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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

SESC Belenzinho apresenta JULIA, de Christiane Jatahy


Vencedora do Prêmio Shell na categoria Melhor Direção, a peça estreia
em São Paulo, depois de três temporadas de sucesso no Rio de Janeiro.

A peça Julia, uma adaptação do clássico Senhorita Julia, de August Strindberg, chega a São Paulo para cumprir temporada no SESC Belenzinho, a partir do dia 15 de setembro, sábado, às 21h30. Escrita no século XIX, a obra-prima do autor sueco – cujo centenário de morte foi comemorado em maio deste ano – ganhou uma releitura de Christiane Jatahy, conhecida pelo trabalho de investigação sobre as fronteiras da linguagem dramática.

Christiane foi consagrada no último Prêmio Shell pela direção de Julia, que ainda foi indicada ao prêmio de Melhor Cenário e na Categoria Especial pela Adaptação do clássico texto de Strindberg.

Na montagem de Christiane Jatahy, atrás de imensos painéis móveis, onde o filme é projetado, há cenários que são revelados aos poucos para o público. Com cenas pré-filmadas, que complementam e dão continuidade às cenas gravadas ao vivo, o espetáculo é construído na presença do espectador, a cada apresentação. A montagem subverte o limite entre o cinema e o teatro, já que se constrói na integração entre as duas artes e entre o texto clássico e a dramaturgia contemporânea.

O romance impossível entre a filha de um conde e um criado foi escrito no século XIX. Nesta montagem, a história se passa no Brasil de hoje: a mocinha de 17 anos é filha de um rico empresário e se envolve com chofer da família. Protagonizado pelos atores Julia Bernat e Rodrigo dos Santos, o espetáculo trata do conflito com base em códigos sociais atuais. E, pela primeira vez, o empregado é interpretado por um ator negro.

Se Strindberg colocou uma lupa no conservadorismo e no abismo social e cultural que existia entre os dois personagens na época em que o romance foi escrito, agora Christiane Jatahy faz um novo recorte na história. Para isso usa uma câmera. O cinegrafista David Pacheco (que trabalhou com a diretora no longa A Falta Que Nos Move) está presente em cena como testemunha permanente, filmando o encontro atual e urgente entre Julia e Jean, que na montagem chama-se Gelson.

O jogo de cena é complexo e, de certa forma, transforma os espectadores em voyeurs: algumas das cenas só podem ser vistas – ou entrevistas – por parte da platéia, outras através dos detalhes de enquadramento da câmera de David Pacheco. “A filmagem revela a emoção escondida por trás de cada cena, no close, no detalhe e na expansão do espaço cênico para a vida e para outras linguagens, numa real investigação de quais são os limites do teatro”, define a diretora.

Julia se passa em uma única noite, quando os protagonistas, distintos e próximos, se espelham um no outro, se admiram e se odeiam. “Eu te desprezo como um rato. Mas não consigo me livrar de você”, diz Julia. A apropriação de um texto clássico tão atual ajuda a criar aproximação e distanciamento sobre a realidade tratada. A montagem preserva grande parte do texto original e transita no limite entre o passado e o presente, lançando de volta para o espectador algumas questões que persistem desde o século XIX e que são absolutamente atuais. Essa é a primeira vez que a diretora, Christiane Jatahy, adapta um texto clássico. Ela tem intenção de criar, a partir dessa montagem, mais uma trilogia, dessa vez explorando os limites entre o clássico e contemporâneo.

A montagem de Julia é constituída de três camadas:

Teatro: encenação tradicional no palco, diante do público. Essas cenas também são filmadas ao vivo e projetadas, sob mais de um ponto de vista.

Teatro Filmagem: cenas que acontecem no palco, mas em espaços não visíveis pelo público em sets montados atrás dos painéis. Elas são filmadas ao vivo e projetadas no mesmo instante em que acontecem.

Filme: cenas pré-filmadas em locações reais. Exteriores. Novos ambientes e novos personagens que só aparecem no filme.

Ficha técnica

Autor: August Strindberg
Adaptação e direção: Christiane Jatahy
Direção de fotografia: David Pacheco
Concepção cenário: Marcelo Lipiani e Christiane Jatahy
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Angele Fróes
Direção de arte e cenário: Marcelo Lipiani
Direção musical: Rodrigo Marçal
Orientação corporal: Dani Lima
Edição/filme: Sergio Mekler e Christiane Jatahy,
Câmera ao vivo: David Pacheco/Paulo Camacho
Assistente de edição: Mari Becker
Mixagem: Denílson Campos
Som direto: Paulo Ricardo
Produção/filme: Manuela Duque
Produção de arte/filme: Marina Lage
Direção de produção/filme e peça: Claudia Marques
Produção executiva : Lara Schueler
Co-produção: Fabrica de Eventos e Axis Produções Artísticas
Produção: Cia Vértice de Teatro
Realização: SESC SP

Elenco:
Julia Bernat (Julia)
Rodrigo dos Santos (Jean - Jelson)
Tatiana Tiburcio (Cristina, em cena apenas no filme projetado)
As crianças, no filme: Alice Gastal  (Julia) e Lucas Banhos (Jelson)

Serviço:
Estreia dia 15 de setembro – sábado às 21h30
SESC Belenzinho www.sescsp.org.br/belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho/SP - Tel: (11) 2076-9700
Sala de Espetáculos I (120 lugares). Duração: 70 minutos
Classificação etária: 18 anos
Temporada: de 15 de setembro a 14 de outubro de 2012
Horários: quintas, sextas e sábados (às 21h30); domingos e feriado de 12/10 (às 19 horas). Não haverá espetáculo no dia 7/10 (Eleições).
Ingressos pelo INGRESSOSESC (unidades do SESC): R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública) e R$ 6,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Estacionamento: R$ 6,00 (não matriculado no SESC); R$ 3,00 (matriculado no SESC).

Christiane Jatahy

Autora e diretora de teatro e cinema. Nos últimos anos, montou espetáculos que dialogavam com distintas áreas artísticas e com novos dispositivos de criação. No teatro montou a trilogia Uma Cadeira Para a Solidão, Duas Para o Dialogo e Três Para a Sociedade, peças que transitavam entre as fronteiras da realidade e da ficção, do ator e do personagem, do teatro e do cinema. Foram elas: ConjugadoA Falta Que Nos Move e Corte Seco. Os trabalhos viajaram para os principais festivais nacionais e internacionais, e foram indicados aos principais prêmios de teatro. Em cinema, criou e dirigiu o filme A Falta Que Nos Move, transposição cinematográfica da peça com o mesmo nome. O filme foi apresentado em festivais no Brasil e no exterior, e esteve em cartaz com excelentes críticas por dez semanas nos cinemas brasileiros.

Julia Bernat

Cursando Artes Cênicas (Teoria do Teatro) na Unirio, Julia atuou em diversas montagens desde 1994. Entre elas estão: O violinista no telhado (2011), Rio Story (2011), Senhora dos afogados (2010/2011), O despertar da primavera (2009), A Noviça rebelde (2008), Oi VaaVoi (2007), Geração Trianon (2006), O inspetor geral (2005), Sonhos de uma noite de verão (2004),Trecos e paradinhas- O teste (2004), Folias do coração (2001), Manossolfa (1997) e A coruja sofia (1994). No cinema, atuou nos longas Ponto final (2011), A despedida (2010) e Ressaca (2008), além do curta-metragem O coração às vezes para de bater(2009) e da participação da nova temporada da Malhação ID, na TV Globo.

Rodrigo dos Santos

Desde os oito anos integrando diversos trabalhos, Rodrigo já contabiliza na sua carreira a participação em mais de 35 montagens, entre elas: A Roda do Mundo (2001/2002), Candaces – A reconstrução do fogo (2003/2004) e Bakulo – Os bem lembrados (2005/2006). Foi ator e diretor em montagens como O rei e o bobo (2001 e 2003) e O monólogo da tartaruga para três cabeças (2005). Em 2010 dirigiu a leitura dramatizada de Uma tempestade, durante o 2º ciclo de leituras Negro Olhar. Na TV integrou o elenco da série da HBO Filhos do carnaval (2006 e 2008) e participou de séries na Rede Globo como Força tarefa(2009), Antônia (2006), A grande família (2000/2001), Os normais (2000) e Brava gente (2000), além de novelas como Passione(2010), Beleza pura (2008), Agora é que são elas (2003), Desejos de mulher (2002) e As filhas da mãe (2002). No cinema está em Nosso lar (2009), Última parada 174 (2008), O Ano em que meus pais saíram de férias (2005) e Cidade dos homens (2006). Filmou também Zona do Porto Carioca (2006) e o longa-metragem para a televisão sul-africana Murmur (2004).

Assessoria de Imprensa – SESC BELENZINHO
Jacqueline Guerra: (11) 2076-9762
Sueli Freitas: (11) 2076-9761

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