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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Karin Rodrigues e Amazyles de Almeida vivem Duas Mulheres que Dançam

Espetáculo mescla drama e boas doses de humor na história de duas mulheres que constroem uma relação de identificação. A montagem celebra os quase 50 anos de carreira de Karin Rodrigues e tem a direção de José Sebastião Maria de Souza. Tradução de Clarisse Abujamra, texto é do autor catalão Josep Maria Benet i Jornet


Duas mulheres unidas pela solidão e pela dor em uma história recheada de encontros e desencontros. Este é o mote do espetáculoDuas Mulheres que Dançam, que estreia sábado, 19 de outubro às 21hs no Teatro Eva Herz. Com tradução de Clarisse Abujamra, o texto do catalão Josep Maria Benet i Jornet tem montagem de José Sebastião Maria de Souza. Em cena, o duo é vivido por Karin Rodrigues - que está prestes a completar 50 anos de carreira – e Amazyles de Almeida.
A convivência diária de uma obstinada colecionadora de gibis e suas lembranças com uma jovem professora de Línguas e Literatura gera laços de cumplicidade. Com ternura e humor, elas passam suas vidas a limpo. Karin Rodrigues vive a mulher solitária, abandonada pelos filhos, que se diverte e dribla os problemas do dia-a-dia com estado de espírito sempre pra cima e a leitura de histórias em quadrinhos - válvula de escape, que remete a lembranças de infância. Enquanto isso, Amazyles de Almeida vive às voltas com uma dor insuportável.
As cinco cenas da montagem são costuradas por uma trilha sonora inspirada no cinema: O Anjo Azul, de Josef von Sternberg, comMarlene DietrichLa Violetera, de Luis César Amadori, na voz de Sarita Montiel; Zorba, o Grego, de Michael CacoyannisCantando na Chuva com Gene Kelly; Amarcord, de Federico Fellini, com composição de Nino Rota; Bete Balanço de Lael Rodrigues, com o Barão Vermelho; Something Stupid, de Vaughan Arnell; além da ópera Libiamo, La Traviata, de Giuseppe Verdi. (Visualização)

O embate entre as personagens é forte. O profundo distanciamento inicial vai diminuindo até gerar uma relação de compartilhamento de intimidade e confiança. “São duas mulheres sofridas, vítimas da violência psicológica e cotidiana do mundo. Mesmo com suas diferenças, elas se identificam e se tornam necessárias uma na vida da outra”, diz Amazyles.

Karin Rodrigues chega com sua 34ª peça, que dialoga bem com os tempos atuais. “As personagens não têm nome, o que permite maior identificação com o público. De certa forma, a peça é a história de todos nós e pode se passar em qualquer tempo e espaço.”

“O texto lida com a questão atual de como é viver com os idosos no cotidiano. Qualquer ser humano já passou ou vai passar por uma situação semelhante”, fala Karin, completando que o fato da personagem ter a sua idade, ser do seu tempo, facilitou seu mergulho no papel. “É uma história envolvente de reflexão e humor em cada cena, não tem como não se divertir com essas duas mulheres”, comenta Karin Rodrigues.
De acordo com o diretor, Duas Mulheres que Dançam mescla o trágico com o melodrama, além de boas doses de humor. “A mistura de gêneros mostra que o trabalho de dramaturgia é rico com várias camadas. Tem até um lado meio Pedro Almodóvar no enredo da história.”
A direção de José Sebastião Maria de Souza procurou ser fiel ao texto fragmentado. A indicação para dirigir a montagem veio do amigo Antônio Abujamra. “É uma dramaturgia com bastante liberdade e espaços vazios, abrindo um leque de interpretação para o público. Existe uma estranheza nas nuances e uma economia nas palavras, porém com grandes dimensões. O autor diz muito com uma ou duas palavras”, diz o encenador.

A direção de arte de Maira Ramos criou um figurino baseado no cotidiano. A personagem de Karin se veste com roupão florido e pantufa que evidenciam sua personalidade alegre. Enquanto Amazyles usa vestidos com cores mais neutras. O cenário reproduz uma sala de estar de uma casa que vai se deteriorando com o tempo, uma alusão ao abandono dos filhos. De um lado, uma cômoda abriga a coleção de gibis; do outro, uma mesa cheia de caixa de remédios. A iluminação enfatiza o jogo da dupla e acentua as ações do texto.
José Sebastião e Karin Rodrigues se conhecem há mais de 40 anos, contudo é a primeira vez que trabalham juntos. A dupla teve primeiro contato durante o laboratório de preparação para o longa SSS Contra a Jovem Guarda, de Luis Person, projeto que não foi concretizado.

O diretor já trabalhou com Amazyles de Almeida na peça Os Possessos que teve a direção de Antônio Abujamra. A atriz mineira estrelou montagens de Zé Celso, Renato Borghi, Marco Antonio Rodrigues, Zé Henrique de Paula. No cinema, atuou no clássico Alma Corsária, de Carlos Reichenbach.

Sobre Karin Rodrigues
Na carreira que beira os 50 anos, além de ter no currículo nove novelas e quatro filmes, Karin Rodrigues estrelou 34 espetáculos. No teatro fez inúmeras peças e desde a década de 1980 e foi presença constante nos espetáculos do marido Paulo Autran. Com ele fez Pato com Laranja, Dr. Knock, O Homem-Elefante, Rei Lear, Traição, Feliz Páscoa, O Céu Tem que Esperar e Vestir o Pai, entre outras. Em 2009, fez Mãe É Karma, comédia de Elias Andreato. Na TV fez telenovelas importantes como Anjo Marcado, A Rainha Louca, A Gata de Vison, A Grande Mentira, Super Plá, Nossa Filha Gabriela, Camomila e Bem-Me-Quer, Os Inocentes, Roda de Fogo, Memórias de Amor e Sabor de Mel.No cinema brasileiro atuou nos filmes A Arte de Amar... Bem, As Filhas do Fogo e Mulher Objeto.

Sobre Amazyles de Almeida
A atriz mineira estrelou montagens de com Zé Celso, Renato Borghi, Marco Antonio Rodrigues, Zé Henrique de Paula (Casa/Cabul e Sideman) Antônio Abujamra (Os Possessos), entrou outras montagens. Também fez trabalhos na televisão e no cinema como o clássico Alma Corsária, de Carlos Reichenbach.

PARA ROTEIRO
Direção Geral: José Sebastião Maria de Souza. Cenários e Figurinos: Maira Ramos. Programação Visual: Sydney Michellete. Fotos: Christina Carvalho.Elenco: Karin Rodrigues e Amazyles de Almeida. Artes Gráficas: Maurício Tramonti.

Teatro Eva Herz da Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073, Metrô Consolação. Bilheteria: (11) 3170-4059. De segunda a sábado, das 14 às 21 horas e aos domingos e feriados, das 12 às 20 horas. Preço: R$ 60 (Inteira) e R$ 30 (Meia). Temporada: Sábados, às 21h30
Domingos, às 16h até 15 de dezembro. Capacidade do teatro: 166 lugares. Classificação: 12 anos. Duração: 70 minutos.Ingressos à venda pela Internet:
www.teatroevaherz.com.br ou www.ingresso.com.br
Vendas/Call-center: 4003-2330. Compras pelo sistema da ingresso.com, funciona da seguinte maneira:Call-center: (adicional de 20%). Internet: (adicional de 15%). Os ingressos são retirados na bilheteria do próprio teatro. Formas de pagamento: dinheiro e todos os cartões de débito e crédito – não aceita cheque.

ARTEPLURAL – Assessoria de imprensa Fernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
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