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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lúdico e acrobático, Circo Zanni apresenta números inéditos no Memorial da América Latina


Foto Carlos Gueller


Além dos tradicionais números circenses, o Circo Zanni cria a atmosfera de uma verdadeira casa no picadeiro por meio da ambientação e atrações em cena. Um trabalho que já realizou 27 temporadas pelo Brasil e atingiu mais de 140.000 espectadores

Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, praticamente todas as civilizações antigas tiveram a arte circense atrelada ao seu cotidiano de alguma maneira. Após passar por feiras e praças, o circo ganhou a forma que conhecemos atualmente na Inglaterra, no século 18, e fez com que seu esse modelo se espalhasse pelos quatro cantos do mundo. Com direção de Domingos Montagner, o Circo Zanni reúne toda a atmosfera familiar e tradicional do picadeiro em espetáculo que leva o nome do grupo eestreia dia 12 de outubro às 17hs no Memorial da América Latina.

Um trabalho que já realizou 27 temporadas pelo Brasil, atingindo um público total de mais de 140.000 espectadores.  A trupe conta com Bel Mucci, Daniel Pedro, Erica Stoppel, Fernando Sampaio, Luciana Menin, Maíra Campos, Marcelo Lujan e Pablo Nordio, além dos convidados Cassia Theobaldo, Fernando Paz e Nereu Afonso.

A filosofia do Circo Zanni traz de volta o circo família, humaniza o espetáculo com suas interações cheias de energia e coloca tudo debaixo da lona. O picadeiro tem uma ambientação e o clima de uma casa. Objetos como pratos, sofá, cadeira, abajur, mesa, espelhos, são utilizados nos números, uma forma de aproximar e criar identificação com o público. A plateia não assistirá apenas um espetáculo de circo. Serão recebidas como se fossem visitas dos anfitriões do Zanni.
“Ao invés de oferecermos um pedaço de bolo, oferecemos atrações circenses. Nosso circo vai além do espetáculo, é uma forma de viver a arte. E cada vez mais a arte está incorporada as nossas vidas. É um prolongamento de nossa casa  e é nela que gostamos de receber o público. Este sentimento sempre permeou nossos espetáculos, está em primeiro plano e foi nossa inspiração para a concepção”, conta Domingos Montagner.
Os ingredientes do grupo garantem uma plasticidade corporal, além de música ao vivo. A plateia pode conferir palhaçadas e gags cômicas, equilíbrio no arame, acrobacias, malabarismos, coreografias e números aéreos, trapézio, equilíbrio de pratos. Uma performance técnica e uma narração que liga uma atração à outra, um trabalho que conduz o público ao universo único do circo. Os artistas, além de atuar, se revezam na orquestra e na contrarregragem de picadeiro.

“Criamos um novo espetáculo para a temporada no Memorial da América Latina com  oito números inéditos. A maturidade e o repertório dos artistas sempre contribuem para conseguir um novo frescor”, diz Montagner.

O novo espetáculo é resultado do projeto CIRCO ZANNI -O Espetáculo Não Pára, Tem Sequência que tem patrocínio da Petrobras desde 2011. Os números criados tiveram a influência de oficinas ministradas por artistas clássicos da arte circense, como o Palhaço Biribinha (mais de 50 anos dedicados ao circo), Kris Niklison (coreógrafa argentina), Raquel Karro (acrobata aérea e bailarina), Ruby Rowat (trapezista), além de outros treinadores e coreógrafos como Danny Rabello, Ana Motta e Bruno Edson. Instrumentos musicais como sanfona, guitarra, bateria, saxofone, teclados, flauta e trombone embalam a trilha sonora do picadeiro.

O diretor enfatiza que o Circo Zanni reúne a tradição com a contemporaneidade. “Trabalhamos com artistas consagrados para criar as atrações, outros já se aventuram por espetáculos de rua e teatro. Usamos todas as qualidades para fazer um circo com identidade.”

Montagner também ressaltou a importância do circo. “Essa é uma arte insubstituível, uma essência que une o sublime e o grotesco, a poesia, o humor. Sem ela teríamos uma lacuna no cotidiano do universo artístico.”

O Prêmio Funarte Petrobrás Carequinha de Estímulo ao Circo permitiu a reforma de todas as estruturas do Zanni.

Sobre Circo Zanni
O verão de 2003-2004 foi o momento inaugural da concretização deste sonho: na Praça Pôr do Sol, em Boissucanga, no Litoral Norte de São Paulo, estreou o Circo ZANNI, um grupo de artistas oriundos de diversas gerações de escolas de circo, seguidores de seus mestres e de sua arte. 

A partir de recursos próprios, lona e equipamentos alugados e contando com o apoio da Prefeitura de São Sebastião, de comerciantes locais e da ajuda e do incentivo dos amigos, em 3 semanas foram realizadas 15 apresentações para quase 5000 pessoas. 

Esta experiência foi definitiva para o passo adiante... Em 2004, nosso principal objetivo foi a conquista do espaço próprio. Foram dez meses de preparação e busca de recursos que culminaram numa sociedade de nove artistas dividindo a responsabilidade desta conquista. Finalmente em 20 de novembro de 2004, o Circo ZANNI fez sua temporada inaugural com lona própria em São Paulo. 
Desde então, o ZANNI cumpre com seu compromisso de não ser mais um projeto eventual e sim um estilo de vida, uma forma peculiar de ver e fazer arte, realizando sessões para um público encantado não só pelo espetáculo, mas também por ver que o Circo continua vivo e seguindo seu caminho.

Domingos Montagner
O ator e artista circense Domingos Montagner nasceu em São Paulo, em 1962.
Iniciou-se no teatro através do curso de interpretação de Myriam Muniz. Com Beto Andretta e Beto Lima criou a Pia Fraus Teatro. Estudou com diversos profissionais da dança, como Ruth Rachou, Denilto Gomes, Ana Mondini e Adriana Grechi, entre outros. Começou no Circo Escola Picadeiro em 1989. A partir de 1991, ao lado de Fernando Sampaio, passou a desenvolver várias técnicas circenses, em especial as aéreas, com José Wilson Moura Leite e o trabalho de palhaço com Roger Avanzi, o Palhaço Picolino.
 

A partir de apresentações de rua, começaram a desenvolver uma dupla inspirada na arte dos palhaços de circo. Em 1997, oficializam a parceria, criando o La Mínima e, a partir daí, espetáculos como Cia. de Ballet, Piratas do Tietê – O Filme, A la Carte, Luna Parke, O Médico e os Monstros, entre outros.

Aperfeiçoou-se na França na Escola Nacional de Annie Fratellini, na Escola de Trapézio Volante de Jean Palac e na arte do palhaço com Leris Colombaioni, na Itália. Dentre seus trabalhos no teatro, destaca-se o espetáculo A Noite dos Palhaços Mudos, encenado em 2008, pelo qual recebeu o Prêmio Shell de Teatro – SP, como melhor ator; e o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, de Melhor Elenco.

É também diretor artístico e um dos fundadores do Circo Zanni.Pelo prêmio recebido, em 2008, Domingos Montagner despertou a atenção de diretores da televisão. O universo televisivo, no entanto, nunca tinha sido sua ambição. Mesmo assim, resolveu descobrir como era fazer TV. Ainda em 2008, fez um teste de imagem para a Rede Globo e, em seguida, estreou no seriado Mothern (GNT) e fez ponta no seriado Força Tarefa.

Em 2011, aos 49 anos de idade, apareceu como galã no seriado Divã, protagonizado por Lília Cabral. Logo em seguida, participou da novela Cordel Encantado, como o cangaceiro mais temido do sertão: Herculano, pai de Jesuíno (Cauã Reymond). Em 20120, Montagner protagonizou a minisserie O Brado Retumbante. O ator está no elenco da próxima novela da Rede Globo, Salve Jorge.

Ficha Técnica:
Concepção E Direção Artística: Domingos Montagner. Criação dos Números: Elenco do Circo Zanni. Direção musical: Marcelo Lujan. Direção Técnica:Pablo Nordio. Elenco: Bel Mucci, Daniel Pedro, Erica Stoppel, Fernando Sampaio, Luciana Menin, Maíra Campos, Marcelo Lujan, Pablo Nordio. Convidados:Cassia Theobaldo, Fernando Paz, Nereu Afonso. Montagem e operação de som: Marcello Stolai. Iluminação e operação de luz: Paulo Souza. Capataz:Wagner Lopes. Produção: Palco de Papel Produções. Realização: Circo Zanni.

PARA ROTEIRO:
Circo Zanni– Estreia dia 12 de outubro, sexta-feira, às 17hs. Temporada – Sexta-feira às 20h30, Sábados às 17hs e 20h30 e Domingos 17h e 19h30. Até 4 de novembro.  Sessões nos feriados (12/10 e 02/11) somente às 17h

Memorial da América Latina. Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664. Telefone: (11) 3823-4600. Lotação: 400 lugares. Bilheteria: No próprio local, aberta 2 horas antes do início de cada espetáculo. Pagamento: Dinheiro ou Cheque ou antecipado pelo sistema Ingresso rápido
(www.ingressorapido.com.br ou 4003-1212). Ingressos: Sexta-feira, R$ 15 (preço único); Sábado, Domingo e feriado R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Menores de 03 anos não pagam ingresso.  Duração: 60 minutos. Classificação: Livre. Estacionamento: No local.  Entrada pelo portão 8

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