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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SEM PALAVRAS


A Penélope Cia de Teatro, após uma série de apresentações esporádicas na Casa das Rosas e no Centro Cultural Aúthos Pagano, se prepara para uma temporada a partir do dia 01 de dezembro no Teatro Garagem. A Cia levará parte da obra de um dos autores, de língua portuguesa, mais importantes em atividade, o moçambicano Mia Couto para os palcos, na montagem do espetáculo Sem Palavras, a partir dos contos “A menina sem palavra” e “A luavezinha”.

Sem Palavras é um projeto idealizado por Erika Coracini, diretora da Penélope Cia de Teatro, em parceria com o dramaturgo Alexandre Krug, da Cia São Jorge de Variedades. Nele são transcriados contos e poesias da obra de Mia Couto, estabelecendo um diálogo entre o teatro, a dança, o vídeo e a literatura; em composição com a arquitetura de um espaço cênico não convencional: uma casa. A peça apresenta uma linguagem híbrida, imagética, que transita entre o narrativo e o corporal.

A trama apresenta um contador de estórias que todas as noites, por causa da filha que não quer adormecer, é levado a contar diversas estórias. Para fazê-la dormir, inventa-lhe a de uma menina que fala sem palavras. Durante a peça o público transita por uma “casa-mundo”, entrando em diversas estórias dentro da estória que trazem arquétipos como a Velha, a Lua, a Ave, falando de liberdade, amadurecimento, palavras e seus sentidos.
Esse projeto tem a sua realização através de um financiamento coletivo, como um dos seus grandes diferenciais. O dinheiro arrecadado veio por meio de doações de pessoas físicas. O Sem Palavras foi inscrito no site Catarse, em que pessoas doam para um projeto de seu interesse o quanto podem e durante um determinado período. Após esse tempo, caso o total solicitado tenha sido atingido o dinheiro é retirado para a realização.

FICHA TÉCNICA: 

DireçãoErika Coracini
Dramaturgia: Alexandre Krug
Preparação CorporalJaly
ElencoRenata AsatoCarolina MoreiraIvan ZancanRafael CaldasLara Thomaz e Tamayo Nazarian
Direção de ArteAna Luiza Cencini
FigurinoIvan Zancan
MúsicaFelipe França
Iluminação: Daniel Gonzalez
Captação de vídeoMarcelo Trad
Edição de vídeo: Marcelo Barillari
Arte GráficaJoão Batista Corrêa
Assessoria de Imprensa: Fabio Camara
Assistentes Técnicos: João Cândido, Laura Martinez Sciulli, Lettícia Moraes, Mantu Novais, João Pedro Uvo e Thiago Lenz.
Produção: Penélope Cia de Teatro

SERVIÇO: 

LOCAL: Teatro Garagem. Rua Silveira Rodrigues, 331 - Lapa. 20 lugares.
DATA: 01 à 16 de dezembro, aos domingos 18h30 e segundas às 20h30.
INGRESSOS: R$ 30,00 (somente dinheiro ou cheque)
INFORMAÇÕES: (11) 9 9122-8696. Reservas através do e-mail: penelopesempalavras@gmail.com
DURAÇÃO: 90 min
CENSURA: 12 anos

PENÉLOPE CIA DE TEATRO:

A pesquisa da Penélope Cia de Teatro aposta na mistura de múltiplas linguagens (teatro, dança, literatura e vídeo) para uma criação bastante imagética, na qual o ator é performer de sua ação.
ator-performer é aquele capaz de deslocar a busca do sentido imposta pela lógica dramática para outro jogo, cuja lógica esteja na percepção e no diálogo com o aqui-agora da cena teatral. Desta maneira, a dramaturgia se constrói também pelo seu corpo, por sua relação com o público, com o espaço e com o próprio acaso do momento presente.
Assim, o trabalho da Cia propõe um público participativo, que se torna consciente dos processos da ação. Os espectadores passam a ser incluídos no evento teatral, como num encontro, no qual a troca é fundamental.
Outro ponto de pesquisa é a relação com o espaço, o desejo de revelar um espaço de forma a trazer poesia; portanto a busca de locais diferentes da caixa preta, como a Rua, explorada no espetáculo Sobre Concreto Sonho (2011), e a Casa, espaço escolhido para a encenação de Sem Palavras

MIA COUTO:

Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. É um dos principais escritores africanos, comparado a Gabriel Garcia Márquez, Guimarães Rosa, Manoel de Barros e Jorge Amado. Em suas obras, ele recria a língua portuguesa a partir da influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa. Mia Couto tem uma obra literária extensa e diversificada, incluindo poesia, contos, romances e crônicas. Para a criação da dramaturgia de Sem Palavras, foram pesquisados os livros “Contos do Nascer da Terra”, “Estórias Abensonhadas” e “O Fio das Missangas”.

ERIKA CORACINI:

Formada em Artes Cênicas pela USP. Estudou interpretação no Teatro-Escola Célia Helena, no Teatro Tuca e no Núcleo Experimental do SESI. Como contadora de histórias, atuou, escreveu e co-dirigiu o espetáculo O Reino do
Vajucá. Em parceria com Verlucia Nogueira, atuou e co-dirigiu os espetáculos Pequenas Áfricas Brasis e Contos para as Estrelas. Atualmente apresenta os espetáculos Por que no céu tem tanta estrela? e Karingana, com os quais participou da VII Festival da Arte de Contar Histórias da PMSP em 2011. Como atriz, atuou nos espetáculos Correspondências, direção de Beth Lopes, com o qual participou do VIII Festival Internacional de Teatro Universitário de Santiago de Compostella; Made in Brazil, direção de Pedro Granato; O Triângulo: um elogio amoral, direção de Esio Magalhães; Santa Luzia passou por aqui com seu cavalinho comendo capim, direção de Georgette Fadel; Santa Joana dos Matadouros, com direção de Zé Renato; Hamlet - Canastra Real, direção de Gabriel Carmona; Falatório, direção de René Piazentin; Alembrar, direção de Rebeca Braia; Arapucaia, direção de Magê Blanques; e Penélope Vergueiro, texto e direção de Carlos Canhameiro. Como diretora, realizou o espetáculo Sobre Concreto Sonho através do projeto Vizinhanças, contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro, e dirigiu a peça O Baú Mágico. Recebeu em 2008 o título de mestre pela ECA/USP com a dissertação “Jongo e Teatro: princípios performáticos da festa”. Ministra aulas de voz e danças brasileiras na Escola Superior de Artes Célia Helena.

ALEXANDRE KRUG:

Bacharel em Letras pela UFRGS, Porto Alegre; Mestre em Língua e Literatura Alemã pela FFLCH-USP. Tradutor do alemão, inglês e espanhol. Em Porto Alegre, fez teatro de rua com o grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. Pela Cia São Jorge de Variedades atuou em: Barafonda, Pedro O Cru, Biedermann e os Incendiários e Um Credor da Fazenda Nacional. Outros trabalhos como ator: Santa Joana dos Matadouros, dir. de José Renato; Amores no Meio-Fio, dir. de Gustavo Kurlat, Cia do Miolo; Gota D’Água – Breviário, dir. de Heron Coelho e Georgette Fadel; Projeto Em Cena, Ações, dir. de Heron Coelho, SESC Ipiranga. Em cinema atuou nos curtas-metragens: Aranhas Tropicais e Veja e Ouça, ambos dir. de André Francioli; Nossos Parabéns ao Freitas, dir. de Felipe Marcondes. Em televisão: Vou-me, dir. de Georgette Fadel /Projeto Direções - TV Cultura-SP; Xandu Quaresma, dir. de Ednaldo Freire / Projeto Senta Que Lá Vem Comédia - TV Cultura-SP. Como dramaturgo, escreveu: Ao Largo da Memória, peça para a rua da Cia. do Miolo e O Errante, peça para a Brava Cia.; colaborou em As Bastianas - Cia. São Jorge de Variedades e O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado - Cia. São Jorge de Variedades. Traduziu do alemão as peças Biedermann e os Incendiários, de Max Frisch, Acrobatas, de Tankred Dorst e a ópera O Grande Macabro, de György Ligeti, entre outras. Traduções publicadas: Tempestade e Ímpeto, de Friedrich Klinger, Ed. Conesul e Macbeth, de Heiner Müller, Ed. Perspectiva. Traduziu para a Ed. Martins Fontes os livros Arte Contemporânea, de Michael Archer e A Arte de ter Razão, de Arthur Schopenhauer, entre outros.

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