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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

BABEL, texto de Letizia Russo, com direção de Alvise Camozzi, estreia dia 15 de outubro no Sesc Pinheiros

Alvise Camozzi dirige Babel, de Letizia Russo, dia 15 de outubro de 2010 no Sesc Pinheiros

O diretor italiano radicado no Brasil Alvise Camozzi repete a dobradinha com a escritora italiana premiada Letizia Russo (Prêmio Ubu – um dos mais importantes nomes da dramaturgia contemporânea). Ele, que em 2009 montou o monólogo Só, no Sesc Avenida Paulista com João Miguel, texto da dramaturga até então inédita no Brasil, agora apresenta BABEL. A montagem estreia no dia 15 de outubro, sexta-feira, Sala de Oficina 2º andar do Sesc Pinheiros, com os atores Caroline Abras e Rodrigo Fregnan.








BABEL bebe na fonte estética da ficção científica. Tem inspiração especificamente no escritor americano Philip K. Dik, autor de Os Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?, livro que gerou o filme Blade Runner, O Caçador de Andróides, dirigido por Ridley Scott, em 1982. Ambientado em um futuro fictício, é a história de um amor impossível entre uma bailarina sem um braço e um homem, que se torna seu proprietário.


Num tempo futuro, Babel é o imenso mundo-condomínio onde vivem Falena e Boccuccia. Enquanto Falena vive no 538º andar, Boccuccia é obrigada a viver e trabalhar no 22º na parte baixa, dançando no Sha-Mát, um night club do quadrante inferior. Eles vivem uma controversa relação de interdependência, obcecados pelo desejo de tomar a N.A.V.E, sonho comum de libertação, proibido e inacessível. No passado, os dois participaram juntos de uma ação fracassada, na qual ela perdeu o braço e também seu namorado, Ferro, irmão de Falena.

A nova vida em Babel traça novas perspectivas: ele, a de enriquecer, possivelmente com a política ou o crime, ou ambos. Ela, a de tornar-se proprietária da boate onde é obrigada a se exibir. Um novo encontro com a N.A.V.E os levará numa viagem onírica e, talvez, sem volta.

De acordo com Alvise Camozzi, Letizia Russo usa o futuro para questionar a sociedade contemporânea. "Para ela, trata-se de um texto político, uma reflexão sobre o poder que passa pela relação de dominação entre um homem e uma mulher e o contexto onde vivem, Babel. Eles só conseguem sair de Babel quando se vendem", explica o diretor.


Encenação
A encenação é a continuação do processo de pesquisa iniciado em Só (2009). Experimental em sua estrutura, o texto de Babel ("muito particular" para o diretor) não apresenta um formato linear. São 5 breves atos sequenciais, trechos de situações, 5 momentos de vida dos protagonistas, variando cada um de 5 a 10 minutos. O público se intromete nas histórias, como explica o diretor.

"A gramática usada em Só é a mesma de Babel. Existiu um diálogo nosso com o cenógrafo para que ele criasse um ambiente com alguns pontos, como a incomunicabilidade entre os personagens."

Para Alvise, "Babel é um texto delicadíssimo, caracterizado por um ritmo sincopado, quase cinematográfico. Delicado, não tanto por sua matéria quanto pelo contexto no qual se encontra. No teatro, comparado a outras artes, é mais fácil criar universos não realistas, alterar o tempo, definir novas leis. O desafio, em Babel, é o de criar um universo sobre o qual não se tem memória, o do tempo futuro".

O cenário abriga um fundo infinito preto, um cubo branco vazado foi concebido como uma arquitetura. “Um sólido concreto que contém todo o espetáculo. Os atores não saem desse ambiente limitado e limitante e a luz está embutida nesse espaço”. A montagem tem uma intervenção sonora “concreta” que acompanha a narrativa de maneira não descritiva e o figurino reproduz materiais orgânicos. "O grande desafio da montagem é usar a linguagem minimalista, hiper naturalista, contida, com os atores, em oposição ao ambiente onde eles têm que atuar", completa Alvise Camozzi.


BABEL – Estreia dia 15 de outubro, sexta-feira, às 21h na Sala de Oficina 2º andar do Sesc Pinheiros. Temporada – até 7 de novembro. Sextas e sábados, 21h e domingos, 18h. Ingressos – Inteira R$16,00 Meia R$8,00 e trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes R$4,00. Duração – 60 minutos. Capacidade - 40 lugares. Censura – 14 anos. Texto: Letizia Russo. Direção: Alvise Camozzi. Com Caroline Abras e Rodrigo Fregnan. Cenografia: William Zarella Jr. Iluminação: Guilherme Bonfanti. Trilha Sonora: Henrique Iwao. Figurinos, visagismo e adereços: Marina Reis. Assistência de direção: Thaís de Almeida Prado e Bruno Kott. Fotos: Ana Fuccia. Design Gráfico: Erico Peretta. Direção de produção: Rachel Brumana. Concepção e produção: Substância Produções Artísticas.

TEATRO SESC PINHEIROS – Rua Paes Leme, 195. Telefone (11) 3095-9400. Ar condicionado. Acesso para deficientes físicos. Bilheteria – Terça a sexta das 10h às 21h30, aos sábados das 10h às 21h30, domingos e feriados das 10h às 18h30. Aceitam-se cartões de crédito (todas as bandeiras) e cheques de todos os bancos. Informações: 0800 118220. Estacionamento com manobrista – vagas limitadas. Veículos, motos e bicicletas - Terça a sexta, das 7h às 22h; Sábado, domingo, feriado, das 10h às 19h - Horários especiais para a programação do teatro. Taxas: Matriculados no SESC: R$ 5,00 as três primeiras horas e R$0,50 - a cada hora adicional // Não matriculados no SESC: R$7,00 as três primeiras horas e R$1,00 - a cada hora adicional // Para atividades no Teatro: Preço único: R$ 5,00. www.sescsp.org.br
Assessoria de Imprensa: ARTEPLURAL Comunicação
Jornalista responsável - Fernanda Teixeira
MTb-SP: 21.718 - tel. (11) 3885-3671 / 9948-5355

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