Artista plástica Lenora de Barros realiza intervenção visual no SESC Pompeia

Trabalhos de vídeoarte serão Grátis

A artista visual Lenora de Barros apresenta exposição dos vídeos Só por es-tar, Tato do Olho e Já vi Tudo de 17 a 26 de agosto noSESC Pompeia. A instalação integra o projeto Ocupação Pompeia, cuja proposta é realizar intervenções artísticas em diferentes linguagens que se integram ao espaço arquitetônico do SESC Pompeia.

Em Só por es-tar, Lenora de Barros uniu projeção de vídeo, instalação sonora e uma série de fotografias. Egressa da arte conceitual e do ambiente da poesia concreta, a artista interessa-se pela materialidade da palavra, e aqui cria performances registradas em vídeo e fotografia. O vídeo desenvolve-se a partir do texto: Es-tar em si só por es-tar sal-ti-tan-do so-bre as sí-la-bas do si-lên-cio.

Em Tato do olho, as palavras apresentadas são intercaladas com imagens em close-up do rosto da artista. O jogo de sentidos operado por Lenora de Barros fica claro quando o observador junta os fragmentos lançados ao longo da obra, formando a frase, “a mão que tapa o tato do olho não vê que o olho não vive sem toque”.

Para o vídeo Já Vi Tudo, Lenora faz e desfaz um gorro de lã, que envolve toda sua cabeça. A artista atua como personagem, uma das marcas de sua obra. A imagem carrega a metáfora da atitude combativa e do recolhimento feminino. Ela se apropria de uma ação comum como o tricotar para simbolizar tensões próprias do gênero feminino.

Artista e poeta, a paulistana realiza exposições e performances individuais e em parceria com músicos, poetas, no Brasil e no Exterior há mais de 25 anos. Palavra e imagem formam as principais matérias-primas de seus trabalhos. Optando pelo uso da fotografia e de sua própria imagem no desenvolvimento de seus incomuns poemas, ela desbrava um caminho próprio, agregando influências como a body art, a performance, as artes gráficas e o vídeo.

Sobre Lenora de Barros

Formada em Linguística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Em 1980, na 17ª Bienal de São Paulo, expõe poemas visuais, realizados pela primeira vez em videotexto. Em 1983, publica o livro Onde se Vê, pela editora Klaxon. Transfere-se para Milão, entre 1990 e 1991, onde realiza, na Galeria Mercato del Sale, a mostra individual Poesia É Coisa de Nada. Ainda em Milão, é curadora da mostra Poesia Concreta in Brasile, no Archivo della Grazia di Nuova Scrittura. De volta ao Brasil, durante os anos de 1993 a 1995, é colaboradora do Jornal da Tarde e assina a coluna Umas, sobre experiências poéticas e fotoperformáticas. Nesse período, passa a atuar como editora de fotografia no jornal Folha de S. Paulo e diretora de arte da revista Placar.

Em 1998, participa da 24ª Bienal de São Paulo, ao lado de Arnaldo Antunes e Walter Silveira, com a instalação A Contribuição Multimilionária de Todos os Erros. Em 2000, recebe o Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo. Juntamente com o músico Cid Campos, cria, em 2001, a instalação sonora(Des)Encorpa, para a mostra The Overexcited Body, no Palazzo Arengario, em Milão. Em 2002, é contemplada com bolsa da Fundação Vitae e desenvolve o projeto do livro-objeto Para Ver em Voz Alta. Nesse ano, a instalação sonora Deve Haver Nada a Ver, é premiada na 1ª Mostra RioArte, do – MAM/RJ. Integrou 5° Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Sua obra faz parte de coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior: Museu d’Art Contemporani de Barcelona, Daros-Latinamerica, Zurique, Rio de Janeiro-RJ, e MAM-SP.

Criou, como artista-curadora, a Radiovisual, na 7ª Bienal do Mercosul – Grito e Escuta, Porto Alegre-RGS, out/nov 2009.

Entre as recentes mostras de que participou destaque para : ISSOÉOSSODISSO, Oi Futuro Ipanema, Rio de Janeiro-RJ, 2010, Só por es-tar, Galeria Millan, São Paulo-SP, Brasil, 2009, FOR YOU, The Daros Latinamerica, Tapes and Video Installations, Zürich, Switzerland, 2009, MAM 60, OCA, Parque Ibirapuera, São Paulo-SP 2008; Temporália (individual), Galeria Millan, São Paulo-SP, 2008, HETERONÍMIA–BRASIL, Museo de América, Madri, Espanha, 2008. Retalhação, no Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo-SP, 2007, Arte, Deshonra y Violencia en el contexto Iberoamericano, , Cubo del Centro Cultural de España, Montevidéu, Uruguay, 2007, Desidentidad, no Institut Valencià d’Art Moderne-IVAM, Valencia, Espanha, 2006.

SERVIÇO:

Ocupação Pompeia - Lenora de Barros

Dia 17 a 26 de agosto. Terça a sábado, das 18h às 22h. Domingo, das 18h às 20h. Rua Central.

Classificação indicativa: Livre para todos os públicos Ingressos: Grátis

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93
Telefone para informações: (11) 3871-7700

Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br.

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