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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ELTON JOHN EM SÃO PAULO

Elton John vem ao Brasil para três shows no país e se apresenta na capital paulista no dia 27 de fevereiro, no Jockey Club. Além de São Paulo, o cantor também faz shows em Porto AlegreBrasília e Belo Horizonte.

Brasil: Violência E Relações Sociais





Lançamento do quarto módulo Evento do projeto Dramaturgias Urgentes
Entre 21 de janeiro e 1º de fevereiro – Inscrições do concurso de peças

Dia 17 de janeiro – quinta-feira – 20hs, no CCBB
Exposição sobre o tema com o antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares

Dia 31 de janeiro, quinta-feira – 20hs, no CCBB - Workshop sobre Processos Criativos 
Com José Fernando de Azevedo - Teatro dos Narradores

Dias 21 e 28 de fevereiro, quinta-feira – 20hs, no CCBB, leitura de 3 textos por noite
Com José Fernando de Azevedo - Teatro dos Narradores

Teatro do CCBB. Classificação indicativa: livre. Entrada franca
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Violência e Relações Sociais são tema
das peças do Dramaturgias Urgentes.  Texto
deve ser enviado a partir de 21 de janeiro


Interessados podem enviar suas peças curtas entre 21 de janeiro e 1º de fevereiro.
Projeto finaliza sua primeira edição com a apresentação de mais uma etapa. A iniciativa reúne Concurso de Dramaturgia, Encontros com Pensadores/Especialistas, Workshops com Grupos de Teatro e Leituras Dramáticas dos textos selecionados. Após Cia Elevador de Teatro Panorâmico, Os Fofos Encenam e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, é o Teatro dos Narradores responsável pelo processo cênico

Programa que instiga e fomenta a dramaturgia e o teatro, o Dramaturgias Urgentes começa a quarto e último módulo de sua primeira edição. Desta vez, o tema é Brasil: Violência E Relações Sociais. Os interessados em participar do ciclo final podem enviar suas peças curtas - de 20 minutos, de 8 mil a 12 mil caracteres, sem espaço - entre 21 de janeiro e 1 de fevereiro. No final do projeto, em fevereiro, 130 textos de teatro terão recebido os pareceres técnicos, auxiliando a formação profissional dos participantes.

Depois dos grupos Elevador de Teatro Panorâmico, Os Fofos Encenam e do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, agora é a vez do Teatro dos Narradores ser responsável pela apresentação de seu processo criativo (dia 31 de janeiro, quinta-feira – 20hs) e nas leituras dramáticas (dias 21 e 28 de fevereiroquintas-feiras – 20hs, três textos por noite). O projeto é aberto ao público em geral e gratuito.

O objetivo do programa é traçar um olhar sobre a contemporaneidade do teatro brasileiro. Desde junho de 2012, o projeto recebeu 189 textos de várias regiões do Brasil. As três primeiras etapas tiveram, cada uma, um tema e profissionais diferentes. “O retorno foi muito positivo, participaram pessoas de todas as regiões do País. O projeto se destaca pela valorização da dramaturgia brasileira contemporânea; cria e estimula uma discussão sobre uma atividade que cresce de forma gradativa no Brasil; proporciona debates sobre temas que estão inseridos na vida da população”, conta a curadoraMarici Salomão.

Os pareceristas que analisarão as peças neste novo módulo são os dramaturgos Adélia Nicolete e Flavio de Souza junto com Alessandro Toller, que está no projeto desde o primeiro módulo. Seis textos são selecionados para leituras e ficam disponíveis no site www.dramaturgiasurgentes.com.br.

Dramaturgias Urgentes reúne Concurso de Dramaturgia, Encontros com Pensadores/Especialistas, Workshops com Grupos de Teatro e Leituras Dramáticas dos textos selecionados. Com temas provocantes, textos curtos e rapidez no envio, projeto tem objetivo de estimular a escrita de peças de teatro de autores brasileiros voltadas à realidade nacional.

“Sempre é de grande responsabilidade selecionar os melhores textos. A comissão de julgadores é formada por profissionais de reconhecido mérito na dramaturgia. Colocam sobre cada texto lido e analisado um olhar técnico, ao mesmo tempo sensível. Temos recebido trabalhos muito interessantes, com olhares instigantes sobre a forma e o conteúdo.”

Brasil: Violência E Relações Sociais
“Estamos sujeitos hoje a várias formas de violência social, e não só nas grandes, mas também nas pequenas cidades brasileiras. Vivemos sob as leis do crime organizado, das gangues urbanas, dos pichadores de rua, dos assaltantes, dos motoristas assassinos no trânsito. A responsabilidade envolve todos, poder público e sociedade civil. E nós dramaturgos como podemos denunciar, com nossas armas (teclados, lápis e canetas), os efeitos e as transformações nas regras de convívio social deflagrados pela violência em nossas cidades?”. Por Marici Salomão

Histórico
O primeiro módulo, lançado em junho, teve como tema A Nova Classe Média Brasileira: Os Emergentes e o trabalho daCia Elevador de Teatro Panorâmico. Foram selecionadas as seguintes peças: A Visita (Joca Monteiro, Macapá/ AP), Os Inesteriotipáveis (James Hermínio, São Paulo/ SP), Pagando pra se Aborrecer (Paula Prange, Rio de Janeiro/ RJ), Produtos Perecíveis (Flavio Goldman, Rio de Janeiro/ RJ), Resíduo Submergente (Mariana de Menezes, São Paulo/ SP) e Sucesso com C (Raphael Scire, São Paulo/ SP).
Em agosto, o segundo módulo contou com o tema Envelhecimento da População Brasileira: Melhor Idade?, além do trabalho da Cia Os Fofos Encenam. Os textos escolhidos no final do processo foram são A Cigarra e a Formiga, de Paula Cicolin (Cordeirópolis/ SP), Dona Adélia, de Rogério Corrêa (RJ), Nem Tudo São Flores, de Paulo Sacaldassy (Cubatão/ SP), Maço de Cigarros, de Rafael Cal (RJ), Projeto São Lourenço, de Flavio Goldman (RJ) e Suéter Laranja em Dia de Luto, de André Felipe (Florianópolis/ SC).
O terceiro módulo recebeu textos que abordavam o tema Brasil: Um País de Estrangeiros? no mês de outubroCláudia Schapira dirigiu os atores do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos durante o processo cênico. Os trabalhos selecionados foram Um Homem Sofrido (Homem Netto - Teresópolis/ RJ), Res Nullius, a Terra de Ninguém (Débora Brenga - Sorocaba/ SP), Sorria, Você Está no País da Alegria (Luciana do Valle - São Paulo/ SP), Desassossego (Kiko Rieser - São Paulo/ SP), Quarenta Peças (Victor Nóvoa - São Paulo/ SP) e Terra Estranha (Bruno de Assis Oliveira - Guarulhos/ SP).


Proposta
Com o Dramaturgias Urgentes, o CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil segue com a proposta de trabalhar com fomento da dramaturgia e formação de público para teatro, explorando sua potencialidade para debater temas contemporâneos.

Entre os objetivos do Dramaturgias Urgentes está refletir sobre os problemas e as questões urgentes da sociedade brasileira e do mundo atual por meio da arte. Também estão entre os objetivos: divulgar a dramaturgia brasileira de autores jovens e veteranos; promover a interação entre público e plateia, a partir dos processos de trabalho dos artistas brasileiros.

Classificação indicativa: A participação no concurso é para maiores de 18 anos. A participação dos encontros com especialistas é livre. A participação dos encontros com atores é livre. As leituras dramáticas: a definir. Todas as atividades serão gratuitas.

De acordo com a curadora Marici Salomão, “é uma novidade, para um concurso de dramaturgia, oferecer ao autor brasileiro, de qualquer região do País, um parecer técnico sobre o que escreveu. É um grande diferencial. Aliás, este projeto tem alguns diferenciais: o fato de uma companhia apresentar seus processos de trabalho ao público, convidando-o à participação, é algo que ainda pouco acontece”.

Sobre a importância do projeto, Marcos Mantoan, gerente do CCBB-SP, afirma que “desde 2002, com a criação do projeto Dramaturgias, o CCBB SP se debruça sobre a dramaturgia e sua relação com os criadores teatrais e o público em geral”. Para ele, “pensar o teatro hoje é também refletir sobre seu potencial de abordar as questões contemporâneas - e urgentes - da nossa sociedade”.

Para roteiro:
DRAMATURGIAS URGENTES no CCBB SP – 4º módulo
Exposição sobre o tema – com o antropólogo, cientista político e escritor, Luiz Eduardo Soares.
Dia 17 de janeiro, às 20hs, grátis
Teatro do CCBB. Classificação indicativa: livre. Entrada franca

Inscrições do peças curtas
Entre 21 de janeiro e 1 de fevereiro

Workshop sobre Processos Criativos 
Com José Fernando de Azevedo - Teatro dos Narradores
Dia 31 de janeiro, às 20hs, grátis.
Teatro do CCBB. Classificação indicativa: livre. Entrada franca

Leituras Dramáticas dos textos selecionados –
Com José Fernando de Azevedo - Teatro dos Narradores
Dias 21 e 28 de fevereiro, às 20hs, grátis.
Teatro do CCBB. Entrada franca

Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – SP. Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô. Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652. www.bb.com.br/cultura

SAC 0800 729 0722 / Ouvidoria BB 0800 729 5678. Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088. Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (Ed. Zarvos). Transporte gratuito até as proximidades do CCBB. Produção: Kavantan & Associados.

APCA 2012, Club Noir estreia Fatia de Guerra na mostra de peças contemporâneas




Depois de terminar o ano com Prêmio Especial da APCA 2012 (Associação Paulista dos Críticos de Arte) pelo projeto Peep Classic Ésquilo, que encenou as primeiras peças da história do teatro, a companhia Club Noir abre 2013 com a continuação do projeto Mostra Brasileira de Dramaturgia Contemporânea. Texto do curitibano Andrew Knoll, Fatia de Guerra estreia dia 15 de janeiro, terça-feira, às 21 horas, na sede do grupo. No elenco, Juliana Galdino, Renato Forner e Paula Spinelli, dirigidos por Roberto Alvim.

Entre os mais inventivos grupos da cena paulistana de teatro, o Club Noir já montou cinco peças inéditas da nova geração de autores brasileiros. Os textos desta mostra foram selecionados pelo diretor e dramaturgo Roberto Alvim entre centenas de obras recebidas de diversos Estados do Brasil. O projeto segue com as estreias de Agro Negócio, de Marco Catalão (de 12 de fevereiro a 7 de março), e Grimorium, de Alexandre França (de 12 de março a 4 de abril).

Fatia de Guerra
A ação é ambientada em um lugar deserto na região Sul do país, durante uma Guerra não definida. Neste clima, o autor lança um olhar profundo sobre a vida de uma família em uma fazenda, aproximando os dramas individuais ao horror da guerra. Tece uma rede de fios produzidos por afetos, memórias e paisagens em que os mundos se confundem, lançando perguntas sobre a origem de toda forma de violência. O texto permite múltiplas perspectivas, instaurando uma polifonia de subjetividades, aliada à coexistência de tempos e espaços distintos.

Em meio a esta situação-limite, vive uma pequena e desestruturada família que habita uma fazenda perdida na imensidão dos campos. Um pai, uma filha (ainda criança) e uma cadela doente. A mãe está ausente. A trama se desenvolve em um único dia, aquele em que o pai sacrificará a cadela, como um ato de amor visando abreviar seu sofrimento.

A encenação segue a linha de investigação da companhia, pautada por elementos, como a imobilidade dos atores, que se desdobram em movimentos mínimos, desacelerados, ambientados por uma luz fria e de penumbra. Trata-se de um trabalho minucioso dos atores em relação ao emprego musical da voz alternando ritmos, sensações e sobreposições.

O projeto artístico do Club Noir sempre foi norteado pela encenação de dramaturgos contemporâneos. Para o diretor Roberto Alvim, “Fatia de Guerra, é uma peça cuja singular estrutura desvela, por meio de uma manipulação pouco usual da linguagem e da ação dramática, uma polifonia de novos modos de subjetivação até então nunca vista na dramaturgia brasileira. Os recursos formais de que o autor se utiliza diluem a diferença entre sujeito e objeto, mundo interno e mundo externo, vida e morte. A obra não define o que é passado e o que é presente. Instaura um insuspeitado espaço mental, no qual tudo pode ser interpretado como reminiscência; ou sonho; ou projeção de memórias; ou mesmo como a consagração de um eterno instante. A escrita de Andrew Knoll é repleta de imagens extraordinárias, que constroem mundos inaugurais na percepção do público”.
  
Para roteiro:
FATIA DE GUERRA - de 15 de janeiro a 7 de fevereiro de 2013

Texto: Andrew Knoll. Direção: Roberto Alvim. Elenco: Juliana Galdino, Renato Forner e Paula Spinelli.


Sinopse: O mundo visto pelos olhos de um cão doente, prestes a ser sacrificado por seu dono. Em meio a um cenário de guerra, diversas lutas íntimas são travadas, em uma peça que se instaura em deslocamentos entre pontos-de-vista insuspeitados: a visão do cão, a visão da paisagem, a visão de uma arma. 


AGRO NEGÓCIO - de 12 de fevereiro a 7 de março
Texto: Marco Catalão. Direção: Roberto Alvim. Elenco: Paula Spinelli, Renato Forner, Ricardo Grasson, Frann Ferrareto, Marcelo Rorato e José Geraldo Jr.

Sinopse: Um assassinato é cometido em uma plantação de cana-de-açúcar: o proprietário é morto. Mas sua cabeça, decepada, continua a falar. A peça entrecruza, poeticamente, uma série de discursos - de políticos, repórteres, policiais, bóias-frias e latifundiários -  acerca do agro-negócio no Brasil.

Grimorium - de 12 de março a 4 de abril
Texto: Alexandre França. Direção: Roberto Alvim. Elenco: Juliana Galdino, Fernando Gimenes, Frann Ferrareto, Gabriela Ramos, Jackeline Stefanski, Bruno Ribeiro e José Geraldo Jr.

Sinopse: Qual é o limite que separa aquele que cria daquilo que é criado? A peça remete ao gêneses bíblico: um homem e uma mulher inventam, como deuses, uma nova criatura, que vai habitar e povoar um novo mundo. Mas a criatura, uma vez invocada, passa a habitar os corpos daqueles que a criaram, transformando-os completamente.

CLUB NOIR – Rua Augusta, 331 – Consolação – Telefone - 3255-8448 / 3257-8129. Ingresso: gratuito (senhas distribuídas 1 hora antes do início do espetáculo). Duração: 40 minutos. Temporada: terças, quartas e quintas às 21h. Produção Executiva: Danielle Cabral. Assessoria de Imprensa: Arteplural. Realização: CLUB NOIR. Capacidade: 42 lugares. Classificação etária: 16 anos.
  

Orquesta a Base de Corda - Lucina e Luhli


QUINTA TEMPORADA! AMIGAS PERO NO MUCHO de Célia Forte, direção de José Possi Neto

Após grande sucesso de público, a comédia Amigas, pero no mucho retorna ao Teatro Renaissance, onde estreou em 2007. De lá pra cá, mais de 90 mil pessoas riram com as incríveis situações criadas pela jornalista Celia Regina Forte nessa epopeia vivida por quatro amigas, interpretadas por quatro atores, numa tarde de sábado. 
São Elias Andreato, Nilton Bicudo, Alex Gruli e Léo Stefanini que dão vida às quatro mulheres nas inusitadas situações típicas da convivência feminina. A comédia faz sua quarta temporada nos palcos paulistanos, além
da ter permanecido em cartaz em 2008 no Rio de Janeiro.

Com direção de José Possi Neto, composição musical de Miguel Briamonte, Jonatan Harold no piano e narração, Amigas, pero no mucho, faz história no cenário da comédia brasileira através do encontro de quatro amigas em uma tarde de sábado, onde todas – ou quase todas – roupas sujas são lavadas por elas. Com humor cáustico, ironia e irreverência, elas falam sobre suas dissimulações, devaneios e loucuras. Quatro mulheres bem-sucedidas - ou não - comuns e sofisticadas que numa única tarde fazem revelações que as surpreendem e surpreendem o público que tem lotado todos os teatros por onde elas passam. Mulheres que se amam e se odeiam ao mesmo tempo. Amigas... Amigas, pero no mucho, enfim. 

O texto, originalmente escrito em 2004 para quatro atrizes, que teve a supervisão de Paulo Autran numa leitura pública, traz nessa versão, quatro atores interpretando as personagens, com um final inusitado. 

Elias Andreato é Fram, 50 anos - Divorciada, dois filhos que moram com o pai. É a mais velha das quatro amigas. Já passou dos 50 anos, mas quer parecer 30. Ninfomaníaca. Fala muito palavrão quando está sozinha, em público jamais. Faz meditação, mas quando está com raiva, tem tiques nervosos.

Nilton Bicudo é Olívia, 40 anos - Casada com filhos. Foi rica, não é mais. Tem que dirigir sua VAN que leva crianças para a escola. Julga-se sempre perseguida. Está sempre perguntando: O que vocês estão falando de mim? Exalta o marido, Alfredo, para as amigas.

Alex Gruli é Sara, 35 anos - Solteira. Executiva. A mais reservada. Parece ser fria, mas esconde grande esperança. Fuma descontroladamente. Não perdoa as amigas, mas pouco se importa com a opinião dos outros. Desconfiada. Odeia as hipocrisias de Fram.

Léo Stefanini é Debora, 40 anos - Divorciada, sem filhos. Inteligente, perspicaz, irônica, mas tipo dona da verdade. Sempre tem uma consideração a fazer, tentando que sua opinião prevaleça. Idealiza o amor. Come compulsivamente.

Teatro Renaissance
Alameda Santos, 2233
Sextas e Sábados às 21:30 h. / Domingos às 19:00 h.

ABERTURA DE FORNADA Carnaval 2013


 09 Fevereiro - Sábado
Momento culminante da retirada das cerâmicas das câmaras após queima e esfriamento lento de 3 dias, a Abertura de Fornada é uma experiência inesquecível, sempre coroada de surpresas, júbilo e encantamento compartilhado. Apresentação das etapas da transformação da argila em cerâmica, o forno Noborigama, a composição dos esmaltes e demonstração de esmaltação e pintura completam a apreciação do caráter excepcional das cerâmicas queimadas à lenha no Forno Noborigama.

Estrelas do Orinoco entra em Nova temporada no Pinho de Riga


O espetáculo Estrelas do Orinoco, do mexicano Emilio Carballido, entra em nova temporada a partir do dia 19 de janeiro de 2013, sábado, no Espaço Pinho de Riga, às 21 horas. Com tradução de Hugo Villavicenzio e direção de Tatiana Rehder, a peça investiga o universo de duas atrizes pouco prestigiadas pela fama – vividas por Almara Mendes e Mariana Flesch - a bordo de um barco sem comando no Rio Orinoco (Venezuela/Colômbia).

Esta imagem de duas atrizes de segunda classe a bordo de uma embarcação sem comando pode ser símbolo de uma de nossas facetas latinas: um continente com passado colonial exploratório com muita dificuldade de criar uma identidade para seu povo, minimamente uniforme, com referências próprias. O grupo explica que montar uma peça venezuelana no Brasil com este enredo é a chance de fomentar uma reflexão sobre nosso país, de promover uma aproximação com os vizinhos latinos com quem compartilhamos traços históricos e possibilidades de futuro.

No enredo, duas mulheres sozinhas em um dos maiores rios da Bacia Amazônica criam seu cotidiano de fantasias que lhes dá força e condições para viver a desgraça real e concreta de estar à deriva. O Pinho de Riga pretende refletir sobre como esta válvula de escape se aplicaria à história de nosso continente e de qual realidade já nos distanciamos.

A montagem, porém, visita também as almas dessas mulheres: duas pessoas reais, com planos concretos e expectativas de futuro. O público se torna cúmplice das fantasias das duas atrizes que precisam criar maneiras de sobreviver em meio às variadas adversidades do mundo real. Suas dificuldades passam pela pobreza, falta de reconhecimento, solidão e fracasso, agruras possíveis a qualquer mortal. “Certamente encontramos aqui a dimensão universal do nosso projeto, pois estamos trabalhando com seres humanos e suas angústias e sonhos, personagem cheias de humanidade; estamos falando de nós”, finaliza Tatiana Rehder.

Estrelas do Orinoco
Texto: Emilio Carballido
Tradução: Hugo Villavicenzio
Direção: Tatiana Rehder
Elenco: Almara Mendes e Mariana Flesch
Realização e produção: Grupo Teatral Pinho de Riga
Reestreia: dia 19 de janeiro – sábado – às 21 horas
Espaço Cultural Pinho de Riga
Rua Conselheiro Ramalho, 599 – Bela Vista/SP - Tel.: (11) 96373-7090
Temporada: sábados (21 horas) e domingos (19 horas) – Até 03/03/2013
Ingressos: R$ 30,00 – Bilheteria: 2h antes das sessões - Duração: 80 min
Gênero: Comédia - Classificação etária: 14 anos - Lotação: 51 lugares
Não aceita cartões. Acesso universal. Possui bar e café (o Barriga)

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Tel: (11) 3079-4915 / 9-9373-0181 - verbena@verbena.com.br

Estréia - ¡Salta! com inspiração no cinema argentino de Lucrecia Martel

Foto; Cacá Bernandes

A peça incorpora ao teatro a poética presente nas obras da cineasta com uma história com múltiplas relações e aberta a interpretações. O Pântano (2000), A Menina Santa (2004) e A Mulher Sem Cabeça (2007) - filmes da cineasta argentina Lucrecia Martel - servem de propulsores para a encenação. Os longas lidam com relações familiares, uma característica presente na peça, além da audiocenografia que cria um ambiente único.

A partir dos anos 90, o cinema argentino passou por uma renovação, onde surgiram nomes renomados da sétima arte portenha; entre eles se destaca a radicalidade de Lucrecia Martel. Imerso nessa atmosfera, ¡Salta! estreia em 18 de janeiro, sexta-feira, às 20h no Espaço das Artes do SESC Santo Amaro. Esse é mais um trabalho do Coletivo TeatroDodecafônico, a direção é de Verônica Veloso, a dramaturgia é de Veronica Stigger, e o elenco conta com os atoresBeatriz Cruz, Gabriela Cordaro, Joaquim Lino, Katia Lazarini e Miriam Rinaldi.

Na trama, três mulheres se relacionam e se mesclam, definindo-se ora como irmãs, ora como amigas, mães e filhas. A presença de uma jovem e de um homem ajuda a delinear traços de uma familiaridade confusa. A tensão do ambiente anuncia algo que aconteceu ou está por acontecer. Neste clima, um assunto proibido permeia os diálogos e a vida destas pessoas. A dramaturgia, assinada pela escritora Verônica Stigger, é fragmentada e foi construída a partir das cenas criadas pelo Coletivo.

O Pântano (2000), A Menina Santa (2004) e A Mulher Sem Cabeça (2007) - filmes da cineastargentina Lucrecia Martel - servem de propulsores para a encenação. Os longas tratam de relações familiares, característica presente na peça. “Muito mais do que adaptar os filmes, procuramos criar uma montagem com as reações que eles nos trazem. Buscamos incorporar ao teatro a poética presente nas obras da cineasta com uma história com múltiplas relações e aberta a interpretações”, conta Verônica Veloso.

Parte das ações principais ocorre em momentos de ócio da família e fora do alcance do olhar da plateia, assim como nos enquadramentos da diretora argentina. “Uma situação que gera a iminência de algo que está prestes a acontecer”, pontua Verônica Veloso. O treinamento corporal dos atores também está a serviço dessa atmosfera: “Os corpos são exibidos em disposições espaciais que remetem às esferas de intimidade, são mais valorizados a coluna vertebral, personagens de costas ou apenas extremidades como braços e pés.”
A trilha sonora, uma das questões primordiais da encenação, é colocada em cena como uma audiocenografia. ¡Salta! teminserções sonoras de fontes diversas: ruídos de um mar ausente, umpiscina presente apenas sonoramente, músicaslatinas, programa de TV, barulho duma TV ligada em outro cômodo, chuveiro, entre outros. O objetivo é revelar um leque de vários caminhos para o espectador, com ruídos produzidos fora da cena ou que não fazem parte do universo ficcional.

“A audiocenografia de Felipe Julián tem como resultado um espaço, um ambiente, uma atmosfera criados pelo que as pessoas ouvem. O som infiltra, invadeocupa, uma forma de extensão da peça”, destaca a diretora. Logo no foyer do teatro, uma instalação com 100 alto-falantes e objetos utilizados em cena estarão expostas para colocar o público em contato com a obra e mergulhar no universo de ¡Salta!.

A peça se passa no ambiente quente e úmido de uma casa com piscina em algum lugar da América Latina. Daí o título da peça que faz referência à ideia de suspensão presente no movimento de saltar e aos saltos temporais presentes na dramaturgia fragmentada da encenação.

Esta é a primeira vez que o Coletivo Teatro Dodecafônico se apresenta num espaço no qual o espectador observará a peça de maneira frontal, quase numa relação de palco italiano. Acostumado com sessões em espaços alternativos e intervenções urbanas, o Coletivo usa toda seu repertório para envolver o Espaço das Artes do Sesc Santo Amaro. “Sem o diferencial do espaço, que sempre nos acompanhou, o som ocupa esse lugar de destaque, criando atmosferas e envolvendo o público com sonoridades que vêm de diferentes caixas de som, posicionadas ao seu redor”, comenta Verônica Veloso. A diretoracita uma frase de Bob Wilson que sintetiza bem a montagem. “É como se fosse uma peça radiofônica aliada a um filme mudo”, finaliza.
O processo de criação de ¡Salta! faz parte do projeto contemplado pela 19ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro - Secretaria da Cultura. A estreia e temporada são uma realização do SESC em parceria com o Coletivo Teatro Dodecafônico.

Sobre Lucrecia Martel

A obra de Lucrecia Martel é reconhecida mundialmente pela forma como apresenta a realidade latino-americana e a transforma em proposta estética e pela maneira como utiliza de forma peculiar e inovadora a faixa de som e os enquadramentos. Seus três longa-metragens foram vencedores de vários prêmios, entre eles o Urso de Ouro de Berlim, além de terem concorrido por duas vezes à Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes. Seu terceiro filme foi produzido pelos irmãos Almodóvar, parceria que segue até hoje na criação de seu novo trabalho.

Contemporânea dos cineastas do Nuevo Cine Argentino, a diretora preserva um estilo próprio, mantendo-se fiel a questões consolidadas pela constante reiteração de temas e motivos como a presença de uma dança das gerações entre e mães e filhas, certo deslizamento entre um estado de languidez juvenil e de apatia, além da insistência no uso da piscina, nas figuras da precipitação e da morte. Em diálogo com a cineasta, o Coletivo tem buscado transpor os procedimentos do cinema de Martel para a encenação ¡Salta!.

Sobre o grupo

Coletivo Teatro Dodecafônico é um conjunto de artistas reunidos em torno da pesquisa de procedimentos para a composição da cena teatralcontemporânea, na qual todos os elementos da linguagem cênica (texto, espaço, corpo, tempo e som) têm igual relevância. Têespecialinteresse para o Coletivo propor interações entre procedimentos do cinema e do teatro para a criação cênica, assim como a relação entre corpo earquitetura na encenação.

As cenas são criadas como se o público fosse uma câmera que observa oatores. O corpo é trabalhado a partir doprincípiotécnicosdesenvolvidopoKlauss Vianna Os atoreassume figuras;  raramente sã visto compersonagens. Afiguras são compostapor meio dacomposição corporal, físico-vocal.

Toda composição do Dodecafônico é uma reação a uma obra de referência: um texto literário, um filme ou umimagem pictórica. A partir dessaescolha, o Coletivo procura reagir à obra, e não adaptá-la para o contexto teatral. Reagir é transpor (no caso da literatura, sem transformar discursoindireto em direto); reagir é transformar (a obra original compropulsora de novas formas textuais e imaticas) e reagi é montar, como nalinguagem cinematográfica (sobrepoelementos, criar em camadas).

A pesquisa do Coletivo Teatro Dodecafônico começou em 2007, com a criação de ISAURA S/A + 1 Experimento Hidráulico, parte prática dapesquisa de mestrado de Venica Veloso, que buscava na poética cinematográfica inspiraçãpara a criação cênica A segunda montagem doColetivo, O Disfarce do Ovo  uma reação à Clarice Lispector, questreou em 2009, reagiu aos contos “Legião Estrangeira e O Ovo e aGalinha. Na terceira encenação, O QUE ALI SVIU, que estreou em 2010, o Coletivo se propõe a reagir às Alices de Lewis Carroll  Alice noPaís das Maravilhas” Alice Através do Espelho , como ponto de partida para uma reflexão sobre a infância. Em setembro de 2011, o Coletivo foicontemplado pela Lei de Fomento ao Teatro do Munipio de São Paulo, com o Projeto Decupagem Dodecafônic(execução de outubro de2011 a outubro de 2012). Nele, o Coletivo compartilha seu processo de criação em duas vertentes: 1) São Paulo Através do Espelho, ondeo foco se volta para a cidade de São Paulo; 2)