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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mineiros e paulistas participam da Mostra (SP + MG).X de 6 de novembro a 12 de dezembro

Mineiros e paulistas participam da Mostra (SP + MG).X para comemorar 10 anos do Grupo XIX na Vila Maria Zélia



Grupo de Teatro XlX apresenta mostra com 10 espetáculos de teatro, apresentados de 6 de novembro a 12 de dezembro, no Belenzinho. Entrada franca


Uma das boas revelações do teatro nos últimos tempos, o Grupo XIX de Teatro apresenta a Mostra (SP + MG).X, de 6 de novembro a 12 de dezembro, na Vila Operária Maria Zélia, sede da companhia, no Belenzinho, zona Leste de São Paulo. Na programação, 10 coletivos, entre produções de Belo Horizonte, São Paulo e Sorocaba. Em comum, o trabalho de pesquisa, que extrapola a produção de espetáculos e explora lugares e espaços inusitados. As peças Hysteria (2001), Hygiene (2004) e Arrufos estão no repertório das produções do XIX, que completa 10 anos de estrada em 2011. A mostra traz também a estreia do novo trabalho da diretora Maria Thaís, Experimento Prometeu, da Cia Balagan.

Sobre a parceira

O projeto consagra a relação estreita entre o Grupo XIX de Teatro, de São Paulo, e grupos teatrais de Belo Horizonte. Esse ‘namoro’ se desenrola desde 2007 quando o Grupo XIX de Teatro convidou a premiada companhia Espanca!, de Belo Horizonte, para realizar uma prática cênica em conjunto. O que era apenas um exercício despertou o desejo em ambos os grupos de transformar esse experimento no espetáculo Marcha para Zenturo – estreou no FIT 2010, de São José do Rio Preto, com temporada em São Paulo prevista para janeiro de 2011.

A mostra é resultado dessa parceria entre grupos mineiros e paulistas, que possuem pesquisa e estética semelhante a do Grupo XIX. "É para a continuidade desta rede de troca estética e política que a Vila Maria Zélia (sede do Grupo XIX) abre suas portas para receber os parceiros de Minas Gerais, assim como seus parceiros locais; coletivos que têm um vínculo com o Grupo XIX, seja por meio dos Núcleos de Pesquisa, seja por afinidades e admiração mútuas", afirma Juliana Sanches, atriz do Grupo XIX.

Vila Maria Zélia

É a primeira vila operária do Brasil, construída em 1917, no Belenzinho, antigamente habitada pelos operários das tecelagens de juta, e que hoje conta com cerca de 200 casas com mais de 600 habitantes. Sua arquitetura européia com casarões, armazéns e colégios do começo do século, está tombada pelo Condephat desde a década de 90. A sede do grupo funciona desde 2004 no antigo prédio do boticário da vila, ainda original, onde há um galpão, hoje conhecido como Armazém da Vila.


Grupo XIX e a Vila Maria Zélia

A permanência do grupo na Vila Maria Zélia tem chamado a atenção para a necessidade do restauro e preservação desse espaço, e apontado a vocação cultural do mesmo. Prova maior disso é que hoje outros coletivos cumprem suas temporadas na Vila. Esse movimento tem impulsionado ainda mais um outro importante projeto do grupo: os “Núcleos de Pesquisa” do Armazém XIX, que já cumpre seis anos de exercício.

Os diferentes núcleos ao longo do ano, sob a orientação dos artistas do Grupo XIX, desenvolvem diversas pesquisas nas áreas de atuação, direção, dramaturgia, corpo e direção de arte. No total, mais de mil artistas já participaram destas atividades e delas tem surgido novos coletivos teatrais. Para 2011, estão previstos 5 novos núcleos com cerca de 100 vagas públicas. "Públicas, e não gratuitas, já que é graças a uma lei conquistada pela mobilização da classe teatral, que coloca a arte e a cultura como responsabilidade do Estado, que podemos contar hoje com uma subvenção que garante a continuidade de nossos trabalhos", explica Juliana Sanches.


Programação da Mostra (SP + MG).X

1.GRUPO ZAP 18 - ESTA NOITE MÃE CORAGEM (BH)
Dia 6 nov - 20h e 7 nov - 19h

2.GRUPO TEATRO KUNYN – DIZER E NÃO PEDIR SEGREDO (SP)
Dia 6 nov - 23h59

3.GRUPO TRAMA DE TEATRO – JOHN & JOE (BH)
Dia 12 nov - 21h, 13 nov - 20h e 14 nov - 19h

4. SOLO PARA COISAS QUASE ESQUECIDAS (criação coletiva) (BH)
Dia 13 nov - 17h e 14 nov - 16h

5.GRUPO BALAGAN – EXPERIMENTO PROMETEU (estreia!) (SP)
Dia 20 nov - 20h e Dia 21 nov - 19h

6.GRUPO TEATRO INVERTIDO – PROIBIDO RETORNAR (BH)
Dia 26 nov - 21h, Dia 27 nov - 20h e Dia 28 nov - 19h

7.GRUPO AS GRAÇAS – NAS RODAS DO CORAÇÃO (SP)
Dia 28 nov - 16h
8.IN MEMORIAN (criação coletiva) (SP)Dia 4, 5 ,11 e 12 dez - 16h

9.PRONTO PRA MUDAR (criação coletiva) (SP)Dia 4 dez - 20h e Dia 5 dez 19h

10.GRUPO MANTO – RESUMO DE ANA (SP)
Dia 11 dez - 20h e Dia 12 dez - 19h

Para ROTEIRO

Mostra (SP + MG).X – Estreia dia 06 de novembro, sábado, às 20h, no Armazém da Vila, na Vila Maria Zélia. Rua Cachoeira, 50 – Belenzinho - São Paulo. Informações e contato (11) 2081 4647. Capacidade: 100 pessoas. Estacionamento: gratuito dentro da Vila Maria Zélia. Possui acessibilidade a portadores de deficiência física. Entrada Franca Retirar ingressos com uma hora de antecedência na bilheteria do Armazém da Vila. contato@grupoxixdeteatro.ato.br / www.grupoxixdeteatro.ato.br

Classificação etária: xxxx anos.

SINOSES
Dia 6 de novembro às 20h e 7 às 19h
Peça - Esta noite mãe Coragem - Grupo Zap 18 (BH)

Produzido no ano em que o grupo completou 25 anos de vida, Esta Noite Mãe Coragem é fruto de uma opção política que permeia o trabalho do grupo desde a construção de sua sede própria na periferia de Belo Horizonte. A opção pela borda, pela margem, aliada ao estudo do teatro épico, tendo como base o teórico e dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Ao se deparar com a história da comerciante Ana Fierling que percorre com sua carroça a guerra dos trinta anos, e perde cada um de seus filhos. O grupo encontrou semelhanças com a realidade vivida por muitas mães brasileiras que têm seus filhos envolvidos pelo tráfico e que, por muitas vezes, não percebem que seu comportamento endossa a atividade criminosa do filho.

Grupo ZAP 18

A ZONA DE ARTE DA PERIFERIA - ZAP 18 é um espaço artístico e cultural, que além, de montagens teatrais, se dedica à formação de atores e educação de jovens por meio da arte. A associação é um desdobramento da Cia Sonho & Drama, grupo que se tornou conhecido por produzir sua própria dramaturgia, inspirada em textos da literatura universal. Desenvolve, desde 2002, o projeto ZAP TEATRO ESCOLA & AFINS, que oferece gratuitamente oficinas de teatro para jovens, e de capacitação para atores da periferia, além de receber artistas para mostras, debates e trocas.

A ZAP 18 integra, junto com os grupos Trama e Atrás do Pano, o projeto Cena Coletiva, que leva ao Interior de Minas Gerais uma proposta de formação de públicos e platéias e de formação artística continuada. Desde 2009, publica a revista Caderno da Zap, trazendo reflexões sobre seus processos de montagem e textos críticos de seus colaboradores.

Ficha técnica:
Direção: Cida Falabella. Dramaturgia: Antonio Hildebrando. Música original/ Direção Musical: Maurilio Rocha. Preparação vocal: Elisa Santana, Renata Andréa, Júlia Branco. Preparação corporal: Elisa Belém. Cenário/Figurinos: Ivanil Fernandes, Antônio Hildebrando. Iluminação: Carlos Rocha. Montagem de luz: Orlan Torres do Nascimento. Projeções: Lucas Costa. Elenco: Elisa Santana, Antônia Claret, Gustavo Falabella Rocha, Ludmilla Ramalho, Éderson Clayton, Arethuza Iemini, Júlia Branco, Carlos Felipe, Renata Andréa, Wesley Rios, Thiago Macedo. Músicos: Francisco Falabella Rocha, Robert Moura



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Dia 6 de novembro às 23h59
Peça – Dizer e Não pedir Segredo - Teatro Kunyn (SP)
O espetáculo é um mergulho no universo da homossexualidade masculina no Brasil,sob uma perspectiva histórico-social. Pretende-se falar do que seria a construção de uma identidade gay em paralelo a construção de uma identidade brasileira. Nesse sentido, o texto da peça, criado de forma colaborativa pelos atores e direção, embaralha os tempos, vai e volta cronologicamente, e constrói, numa linha evolutiva, um olhar sobre o desejo. Falar sobre a questão de gênero é sobretudo falar da complexidade abissal que envolve o desejo humano. É tarefa árdua e perigosa, e se deve evitar, a todo custo, que a moral compareça, que o bom senso impere e que o julgamento se instaure. É preciso aceitar a diferença. Este espetáculo é dedicado à memória de Ivan Kraut.

Grupo Teatro Kunyn

O coletivo Teatro Kunyn nasceu da necessidade de artistas oriundos de diferentes grupos teatrais desenvolverem uma pesquisa temática e formal diferenciada em suas respectivas trajetórias, e tendo como referência o fazer teatral colaborativo. O Teatro Kunyn é formado por artistas do Grupo XIX de Teatro, do Núcleo EntreLinhas de Teatro e do Teatro da Travessia. Este projeto foi realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo através da Secretária do Estado de Cultura – ProAc.


Ficha técnica:
Criação, pesquisa e dramaturgia: Ivan kraut , Luis Gustavo Jahjah, Luiz Fernando Marques, Paulo Arcuri e Ronaldo Serruya. Direção: Luiz Fernando Marques. Elenco: Luiz Gustavo Jahjah, Paulo Arcuri, Ronaldo Serruya. Assistência de direção: Daniel Viana. Iluminação: Wagner Antônio. Figurinos e adereços: Ligia Yamaguti. Fotografia: Adalberto Lima
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Dia 12 de novembro às 21h, 13 às 20h e 14 às 19h
Peça – John & Joe – Grupo Trama de Teatro (BH
As amigos John e Joe encontram-se diariamente no inusitado bar Aqui Jazz e embalados por conhaque e boa música, eles levam e são levados pela rotina da vida. No entanto, um acontecimento inusitado pode mudar o rumo dessa amizade... Ou não. O espetáculo, com texto inédito da húngara naturalizada suíça Ágota Kristof, traz uma discussão sobre o poder corrosivo do dinheiro.



A escolha deste texto vem ao encontro do desejo do Grupo Trama de levar ao palco uma discussão sobre o valor do capital na sociedade atual e sobre o poder que o dinheiro exerce nas relações humanas. Na autora, o Trama encontrou um texto simples e bastante profundo que consegue tocar em questões cruciais que regem o sistema capitalista.

Grupo Trama de Teatro

O Grupo Trama de Teatro foi fundado no ano de 1998, por atores vindos da extinta Cia. Sonho & Drama. Surgiu da vontade desses atores de criar um grupo teatral, cuja premissa era o despojamento cênico e a valorização do trabalho do ator, conjugados ao pensamento critico e à reflexão. A partir de 2007, o grupo sentiu a necessidade de realizar uma crítica reflexão sobre o seu fazer teatral. Como uma das prioridades do grupo sempre foi mostrar a realidade brasileira, partiu desse pressuposto para fazer um estudo mais profundo dessas raízes. Com diversas atuações, na tentativa de buscar identificar ícones de resistência da cultura popular e compartilhamento de idéias, ações e pensamentos, o grupo tenta ampliar seu ideal. Acreditando cada vez mais no teatro que valoriza as relações humanas e a força da cooperação. Assim, o Trama tenta transformar a vontade inicial que moveu a criação e fundação do grupo, em ações significativas para a sociedade.

Ficha técnica:
Texto: Ágota Kristof. Tradução: Aryanne Perrottet e Joaquim Elias. Direção e Trilha Sonora: Eid Ribeiro. Assistente de Direção: Lucélia Saturnino. Elenco: Carlos Henrique, Chico Aníbal e Epaminondas Reis. Iluminação: José Reis e Carlos Henrique. Técnico de luz: José Reis. Cenário e projeto gráfico: Estevão Machado. Cenotécnico: Geraldo Belmiro. Figurino: criação coletiva. Fotos: Bruno Vilela. Produção Executiva: Patrícia Matos. Assistente de Produção: Michelle Sá.
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Dia 13 de novembro, às 17h e 14 às 16h

Peça – Solo para coisas quase esquecidas (criação coletiva) (BH)
Uma menina e uma gaiola. Entre as duas, um caminho. A casa-dor, a casa-amor, o ninho que se (re)conhece. A saída de casa. Na saída de casa, o retorno. Vestígios da passagem de alguém. Às vezes voltar para casa é só se esquecer que partiu.

Ficha técnica:
Concepção: Carla Normagna e Júlia Branco. Direção: Carla Normagna. Elenco: Júlia Branco. Colaboradores: Ludmilla Ramalho e Gui Augusto . Cenário: Eduardo Andrade e Christiana Quady. Cenotécnico: Cristiano Diniz. Figurino: Paolo Mandatti e Christiana Quady . Vídeos: Gabriel Sanna. Trilha Sonora: Luiz Rocha. Luz: Milena Pitombo. Textos: Philippe Minyana (tradução de Assis Benevenuto e Thell Guerson), Maria Gabriela Llansol, Julia Panadés, Carla Normagna e Júlia Branco. Produção: Renata Corrêa . Arte Gráfica: Luísa Horta


Dia 20 de novembro às 20h e 21, às 19h
Peça – Experimento Prometeu (Estreia!) - GRUPO BALAGAN (SP)
Experimento Prometeu
Como Hesíodo expressa nos seus poemas Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, Prometeu, um dos titãs, foi quem deu o fogo aos humanos. Em uma guerra pelo poder, o titã, tendo lutado contra sua própria linhagem, permanece ao lado de Zeus, que o responsabiliza pela distribuição dos dons divinos entre homens e a natureza. Nas Metamorfoses de Ovídio, Prometeu está intimamente ligado ao elemento humano por ter sido o autor da criação do homem à imagem dos deuses a partir de uma porção de lodo. Prometeu (aquele que pensa antes) divide tal responsabilidade com seu duplo, Epimeteu (aquele que pensa depois). Este, imprudente, distribui todas as qualidades aos animais esquecendo-se do homem. Zeus, insatisfeito com tal distribuição e tendo sido ludibriado em favor dos humanos por Prometeu, na repartição dos lotes de um sacrifício, expulsa os homens do banquete divino.

Em resposta à separação entre homens e deuses, Prometeu então rouba o fogo criado pelo ferreiro Hefesto, escondendo-o em uma férula oca. Prometeu teria ensinado os homens a usar o fogo e é assim que através deste mito os gregos explicam o aparecimento do fogo na terra, proporcionando ao homem o conhecimento, a aritmética, as artes, a domesticação de animais e a adivinhação do futuro. Para castigar Prometeu, Zeus pede a outros deuses que criem a primeira mulher, Pandora, carregando uma caixa onde estariam todos os males do mundo. Oferecida como presente ao titã previdente, quem acaba por abrir a caixa de Pandora é o imprudente Epimeteu. Os males então são distribuídos à humanidade, restando na caixa apenas a esperança (ou expectação). Instaura-se assim o tempo e a mortalidade. Ainda com o intuito de punir Prometeu, Zeus ordena que ele seja preso ao Cáucaso para ser torturado por Ethón, uma águia filha do monstro Tífon, que durante o dia lhe devora o fígado incessantemente; mas este regenera-se durante a noite. Mais tarde, Prometeu é libertado por Hércules, que mata a águia

Ficha Técnica:
Direção: Maria Thaís. Elenco: Ana Chiesa Yokoyama, Antonio Salvador, Gisele Petty, Gustavo Xella, Jean Pierre Kaletrianos, Leonardo Antunes e Natacha Dias. Coro: Hilda Gil, Martha Travassos, Vera Monteiro e Vera Sampaio. Cenografia: Marcio Medina. Assitente de Cenografia: Thereza Faria. Figurino: Márcio Medica e Carol Badra.Iluminação: Fábio Retti. Assistente de Iluminação e técnico: Mauricio Coronado. Direção Musical: Gregory Slivar. Dramaturgia: Leonardo Moreira. Preparação Vocal: Jean Pierre Kaletrianos.Dança dos Orixás:Wellington Campos. Cadernos Pedagógicos: Gabriela Itocazo. Registro de Vídeo: Caetano Gotardo. Produção: Maristela Tetzlaf. Administração e Secretaria: Déborah Rocha Penafiel

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Dia 26 de novembro às 21h, 27 às 20h e 28 às 19h.
Peça – Proibido Retornar - Grupo Teatro Invertido (BH)

Um retirante do interior abandona sua cidade natal e se transfere para a capital em busca de oportunidades. Contrapondo suas memórias afetivas à realidade cruel e competitiva do ambiente urbano, o personagem guia os espectadores por seus sonhos e desejos, deteriorados em meio à padronização das relações humanas e às imposições do mercado de trabalho. Esse espetáculo é resultado do projeto de pesquisa "Ator Invertido - Cinco Sentidos para a Construção da Cena", iniciado em 2007. Ele reafirma o interesse do grupo pela pesquisa e criação em processos colaborativos, com os próprios atores assumindo a direção e a dramaturgia do espetáculo. Ao longo da narrativa os sentidos de cada espectador são instigados em diferentes níveis. O olfato, a visão, a audição, o paladar e o tato convidam o público a mergulhar na história, resgatando suas memórias.

Grupo Teatro Invertido

O Teatro Invertido surgiu em 2004 com objetivo de aprofundar a pesquisa em treinamento do ator e criação cênica iniciada por seus integrantes no curso de graduação em teatro da UFMG. A cada nova montagem o grupo reafirma seu interesse pela investigação artística e pela colaboração como princípio ético do trabalho criativo. A busca por uma retomada da função social do teatro e sua comunicação com o espectador comum são as principais motivações dos processos criativos do grupo, que possui em seu repertório cinco montagens: Nossa Pequena Mahagonny (2003), Lugar Cativo (2004), Medeiazonamorta (2006), Proibido Retornar (2009) e Estado de Coma (2010). Em comemoração aos sete anos de trajetória profissional, o Teatro Invertido lança o livro “Cena Invertida: Dramaturgias em Processo”, que reúne uma série de artigos de especialistas sobre o trabalho do grupo, além das cinco dramaturgias originais desenvolvidas para seus espetáculos.

Ficha técnica:
Direção: Camilo Lélis, Kelly Crifer, Rita Maia e Rogério Araújo. Atuação: Camilo Lélis, Kelly Crifer, Leonardo Lessa e Rita Maia. Dramaturgia: Camilo Lélis, Kelly Crifer, Leonardo Lessa, Rita Maia e Rogério Araújo. Preparação vocal: Ana Haddad. Preparação corporal: Leandro Acácio. Cenário/ figurinos e Criação gráfica: Paolo Mandatti. Iluminação: Felipe Cosse. Trilha sonora: Ricardo Garcia. Realização:Grupo Teatro Invertido. Produção: Giovanna Almeida
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Dia 28 novembro às 16h
Peça - Nas rodas do coração - AS GRAÇAS (SP)

Comédia musical que narra a história de uma companhia de teatro mambembe que apresenta seu repertório pelas ruas da cidade de São Paulo. Enquanto a peça está sendo encenada, as atrizes descobrem as falcatruas da dona da companhia e tentam, nos bastidores, desmascarar os golpes da vilã. O espetáculo é inspirado nos sambas de Adoniran Barbosa e na estrutura do melodrama, sendo encenado em cima de um ônibus teatro itinerante.

Concepção - Nas Rodas do Coração conta com a estrutura do melodrama e os temas e músicas de Adoniran Barbosa - concebido com endereço certo: as ruas. Seus sambas percorrem os bairros da cidade contando as histórias dos anônimos que dividem a marmita, são despejados, sobrevivem às enchentes, alegres ou tristes recorrem à cachaça e moram longe, em barracos. Utilizando a linguagem viva falada nas ruas, Adoniran retrata São Paulo como ninguém, conferindo humor e melancolia às desventuras da metrópole. Falando em teatro popular bem feito lembramos de Ednaldo Freire, que tem uma pesquisa de longa data sobre este tema e o convidamos para a direção do espetáculo.

Ficha técnica:
Direção: Ednaldo Freire. Texto: Regina Galdino. Músicas: Adoniran Barbosa. Direção Musical: Mário Manga e Adilson Rodrigues. Elenco: Daniela Schittini, Eliana Bolanho, Juliana Gontijo, Vera Abbud Figurinos e Cenário: Kleber Montanheiro. Coreografia: Fernando Neves. Fotos: Flávio Pires. Produção: As Graças.
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Dias 4, 5, 11 e 12 de dezembro às 16
Peça – In Memoriam (SP)

Inspirado pelo filme japonês Wandafuru Raifu (Depois da Vida), do cineasta Hirokazu Kore-eda, a peça convida a platéia a participar de um acontecimento inevitável em nossas vidas: a morte. Uma hipótese é apresentada à platéia do que poderia ocorrer depois desse momento: a tarefa de fazer uma escolha sobre suas próprias vidas. In Memoriam não é uma peça sobre a morte ou sobre a vida após a morte. É uma peça interessada na vida como afetividade, fluxo, vibração e intensidade. Uma cena, uma vida.

In Memoriam foi criado a partir de um Núcleo de Pesquisa do Grupo XIX de Teatro, em 2009, dentro do Projeto de Residência Artística, na Vila Maria Zélia. Nessa pesquisa foi possível vivenciar o conjunto urbano existente e seus edifícios históricos, desenvolvendo assim uma cartografia afetiva, uma possibilidade de apreensão do espaço através de um olhar que permite uma zona híbrida de fricção entre a vida e a morte, o passado e o presente.
Ficha técnica:
Direção: Paulo Celestino. Texto: Criação Coletiva. Atores: Aryane Bueno Mattosinho, Fernanda Perez, Flávio Drumond, Mayana Neiva, Michelle Gonçalves, Pedro Ponta, Olga Torres, Raquel Fernandez, Rodrigo Vieira, Sol Faganello e Victor Lucena. Preparação de Improvisação: Tereza Gontijo. Figurinos: Rodrigo Vieira. Coordenação de Produção: Michelle Gonçalves
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Dia 4 de dezembro às 20h, e 5 às 19h
Peça – Pronto pra Mudar (SP)

Pronto para mudar nasceu em 2008 do encontro das atrizes Michelle Gonçalves, Mimi Bonnenfant e Priscila Jácomo no Núcleo de Pesquisa “O limite como estudo”, orientado por Janaina Leite e Juliana Sanches - integrantes do Grupo XIX de Teatro. Convencidas da potência do que havia nascido naquele período de investigação e experimentação, deram continuidade à pesquisa temática e estética brotada ali. As artistas evoluíram, então, para uma relação de co-autoras, onde Janaina e Juliana assumem a função de diretoras na criação de uma cena de 15 minutos, vencedora do “Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto” em Belo Horizonte e do “Festival Dulcina de Moraes de Cenas Curtas” em Brasília. Com o apoio do Proac, a peça “Pronto para Mudar” tem previsão de temporada em fevereiro de 2011.

Ficha técnica:
Criação e concepção: Janaína Leite, Juliana Sanches, Michelle Gonçalves, Mimi Bonnenfant e Priscila Jácomo. Elenco: Michelle Gonçalves, Mimi Bonnenfant e Priscila Jácomo. Direção: Janaína Leite e Juliana Sanches. Provocação Dramatúrgica: Cássio Pires. Dramaturgia, cenário, iluminação e trilha sonora: Criação coletiva. Produção: Michelle Gonçalves e Mimi Bonnenfant. Direção de Arte e figurinos: Rodrigo Vieir
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Dia 11 dezembro às 20h e 12 às 19h
Peça – Resumo de Ana – Grupo Manto (SP – Sorocaba)
O espetáculo é uma adaptação do romance homônimo do escritor sorocabano Modesto Carone (vencedor do Prêmio Jabuti de 1999) e apresenta, em um jogo épico/dramático, a história de duas vidas simples, comuns a toda classe operária afetada pelo processo capitalista de industrialização.

Um século resumido por cinco atores e um violeiro, que encenam a vida de pessoas comuns operários, comerciantes agentes fieis que construíram e que constroem a paisagem humana das nossas cidades, hoje metrópoles modernas, mas que ainda guardam muito dos mitos e falsas promessas de uma industrialização desigual e concentradora de riquezas.
Remontando um mosaico da memória de forma precisa e concisa, entremeando os mitos da industrialização de São Paulo à precariedade da vida pobre no interior, a narrativa busca o sentido da experiência de duas vidas resumidas Ana e seu filho Ciro, avó e tio do narrador e autor.

Grupo Manto
Desde 2003 o Grupo Manto desenvolve seus trabalhos em Sorocaba (SP), relacionando suas criações em ocupações de espaços públicos abandonados ou mal aproveitados, revelando assim, seu potencial para uma atividade cultural. Aliando em seus processos, uma atividade de formação artística, ao proporcionar inúmeras oficinas teatrais, palestras públicas e um encontro entre atores experientes e aspirantes em seus espetáculos, o grupo busca preencher uma lacuna nas opções de desenvolvimento cultural de sua cidade. Em seus oito anos, o Grupo Manto sempre com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura (LINC) para a Cidade de Sorocaba, criou também os seguintes espetáculos: Romeu e Julieta (2003), O Circo Guaraciaba (2005) e Christo Rei O Musical da Paixão (2007).

Ficha técnica:
Mostra (SP + MG).X - De 6 de novembro a 12 de dezembro. Projeto idealizado pelo Grupo XIX de Teatro, com apresentação de 10 peças. No Armazém da Vila (galpão sede do Grupo XIX), na esquina da Rua dos Prazeres com a Rua Cachoeira, na Vila Operária Maria Zélia, no Belenzinho, zona Leste de São Paulo. Direção e Cenário: Rodolfo Amorim. Produção: Luciano Leite. Texto: Clayton Mariano. Elenco: Eli André Corrêa, Osnival Búfalo, Patrícia Nolasco, Valter Chanes e Vanessa Bueno Violeiro e Sonoplastia: Maurício Toco. Figurinos e Adereços: Felipe Cruz . Iluminação: Michel Fogaça. Vídeos: Beto de Faria. Contra-regra: Estefânia Mendes. Capacidade – 100 pessoas. Estacionamento - dentro da própria vila, gratuito. Possui acessibilidade a portadores de deficiência física. Ingressos – grátis, devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria do espaço.
http://www.grupoxixdeteatro.ato.br/


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