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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sherazade, da Cia. Stromboli, se apresenta de graça na Funarte, integrando o projeto Antígona



As histórias do tradicional romance da cultura árabe, As Mil e Uma Noites, são adaptadas para o público infantil no espetáculoSherazade, direção de João Grembecki e texto de José Rubens Siqueira. A peça faz temporada a partir de 22 de junho, às 15 horas,na Funarte, como parte do projeto de formação teatral Antígona – repercussão social de uma trajetória artística. No elenco, Lenita Ponce, Joy Japi, Carú Lima e Paulo Carvalho.

Resultante da tradição oral do povo árabe entre os séculos XIII e XVI, o romance e conjunto de histórias As Mil e Uma Noites serviu de base para o texto de Sherazade, espetáculo infantil que adapta algumas de suas histórias e transborda os limites da cultura árabe, misturando os contos de diferentes povos e épocas.

Na peça, o sultão Sharyar é traído por sua primeira esposa e ordena que ela seja assassinada. Não bastasse tal pena, Sharyar estabelece uma nova lei no reino: o sultão se casaria todos os dias com uma nova esposa e, ao amanhecer do dia seguinte, esta seria morta para que não pudesse traí-lo - evitando assim a dor e ressentimento da traição.
            
Esta nova lei vigora por três anos, até que o sultão se casa com Sherazade, uma dama notória e preciosa por sua sabedoria e conhecimento. Para evitar sua morte, a nova esposa do sultão conta diariamente histórias a seu marido – cujos finais este só saberá no dia seguinte, devendo mantê-la viva em nome da curiosidade. Por meio destas histórias, Sherazade acaba por transformar o coração endurecido de Sharyar, que rompe com a maldição do reino e reencontra o amor em sua vida.

A estrutura geral do texto assemelha-se a um colar de contas, de maneira que cada uma das seis histórias distintas encerra-se em si mesma, porém todas estão unidas por um fio condutor, um conceito maior que as agrupa. Assim, as histórias se identificam em uma gênese que vai desde a relação entre os elementos primordiais – água, terra, fogo e ar – até a extinção da vida.

As histórias concentram-se em temas como a responsabilidade a ser assumida diante das ações dos indivíduos; a relação de disputa construída entre irmãos; o poder do intelecto de sobrepujar a força física, entre outros, buscando mostrar a interrelação e interdependência entre os fatos por meio de eventos em cadeia – bem como apresentar situações que contém valores muito ricos ao cenário social brasileiro e importantes principalmente durante a fase da infância.

Sobre a montagem

Seguindo uma linha minimalista já bastante praticada dentro da Cia. Stromboli, em relação a cenários, figurinos e adereços, a proposta é que estes sejam utilizados conforme sua estrita necessidade.

Porém isto são significa que cenários e figurinos sejam simples, a própria riqueza encontrada na mansão de um sultão está presente no espetáculo que conta com  adereços que se transformam, como a árvore que muda conforme as estações.

O figurino é inspirado na vestimenta persa da época da compilação do texto, ou seja séculos XIII e XVI, com elementos da imagem do senso comum, para a região, como de odaliscas por exemplo. Os bonecos seguem uma linha estética única e atemporal variando apenas nos estilos de manipulação e materiais utilizados. “Neste espetáculo focamos em trabalhar com diversos tipos de bonecos e variações drásticas de escala de cena para cena”, comenta o diretor.

Projeto Antígona

Esta temporada de Sherazade integra o projeto Antígona, da Cia. Stromboli (em parceria com o grupo Teatro Cru), dedicado à formação de público para o teatro e à reflexão sobre os processos de maturidade e desenvolvimento social por meio da arte.

O projeto pretende apresentar espetáculos destinados a diversas faixas etárias e fases da vida – desde os infantis até peças adultas, passando pelo infanto-juvenil – comoO Casamento da Baratinha (para o público de 5 a 6 anos), Sherazade (para o público de 7 a 10 anos) e A Bela e a Fera (para o público jovem), além das apresentações de espetáculos infantis de companhias convidadas como Astoria Artistic Ensemble (Mexico), Cia Arte Tangível (São Paulo), entre outras.

A proposta é, por meio destas apresentações, de workshops, mesas redondas e de aulas abertas sobre teatro, educação, cinema e cultura, discutir a formação do indivíduo como cidadão responsável e socialmente consciente de seu lugar social. Dos workshops e processos de seleção deste projeto, decorrerá a idealização e montagem do espetáculo Antígona, que terá a direção de José Rubens Siqueira e contempla as pesquisas das duas companhias idealizadoras do projeto – Cia Stromboli e CRU. Tudo acontece na Funarte, de maio a dezembro de 2013.

Sobre a Cia. Stromboli:
A Cia. Stromboli foi criada em 1996, para estudo e desenvolvimento do teatro de animação. O primeiro projeto, envolvia a criação de figuras planas articuladas. Posteriormente a Companhia entrou num longo período de estudo com marionetes, bonecos manipulados por fios, o que resultou na peça Vida de Cachorro que ainda hoje participa do circuito cultural brasileiro. Com o surgimento de novas propostas de trabalho, a partir de 1998, houve uma grande diversificação de técnicas: bonecos de vara, sombra, luva, mamulengos, ventríloquos, fantoches, figuras gigantes e máscaras, passaram a ser desenvolvidos. O passo seguinte, e inevitável, foi à mistura dessas diferentes técnicas para a criação de outras, como a que chamamos “varionete” que são marionetes com varas, o que permitiu precisar movimentos que só com o uso de fios não seriam possíveis.

Com o curta Tyger, a Cia. Ganhou o prêmio especial de melhor filme da direção do 14º Amina Mundi 2006e de melhor animação brasileira pelo júri popular, primeiro filme brasileiro convidado a participar do Festival Internacional de Animação de Ottawa, Prêmio de melhor vídeo no II Festival Latino Americano de Curtas-Metragens de Canoa Quebrada 2006, um dos dez curtas mais votados pela audiência no 17º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, entre outros. O que caracteriza a Cia. Stromboli é um interesse por todo universo que envolve figuras e bonecos animados e seu desenvolvimento e difusão no cenário cultural brasileiro.

Serviço:
Sherazade – Reestreia dia 22 de junho, sábado, às 15h, na Funarte (Sala Carlos Miranda – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos). Temporada: sábados e domingos, às 15h. Até 14 de julho. Grátis.

Ficha Técnica:
Direção: João Grembecki. Texto: José Rubens Siqueira. Bonecos: Cia. Stromboli. Trilha sonora: João Grembecki, Naná Spogis. Sonoplastia: Fernando Mastrocolla. Cenário: Cia. Stromboli. Figurino: José Rubens Siqueira. Elenco: Lenita Ponce, Joy Japi, Carú Lima e Paulo Carvalho. Fotógrafo: João Grembecki.Produção executiva: Teatro Cru. Classificação indicativa: Livre.

FUNARTE: Sala Carlos Miranda – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, São Paulo, CEP 01216-001. Telefone: 3662-5177. Ingressos: GrátisBilheteria:uma hora antes do espetáculo. Capacidade: 53 lugares. Duração: 45 minutos.

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