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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Núcleo Artérias apresenta Fleshdance na Funarte


“Fleshdance” é uma coreografia de variações de intensidades emocionais, composta por experiências físicas, carnais, acionadas pelo ato de respirar.

De 20 a 23 de setembro, o Núcleo Artérias apresenta o espetáculo “Fleshdance”, com direção de Adriana Grechi, na Funarte/ SP, na Sala Renée Gumiel. O espetáculo é a última parte da “Trilogia Líquida”, formada pelas criações “Ruído 5.1” e “Fronteiras Móveis”, que têm como referência a obra do sociólogo e pensador polonês Zygmunt Bauman.  
Para conceber o espetáculo, o Núcleo Artérias explorou o sistema orgânico do corpo, trabalhando na invenção de uma corporeidade ativada pela intensificação dos afetos. Um corpo volumoso que permanece sempre em constante transformação, movido pelos órgãos, poroso, com possibilidade de afetar e de ser afetado pelo outro.
Essa é a tônica da nova coreografia do Núcleo Artérias, que também aborda o cansaço do ato de consumir e de descartar, e a tentativa de combater existindo, potencializando cada experiência. É uma possibilidade de resistência à vida voltada ao consumo.
O ambiente cênico de "Fleshdance" é composto por projeções de vídeo editadas em tempo real pelo videoartista André Costa Menezes e pela trilha sonora original de Dudu Tsuda.

Sobre o pensador polonês Zygmunt Bauman
Sua obra se caracteriza pela extrema perspicácia na análise dos problemas sociais que perpassam a experiência cotidiana do homem contemporâneo na conjuntura valorativa que é denominada pelo autor como “Modernidade Líquida”. A questão da especulação sobre o medo público, o uso das disposições consumistas dos indivíduos como suporte para a manutenção da economia e a fragmentação da experiência ética da alteridade são temas recorrentes na trajetória intelectual deste prolífico sociólogo de formação que, todavia, por sua riqueza de interpretação, muito contribui para o desenvolvimento de um estudo filosófico enraizado na crítica da ideologia da sociedade de consumo e na despersonalização de um mundo desprovido de ampla cooperação interpessoal. Bauman é professor emérito de Sociologia da Universidade de Leeds, no Reino Unido.

Núcleo Artérias
O Núcleo Artérias é formado por artistas de dança, vídeo e música. Em seus trabalhos o grupo explora corporeidades específicas propondo deslocamentos de percepção sobre questões relacionadas ao mundo contemporâneo, como instabilidade, incerteza, consumismo e espetacularização.
A investigação em dança do Núcleo Artérias tem como foco a exploração de potencialidades pessoais, a elaboração de corporeidades próprias e a autonomia criativa para discutir assuntos relacionados ao corpo e suas adaptações e resistências ao mundo contemporâneo. Esta pesquisa integra também o vídeo em uma dramaturgia do corpo.
O Núcleo Artérias é dirigido por Adriana Grechi, coreógrafa graduada na S.N.D.O. (Amsterdã). Adriana Grechi recebeu em 1999, junto a Cia Nova Dança, o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo conjunto da obra, pelos trabalhos “Toda Coisa se Desfaz” e “Bootstrapsãopaulo!”.
Em 2003, o grupo mudou seu nome para Núcleo Artérias. Em 2004, o Núcleo Artérias recebeu dois prêmios APCA: pesquisa em dança para “Por que nunca me tornei um/a dançarino/a” e projeto para “Teorema”. Participou do 8º Festival da Cultura Inglesa e da Caravana Teatral do Sesi. Em 2006 apresentou “Ruído 5.1″ no Rumos Dança do Itaú Cultural. Em 2007 recebeu o Fomento Municipal (SP) e realizou circulação nacional pela Caixa Cultural. Em 2008 circulou pelo interior de São Paulo com o apoio do PAC e recebeu o prêmio APCA para criação em dança pelo espetáculo “Fronteiras Móveis”. Em 2011 fez temporada e circulação nacional com a recriação de “Fronteiras Móveis”.
De 96 até hoje, o Núcleo Artérias (ex Cia 2 Nova Dança) apresentou seus trabalhos em mais de 40 cidades e participou de diversos festivais, entre eles, Panorama de Dança/Rio de Janeiro (98), Rencontres Choregraphiques de Seine-Saint-Denis/Paris (2002), FID/Belo Horizonte (2005), e On Marche/Marrakech (2012). O grupo tem o patrocínio do Programa Petrobras Cultural.

Ficha técnica
Concepção/ Direção: Adriana Grechi
Criação/ Performance: Juliana Ferreira, Larissa Ballarotti e Nina Giovelli
Videocriação/ Performance: André Costa Menezes
Trilha sonora: Dudu Tsuda
Iluminação: André Boll
Acompanhamento do processo: Renato Jacques
Preparação corporal: Lívia Seixas, Débora Blank e Adriana Grechi
Fotografia: Edson Kumasaka
Design gráfico: Fernando Bergamini
Produção executiva: Amaury Cacciacarro Filho
Produção: Erika Fortunato

Serviço
De 20 a 23 de setembro
Funarte - Sala Renée Gumiel
Endereço: Alameda Nothmann, 1058
Dias e Horários: quinta a sábado às 19h45 e domingo às 18h45
Ingressos: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia)
Duração: 40 minutos
Capacidade: 70 lugares
Recomendação: 12 anos

Informações para imprensa: Canal Aberto Assessoria de Imprensa
Márcia Marques - (11) 3798 9510 / 2914 0770/ 9126 0425 www.canalaberto.com.br
Twitter: @canalaberto | Facebook: canalaberto

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