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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Centro Cultural Banco do Brasil apresenta Rodriguianas: Tragédias para Rir, contos da coluna A Vida Como Ela É..., de Nelson Rodrigues, agora no palco


Tragicomédia com direção de Luís Artur Nunes e que celebra o centenário de nascimento de Nelson Rodrigues (23 de agosto de 1912) com a adaptação para o teatro de oito contos extraídos do jornal Última Hora.  No palco, oito atores em cena o tempo todo: Marcos Breda, Fernanda D’Umbra, Duda Mamberti, Bete Correia, Cintya Chaves, Maria Tuca Fanchin, Luís Soares e Sidney Santiago. Cenário de Márcio Vinícius, figurinos de Fábio Namatame e iluminação de Guilherme Bonfanti

O doce amargo das ruas, as tragédias, as paixões, as situações divertidas e inusitadas do cotidiano e os dilemas entre o céu e o inferno do ser humano. O olhar peculiar de Nelson Rodrigues capturou de forma apurada as excentricidades da vida e colocou de forma verossímil em suas obras de ficção. No começo dos anos 50, quando viveu seu melhor período da carreira de jornalista, as crônicas diárias (com uma linguagem simples e bebida nas fontes mais populares) publicadas em sua coluna A Vida Como Ela É, do jornal carioca Última Hora, refletiam essa atmosfera. Esse é o mote principal da tragicomédia Rodriguianas: Tragédias para Rir, que estreia no Centro Cultural Banco do Brasil dia 6 de julho, sexta-feira, às 20 horas.

Com adaptação e direção de Luís Artur Nunes, o espetáculo reúne oito contos extraídos da famosa coluna jornalística desse dramaturgo que completaria 100 anos em 2012. O Pediatra, Romântica, As Gêmeas, A Esbofeteada, Despeito, Noiva da Morte, Flor de Laranjeira e Selvageria ganham vida por meio de oito atores em cena. Marcos Breda,Fernanda D’UmbraDuda MambertiBete CorreiaCintya ChavesMaria Tuca FanchinLuís Soares e Sidney Santiago formam o elenco. A montagem também conta com cenário de Marcio Vinícius, figurinos de Fábio Namatame e iluminação de Guilherme Bonfanti.

O diretor procura aliar literatura e teatro em seus trabalhos e a obra rodriguiana sempre esteve atrelada em seus estudos e montagens teatrais, como nessa nova produção. “Nelson Rodrigues tem uma prosa rica, as histórias são saborosas, inteligentes, têm uma teatralidade para aproveitar. As tramas envolvem suicídios, amores contrariados, fazem um retrato fotográfico da zona norte do subúrbio carioca da época, além de acrescentar elementos melodramáticos.”

O discurso narrativo é preservado na encenação e de acordo com Luís Artur, o relato do autor tem um humor amargo e singular que enriquece o espetáculo e não pode ser deixado de lado. Os atores se colocam como um grupo de contadores e intérpretes, alternando-se nas tarefas de encenar, descrever, narrar e comentar. “A peça tem um caráter de folhetim, em que os personagens estão em situações exorbitantes, à beira de um ataque de nervos.”

Por dentro do teatro

A peça revela para o público os truques do teatro utilizando doses de encenação explícita e não realista por meio de máscaras, quadros-vivos e manipulação de bonecos. Os atores fazem dublagens, homens e mulheres se dividem no mesmo personagem em uma espécie de interpretação coral. “É um verdadeiro jogo de linguagens, meios e expressões diferentes reunidas em um único espetáculo. Uma boa oportunidade de ver as múltiplas faces do teatro”, diz Luís Artur Nunes.

Márcio Vinicius assina o cenário que acompanha a peça como um todo. “A cenografia basicamente é neutra, a matéria prima é o papelão que é generoso com a luz, um recurso que valorizou ainda mais a interpretação dos atores. No ano do centenário de Nelson Rodrigues, me inspirei nas formas de seus pseudônimos femininos, os quais ele usava para assinar alguns de seus textos.”

Já o figurino colorido é trabalho com assinatura de Fabio Namatame. “Os adereços correspondem à época em que Nelson viveu, remetem ao gosto e estilo dos cariocas da zona norte do Rio de Janeiro. Representam os personagens do núcleo familiar que são característicos da obra do autor,” explica. “Como os atores encarnam vários personagens, as roupas são versáteis e auxiliam na troca de interpretação”.

Luzes, canções, trocas rápidas de figurino e objetos marcam a passagem de um conto para outro imprimindo um ar de dinamismo à peça. O diretor também é responsável pela trilha sonora do espetáculo, que conta com um repertório composto por uma mescla de estilos, que vai do bolero à música popular brasileira. “Tem desde peças eruditas de Chopin e Tchaikowsky até o samba-canção de Ângela Maria”.

Legado Nelson Rodrigues

Segundo o diretor da peça, “Nelson Rodrigues não fez apenas uma contribuição para a dramaturgia brasileira, ele introduziu um olhar agudo sobre o mundo, uma visão pessimista. Suas histórias misturavam valores idealizados, tragédias e perversidades vividas pelo ser humano”.

No centenário de Nelson Rodrigues, um dos objetivos de Rodriguianas: Tragédias para Rir é oferecer ao público uma experiência teatral rica de conteúdo e cheia de colorido, movimento e humor. “Além de homenagear, a montagem foge da encenação de seus textos teatrais para buscar na sua ficção narrativa um material que em nada fica a dever à obra dramatúrgica”, completa Luís Artur.

Ficha Técnica
Autor: Nelson Rodrigues. Adaptação e Direção Artística: Luís Artur Nunes. Assistente de direção: Cainan Baladez. Elenco: Marcos Breda, Fernanda D’Umbra, Duda Mamberti, Bete Correia, Cintya Chaves, Maria Tuca Fanchin, Luís Soares, Sidney Santiago. Cenário: Márcio Vinícius.Iluminação: Guilherme Bonfanti. Figurinos: Fábio Namatame. Sonoplastia: Luís Artur Nunes. Programação Visual: Vitor Vieira. Fotografia:Paulo Sadao, Preparação Vocal: Monica Montenegro, Idealização do Projeto: Cintya Chaves. Coordenação do Projeto: Bete CorreiaDireção de Produção e Administração: Maurício Inafre. Assistente de Produção: Jô Nascimento. Produção Executiva: Regilson Feliciano.

Para Roteiro:
RODRIGUIANAS: TRAGÉDIAS PARA RIR – Estreia 6 de julho no CCBBTemporada – sextas, às 20h, sábados, às 17h e às 20h, e domingos, às 20h. Duração – 80 minutos.  Até 2 de Setembro. Ingresso R$ 6,00 e R$ 3,00 – Classificação – 14 anos.

CCBB - R. Álvares Penteado, 112 - Centro São Paulo SP. tel. (11) 3113 3651/52. Capacidade: 125 lugares. Vendas pela internet:www.ingressorapido.com.br ou pelo telefone (11) 4003-1212. Estacionamento: conveniado na Rua da Consolação, 228 – Ed. Zarvos – R$ 15 por 5 horas. (No estacionamento há transporte periódico de van até o CCBB). www.bb.com.br/cultura www.twitter.com/ccbb_spwww.facebook.com/ccbbsp

Informações para a imprensa
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Adriana Balsanelli – (11) 9245-4138                                                                                               
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