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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vicente Celestino - A Voz Orgulho do Brasil


Cariocas da Cia Limite 151 trazem a história e a
música de Vicente Celestino para os palcos de São Paulo

Espetáculo retrata a vida e as canções de um dos um dos mais importantes cantores brasileiros do século 20. A montagem tem direção de Jacqueline Laurence e traz no papel-título o ator Ricca Barros. O elenco reúne, ainda, Gláucia Rodrigues, Lucci  Ferreira, Camila Caputti, Edmundo Lippi, Jacqueline Brandão, Bruno Ganem e André Rebustini. Cinco músicos tocam ao vivo

Com uma trama que envolve música e uma bela história de amor, a Cia Limite 151 estreia o espetáculo musical Vicente Celestino - A Voz Orgulho do Brasil dia 13 de janeiro, sexta-feira, às 21 horas, no Teatro Anhembi Morumbi. Com concepção de Lafayette Galvão e Wagner Campos e direção de Jacqueline Laurence, a peça retrata a vida de um dos mais importantes cantores e compositores brasileiros do século 20A montagem estreou no Rio de Janeiro e foi indicada ao Prêmio Contigo na categoria de Melhor Musical nacional de 2010. O grupo fará uma série de ensaios abertos a preços populares: dia 7/01 às 21 horas e 8/01 às 19 horas, sábado e domingo, (a R$ 5,00).

O ator Ricca Barros interpreta o protagonista na trama, uma junção entre dramaturgia e canções célebres. O espetáculo mostra as várias facetas de Vicente Celestino entre 1915 (21 anos) e 1968, ano de sua morte aos 73 anos de idade. Ele foi o primeiro cantor popular do Brasil e teve 54 anos de vida artística, tocava violão e piano e a voz grave era sua marca registrada. Suas músicas marcaram gerações e ganharam uma nova roupagem por artistas contemporâneos como Caetano VelosoMarisa Monte e Mutantes.

Um dos motes principais da trama é a história de amor entre Vicente Celestino e sua mulher Gilda de Abreu, parceira nos palcos e na vida, interpretada por Gláucia Rodrigues. “Ela foi uma mulher moderna para a época, anos 40 e 50, que sabia dialogar com os tempos contemporâneos muito bem. Gilda de Abreu cantava, atuava e dirigia filmes, ou seja, era uma mulher à frente do seu tempo. O amor entre os dois foi belo e raro”, diz a atriz.

O cantor vivenciou épocas turbulentas na política brasileira como o período da Ditadura Militar. Sempre foi solidário com amigos engajados na luta contra esse tipo de regime, tanto que recusou fazer uma apresentação que exaltava os militares no governo de Costa e Silva.

Entre os sucessos que estão no espetáculo, destaque para Canção da Paz, Flor do Mal, Ébrio, Porta Aberta, Coração Materno e Ouvindo-Te. O elenco também conta com Lucci  Ferreira, Camila Caputti, Edmundo Lippi, Jacqueline Brandão, Bruno Ganem e André Rebustini. Cinco músicos tocam ao vivo.

mise-en-scène ficou sob o olhar da direção de Jacqueline Laurence. A diretora se preocupou em aproximar os atores da essência do espetáculo. “A trama se passa em uma época diferente da atual, portanto o trabalho cênico foi desenvolvido para que o elenco incorporasse a personalidade de cada um dos personagens.”

A diretora também ressaltou o lado multifacetado da peça. “Além de fazer uma viagem pela carreira de Vicente Celestino, a relação do cantor com a Gilda de Abreu é um dos destaques. Os dois tinham uma ligação profunda em todos os aspectos.”

Atualmente, Jacqueline vive a personagem Mirta na novela Aquele Beijo da TV Globo. Com a Cia Limite 151, esteve no elenco de peças como As Eruditas e O Avarento, além de dirigir Tartufo, O Impostor; todas obras Molière. “Essa parceria começou profissionalmente e gerou um laço mais afetivo. A Cia tem um trabalho que deixa o imaginário vivo na mente das pessoas”.

O cenário incorpora os locais de apresentação de Vicente Celestino. São instrumentos musicais, mesas, cadeiras e luzes com cores vivas espalhadas pelo palco. “Independentemente do lugar, ele encantava multidões. Apresentou-se em lugares renomados, circos e até em bordeis. Seu objetivo era valorizar a música brasileira. O espetáculo é uma homenagem a esse ícone”, enfatiza Ricca Barros.

Experiência Musical
Antes de ser escalado para a montagem, o ator já apreciava as músicas do compositor. Em 1994, participou do espetáculo Revista do Rádio, onde interpretou canções de Vicente Celestino pela primeira vez. Além disso, Ricca tem algumas semelhanças artísticas com seu personagem. “Somos atores, temos o lado lírico e popular desenvolvidos. Este é um grande desafio.”

Um dos atores que mais trabalhou com a dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, Ricca Barros tem uma vasta experiência no mundo dos musicais: na carreira coleciona participação em alguns deles, como Ópera do Malandro, Sweet Charity, A Noviça Rebelde e Um Violinista no Telhado, entre outros.

“Vicente Celestino tinha uma voz imponente, característica necessária para gravar os discos que eram prensados a cera. Ele era um fenômeno, marcou gerações e as pessoas o lembram com respeito e reverência”, conta Ricca Barros.

Sempre nos clássicos
Com mais de 20 anos nos palcos, a Cia Limite 151 tem se destacado por montar espetáculos de atores consagrados como William Shakespeare, Molière, Ariano Suassuna,Nelson Rodrigues, Tennesse Willians, Miguel de Cervantes, entre outros.

 “Sempre procuramos um bom texto, quando ele tem seus méritos acaba se tornando um clássico. Por mais que o tempo passe, seus temas não ficam ultrapassados, os dilemas do ser humano são essenciais em qualquer época”, fala Gláucia Rodrigues, atriz e uma das fundadoras do grupo em 1991.

Sobre o grupo Cia Limite 151
A Cia é formada atualmente pelos atores Gláucia Rodrigues e Edmundo Lippi e pelo compositor Wagner Campos, que, juntos desde 1991, já encenaram as peças: Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues, direção de Marcelo de Barreto; O infanto-juvenil Dom Quixote, adaptação de Wagner Campos, direção de Cláudio Torres Gonzaga; A Comédia dos Erros e O Mercador de Veneza, de William Shakespeare, direção de Cláudio Torres Gonzaga; À Margem da Vida, de Tennessee Williams, direção de Roberto Vignati;Frankenstein, de Mary Shelley, adaptação de Sidnei Cruz, direção de Angela Leite Lopes; As Malandragens de Scapino, de Molière, direção de João Bethencourt; O Olho Azul da Falecida, de Joe Orton, direção de Sidnei Cruz; O Avarento, de Molière, tradução e direção de João Bethencourt; A Moratória, de Jorge Andrade, direção de Sidnei Cruz; Tartufo, O Impostor, de Molière, tradução e direção de Jacqueline Laurence; Os Contos de Canterbury, de G. Chaucer, direção de Sidnei Cruz; O Doente Imaginário, tradução e adaptação deJoão Bethencourt, com direção de Jacqueline Laurence; As Preciosas Ridículas, de Molière, direção de Cláudio Torres Gonzaga, O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, direção de João Fonseca. Em 2011, esteve em cartaz com As Eruditas, de Molière, com direção de José Henrique e estreou no Rio de Janeiro Thérèse Raquin, clássico do naturalismo, de Emile Zola, com tradução de Clara Carvalho e direção de João Fonseca.

PARA ROTEIRO:
VICENTE CELESTINO - A VOZ ORGULHO – Estreia dia 13 de janeiro, sexta, às 21 horas no Teatro Anhembi MorumbiEnsaios Abertos: Dia 7/01 às 21hs e Dia 8/01 às 19hs (Preço R$ 5) Texto: Wagner Campos Direção: Jacqueline Laurence Elenco: Ricca Barros, Gláucia Rodrigues, Lucci  Ferreira, Camila Caputti, Edmundo Lippi, Jacqueline Brandão, Bruno Ganem, André Rebustini e mais cinco músicos. Cenários: José Dias Direção musical: Wagner Campos Figurinos: Ney Madeira Luz: Rogério Wiltgen.


TEATRO ANHEMBI MORUMBI - R. Dr. Almeida Lima 1.134, Brás – São Paulo/SP Telefone: 2872-1457 de 13 janeiro a 12 de fevereiro. Sextas e Sábados às 21h e domingos às 19hs. Ingressos: R$ 20,00 e meia R$ 10,00.  Lotação: 756 lugaresDuração: 90 minutos

ARTEPLURAL – Assessoria do espetáculoFernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
Adriana Balsanelli – (11) 9245-4138
Douglas Picchetti – (11) 9814-6911
Renato Fernandes – (11) 7286-6703
Facebook – Arteplural

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