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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

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Ednei Giovenazzi faz 60 anos de carreira com clássico de Tchekhov e direção de José Henrique

Sobre o prazer de fazer teatro, O Canto do Cisne apresenta - com ironia,
humor e linguagem despojada - um ator que faz retrospecto de sua vida e carreira.
Estreia dia 13 de setembro, no Teatro Eva Herz. Texto integra a seleção
de peças curtas do escritor e dramaturgo russo, um dos mestres do conto moderno.


O espetáculo termina. O elenco deixa o teatro. Embriagado, o ator cômico adormece no camarim e lá é esquecido. A partir daí, a plateia acompanha Vassíli Vassílitch Svetlovíd num balanço de seus 78 anos de vida, dos quais 55 dedicados à arte de interpretar. No palco vazio, o personagem alterna momentos de nostalgia e euforia, quando recorda momentos importantes da carreira. Ao se descobrir só na escuridão do teatro, encontra sentido para manter-se vivo ao reviver grandes personagens da dramaturgia universal.

Na história de O Canto do Cisne, de Anton Paolovitch Tchekhov (1860-1904), a metalinguagem está no centro da trama: o público que ouve Svetlovídov (Ednei Giovenazzi) está na plateia para a ver O Canto do Cisne, onde um ator representa o papel de um ator, que por sua vez representa outros papeis. O espetáculo estreia dia 13 de setembro, sexta-feira, no Teatro Eva Herz, em uma encenação do diretor José Henrique, com o ator Ednei Giovenazzi como protagonista. A peça marca a segunda incursão de Ednei na dramaturgia tchekhoviana. A primeira foi em O Jardim das Cerejeiras, ao lado de Cleyde Yáconis e Walderez de Barros, ícones do teatro brasileiro

Ednei reflete sobre seu personagem: “Trata-se de um velho ator, em fim de carreira, com suas mágoas e suas alegrias. É um balanço de uma carreira de 55 anos. Fazer o personagem nos leva ao entendimento da sua alma  e do mundo que o cerca, de suas aspirações e  seus desencantos”. O ator revela estar vivendo uma nova experiência aos 60 anos de profissão. “O encontro com o José Henrique mostrou que somos duas pessoas apaixonadas pelo teatro. Nosso objetivo foi chegar a um espetáculo, em primeiro lugar, agradável, fiel  ao autor, Tchekhov, e instigante.”

Em alguns momentos, a vida do personagem e de Ednei Giovenazzi se cruzam. Na peça, existem cenas de O Mercador de Venezade William Shakespeare; e Mozart e Salieri, de Alexander Pushkin. São espetáculos que fazem parte do repertório do protagonista e do currículo ou da escolha pessoal do ator.

O ator Pietro Mário interpreta um personagem emblemático - o velho ponto - nesse “estudo dramático em um ato”, conforme a definição do próprio autorEncarregado de acudir os atores em cena, caso falhasse a memória, o ponto estava lá - à frente do palco, sob o assoalho, protegido por uma caixa, a partir de um pequeno alçapão na ribalta – pronto, soprando as falas em voz baixa.

José Henrique enfatiza que esse papel também questiona os dilemas do teatro. “Além de servir como orelha para o protagonista, existe uma reflexão sobre as carreiras paralelas do teatro, dos profissionais que o público desconhece, mas que são tão essenciais à arte quanto o elenco. O Ponto nunca recebe aplausos ou flores, mas sua vida também se constrói de sucessos e fracassos, em paralelo a dos artistas. É um servidor anônimo da arte, quase um equipamento do teatro.”

Com todos os elementos típicos da poética tchekhoviana - a brevidade, a economia dos procedimentos, a linguagem despojada, a ironia, o humor e o aprofundamento psicológico das personagens -, esta peça é “uma obra curta sobre o prazer de se trabalhar em teatro, que não pede nenhum ornamento, além da atuação do elenco.

O cenário é o próprio teatro onde se encena a peça, despojado de vestimenta cênica, telões ou adereços. Há dois planos de linguagem: a história que se passa entre os dois personagens (ator e ponto) e as cenas  em que o velho ator recorda-se de sua carreira. O que une esses dois planos é o espaço comum do palco onde todas as histórias se entrelaçam”, fala o diretor.

Fazendo coro à fala do protagonista “onde existe talento, não há velhice”, José Henrique analisa que “os breves momentos em que os dois antigos profissionais de teatro revivem seus tempos mais gloriosos surgem, portanto, como uma espécie de recreio da velhice, um intervalo de juventude e energia no cotidiano de ambos. A ironia, ao mesmo tempo divertida e patética, está nessa polaridade entre os dois tempos representados: o  presente e o passado”.

Em alguns momentos, a vida do personagem e a de Ednei Giovenazzi se cruzam. Na peça, há uma cena de O Mercador de Venezade William Shakespeare; espetáculos que fazem parte do repertório do protagonista e do currículo do ator.

Para José Henrique, “Ednei Giovenazzi é mais do que um ator desta montagem, é a verdadeira razão de estarmos fazendo a peça. Daí havermos inserido cenas de O Mercador de Veneza, que, por escolha dele, passaram a integrar o repertório de Svetlovídov”. Outra inserção, a pedido de Ednei, foi o monólogo de Salieri sobre Mozart, de Puchkin, para substituir um poema do mesmo autor, Poltava, de pouca expressividade entre nós.

O diretor ressalta não estar biografando o Ednei, ou exibindo algum virtuosismo dele. “Ao contrário: fomos atrás das técnicas de desempenho dos grandes atores dos séculos XVIII e XIX, para que o Ednei fizesse em cena o que nunca fez em sua carreira, mesmo em papéis já dominados.”

Ednei Giovenazzi conta que há um sentimento especial em participar dessa montagem. “O teatro é generoso, só o que for bom, ou seja, esclarecedor da natureza humana, resiste ao tempo. E este texto  de Tchekhov é apaixonante em si, a finitude do ser humano é comovente.

Ednei dedica O Canto do Cisne inteiramente “ao grande ator Sergio Brito, que aspirava interpretá-lo e não houve tempo".

Sobre o texto e o autor
A peça O Canto do Cisne foi escrita a partir do conto Calcas, publicado em 1886. Em definição do próprio Tchékhov (1860-1904), se trata de uma peça para ser representada em quinze, vinte minutos. Ele a escreveu em uma hora e cinco minutos. A primeira versão, publicada em 1887, era muito curta. Sabendo que seria representada, o autor aumentou o texto. A estreia aconteceu em Moscou no Teatro Korch, com V. Davydov, ator então de reconhecido talento no papel principal.

Anton Tchekhov nasceu na Ucrânia, filho de família humilde; seu avô foi servo da gleba e seu pai era um pequeno comerciante. Com sacrifícios realizou estudos secundários e fez faculdade de Medicina de Moscou. A profissão de médico lhe proporcionou conhecimento da vida e do ser humano, e o sucesso imediato de seus primeiros contos - aliada à recepção de sua obra, especialmente peças teatrais de aceitação pública - permitiram que ele vivesse de sua produção literária. Em 1898, casou-se com uma atriz do teatro russo e, em 1904, atacado pela tuberculose, morreu aos 44 anos na Alemanha.

Ficou conhecido como dramaturgo e contista. Com uma visão de mundo ora humorística, ora poética, ora dramática, Tchekhov captou momentos ocasionais da realidade, fatias de vida, pequenos flagrantes do cotidiano, estados de espírito da gente comum. No conjunto (incluindo-se até mesmo as histórias cômicas), a obra de Tchekhov é profundamente melancólica. Seus contos breves revolucionaram as formas narrativas da época e propiciaram modelos para a prosa do século XX. Criou, assim, uma nova forma de escrever contos: um mínimo de enredo e o máximo de emoção.  Escreveu dramas e comédias que se consagram nos palcos do mundo e estabeleceram padrões para a dramaturgia contemporânea. A genialidade de sua arte está em transformar uma série de incidentes laterais e de pormenores aparentemente insignificantes da existência individual em representações perfeitas do destino humano.

José Henrique
Mestre em Teatro e Bacharel em Artes Cênicas, habilitação Direção Teatral, pela Escola de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro – UNIRIO. Diretor teatral e professor do Curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desde 1994, onde leciona as disciplinas de “Direção” e “Iluminação Cênica”.

Dirigiu montagens de teatro adulto, dentre as quais “A Pane”, de Friedrich Dürrenmatt e “A Mandrágora”, de Maquiavel, além de diversos espetáculos de teatro infantil, ópera e leituras dramatizadas. Em 1998, dirigiu nos Estados Unidos a tragédia “Ifigênia em Áulis”, de Eurípides. É membro, desde 1996, do United States Institute for Theatre Technology (USITT/EUA) e da Association for Theatre in Higher Education (ATHE/EUA).

É responsável desde a sua origem, em 1999, pela direção e curadoria das montagens do Teatro na Justiça: “Testemunha de Acusação”, de Agatha Christie; “Doze Jurados e uma Sentença”, de Reginald Rose; “O Vento será sua Herança”, de Jerome Lawrence e Robert E. Lee; “O Caso Alma”, de Terence Rattingan, “A Pane”; de Friedrich Dürrenmatt e “O Processo”, de Franz Kafka e “Oréstia” de Ésquilo.

Em junho de 2007, convidado pela Cia Limite 15, dirigiu “As Eruditas” de Molière, com tradução de Millôr Fernandes. Em 2008, dirigiu “O Processo” no Maison de France e, em 2009, “O Especulador” de Honoré de Balzac no Teatro SESI. Em 2011 dirigi a comédia “O Olho Azul da Falecida” de Joe Orton no Teatro GEO em São Paulo

Ednei Giovenazzi
Nasceu no interior de São Paulo, foi para a Capital, onde se formou em Odontologia. Desde cedo, porém, percebeu seus dotes artísticos, e ainda que exercendo sua profissão, fez amizade entre artistas da televisão e participou, em 1967, de três novelas da TV Tupi: “Yoshiro, um Poema de Amor”; “Jardineiro Espanhol”; “O Pequeno Lorde”.

Em 1968, foi para a TV Globo onde fez “O Santo Mestiço”; “A Cabana do Pai Tomás”; “A Grande Mentira”; “Pigmaleão 70”; “A Próxima Atração”; “O Homem que deve Morrer; “Selva de Pedra”; “Ossos de Barão”.Aos poucos foi se afastando da profissão de dentista. De volta a São Paulo, atuou em outras novelas da TV Tupi: “A Barba-Azul”; “Ovelha Negra”; “Xeque-Mate”; “O Julgamento”; “Salário Mínimo”.

Em 1980, Giovenazzi fez a novela “Pé de Vento”, na Bandeirantes. Em seguida, voltou para a Globo do Rio, onde participou de: “As Três Marias”; “Sétimo Sentido”; “Partido Alto; “Livre para Voar”; “O Tempo e o Vento”; “Direito de Amar”; “Abolição”; “Que Rei sou Eu?; “Felicidade”, “Tropicaliente” e, em 2002 fez “Sabor de Paixão”. No cinema, participou do filme “A República dos Anjos”.
Bastante atuante no teatro, Edney encenou, dentre outras, “O Mercado de Veneza” (1993), “Frankenstein” (1994), “O Tartufo” (2002); “A Visita da Velha Senhora” (2003); “Molly Sweeney – um Rastro de Luz” (2006).

Afastado da televisão desde 2002, quando atuou na novela “Sabor da Paixão”, retornou em 2008 na minissérie “Queridos Amigos”, de Maria Adelaide Amaral, na Rede Globo.Em 2009, voltou aos palcos em uma participação especial na peça “Mary Stuart” com grande elenco. No mesmo ano foi contratado pelo SBT para participar do remake da novela “Uma Rosa com Amor”, que estreou em março de 2010.

Em 2011, Edney Giovenazzi volta aos palcos com a peça “A Agonia do Rei”, onde vive o rei casado com a rainha Clarisse, interpretada por Nathalia Dill. A “A Agonia do Rei", dirigida por Dudu Sandroni, marca os 55 anos de carreira, 80 de idade e 39 espetáculos profissionais de Edney Giovenazzi.

PARA ROTEIRO
O Canto do Cisne - Estreia dia 13 de setembro, sexta-feira, às 21h, no Teatro Eva Herz.
Direção Geral: José Henrique. Cenários e Figurinos: Samuel Abrantes. Iluminação: Rogério Wiltgen. Programação Visual: Sydney Michellete. Fotos:Guga Melgar. Produção Executiva: Valéria Meirelles. Direção de Produção: Guilherme Palmeira. Elenco: Ednei Giovenazzi. Pietro Mario. (Contra-Regra).Realização: Ednei Giovenazzi e Júpiter Teatro Produções. Temporada: sextas e sábados às 21h; domingos às 19h. Até dia 6 de outubro.
Teatro Eva Herz da Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073, Metrô Consolação. Bilheteria: (11) 3170-4059. De segunda a sábado, das 14 às 21 horas e aos domingos e feriados, das 12 às 20 horas. Ingressos à venda pela Internet: www.teatroevaherz.com.br ou www.ingresso.com.brVendas/Call-center:4003-2330. Compras pelo sistema da ingresso.com, funciona da seguinte maneiraCall-center: (adicional de 20%). Internet: (adicional de 15%). Os ingressos são retirados na bilheteria do próprio teatro. Formas de pagamento: dinheiro e todos os cartões de débito e crédito – não aceita cheque. Capacidade do teatro: 166 lugares.Classificação: 10 anos. Duração: 60 minutos. Ingressos: Sextas-feiras: R$40,00; Sábados e domingos: R$50,00. No dia 15 de setembro a sessão será gratuita.
ARTEPLURAL – Assessoria de imprensa
Fernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
Adriana Balsanelli – (11) 9245-4138
Renato Fernandes – (11) 7286-6703

CABAREZINHO (6/9) convida... Norberto Vinhas, Paulo Neto, Miriam Maria Zé Ed, Paulo César de Carvalho e Ed Moraes


O projeto, que estreou em 28 de junho, tem sempre um grupo fixo, atrações convidadas, som totalmente acústico, palco de arena e bar.

As próximas sessões do Cabarezinho acontecem dias 6 e 27 de setembro. Sucesso já consolidado na cena cultural paulistana, os encontros são sempre às sextas-feiras, no Centro Internacional de Teatro – ECUM, às 22h30. No dia 6 (sexta edição), o Cabarezinho recebe os músicos compositores Norberto VinhasZé EdPaulo Neto, a cantora Miriam Maria, o poeta e músico Paulo César de Carvalho e o atorEd Moraes.

Inspirado no pequeno cabaré francês Lapin Agile, o Cabarezinho tem direção geral e musical de Luiz Gayotto (também idealizador do projeto). O espetáculo é totalmente acústico e ocorre em um palco de arena no Porão do ECUM, onde funciona também um bar. O projeto tem uma atração fixa, o Coro Cabarezinho (com 6 a 10 cantores) sempre acompanhado pelo pianista Rogério Rochlitz (que também faz números solos). Eles são os anfitriões que recebem os convidados e, entre uma e outra apresentação, mostram breves números musicais. Os diretores cênicos Paola Musatti e Fausto Franco criaram uma ambientação intimista para aproximar artistas e público.

O cabarezinho sempre apresenta atrações convidadas de diversas áreas culturais (música, teatro, literatura, poesia, circo) que se revezam no palco, intercaladas com o grupo fixo Os convidados podem mostrar “facetas” diferentes daquelas a que estão acostumados, gerando contrastes às performances e garantindo dinamismo às noites culturais. Segundo o idealizador e diretor Luiz Gayotto, o Cabarezinho tem o Lapin Agile apenas como inspiração. Ele explica que repertório do Coro é predominantemente de música brasileira. No roteiro tem homenagens a compositores tradicionais, contemporâneos e da cena musical atual. A ausência de qualquer sonorização (tecnológica) favorece o clima para um pequeno cabaré.

Os convidados (6/9)

Natural de em Anápolis (GO), Norberto Vinhas interpreta peças do erudito brasileiro e outras autorais, abrangendo samba, jazz e rock. Músico, produtor musical e professor de violão e guitarra, Norberto já se apresentou em várias cidades do Brasil e na Europa em festivais como Montreux Jazz Festival. Trabalhou ao lado de Rosa Maria, Luciana Melo, Luiz Ayrão, Luis Melodia, Zeca Baleiro e Hermeto Pascoal e outros artistas. Influenciado por Bach, Igor Stravinsky, Pat Metheny, Scott Henderson, Bireli Lagrene, Villa-Lobos, Dilermano Reis, Chico Buarque, ele desenvolve um estilo mais livre, brasileiro e autoral.

O cantor e compositor Zé Ed começou a enveredar pelos caminhos da música aos ainda na adolescência, aos 15 anos, cantando em um Coral. Ele escreve canções, desde então. Atualmente, é vocalista do Batakerê, no espetáculo Ritmos e Danças, e também prepara o repertório para o seu CD solo. No Cabarezinho ele mostra canções que farão parte deste trabalho.

Paulo Neto interpreta composições de seu primeiro CD, Dois Animais na Selva Suja da Rua, lançado em 2012, um ano depois de ganhar o Prêmio da Música Brasileira na categoria Vale Cantar Noel. Iniciou sua carreira em 2001 cantando em trios elétricos. Ele participou de projetos sobre os centenários de Adoniran Barbosa, Luiz Gonzaga e Herivelto Martins, ao lado grandes artistas da MPB. Já dividiu o palco com Wanderléa, Jair Rodrigues, Márcia Castro, Filipe Catto, Marcelo Jeneci, Vânia Bastos e Zezé Motta, entre outros.

A cantora Miriam Maria apresenta Ai se eu tivesse asa, inda hoje eu via Anauma singela homenagem poético-musical ao Centenário de Luiz Gonzaga. Numa espécie de sarau, intercalando com as músicas, o público lê poesias de Manoel de Barros, Patativa do Assaré, Chico César, Guimarães Rosa e outros, numa celebração à vida e ao “ser tão” brasileiro. Com Míriam Maria (voz e sanfona), Luiz Gayotto (percussão, violão e voz) e Norberto Vinhas (violão e voz).

O poeta e músico Paulo César de Carvalho é também professor de gramática e mestre em linguística. Publicou os livros de poesia Toque de Letra (2009) e Letra na Clave é Sol (2012). Tem parceiros da cena musical contemporânea como Tatá Aeroplano, Pélico, Carlos Zimbher, Juliano Gauche, Luis Felipe Gama, Danilo Moraes, Thiago Galego, Bruno Roberti e Trupe Chá de Boldo (com quem conquistou o primeiro lugar no Top 10 da MTV com a música "Na Garrafa"). É vocalista e letrista das bandas Babilaques e PCC & A Contrabanda.

Ed Moraes é ator, produtor e diretor. Apresenta a encenação Do Amor de um Pássaro por um Lagarto, sobre conto de Gero Camilo que faz parte do livro A Macaúba da Terra. O texto foi adaptada para o teatro por Ed Moraes e Armando Amaré, dirigido por Cristiano Karnas e esteve em cartaz no SESC Paulista e Teatro Oficina. No cabarezinho, Ed revisita este encontro com a obra, três anos depois da estreia, trazendo novos olhares para esta forma "impossível" de amor, entre dois seres de raças diferentes.

Ficha técnica
Espetáculo: Cabarezinho
Idealização, direção geral e direção musical: Luiz Gayotto
Direção cênica: Paola Musatti e Fausto Franco
Cantores: Henrique Benvenutti, Laya  Lopes, Luciane Valle, Luiz Gayotto, Maria Rosa, Paola Musatti, Tatiane Klein, Yoyo
Iluminação: Carine Spuri
Produção: Ademir Dema
Piano: Rogério Rochlitz
Arte Gráfica: Élcio Miazaki
Serviço
Dia 6 de setembro – sexta-feira – às 22h30
Convidados (6/9): Norberto VinhasZé Ed, Paulo NetoMiriam MariaPaulo César de Carvalho e Ed Moraes.
ECUM - Centro Internacional de Teatro - Porão
Rua da Consolação, 1623 – Consolação/SP. Tel: (11) 3255 5922 ou (11) 3129 9132
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00). Bilheteria: 1h antes das sessões.
Duração: 100 min. Classificação etária: 18 anos. Capacidade: 80 lugares.
Ar condicionado. Estacionamento conveniado ao lado: 15 reais. Possui Bar.

Assessoria de imprensa: VERBENA Comunicação

Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

OPERAÇAO TREM-BALA Texto inédito de Naum Alves de Souza

Inédita, peça OPERAÇAO TREM-BALA comemora 40 anos
de carreira e 70 de vida de Naum Alves de Souza


O artista - que dirigiu grandes nomes do teatro (Marieta Severo, Fernanda Montenegro, Sergio Britto, Cleyde Yáconis e Nathalia Timberg) e da música (Chico Buarque), além de ter criado cenários e figurinos para Elis Regina e Antunes Filho - Naum Alves de Souza ocupa o Instituto Cultural Capobianco com sua nova criação

Diretor, autor, cenógrafo, figurinista e artista plástico, criador de importantes e premiadas obras teatrais, como No Natal a Gente Vem te Buscar (1979), Aurora da Minha Vida (1981) Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão (1984) - textos traduzidos para diversos idiomas, publicados e encenados internacionalmenteNAUM ALVES DE SOUZA completa 40 anos de carreira e 70 de vida. A comemoração acontece com a estreia de seu texto inédito, OPERAÇAO TREM- BALA. O espetáculo faz temporada no Instituto Cultural Capobianco de 2 de agosto a 29 de setembro. O projeto conta, ainda, com um workshop de dramaturgia a ser dado pelo autor.

Para encenar a nova peça, Naum Alves de Souza - homem de teatro ligado a múltiplas atividades, não apenas no campo das artes cênicas, como também da televisão, cinema e ópera - escolheu os atores Ana Andreatta, Mila Ribeiro, Marco Antônio Pâmio eFábio Espósito. O elenco possui um passado rico em experiências com o autor e diretor, que vem desde a Escola de Arte Dramática, passa pela criação em 1997 do Espaço Naum Alves de Souza (com os espetáculos Strippers Pivô) e que se estende até os dias de hoje.

“Formam um consistente, criativo e talentoso grupo de trabalho”, atesta Naum, que, em 2005 teve publicada sua obra completa para teatro pela fundação Cena Lusófona, de Coimbra, Portugal. Completam a ficha técnica Miko Hashimoto, nos figurinos, Wagner Freireno desenho de luz, Lívio Tragtenberg na composição da trilha sonora original e Fábio Namatame e Juliano Lopes no visagismo.

Sobre a história
Embalada em non-sense, a história se desenrola em torno de um casal de velhos na iminência de ser enganado por parentes para embarcar em um imaginário trem-bala. Sua Excelência, velho governante há décadas no poder, e a primeira esposa, Dona Bluma, estão nas mãos das filhas adultas e de Filipa, a nova e ambiciosa esposa. De olho na fortuna, elas projetam "resolver" o problema da senilidade de Sua Excelência, de Dona Bluma, e também do velhíssimo cardeal Dom Círio, confessor da família, dos centenários tios e da cozinheira Elpídia, que começou a trabalhar na mansão no tempo do tataravô de Sua Excelência. Não ficam de fora o Diabo e os fantasmas dos parentes que assombram a mansão.

Filipa e as três filhas do casal Vitória, Inglória e Tormenta se aproveitam do fato de o velho governante imaginar que seu fabuloso projeto do trem-bala se concretizou e está pronto para a viagem inaugural. Filipa, aliada às jovens, estimula o velho político e seus agregados a embarcar e viajar no magnífico trem.  que os levará ao encontro de um famoso médico alemão. "Operação Trem-Bala"  mostra os percalços dessa agitada viagem.

Com base em um conto seu ainda não publicado, O Almoço de Ação de Graças, Naum Alves de Souza inseriu a temática do trem bala,referência ao projeto governamental do trem de alta velocidade que ligará Campinas a São Paulo e ao Rio de Janeiro. O conto trata da agonia de um velho político prepotente e senil e sua família. “A parentada toda acha que ele vai morrer e está querendo bicar, tirar uma lasquinha de sua fortuna”, explica Naum.

"Operação Trem-Bala" faz críticas ao poder e ao modo como a sociedade trata os idosos. “Quando somos jovens, não percebemos que um dia vamos envelhecer. Não pensamos nisso. Quando a velhice chega você percebe que não possui a eternidade. Mostro na peça que mesmo o poderoso envelhece e fica entregue às mãos dos parentes”, diz, Naum, citando um ditado: “É bom cuidar bem dos filhos porque eles é que vão escolher o asilo onde os pais vão mofar”.

O autor e diretor afirma que é realmente o que acontece. “Quando os pais  envelhecem, os filhos começam a brigar pelos bens, deslocam os pais de suas casas com a desculpa de que está muito grande para eles, que dá muito trabalho para cuidar.  Ao colocar os velhos em pequenos apartamentos, fazem  encolher o espaço dos idosos, que perdem os móveis, os bichos de estimação e a vida que os cerca. O asilo começa a bater a porta deles.”

Sobre a montagem
Responsável pelo texto e pela direção, Naum Alves de Souza explica que, devido à diversidade de cenas e lugares onde se passam as ações, optou por uma solução quase shakespeariana de encenação – a do palco neutro.

A encenação é enxuta. Cada personagem tem seu figurino alegórico (todos com saias compridas e a parte de cima que os caracteriza) e peruca. “Como objetos cênicos, apenas cadeiras de rodas e andadores”, detalha Naum. Um trenzinho elétrico estará em funcionamento durante todo o tempo da peça. Os figurinos de Miko Hashimoto definem muito  bem o caráter dos personagens.

De acordo com o diretor, “há um jogo lúdico, com máscaras, poucos adereços, um enfoque quase grotesco dos personagens, que fazem rir do que é sério, ou seja, do abandono, da velhice, da perda da memória, da senilidade. Para os velhos, a farsa do trem bala é um pretexto para os parentes se livrarem deles e mandá-los para longe e se apossarem de seus bens”.

Ficha Técnica:
Texto e direção: Naum Alves de Souza. Elenco: Ana Andreatta, Fábio Espósito, Marco Antônio Pâmio, Mila Ribeiro. Desenho de luz: Wagner Freire. Direção Musical: Lívio Tragtenberg. Figurinos: Miko Hashimoto. Visagismo: Fábio Namatame e Juliano Lopes. Assessoria de imprensa: Arteplural Comunicações.Projeto Gráfico: Georges Skyvalakis.  Assistente de direção e produção: Rodrigo Ramos. Realização: Naum Alves De Souza Produções Artísticas Ltda.Produção executiva: Rodrigo Ramos. Agradecimentos: Espaço Horizon e Marco Aurélio Nunes.

OPERAÇAO TREM BALA – Estreia dia 2 de agosto, às 20 horas no Instituto Cultural Capobianco. Classificação: 14 anos. Duração: 80 minutos.Capacidade – 40 lugares. Até 29 de setembro.

Instituto Cultural Capobianco – Teatro da Sala Subterrânea: Rua Álvaro de Carvalho, 97 – Centro (11) 3237-1187. Horáriossextas e sábados: às 20h /domingos: 19h Valores: R$20,00 (estudantes pagam meia entrada). Estacionamento pago em frente ao local.   www.institutocapobianco.org.br.

ARTEPLURAL – Assessoria de imprensa Fernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
Adriana Balsanelli – (11) 99245-4138
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