Translate

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Inédita no Brasil, Maratona de Nova York estreia com direção de Bel Kutner e os atores Anderson Muller e Raoni Carneiro no elenco


Texto do italiano Edoardo Erba, traduzido por Beth Rabetti, espetáculo tem trilha sonora de André Abujamra, iluminação de Paulo César Medeiros e direção de arte e projeções de Mauro Vicente e Charles Boggis. A direção de movimento é assinada pela bailarina e coreógrafa Denise Stutz


Dois personagens, por volta dos trinta anos em trajes esportivos, dedicam-se a uma única ação central durante a apresentação: correr para se preparar para participar da Maratona de Nova York - a corrida mais famosa e almejada do mundo. É assim que se desenrola o espetáculo teatral Maratona de Nova York, que estreia dia 6 de julho, sexta-feira, às 21 horas, no Teatro Cacilda Becker. Sob direção de Bel Kutner, os atores Anderson Muller Raoni Carneiro estão no elenco da primeira montagem brasileira da peça. 

Sempre orientados pela ânsia de superação, os personagens (Mario e Steve) relembram determinantes momentos de suas vidas enquanto correm para participar da Maratona de Nova York. A corrida é pontilhada por recordações, que abrem espaços para reflexões como: Correr para quê? Superar quem? Entre outras lembranças, episódios da infância que sugerem desafeto materno e o intermédio de mulheres que fizeram os amigos se conhecerem.

Anderson Muller sempre teve um sonho: correr em cena. Quando se apaixonou pela corrida, começou a buscar uma maneira de aliar o esporte ao teatro. “Alguns anos depois, encontrei Raoni Carneiro – que hoje faz comigo esse espetáculo – e ele me apresentou ao texto de Edoardo Erba. Fiquei enlouquecido e passei 3 anos pensando nessa peça, até que comecei a produzir”, conta o ator. 

Mario, seu personagem na peça, tem personalidade leve, é brincalhão, apesar de seu peso dramático. “Esse personagem é um presente para mim, pois me leva a conhecer melhor as levezas e os amadurecimentos que passamos com o decorrer de nossas vidas”, conta Anderson.

Já Steve (interpretado por Raoni Carneiro) é um cara determinado a correr, com características apolíneas, retas, enfático, severo consigo mesmo e muito exigente, durante o espetáculo. “Steve expressa algumas máximas de conduta de vida, principalmente em relação à superação. Ele se esforça ao máximo para poder chegar mais do que preparado na maratona de Nova York”, conta Raoni Carneiro.

Mauro Vicente e Charles Boggis assinam a direção de arte e projeções. "Identificamos os momentos dos personagens com uma cenografia utilizando imagens gravadas em vídeo em 360 graus. As superações, angústias e recordações foram tratadas com luz em movimento, trazendo ao expectador uma orientação inusitada para o sentido de suas vidas”, conta Mauro. Para compor todas as características propostas para o espetáculo, os artistas utilizaram um sistema de câmera com seis lentes e software de efeitos gráficos avançados.

A maratona
O texto de Edoardo Erba, traduzido por Beth Rabetti, levanta questões do ser humano imprevisível, limitado, genial, obstinado, traumatizado, mas sempre possível vencedor na arte de viver. “Edoardo Erba tem um texto rápido, que faz a gente pensar. É muito bom o seu jeito de conduzir o cotidiano, o inevitável e as fatalidades”, conta Anderson Muller.

A diretora Bel Kutner – que atualmente alia os ensaios de Maratona de Nova York às gravações da novela Gabriela, da TV Globo -, se apaixonou pelo texto na primeira leitura, quando foi convidada a dirigir a peça. Pela simplicidade e agilidade dessa conversa, pela dinâmica das ideias desses dois personagens em um encontro. A tradução da Beth Rabeti é primorosa, deixando a historia de dois italianos universal. Pode ser em qualquer lugar, em qualquer tempo”, conta Bel, que é amiga do Anderson Muller há trinta anos e também está na produção ao lado dele.

Bel Kutner diz, ainda, que vê a peça como uma revisão de uma existência. “É simples, mas cheia de nuances para quem a viveu. Os personagens se irmanam nos seus objetivos, contrapondo-se alternadamente, em suas historias pessoais. É um belo jogo, vamos nos divertir descobrindo a dinâmica de cada cena.”

“Pretendo que, apesar dos esforços físicos dos personagens, os atores consigam passar todo prazer, toda endorfina dos atletas, sem tensão, sem dor. Com muito suor”, finaliza a diretora.

Sobre o autor
Edoardo Erba nasceu em Pavia em 1954 e graduado em letras, formou-se em dramaturgia pela Escola Piccolo Teatro de Milão.Vive em Roma. Dentre suas obras - A noite de Picasso(1990), Porco selvagem(1991), Curva cega(1992), O homem da minha vida(1999), Boas notícias (2002), em meio a outras- destaca-se Maratona de Nova York (1992) pela diversidade de montagem: Londres (1999),com direção Mick Gordon, Boston (2003), Buenos Aires (2003),Wellington-Nova Zelândia (2001),Tel Aviv (1998), Barcelona(1996/97). A peça, contemplada com vários prêmio, já foi traduzida para cinco idiomas, tendo sido publicada na Inglaterra pela Obern Book e na Argentina pelas Ediciones de La Flor. Na Itália foi publicada pela Ricordi e por Ubulibri. Edoardo Erba é também autor de programas televisivos.

Ficha técnica:
Autor: EDOARDO ERBA. Tradução: BETH RABETTI. Com: ANDERSON MULLER E RAONI CARNEIRO. Direção: BEL KUTNER. Iluminação: PAULO CESAR MEDEIROS. Direção de Arte: MAURO VICENTE FEREIRA. Assistente de Arte: ROGERIO CHIEZA. Vídeo 360 graus: CHARLES BOGGISS. Vídeo Grafismo: EDUARDO SALLES E CRISTIANA QUEIROGA. Figurino: ASICS. Preparação Corporal: DENISE STUTZ. Trilha Sonora: ANDRE ABUJAMRA. Fotografia: DESIRÉE DO VALLE. Programação Visual: LEONARDO BRASIL. Assessoria de Imprensa: ARTE PLURAL. Assistente de Direção: CELSO BERNINI. Operação de Som: ALLYSSON LEMES. Operação de Luz: ALEXANDRE BAFÉ. Direção de Vídeo: MICHEL PAULO. Operação de Vídeos: ALEXANDRE GONZALEZ. Direção de Produção: DEA MARTINS E ANDERSON MULLER. Produção Executiva em SP: DEA MARTINS E GERARDO FRANCO. Assistente de Produção RJ; MARCELO GOMES. Assistente de Produção SP: FLÁVIA PRIMO. Direção de Palco: MARCELO GOMES. Realização: Logomarca Kauidea (Dea Martins) e PRÓSPERAS PRODUÇÕES (Anderson Muller e Thereza Falcão). Patrocínio: ASICS.

Para roteiro:
Estreia dia 6 de julho, sexta-feira, às 21 horas, no Teatro Cacilda Becker. Temporada: de 6 de julho a 29 de julho. Sextas e sábados, às 21h e domingos às 19h. Duração: 115 minutos. Preço: R$ 20. Censura: 12 anos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário