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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Anderson Muller e Raoni Carneiro voltam a correr 60 minutos na Maratona de Nova York

Foto Desirée do Valle


Dirigidos por Bel Kutner, Anderson Muller e Raoni Carneiro voltam a encarar os 60 minutos da peça correndo no lugar, desta vez no Teatro Eva Herz, a partir de 15 de setembro. Peça tem trilha sonora de André Abujamra, iluminação de Paulo César Medeiros, direção de arte e projeções de Mauro Vicente Ferreira e Charles Boggiss. A direção de movimento é assinada pela bailarina e coreógrafa Denise Stutz


Depois de curta temporada na capital, passagem por Fortaleza e São José dos Campos, Maratona de Nova York volta aos palcos de São Paulo a partir de 15 de setembro, sábado, às 21h no Teatro Eva Herz. Com direção de Bel Kutner e interpretação dos atores Anderson Muller e Raoni Carneiro, a primeira montagem brasileira da peça fica em cartaz até dia 28 de outubro.

Dois personagens, por volta dos 30 anos em trajes esportivos, dedicam-se a uma única ação central durante a apresentação: correr para se preparar para participar da Maratona de Nova York - a corrida mais famosa e almejada do mundo.

Sempre orientados pela ânsia de superação, os personagens (Mario e Steve) relembram determinantes momentos de suas vidas enquanto treinam. A corrida é pontilhada por recordações, que abrem espaços para reflexões como: Correr para quê? Superar quem? Entre outras lembranças, episódios da infância que sugerem desafeto materno e o intermédio de mulheres que fizeram os amigos se conhecerem.

Anderson Muller sempre teve um sonho: correr em cena. Quando se apaixonou pela corrida, começou a buscar uma maneira de aliar o esporte ao teatro. “Alguns anos depois, encontrei Raoni Carneiro – que hoje faz comigo esse espetáculo – e ele me apresentou ao texto de Edoardo Erba. Fiquei enlouquecido e passei 3 anos pensando nessa peça, até que comecei a produzir”, conta o ator.

Mario, seu personagem na peça, tem personalidade leve, é brincalhão, apesar de seu peso dramático. “Esse personagem é um presente para mim, pois me leva a conhecer melhor as levezas e os amadurecimentos que passamos com o decorrer de nossas vidas”, conta Anderson.

Já Steve (interpretado por Raoni Carneiro) é um cara determinado a correr, com características apolíneas, retas, enfático, severo consigo mesmo e muito exigente, durante o espetáculo. “Steve expressa algumas máximas de conduta de vida, principalmente em relação à superação. Ele se esforça ao máximo para poder chegar mais do que preparado na maratona de Nova York”, conta Raoni Carneiro.

A bagagem esportiva dos dois atores foi fundamental para encarar os 75 minutos da peça correndo no lugar. Mesmo assim, tiveram uma preparação específica para o movimento da corrida em cena, com a supervisão da coreógrafa Denise Stutz. “É um trote mais lento, dando a intenção de aumento de velocidade conforme a peça avança”, explica Anderson. “E ainda temos de interpretar, fazer rir, seguir as marcações”, completa Raoni, revelando por que termina o espetáculo banhado em suor.

A maratona
O texto de Edoardo Erba, traduzido por Beth Rabetti, levanta questões do ser humano imprevisível, limitado, genial, obstinado, traumatizado, mas sempre possível vencedor na arte de viver. “Edoardo Erba tem um texto rápido, que faz a gente pensar. É muito bom o seu jeito de conduzir o cotidiano, o inevitável e as fatalidades”, conta Anderson Muller.

A diretora Bel Kutner se apaixonou pelo texto na primeira leitura, quando foi convidada a dirigir a peça. “Pela simplicidade e agilidade dessa conversa, pela dinâmica das ideias desses dois personagens em um encontro. A tradução da Beth Rabeti é primorosa, deixando a historia de dois italianos universal. Pode ser em qualquer lugar, em qualquer tempo”, conta Bel, que é amiga do Anderson Muller há trinta anos e também está na produção ao lado dele.

Bel Kutner diz, ainda, que vê a peça como uma revisão de uma existência. “É simples, mas cheia de nuances para quem a viveu. Os personagens se irmanam nos seus objetivos, contrapondo-se alternadamente, em suas historias pessoais. É um belo jogo, vamos nos divertir descobrindo a dinâmica de cada cena.”

Sobre o autor
Edoardo Erba nasceu em Pavia em 1954 e graduado em letras, formou-se em dramaturgia pela Escola Piccolo Teatro de Milão.Vive em Roma. Dentre suas obras - A noite de Picasso(1990), Porco selvagem(1991), Curva cega(1992), O homem da minha vida(1999), Boas notícias (2002), em meio a outras- destaca-se Maratona de Nova York (1992) pela diversidade de montagem: Londres (1999),com direção Mick Gordon, Boston (2003), Buenos Aires (2003),Wellington-Nova Zelândia (2001),Tel Aviv (1998), Barcelona(1996/97). A peça, contemplada com vários prêmio, já foi traduzida para cinco idiomas, tendo sido publicada na Inglaterra pela Obern Book e na Argentina pelas Ediciones de La Flor. Na Itália foi publicada pela Ricordi e por Ubulibri. Edoardo Erba é também autor de programas televisivos.

Ficha técnica:
Texto de Edoardo Erba. Com Anderson Muller e Raoni Carneiro. Direção: Bel Kutner. Assistência de Direção: Celso Bernini. Direção de movimento: Denise Stutz. Iluminação: Paulo César Medeiros. Trilha Musical: André Abujamra. Direção de Arte e Projeções: Mauro Vicente Ferreira e Charles Boggiss. Direção de Produção: Kauidea Produções Artísticas. Produção Executiva: Dea Martins  e Gerardo Franco. Assessoria de Imprensa: Arteplural (SP) - Fernanda Teixeira. Realização: Kauidea Produções Artísticas (Dea Martins) e Prósperas Produções (Anderson Muller e Thereza Falcão)

Para roteiro:
Maratona de Nova York – Reestreia 15 de setembro no Teatro Eva Herz - Conjunto Nacional, Av. Paulista, 2073, Bela Vista, São Paulo-SP. Temporada: sábados às 21h e domingos às 19h. Até 28 de outubro. Ingressos: R$ 60. Duração: 60 minutos. Classificação etária: 12 anos.

Bilheteria: (11) 3170-4059. De terça a sábado, das 14 às 21 horas e aos domingos e feriados, das 12 às 19 horas. Ingressos à venda pela Internet: www.teatroevaherz.com.br ou www.ingresso.com.br. Capacidade do teatro: 168 lugares.

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