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sábado, 2 de junho de 2012

Facas nas Galinhas, de David Harrower, ganha a primeira montagem brasileira

                                  Fotos: João Caldas


A peça é uma produção da Barracão Cultural que narra a história de uma mulher simples que é arremessada à vida para descobrir as possibilidades de ver e sentir o universo.

Depois de ser encenada em 25 países Facas nas Galinhas, do escocês David Harrowerestreia no Brasil com direção de Francisco Medeiros. A montagem, que é uma realização da Barracão Cultural, abre temporada no dia 1º de junho, sexta-feira, no Espaço da Companhia do Feijão, tendo no elenco os atores Eloisa Elena, Cláudio Queiroz e Thiago Andreuccetti.

Facas nas Galinhas é um texto poético e simbólico sobre uma mulher jovem que se passa em uma aldeia, em um tempo arcaico, não definido. Casada com um camponês opressor e, talvez, adúltero, ela tem um encontro com o odiado moleiro (dono do moinho) local que a impulsiona no percurso da descoberta de si mesma. Essa mulher perfaz uma trilha que a leva da ignorância à consciência, do literal ao imaginário, da escravidão à libertação.

Segundo o diretor Francisco Medeiros, “o percurso desta personagem, num contexto cheio de intrigas e elementos inusitados, é a construção de uma identidade, o desvendamento de um ser. É conquista de uma individualidade”. Essa mulher apresentada por David Harrower é o arquétipo da mulher servil ao marido e que ainda não tem aflorado o exercício da metáfora, do simbólico. De forma brilhante e singular o autor a conduz ao encontro dela com ela mesma, como se fosse a construção de um ser.

Considerado por muitos como um texto difícil de ser encenado, Facas nas Galinhas exige dos atores sua máxima potência cênica. Quanto a isto o diretor confessa: “a peça é de uma simplicidade desconcertante, tão absurda que nos desafia na visualização de uma encenação”. Ele ainda explica que a comunicação calcada na simplicidade não é a mais simples de encenar. “Esta ficção dramática é descamada de truques, desprovida de efeitos e de golpes de teatro, mas tem fortes e potentes ingredientes narrativos”. A direção não se desprende desta simplicidade e explora a força das palavras e situações. “Nosso propósito é evitar a ilustração, a redundância, e convocar o espectador ser parceiro ativo para que, só assim, a obra se complete.” Explica Medeiros.

“Facas nas Galinhas se abre a múltiplas leituras para cada pessoa da plateia”, afirma Francisco Medeiros. Ele completa: “não sou um encenador do tipo que entra num trabalho com a concepção geral pronta. Prefiro ser provocado. Minha tarefa é estabelecer uma conexão com as forças dos atores e dos outros artistas envolvidos na montagem e tentar encontrar a organização mais intrigante, capaz de afetar poderosamente a plateia”.

A solução cenográfica é outro desafio: tem que possibilitar o jogo multifacetado proposto por Harrower, numa cronologia não linear e apelar para a imaginação do espectador diante de uma lógica bem particular. Nesta montagem brasileira o cenário (de Marco Lima) é abstrato e provocativo, em combinação com a luz (de Marisa Bentivegna), importantíssima inclusive nas referencias de tempo (dia e noite) e nos recortes capazes de criar múltiplos ambientes e atmosferas. Uma estrutura circular (como a pedra de moinho) abre várias possibilidades para situar cada cena, cercada por caminhos forrados de sementes (como os grãos de que se faz a farinha). E a concretude desse cenário dá forma e magia a um campo, uma casa, um moinho...

A trilha (de Dr Morris) é um “complexo sonoplástico”, uma instalação sonora que combina sons primitivos e naturais, propondo a harmonia entre o texto e natureza bucólica rural.

Eloisa Elena, atriz e diretora da Barracão Cultural, conta que a “escolha por este texto foi quase sensorial”. Procurava por um autor contemporâneo, leu a sinopse na Internet e descobriu que uma amiga havia montado a peça em Portugal. Entrou em contato com ela e ficou totalmente envolvida por este universo rústico, poético e ao mesmo tempo transbordante de simplicidade. “O que mais me atraiu foi essa possibilidade de poesia permanente, simples, que não aparece à primeira vista e precisa ser descoberta.”

Sinopse

Uma mulher jovem leva uma vida de subserviência ao Marido, sem questionar, sem observar, sem apreciar. Apenas vive. O marido é um rude lavrador que tem uma relação não bem esclarecida com os cavalos, que estão sempre em primeiro plano. Eles moram numa cabana, no final do vilarejo, onde todos dependem do moinho para processar os grão e fazer a farinha. O moleiro (homem que possui livros e gosta de escrever e beber) é odiado por todos os habitantes, considerado um explorador (pois quem faz o trabalho é o moinho), um bruxo (sabe de tudo que se fala por ali) e pode ser também um assassino.

Um dia essa mulher sai da cabana e vai levar o almoço para o marido no campo e, pela primeira vez, ela para por um momento e tem sua primeira experiência de contato, de relação, com o mundo. Passa a observar e refletir sobre os fenômenos e as coisas da natureza. Começa aí sua transformação, seu despertar.

Sua relação com o moleiro se dá quando o marido, ocupado com o parto de uma égua, incumbe-a de levar os grãos até o moinho, dizendo que ela só precisa entregar os sacos, aguardar pela farinha e odiar o moleiro. Mas ela encontra um homem que é o oposto do marido, que lhe observa e oferece ajuda. Esse homem colabora para o seu despertar para a vida. É ele quem lhe apresenta, por exemplo, uma caneta. Ela, até então, só usara as palavras pronunciadas.

A pedra do moinho estava velha e a população resolve levar uma pedra nova para agilizar, então, o serviço, quando o moleiro lhes oferece uma bebida. Isto resulta numa série de desdobramentos e envolvimentos entre ele, a mulher e o marido. O desfecho se dá quando os três vão guardar a pedra velha nos fundos da casa do moleiro e algo inesperado acontece.

Ficha técnica
Espetáculo: Facas nas Galinhas
Texto: David Harrower
Tradução: Fábio Ferretti
Direção: Francisco Medeiros
Elenco: Eloisa Elena, Cláudio Queiroz e Thiago Andreuccetti
Trilha sonora: Dr Morris
Cenário e figurino: Marco Lima
Iluminação: Marisa Bentivegna
Coordenação técnica: Maurício Mateus
Instalação sonora: Dr Morris e Maurício Mateus
Preparação corporal: Fabricio Licursi
Designer gráfico: Teresa Maita
Fotografias: João Caldas
Construção de cenário: Ono-Zone Estúdio
Costureira: Benedita Calixtro
Produção executiva: Geondes Antonio
Administração: Marina Porto
Realização: Barracão Cultural - www.barracaocultural.com.br
Serviço
Estreia 1º de junho - sexta-feira - às 21 horas
Espaço da Companhia do Feijão
Rua Dr. Teodoro Baima, 68 - República/SP - Tel: (11) 3259.9086
Temporada: sextas e sábados (21 horas) e domingos (19 horas) - Até 15/07
Ingressos: R$ 15,00 (meia R$ 7,50) - Bilheteria: 2h antes da sessão
Informações: (11) 5539-1275 - Gênero: Drama - Duração: 80 min
Classificação estaria: 12 anos - Capacidade: 60 lugares
Estacionamento conveniado (ao lado do teatro): R$ 15,00.

Facas nas Galinhas e David Harrower

Facas nas Galinhas – primeira peça de David Harrower - é uma das mais “clássicas” obras teatrais contemporâneas em língua inglesa. Estreou em Edimburgo, em meados dos anos 90, numa produção do Bush Theatre e do Traverse, com direção de Philip Howard. Logo virou sucesso em importantes palcos europeus, sendo traduzida e encenada em dezenas de países.

O texto de David Harrower tem características enigmáticas, pois combina a construção de uma história de desejo, traição e morte com solidão, sexualidade e despertar de uma consciência. O título da peça pode, talvez, ser explicado por uma fala da jovem protagonista, quando ela, reportando-se à sua labuta diária, afirma: “Tudo o que preciso fazer é enfiar nomes nas coisas do mesmo jeito que eu enfio a faca na galinha”. Neste sentido, a peça é a história da transformação de uma mulher que emerge como paradigma da ambição de chegar mais perto das coisas. “É totalmente simbólico: o que ocorre com esta mulher é simples, natural, cruel e necessário”, diz Eloisa Elena.  

"Eu não uso uma linguagem realista, quero criar uma linguagem mais pura, mais poética, que significa mais do que aquilo que parece. E descobri isso escrevendo esta peça." Diz Harrower, que conta a história de forma elíptica, rarefeita, servindo-se de uma escrita direta, simbólica e até cruel para descrever a complexa relação das personagens com a linguagem e com sua própria realidade. “Eu queria criar um mundo que parecesse incrivelmente estranho e arcaico. Um mundo pré-industrial. Mas queria também pensar nele metaforicamente – um mundo no qual a linguagem fosse usada muito especificamente. Um mundo de tal modo mergulhado nos ritmos do trabalho e da existência que não havia tempo para coisas exteriores, no qual as pessoas vivessem dentro da natureza e não pudessem sair do mundo e olhar para o seu lugar dentro dele”.

David Harrower nasceu em 1966, em Edimburgo, Escócia. Sua origem humilde fez com que ganhasse a vida lavando pratos. Ele afirma que não tinha dinheiro suficiente nem para ir ao teatro. Ele é autor das seguintes peças: Matem os Velhos, Torturem Suas Crias (1998), Presença (2001), Terra Negra (2003), A Recusa (2006), Blackbird (2006, que teve montagem paulistana, dirigida por Alexandre Tenório e interpretação de Cristina Cavalcanti e Nelson Baskerville), 365 (2008), Cinzas de Sangue (2009), Começar de Novo (2009), Caixa de Surpresas (2009) e a mais recente, A Slow Air, que estreia em maio no Trycicle Theatre, em Londres, depois de ter estreado no Festival de Edimburgo, com sua própria direção. Harrower também adaptou A Crisálida (John Wyndham), Seis Personagens à Procura de um Autor (Pirandello), Ivanov (Tcheckov), Büchner (Woyzeck), Contos das Florestas de Viena (Ödon vön Horváth), A Alma Boa de Setsuan (Bertolt Brecht), Sweet Nothings (Arthur Schnitzler) e ainda traduziu Menina no Sofá e Púrpura (Jon Fosse).

Facas nas Galinhas”  já tem o status de um clássico moderno. Não é reivindicação injusta. É uma peça extraordinária: radical na sua línguagem, profunda em seu pensamento, e totalmente original. (Independent Ats Austrália)

“Poética, primitiva e com base em forças primordiais, a peça é como um feitiço que pode ser tanto fascinante como desconcertante.” (Philadelphia Weekly)

“(...) É uma Fábula inquietante que questiona o amor, como ato criativo no homem. Ponto de encontro e finitude da existência.” (El Madri)

“(..) nunca chegaremos perto de conseguir resumir o modo perturbador como a peça se apodera de nós. Ela parece atingir-nos a um nível subconsciente como se, ao depurar a linguagem e o espaço cênico até limites de austeridade, o dramaturgo tivesse conseguido atingir uma qualquer fonte de poder elementar. Como se fosse um sonho, Facas nas Galinhas é uma peça que se sente. A nossa capacidade de falar sobre ela só vem depois e nunca se revela adequada”.
(The Guardian, Mark Fisher)


Perfis

Francisco Medeiros - diretor

Francisco Medeiros é Bacharel em Direção Teatral, Crítica e Dramaturgia pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Como Diretor de espetáculos de teatro, dança e ópera, iniciou a carreira em 1973 com a encenação de Fando e Lis, de F. Arrabal. Desde então já dirigiu mais de 130 espetáculos, entre os quais: Artaud, o Espírito do Teatro, de José Rubens Siqueira, Depois do Expediente, de Franz Xaver Kroetz, Tronodocrono, de Gabriela Rabelo e José Rubens Siqueira, Criança Enterra, de Sam Shepard, Risco e Paixão, de Fauzi Arap, Marat-Sade, de Peter Weiss, A Gaivota, de A. Tchekov, Sherazade, de José Rubens Siqueira, Flor de Obsessão, de Pia Fraus Teatro, Eonoé, de José Rubens Siqueira, A Conferência dos Pássaros, de Jean-Claude-Carriière, Nossa Cidade, de Luis Alberto de Abreu, Uma Vida no Teatro, de David Mamet, Os Iks, de Colin Higgins e Jean-Claude-Carrière, Hamlet, de W. Shakespeare, Subúrbia, de Eric Bogosian, A Última Gravação de Krapp e Fim do Jogo, de Samuel Beckett, O Pupilo Quer Ser Tutor, de Peter Handke, Alta Noite, de Elisio Lopes Jr., Loucos Por Amor (de Sam Shepard), Réquiem (de Hanoch Levin), O Amante (de Harold Pinter), Espectros (adaptação de I. Bergman da obra de H. Ibsen, indicação de Melhor Diretor nos prêmios APCA e Cooperativa Paulista de Teatro). Além de encenador de textos clássicos, sempre demonstrou interesse pelo trabalho com dramaturgos brasileiros vivos, muitas vezes em processos colaborativos, entre eles Noemi Marinho, Alcides Nogueira, Luis Alberto de Abreu, Lucienne Guedes e Flavio Goldman (Os Passageiros, indicado como Melhor Diretor nos prêmios APCA e Cooperativa Paulista de Teatro).

Além de Teatro, sua atuação na área da dança como Diretor inclui trabalhos com o Cisne Negro (Iribiri, Premio APCA de Melhor Direção), com Antonio Nóbrega (O Reino do Meio-dia) e Cia. de Dança Ruth Rachou (Aukê, Scapus, além de Vir-a-ser em homenagem aos 80 anos de Ruth Rachou). No campo da ópera, dirigiu no Theatro Municipal de São Paulo, Eugène Oneguin, de Tchaikowski, com regência do maestro Isaac Karabtchevsky. A experiência com diversas linguagens cênicas é uma das características da trajetória de Francisco Medeiros, que lhe valeram mais de 40 prêmios em quase 40 anos de carreira: Molière, Mambembe, Inacen, APCA, APETESP, Governador do Estado, Coca-Cola FEMSA e Panamco, além de 12 Indicações ao Prêmio Shell. Destaque também para o Prêmio Angel Award por Flor de Obsessão, do Grupo Pia Fraus, como Melhor Espetáculo de Teatro Físico do Festival Internacional de Edimburgo, em 1999. Atualmente, é Diretor Artístico do Núcleo Argonautas de Teatro, desde 1999, e Coordenador Pedagógico do Curso de Atuação da SP Escola de Teatro, Centro de Formação das Artes do Palco.

Dr Morris – trilha sonora

Violonista, cantor, compositor e produtor musical, Dr Morris compõe para teatro há 15 anos, criando trilha sonora para espetáculos de diversas companhias e diretores brasileiros. Destaque para Aderbal Freire Filho, Yara de Novais, Johana Albuquerque, Eid Ribeiro, Carlos Gradim, Cris Lozano, Grupo 3 de Teatro, Bendita Trupe, Cia Noz, Maracujá Laboratório de Artes, Grupo Galpão. Dr Morris é diretor musical da Cia. Barracão Cultural, onde realizou trabalhos para as peças A Mulher Que RiCacoeteConvite Para JantarUm Destino Para Julieta e RomeuAs Roupas do ReiCaixa Mágica e O Tribunal de Salomão.  No cinema, fez as trilhas de A História Real de Andréa Pasquini (premiada como Melhor Trilha no Festival de Florianópolis), dos curtas Todos os Dias São Iguais e Bárbara, de Carlos Gradim, e Televisão para Cachorro, de Rafael Primot. Como produtor musical realizou projetos como: Um Sopro de Brasil e O Brasil da Sanfona, em parceria com Myriam Taubkin; Festival da Música Independente no Sesc Pompeia; Show Comemorativo de Dois Anos da Gravadora Núcleo Contemporâneo (em Campinas e SESC Pompeia). Ele ainda desenvolve trabalho autoral com as bandas Dr Morris e os Vivos, BH Trio e Projeto 33 Canções.

Marco  Antônio Lima - cenário e figurino

Formado em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Marco Antônio Lima é cenógrafo, figurinista e bonequeiro com larga experiência em teatro, ópera, publicidade e eventos. Fundou, em 1983, juntamente com Eduardo Amos, a Companhia de teatro de bonecos A Cidade Muda, com a qual realizou 10 espetáculos, sendo responsável pela criação de roteiros, bonecos e direção de arte. Marco Lima tem seu nome associado à mais de 40 importantes montagens de teatro e dança, tendo seu talento reconhecido em vários prêmios: Coca-Cola Femsa por A Bruxinha Atrapalhada, direção Marcia Abujamra (Melhor Cenografia) e Os Direitos da Criança, direção Osvaldo Gabrieli (Melhor Figurino); Panamco por A Arrombada, direção Abîlio Tavares (Melhor Figurino); APCA e Panamco por Circus, direção Eduardo Amos (Melhor Espetáculo Infantil de Bonecos); Mambembe também por Circus (Melhor Espetáculo Infantil  e Criação de Bonecos), SHELL (Categoria Especial pelo Conjunto de Trabalhos da Cia. A Cidade Muda); e APCA por Leonce e Lena, direção William Pereira (Melhor Figurino). Paralelamente às atividades teatrais, desenvolve um trabalho de  formatação de campanhas, eventos publicitários e institucionais  para as mais diversas empresas (Instituto Cultural Itaú, SESC, Banco HSBC, Microsoft, Boehringer Ingelheim, Philips, AMBEV, Samsung,Walita, Nestlé, Sadia, Natura, Santista, Sabie, VR Kids, C & A, Tubos e Conexões Tigre, Natalie, Banco de Eventos, Takaoka-Empreendimentos Imobiliários, FIAT e Odebrecht).

Marisa Bentivegna - iluminação

Marisa Bentivegna tem em seu currículo espetáculos premiados como O Paraíso Perdido (dir. Antonio Araújo), vencedor dos prêmios Shell e APCA, em 1992. Sua atuação como cenógrafa e figurinistas acumula várias premiações: Prêmio APCA 2007 pelo cenário de O Menino Teresa (dir. Johana Albuquerque), Prêmio Coca-Cola FEMSA pela iluminação de O Tesouro de Balacobaco (dir. Johana Albuquerque) e pelo cenário de O Menino Teresa, Prêmio Shell pelos cenários de Escuro e O Jardim (ambos dirigidos por Leonardo Moreira) e Prêmio da Festa Internacional de Teatro de Angra 2011 pela luz de Música para Cortar os Pulsos. Muitas indicações a prêmios também marcam sua carreira: Shell (Segundas HistóriasAldeotas e O Silêncio Depois da Chuva) e Coca-Cola FEMSA (Caixa Mágica – Descobrindo O TeatroSapecadoBuuu!!! A Casa do BichãoO TravesseiroFantasmas e Espoleta). Na área musical, destaque para trabalhos ao lado de Chico César, Antonio Nóbrega, Ceumar, Rita Ribeiro, Mestre Ambrósio, Carlinhos Brown, Funk Como Le Gusta, Maurício Pereira, Paula Lima, Dante Ozzetti, Hélio Ziskind, Gero Camilo, Dr Morris, Alzira E, Luiz Tatit, Palavra Cantada e outros.

Eloisa Elena - atriz


Eloisa Elena, atriz e diretora da Barracão Cultural, formou-se no Teatro Universitário da UFMG, em 1989, e em seguida ingressou na Escola de Arte Dramática da USP. Como atriz seu trabalho merece destaque em diversos espetáculos, entre eles: O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias-Verdades Inteiras (de Paulo Rogério Lopes e dir. Cuca Bolaffi, que lhe rendeu indicação ao Prêmio de Melhor Atriz), A Mulher que Ri (dir. Yara de Novaes), Aqueles 2 (de José Geraldo Petean, indicada ao Prêmio Panamco/Coca-Cola de Melhor Atriz), Cacoete (dir. Heitor Goldflus), Convite Para Jantar(parceria com Julia Ianina), Um Destino Para Julieta e Romeu (de Marcelo Romagnoli, dir. Cris Lozano), A Casa Antiga (de Eduardo Ruiz, dir. Rui Cortez), Você Vai Ser o Que Você Quer Ser (de Luiza Jorge), Corda Bamba (dir. Johana Albuquerque), Sacromaquia (dir. Maria Thaís), A Senhora Aoi (de Yukio Mishima, dir. Antônio Araújo), Cobras Voadoras (de Leonor Corrêa, dir. Denise Del Vecchio),Os Linguiceiros Roderix (adaptação de obras de Edgar A. Poe e Viriato Corrêa, dir. Marcos Daud) Florbela (de Alcides Nogueira, dir. Cibele Forjaz)Em cinema, atuou nos curtas Todos os Dias São Iguais de Carlos Gradim, premiado no Festival de Recife e Canal Bravo Brasil, e A História Real de Andréia Pasquini, premiado no Festival de Brasília. Eloisa atua também como produtora, desde 1992. Fez produção executiva e direção de produção para diversos espetáculos. Neste quesito, Vô Doidim e os Velhos Batutas Caixa Mágica foram indicadas ao Prêmio Coca- Cola Femsa de Melhor Produção.Atualmente, comanda a Barracão Cultural

Cláudio Queiroz - ator

Cláudio Queiroz é ator formado pela UNICAMP. Desde 2000, vem atuando no cenário artístico de São Paulo como ator, pesquisador e cantor. Atualmente, integra a Barracão Cultural, onde atua em Cacoete(adaptação da obra de Eva Furnari, dir. Heitor Goldflus), O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias-Verdades Inteiras (de Paulo Rogério Lopes, dir. Cuca Bolaffi, indicado em 10 categorias do Prêmio Coca-Cola Femsa). Foi integrante da Cia Teatro Balagan (2002 a 2007), onde atuou sob direção de Maria Thais em Tauromaquia (de Alessandro Toller) e Západ – A Tragédia do Poder (de Luis Alberto de Abreu, Newton Moreno e Alessandro Töller). Entre seus trabalhos, destacam-se ainda: Apocalipse 1,11 (de Fernando Bonassi, dir. Antônio Araújo), Café - Ópera Imperfeita (de Mário de Andrade, dir. Sérgio de Carvalho e Marcio Marciano), Sambas e Tragédia (baseado em Medéia de Eurípedes, dir. Paulo Lisboa) e ReViva Noel (musical solo sobre Noel Rosa).

Thiago Andreuccetti - ator

Ator, palhaço, mímico, Thiago Andreuccetti, 29, nasceu em São Bernardo do Campo, SP. Formou-se na Fundação das Artes de São Caetano do Sul com a peça O Palácio dos Urubus (de Ricardo Meirelles e dir. de Celso Correia Lopes), que lhe rendeu os primeiros prêmios como Melhor Ator (Júri Técnico e Popular, no 19º FETESP). Entre os recentes trabalhos estão Cacoete (inspirado em livro de Eva Furnari, dir. de Heitor Goldflus) e O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias Verdades Inteiras (de Paulo Rogério Lopes, dir. Cuca Bolaffi), nos quais foi indicado ao Prêmio Coca-Cola Femsa como Melhor Ator - produções da Barracão Cultural. Thiago aprendeu técnicas de circo com Ésio Magalhães, Mário Bolognesi, Marcelo Milan e Dagoberto Feliz; integrou o Projeto Mediclown da Cia. Lúdica de Santo André; trabalhou como professor de teatro e circo no projeto Viva Arte Viva da prefeitura de São Caetano com a Fundação das Artes; integrou a exposição Gentileza Gera Gentileza (SESC), sobre José Datrino, com a performance Porrr Gentileza; e, atualmente, estuda Mímica Corporal Dramática e integra a Barracão Cultural e Cia. de Inventos, de Vany Alves.

Barracão Cultural - realização

A Barracão Cultural é responsável pela criação e produção de espetáculos de teatro e música e tem como proposta realizar trabalhos de qualidade, que priorizam a pesquisa de temas e de linguagem, que sejam acessíveis e atendam a diferentes públicos.  Suas principais realizações em teatro são: O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias-Verdades Inteiras (de Paulo Rogério Lopes, dir. Cuca Bolaffi, 2011), Cacoete (adaptação de Eloisa Elena para livro de Eva Furnari, dir. Heitor Goldflus, 2009), A Mulher Que Ri (de Paulo Santoro, dir. Yara de Novaes, 2008), Convite Para Jantar (2007), Um Destino Para Julieta e Romeu (2005) e Caixa Mágica (2004), As Roupas do Rei (2002). No campo da música produziu os CDs 5 (de Dr. Morris, em 2008) e Urbanda (homônimo, em 2004), shows com Dominguinhos, Renato Borghetti, Elza Soares, Mônica Salmaso, Paulo Moura, Yamandú Costa, Ná Ozzetti e co-produziu o evento Um Sopro de Brasil.

Prêmios e indicações: O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias-verdades Inteiras (Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil e 10 indicação ao Prêmio Coca-Cola Femsa); Um Destino para Julieta e Romeu (Prêmio Coca-Cola Femsa Revelação para Marina Reis pelo Figurino e mais três indicações); Caixa Mágica (Prêmio Coca-Cola Femsa de Melhor Direção e Melhor Ator indicado e mais oito indicações, incluindo Melhor Produção); As Roupas do Rei (Prêmio APCA de Melhor Espetáculo); Convite para Jantar (Prêmio Myriam Muniz – Funarte/Petrobras) e 5, CD de Dr Morris (Prêmio Estímulo da Secretaria Municipal de Cultura/SP).

A Barracão Cultural participou do Festival Internacional de Teatro de Curitiba, Ciclo Devassos na Dramaturgia, Mostra SESI de Teatro Infantil, Mostra Viagem Teatral SESI e 5ª Mostra de Referências Teatrais de Suzano, além de fazer o Circuito CEU’s de São Paulo, Circulação PAC e ter espetáculo selecionado pelo Edital de Ocupação da Funarte/SP. Em Belo Horizonte participou do VAC – Verão Arte Contemporânea e, no Rio de Janeiro, do FESTLIP – Festival de Teatro da Língua Portuguesa.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181- eliane@verbena.com.br

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