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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Quem Sou Eu, show de lançamento do CD de estreia de ULLY COSTA dia 19 de julho no SESC Pompeia

CD tem participação dos cubanos Yaniel Matos (cello) Pepe Cisneros (piano), do percussionista Da Lua, do baterista Curumim, de Marcelo Pretto (Barbatuques) e do DJ KL Jay, dos Racionais MC´s, entre outros


Quem Sou Eu? “Prazer, Ully Costa, artista que vive música e da música 24 horas por dia, admiradora de Cascatinha e Inhana, Bob Marley, Eliseth Cardoso, Curtis Mayfield, João Bosco, Elis Regina, Roberto Ribeiro, Black Sabath, Erykah Badu e Dalva de Oliveira.” Esta seria a resposta da cantora ao interlocutor curioso sobre o som e o primeiro CD solo com seu nome estampado na capa. (Ver ficha técnica do show no pé do texto.)

Aos 20 anos de carreira, a cantora sempre acalentou o desejo de se deixar levar pelas suas diversas influências musicais em um projeto solo. Chegou a hora. Gravado entre março e junho de 2013, no estúdio Plug In, o CD Quem Sou Eu reúne 9 composições - 4 inéditas e 5 regravações - que bebem da herança musical da intérprete, de ascendência indígena e negra.

Ully Costa tem motivos para ter orgulho de suas raízes: “Minha avó, dona Cícera, veio muito novinha de Alagoas e é filha de índios daquela terra. Já meu avô paterno, ‘seu’ Onofre, sempre viveu na roça, em Imbé de Minas, onde sempre nos reuníamos para ouvi-lo tocar sanfona. Eu ficava lá com meus tios, tocando viola caipira e cantando muita ‘moda’. Sinto muita afinidade com esse Brasil profundo. Por outro lado, cresci em São Paulo e é inevitável que o meu trabalho também traga em si elementos urbanos e contemporâneos”.

Ully pesquisou e selecionou composições de outros artistas na escolha do repertório. Nas regravações, entram Pedro Santos (Quem Sou Eu), Luis Carlos Sá (Capoeira de Oxalá, já gravada por Rosa Maria), Marquinho Dikuã e Samuel Queiroz (Veja o Meu Lado), Caio Bosco (Olhos D´Água) e A Querer (Munir Hossn). As inéditas são Pindorama (Érico Marco), Festa do Rei Nagô e O Ponto (Jairo Cechin) e Marinheiro / Irerá Odun  (Alê Muniz / Cleto Junior).

Conhecida também como vocalista da banda paulistana de samba-rock e gafieira Sandália de Prata, com quem gravou 3 CDs e 3 LPs, Ully buscou, na nova produção, apresentar uma identidade musical mais ampla e livre.

Com produção musical de Leonardo Mendes (co-produção de Ully Costa), filho do cantor, compositor e pesquisador baiano Roberto Mendes, cada faixa do disco recebeu tratamento especial, de acordo com seu estilo e sonoridade. Por isso o disco conta com músicos convidados, como Curumin (bateria em Olhos D´Água), Da Lua (percussão em A querer e em Irerá Ódun), Yaniel Matos e Pepe Cisneros (em Quem Sou Eu), DJ KL Jay, dos Racionais MC´s (em Festa do Rei Nagô), entre outros. A produção executiva é de Otávio Argento, com mixagem de Evaldo Luna e Leonardo Mendes e  masterização  de Carlinhos Freitas.

Feliz com o resultado do CD, Ully destaca o trabalho do produtor Leonardo Mendes, que conhece por conta do Sandália de Prata. “Foi muito gratificante e divertido. Ele entendeu quais eram a as linguagens que eu queria destacar e esteve o tempo todo aberto às minhas opiniões e sugestões. O processo foi muito bacana, pois fomos construindo o disco passo a passo. Eu escolhia as músicas, fazíamos um trabalho inicial em cima das tonalidades, andamentos e formato. Depois, uma pré- produção, muitas vezes já programando uma bateria ou gravando bases de percussão. Com esse material, era entrar no estúdio e finalizar a música com os instrumentistas, em um processo orgânico e colaborativo.”

Sonoridade e projeto gráfico
Com diversidade de ritmos e influências afro e indígena, o disco tem uma linha colorida que o costura. “Não há estilo definido e sim uma linha tênue ligando as composições. Linha essa que tem a ver com minhas origens e influências musicais, que vão desde a música indígena brasileira, afro e afro-brasileira, até o samba e a canção popular.”

De acordo com Ully Costa, “as variadas vertentes musicais dialogam entre si e traduzem um pouco da minha história. A alma do povo brasileiro, uma grande mistura, com sonoridades e linguagens de todas as partes do mundo”.

Foram convidados músicos de variadas formações para as diferentes linguagens de cada composição. Não havia uma banda de base.Ully Costa conta que “teve o prazer e a honra de trabalhar com amigos e músicos que admira”, como Marcelo Pretto (Barbatuques), os cubanos Yaniel Matos e Pepe Cisneros, Curumin, Zé Nigro, Bruno Marques, Xuxa Levy, o percussionista Da Lua, as cantoras Paula Mirhan, Marisa Marzan e Mariane Matoso, além de suas parceiras do grupo Vozes Bugras, além do produtor do disco, Leonardo Mendes, que também tocou violão e guitarras em praticamente todas as faixas.

Os arranjos do disco foram executados pelos músicos do começo ao fim, mesmo aqueles sons que poderiam ser “loopados” ou programados, no intuito de se obter um resultado musical orgânico, pulsante, com o mínimo possível de edições. Elementos eletrônicos e efeitos sonoros foram adicionados depois, o que acrescentou uma sutil camada de modernidade ao resultado final. O trabalho teve o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural – 2012 da Secretaria de Estado da Cultura.

O CD tem seu nome inspirado na canção homônima do disco Krishnanda, de Pedro “Sorongo” Santos. A faixa recebeu um novo arranjo, mais minimalista, com o piano e o violoncelo dos cubanos Pepe Cisneros e Yaniel Matos. Outras composições surgiram no processo, como Festa do Rei Nagô (Jairo Cechin), Ijexá que tem arranjo com influências do afrobeat e participação especial do DJ KL Jay, dos Racionais MC´s.

Capoeira de Oxalá é um samba-jazz dos anos 1960, cheio de suingue, que mostra outra faceta do compositor Luís Carlos Sá (da dupla Sá e Guarabyra). Já em Pindorama (Érico Marco), Ully canta a riqueza dos povos e da terra mais tarde conhecida como Brasil, apresentando elementos musicais que fazem parte de sua formação, como instrumentos de PVC e percussão corporal, misturados a efeitos eletrônicos. A música conta, ainda, com a participação de Marcelo Pretto (Barbatuques) e do grupo Vozes Bugras.

O projeto gráfico de Prila Paiva tem seu conceito inspirado nos povos indígenas, e outros que usam a pintura corporal e facial como tradição. A inspiração para a pintura corporal nasceu das pesquisas a respeito da arte Kadiwéu, tribo indígena brasileira residente no Mato Grosso do Sul. As ornamentações pictóricas, construídas com arabescos, pontos e traços retilíneos dão uma característica singular à pintura corporal deste povo. As mulheres têm o costume de pintar o rosto ao redor dos lábios e sobre estes, tornando-se mais belas e sensuais. Trata-se de uma das mais ricas manifestações artísticas ancestrais brasileiras.

Quando pensei no projeto gráfico tinha certeza que queria pintar meu rosto usando essas referências. Já conhecia o trabalho da Prila Paiva, e sabia que ela entenderia o que gostaria de apresentar”, diz Ully. Para as artes do encarte, a artista criou, com seu traço característico, elementos que dialogam com as letras e sonoridades do disco.

Quem sou eu pode ser lido (e ouvido) com ou sem o ponto de interrogação. É ao mesmo tempo pergunta e resposta. Ou ao menos parte dela.

Para ouvir no disco todo, ler as letras, ver fotos de capa e contra-capa e receber mais informações sobre a ficha técnica, favor acessarhttp://www.ullycosta.com.br/

SOBRE O SHOW
Ully Costa - Quem sou Eu – Dia 19 de juho, sexta, 21 horas, no Teatro do SESC Pompeia. Show de Lançamento do CD homônimo, disco solo de estreia, da cantora Ully CostaDireção musical - Leonardo MendesMúsicos - Leonardo Mendes – guitarra, violão e direção musical. Rafa Moraes – guitarra, teclado e efeitos; Luciano Campo Grande – baixo; Bruno Marques – bateria; Dalua – percussão Ed Trombone – trombone e percussão. Classificação - 18 anos.Duração - 60 minutos. Capacidade - 356 lugares. Venda de ingressos a partir das 14h do dia 28/06, pela rede INGRESSOSESC. Preços - R$ 4,00; R$ 8,00 e R$ 16,00.

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93. Telefone para informações: (11) 3871-7700. Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br.

Horário de funcionamento da Bilheteria – De terça a sábado das 9 às 21 horas e domingos e feriados das 9 às 19 horas (ingressos à venda em todas as unidades do SESC). Formas de pagamento - Cheque, cartões de crédito (Visa, Mastercard e Diners Club International) e débito (Visa Electron, Mastercard Electronic, Maestro e Redeshop).

SOBRE O DISCO - Faixa a faixa, por Ully Costa:

1.    Aquererde Munir Hossn
Ouvi essa composição no disco de Munir, Indijenajazz. Ele faz um jogo de palavras (a querer e aguere), que é o nome do ritmo da música, tocada por três Ogãs (pessoas responsáveis por tocar e zelar pelos atabaques e por comandar os cânticos no candomblé). A letra é linda, singela e diz muito do que quero para a minha vida.

2.    Festa do Rei Nagô, de Jairo Cechin
O Jairo me apresentou essa música num jantar, tocou e cantou lindamente esse Ijexá. Nós colocamos elementos modernos, um toque de afrobeat e o DJ Kl Jay deixou a música ainda mais groovada com os seus scratches.

3.    Capoeira de Oxalá, de Luis Carlos Sá
Meu amigo Dj Paulão foi responsável pela escolha desta música. Eu queria muito gravar um Samba-Jazz e ele me apresentou essa linda composição do Luis Carlos Sá (da dupla Sá e Guarabyra), que originalmente foi gravada pela Rosa Maria. Aqui eu conto com o belo arranjo de metais de Paulo Malheiros.

4.    O Ponto, de Jairo Sechin
O Ponto veio como um presente, com uma letra que tem tudo a ver com esse momento de buscas, dúvidas e desejos. Canto com toda minha alma.

5.    Olhos d’agua, de Caio Bosco
Conheci o Caio há bem pouco tempo  e rolou uma grande identificação. Ele me deu o seu CD e quando ouvi fiquei muito afim de gravar não só uma, mas várias de suas músicas. Pra começar escolhi Olhos d’agua, que me lembra um pouco um artista que amo de paixão, o Curtis Mayfield.

6.    Veja o meu lado, de Marquinho Dikuã e Samuel Queiros
Sou completamente alucinada por samba e tinha certeza de que iria gravar ao menos um neste disco. Conheço e canto essa música já há algum tempo e não via a hora de grava-lá, gosto muito dessa onda de  samba apaixonado e malandro.

7.    Marinheiro /Irorá Edun, de Alê Muniz / Cleto Junior
Na verdade são duas músicas em uma só. Eu já canto a muito tempo e tinha muita vontade de gravá-las. Me identifico muito com essa levada caribenha, algo que se aproxima do Zouk e mesmo da Lambada Essa sonoridade de muitas vozes fazendo um coro “de lavadeiras” me cativa muito.

8.    Pindorama, de Erico Marco
Cantar poesia que se refere as minhas origens Indígenas é como uma religião muito sagrada. Infelizmente nem todo mundo sabe ou se lembra que essas terras tem uma força ancestral e uma cultura que foi e está sendo dizimada. Aqui, junto com minhas irmãs do Grupo Vozes Bugras e de Marcelo Pretto, cantamos toda essa poesia que está no nosso cotidiano e que acabou se tornando banal aos olhos de muitos.

9.    Quem sou eu, de Pedro Santos
Quem sou Eu foi a primeira música escolhida para o disco, era minha única certeza no início do projeto. A letra é linda e tem muito a ver com o momento que estou vivendo. Nessa desconstrução declamo tudo que vem do fundo do meu coração, a partir deste lindo arranjo de piano e cello. Saber quem sou eu, afirmar quem sou eu é praticamente impossível, neste universo de várias de mim.


Assessoria do show e do disco
ARTEPLURAL – Fernanda Teixeira
011. 3885-3671 – 99948-5355
Adriana Balsanelli – 99245-4138
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Skype – fernanda.teixeira42

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