevroletE Éramos Todos ThunderbirdsPostcards de AtacamaTempo de TréguaFaroestes e outras. No cinema, atuou em Carro de Paulista, o Filme (telefilme de Ricardo Pinto e Silva), Desde o Fim Até o Começo (curta de Jarbas Capusso Filho), Jardim Europa SP (longa de Mauro Baptista) e O Friso da Vida (curta de Ricardo de Oliveira). Aline também atua como dublê de ação em novelas e filmes.

Renato Bisoni – ator

O ator Renato Bisoni, 36 anos, estudou interpretação no Stúdio Fátima Toledo, Lee Strasberg Institute (EUA) e na Oficina de Atores da Rede Globo. Bisoni participou das novelas globaisA Cor do Pecado, como Guilherme, e Pé na Jaca, na qual interpretou um jogador de pólo aquático. No teatro, integrou o elenco da peça Noturno, de Oswaldo Montenegro,  TerminalPatient, de Lee Strasberg, e Rodrigueanas, de Nilton Travesso. Também viveu a personagem James no filme American Hero, além de trabalhar em filmes publicitários, entre eles um comercial para a Revista Época (da agência W/Brasil).

Lívia Prestes - atriz

A paulistana Lívia Prestes, 28 anos, estudou teatro na Faculdade Paulista de Artes, além de ter feito vários cursos de interpretação para cinema e vídeo. Como atriz participou de curtas-metragens e de vários filmes publicitários. Entre os anos de 2004 e 2008, ela foi apresentadora do Canal Sony, à frente do programa de variedades Estilo Sony. Lívia também trabalha com locutora de peças publicitárias para mídia radiofônica.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
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