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quinta-feira, 29 de março de 2012

As Folhas do Cedro no Teatro Metrópole


Teatro Metrópole apresenta
“As Folhas do Cedro” dia 30 de março
 
Peça ganhou o Prêmio APCA 2010 de Melhor Autor e fez duas temporadas em São Paulo com sucesso de público e crítica. Esta apresentação faz parte da programação de circulação do espetáculo, viabilizada pelo ProAc, Programa de Ação Cultural realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura.
 
O espetáculo “As Folhas do Cedro”, da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou, será apresentado no dia 30 de março, sexta-feira, no Teatro Metrópole, em Taubaté, em duas sessões, às 18h e às 20h. Com texto e direção assinados por Samir Yazbek, a peça conta a história de uma mulher que, por meio de sua memória e imaginação, revisita suas origens, procurando sua identidade.
 
Além de Helio Cicero, o elenco de “As Folhas do Cedro” é formado por Daniela Duarte, Douglas Simon, Gabriela Flores, Mariza Virgolino, Rafaella Puopolo e a criança Marina Flores, de 10 anos. O espetáculo conta ainda com preparação de atores de Antônio Januzelli (Janô), cenografia e figurino de Laura Carone e Telumi Hellen, trilha sonora original de Marcello Amalfi e iluminação de Domingos Quintiliano.
 
Para esta obra, Yazbek, filho de imigrantes libaneses, buscou inspiração em sua ascendência, bem como na história de várias famílias de imigrantes libaneses e de outras nacionalidades. Sobre a peça, o autor esclarece: “É uma obra de ficção a partir de um universo pessoal, uma meditação sobre temas que me interessam”.
 
Esta montagem dá continuidade à bem sucedida parceria do ator Helio Cicero com o autor e diretor Samir Yazbek, na Companhia Teatral Arnesto nos Convidou. Eles já realizaram juntos quatro espetáculos, entre os quais merece destaque “O Fingidor” (Prêmio Shell 1999 de melhor autor), que comemorou 10 anos em 2009, com temporada no TUCA. A peça, inspirada na vida e obra de Fernando Pessoa , é protagonizada por Cicero. 
 
 
O enredo
 
A história de “As Folhas do Cedro” é narrada pela Filha de um casal de imigrantes libaneses, na São Paulo de hoje, que revisita suas origens, procurando sua identidade. Para tanto, por meio de sua memória e imaginação, transporta-se ao Amazonas, nos anos 70, época em que a Mãe fora buscar o marido que trabalhava como empreiteiro de obras na construção da estrada Transamazônica, durante a ditadura militar.
 
Identificada com a busca da Mãe, a Filha procura desvendar a figura do Pai e confronta-se com as demais personagens (um Empreiteiro cariocauma Gerentealemã e uma Nativa amazonense). A peça contrapõe o progresso - representado pelo Pai - à tradição - representada pela Mãe. A Filha procura se integrar entre esses dois extremos. A personagem Menina representa a ancestralidade da Filha; ora é a própria Filha, ora a Mãe, ora os antepassados da família, que viveram no Líbano.
 
 
A encenação
 
O diretor/autor Samir Yazbek trabalha as personagens em um plano simbólico, como se fossem arquétipos de uma mitologia pessoal. Tais arquétipos (Pai/Helio Cicero; Mãe/Daniela Duarte; Empreiteiro/Douglas Simon; Gerente/Rafaella Puopolo; Nativa/Mariza Virgolino; Menina/Marina Flores) se mantêm em cena do início ao fim do espetáculo, interagindo entre si e com a narradora, ora como criaturas da Filha, ora como criadores.
 
Um vasto material de pesquisa relacionado à cultura libanesa, à construção da estrada Transamazônica e às tradições de povos antigos do Oriente, estimulou o processo de criação do espetáculo – sua linguagem amadureceu ao longo dos ensaios, através de workshops realizados pelos atores a partir das linhas temáticas da peça, como as raízes fenícias, a modernidade, além da vocação humana de ouvir e contar histórias.
 
Segundo Yazbek, “a cenografia e o figurino instauram uma atmosfera que nos remete à vastidão da floresta amazônica, se desdobrando na paisagem desértica dos países árabes, aludida como metáfora da condição humana. A trilha sonora oscila entre a música oriental e a ocidental, revelando uma narradora dividida entre o arcaico e o contemporâneo. A iluminação estabelece a distinção entre a realidade e a imaginação, pontuando o percurso dramático da Filha”.
 
 
Carreira do espetáculo
 
“As Folhas do Cedro” estreou em 2010 com sucesso de público e crítica, no SESC Vila Mariana, e participou da comemoração dos 130 anos da imigração libanesa no Brasil, evento organizado pela Associação Cultural Brasil-Líbano, presidida por Lody Brais. Também realizou um circuito de apresentações pelo Estado de São Paulo (Campinas, Santos, Indaiatuba) com o patrocínio da NET e, no ano seguinte, fez temporada no Teatro Augusta.
 
Em 2011, depois de se apresentar no Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo, no Memorial da América Latina, a peça realizou circuito por cidades do Interior paulista (Bauru, São José do Rio Preto, São Carlos, Presidente Prudente, Sorocaba, Piracicaba e Santos), numa realização do SESC-SP. No mesmo ano,“As Folhas do Cedro” participou do VIII Festival Internacional de Teatro Santa Cruz de La Sierra e do Festival Escénica, na Bolívia, fez duas apresentações no SESI Curitiba, além da abrir o 12º Cena de Teatro, festival de teatro de São Caetano do Sul.
 
O texto da peça foi publicado na íntegra pela Editora Terceiro Nome, em 2011, com fortuna crítica, prefácio de Jefferson Del Rios e fotos de Fernando Stankuns. A Embaixada do Brasil, no Líbano, sondou o trabalho para se apresentar em Beirute, em 2012.
 Ficha técnica
Espetáculo: "As Folhas do Cedro”
Com a Companhia Teatral Arnesto nos Convidou
Autor e diretor: Samir Yazbek
Elenco: Helio Cicero, Daniela Duarte, Douglas Simon, Gabriela Flores, Mariza Virgolino, Rafaella Puopolo e Marina Flores (criança)
Preparador de atores: Antônio Januzelli (Janô)
Cenógrafa e figurinista: Laura Carone e Telumi Hellen
Compositor de trilha sonora original: Marcello Amalfi
Iluminador: Domingos Quintiliano
Iluminador assistente: Osvaldo Gazotti
Assistente de direção: Izabel Hart
Operador de som: Vinícius Andrade
Operador de luz: Osvaldo Gazotti
Pintor de arte: Juvenal Irene
Costureira cenográfica: Oneide Cauduro
Costureira de figurino: Judite de Lima e Salete André da Silva
Professora de língua árabe: Aida Hanania
Professora de dança árabe: Angélica Rovida
Programadora visual: Juliana Vinagre
Fotógrafo: Fernando Stankuns
Assistentes de produção: Marcela Sanchez Cappabianco e Raquel Médici Biondi
Diretora de produção: Silvia Marcondes Machado
Administradora: Mecenato Moderno
Apoio: ProAc, Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura.
                                                          
Serviço
Dia 30 de março – sexta-feira – às 18h e às 20h
Local: Teatro Metrópole
Rua Duque de Caxias, 312 – Centro – Taubaté/SP - Telefone: (12) 3624-5915
Ingressos: R$ 5,00 (inteira) e R$ 2,50 (meia)
Classificação etária: 12 anos. Gênero: Drama. Duração: 60 min.
Capacidade: 565. Ar condicionado. Acesso universal.
No dia da apresentação será vendido o livro "As Folhas do Cedro" (Ed. Terceiro Nome). R$29,00. 
 
Marcela Lima
Verbena Comunicação
marcela@verbena.com.br 
Tel.: (11) 3079-4915 / 9373-0181