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sexta-feira, 16 de março de 2012

Sinalizar esta mensagem Cia. de Dança Palácio das Artes, de Belo Horizonte, se apresenta em São Paulo


Sônia Mota dirige montagem inédita da Cia

de Dança Palácio das Artes, de BH, em duas

únicas apresentações no SESC Vila Mariana

O espetáculo comemora os 40 anos da Cia de Dança do Estado de Minas Gerais.
Com direção artística de Sônia Mota, traz 23 bailarinos em cena, luz de Pedro
 Pederneiras, figurino de Fábio Namatame, cenário de Felippe Crescenti  e trilha
sonora de Daniel Maia. A montagem ganhou o Prêmio SESC/SATED 2011
de Melhor Trilha Original e figurino

Passagem do tempo, celebração, luto, memória e transição. Esses são alguns temas abordados no espetáculo de dança contemporânea Tudo que se Torna Um, na nova montagem daCia. de Dança Palácio das Artes, de Belo Horizonte, que se apresenta em São Paulo nos dias 21 e 22 de março, às 21 horas, no Teatro do SESC Vila Mariana.

Realizado pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, com a parceria do SESC São Paulo, o espetáculo tem a direção de Sônia Mota, diretora artística da Cia. desde 2010, e integra a programação de comemoração dos 40 anos do grupo. O espetáculo venceu o Prêmio SESC/SATED 2011 de Belo Horizonte de melhor trilha sonora original, composta por Daniel Maia e melhor figurino de Fábio Namatame. 

A diretora Sônia Mota partiu da celebração de aniversário de formação do grupo e a ação do tempo como mote para a montagem do espetáculo. Propôs aos bailarinos que trouxessem imagens, ideias, escritos, sobre a celebração - e seu oposto, o luto. Pediu que revisitassem suas próprias coreografias, mas com uma visão critica. “Depois de 40 anos você pergunta o que fazer com tudo com isso? Como eu faria aquilo se fosse hoje? É uma espécie de luto do que não quer mais para sua vida e, ao mesmo tempo, o renascimento para coisas novas”, explica.

A montagem transita por diversos estilos (clássico, moderno, experimental e contemporâneo), evidenciando a metamorfose da companhia ao longo dos seus 40 anos. As criações cênico-coreográficas do espetáculo são assinadas pelos bailarinos, que levaram ao palco suas experiências pessoais, afetivas e físicas. As coreografias acabam revelando um pouco da trajetória do grupo.

Os bailarinos, em números solos ou em grupos, seguem um roteiro, mas tem liberdade para improvisar. “Uni as coreografias me baseando na cadência do tempo. Nas despedidas do passado e nas alegrias quem vem chegando. Uma coreografia arquitetônica sobre o tempo,” revela a diretora.
  
“O espetáculo discorre sobre a passagem do tempo. Do tempo cronológico, natural, orgânico, mecânico, permanente, de lutos e celebrações. Sobretudo do tempo que se esvai a cada segundo de nossas vidas”, completa.

Tempo e movimento
O cenário, todo manipulado manualmente, assinado por Felippe Crescenti, movimenta-se, de forma simples e precisa, demarcando por meio de 15 painéis translúcidos a passagem do tempo. O desenho de luz, de Pedro Pederneiras (um dos fundadores do Grupo Corpo), complementa o cenário trazendo texturas sutis para os movimentos dos bailarinos.
O figurino elaborado por Fabio Namatame é inicialmente composto por vestes requintadas que, aos poucos, vão se desmembrando, tornando-se cada vez mais minimalistas. “O tema principal do espetáculo é o tempo e suas variações então minha ideia central foi começar com figuras muito vestidas, com muita bagagem e depois despir até a essência, ou seja, o corpo,” conta Namatame. Para dar um efeito de volumes e formas desproporcionais usou materiais de plástico e sintéticos que causam um grande impacto visual.  São cerca de 60 peças, que ressaltam cada indivíduo cuidadosamente. “Elaborei sobreposições de tecidos e texturas pra conseguir um efeito abstrato”, diz.
A trilha sonora composta por Daniel Maia desafia a percepção sobre o tempo. “Usei compassos musicais pouco usuais. A música serve para comprimir e dilatar a nossa sensação de tempo, de tensão e temperatura das cenas”, explica. A diretora também pediu que trabalhasse com a memória afetiva do público. Para isso, compôs 14 composições originais e usou 4 músicas compiladas. Hello Goodbye e Ain't she sweet (Beatles), Strangers in the Night (versão do Cake) e um trecho de Verão (das Quatro Estações de Vivaldi). “Foi um desafio, manter coerência na transição de sons que as pessoas já conhecem para outras que nunca ouviram”, completa Maia.

Comemorando 40 anos

Em 2009, Sônia Mota foi convidada para desenvolver um projeto com a Cia. de Dança Palácio das Artes chamado 22 Segredos. A sintonia e empatia foram tantos, que, em seguida foi convidada para assumir a direção artística do grupo. Sônia Mota, que morava na Alemanha, voltou direto para Belo Horizonte.

“É uma Companhia muito heterogênea, com bailarinos entre 20 e 57 anos de idade, com experiências muito diversas: clássicos, contemporâneos, vindos da dança de rua - e vários tem formações paralelas: cientistas sociais, cineastas, obstetras. E isso me motivou. Gosto dessa mistura de gerações que torna o trabalho rico e diferenciado”, conta Sônia.

“Quando assumi, em 2010, a Cia estava completando 40 anos e minha proposta foi um projeto que celebrava esse momento”, relembra. O projeto foi chamado Zona 04 (40 ao contrario) e é dividido em 4 etapas. A primeira parte aconteceu em Belo Horizonte numa espécie de ocupação do Palácio das Artes. A segunda e terceira partes contam com uma exposição e um livro sobre os 40 anos da Cia. E a última parte é a montagem do espetáculo Tudo que se Torna Um.

Para a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Solanda Steckelberg, a Cia. de Dança Palácio das Artes, nos últimos quarenta anos, trilhou variados caminhos estéticos, simbólicos, gestuais e temáticos no mundo da dança até chegar ao estágio atual com um repertório vasto de possibilidades. “Na trajetória da Fundação Clóvis Salgado, a dança cumpre um papel fundamental na reflexão sobre os rumos da arte contemporânea. Tudo que se torna Um chega ao público para celebrar a importância deste legado e comemorar os 40 anos de existência da Companhia”, completa.

Sobre Sônia Mota
Nasceu em 1948, São Paulo. Trabalha com dança desde 1963. Exerceu um papel decisivo na dança contemporânea brasileira como bailarina, professora e coreógrafa nas décadas de 70 e 80. Trabalhou 22 anos na Alemanha. Criou o método de dança Arte da Presença. A partir daí, Sônia passou a desenvolver suas próprias coreografias na cena livre de dança e teatro, recebendo, entre outros, os prêmios Governador do Estado e APCA como melhor bailarina. Em 2001 escreveu um livro sobre seu método e sua carreira artística. Desde 2005 trabalha na trilogia VI-Quaa-Tris sobre o feminino e, em março de 2010, assumiu a direção artística da Cia de Dança do Palácio das Artes de Belo Horizonte.

Sobre a Cia de Dança Palácio das Artes
A Cia de Dança Palácio das Artes é um dos três corpos artísticos mantidos pela Fundação Clóvis Salgado, ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e do Coral Lírico de Minas Gerais. Foi fundada em 1971 pelo Governo do Estado e teve como primeiro diretor o mestre de balé e coreógrafo Carlos Leite. Durante 20 anos, dedicou-se a montagens de peças do repertório erudito e às óperas produzidas pela Fundação Clóvis Salgado. A partir de 1990, inseriu em seu repertório obras de coreógrafos nacionais e internacionais, como Jean Marrie Dubrull, Suzana Yamauchi, Eleo Pomare, Sônia Mota, Oscar Arraiz, Luiz Arrieta, Tindaro Silvano, Rodrigo Perderneiras, Henrique Rodovalho,Tuca Pinheiro, Cristina Machado, Mário Nascimento e Sandro Borelli. Desde março de 2010, sob a direção artística de Sônia Mota, a Companhia segue valorizando a potencialidade criadora dos bailarinos.

A Cia. faz parte da política da Fundação Clóvis Salgado de levar a cultura do Estado para além dos limites de Minas Gerais. O grupo já apresentou o seu trabalho em palcos de destaque nacionais e internacionais, nas capitas e em países como Cuba, França, Palestina, Jordânia, Líbano, e Portugal.

Para roteiro:
Tudo Que se Torna Um com a Cia. de Dança Palácio das Artes – Dias 21 e 22 de março, quarta e quinta-feira,  às 21 horas, no Teatro do SESC Vila MarianaConcepção e direção geral – Sônia Mota. Elenco - Bailarinos da Cia. de Dança Palácio das Artes e Rodrigo Antero (bailarino convidado do Ballet Jovem Palácio das Artes). Criações Cênico-Coreográficas - Alex Silva, Andrea Faria, Ariane de Freitas, Beatriz Kuguimiya, Caroline Alves, Cristiano Reis, Cristina Rangel, Dadier Aguilera, Eder Braz, Fernando Cordeiro, Ivan Sodré, Karla Couto, Lair Assis, Lina Lapertosa, Lívia Espírito Santo, Lucas Medeiros, Marcos Elias, Mariângela Caramati, Paulo Chamone, Peter Lavratti, Rodrigo Giése, Rodrigo Antero, Sônia Pedroso (bailarinos), Cláudia Lobo, Kênia Dias e Sônia Mota. Roteiro Dramatúrgico - Claudia Lobo e Sônia Mota.  Consultores - José Márcio Barros, Santo Herbário e Stélio Lage.

Assistência de Direção e Ensaios - Cláudia Lobo e Kênia Dias. Cenografia - Felippe Crescenti. Direção Cênica Dos Painéis - Marcio Alves. Operação dos Painéis - Thayson Augusto, Wander Rodrigues e Marco Aurélio da Silva. Cenotécnica - Artes Cênicas Produções Ltda e Centro Técnico de Produção – CTP. Desenho de Luz - Pedro Pederneiras.Assistente de Iluminação - Marcel Assis Bento. Figurinos - Fabio Namatame. Produção e Assistência de Figurinos - Gilda Quintão. Trilha Sonora - Daniel Maia. Sonorização –Sinergy. Concepção da Trilha de Depoimentos - Eder Braz. Vídeo - Rodrigo Campos | Transversal Vídeo. Seleção do Acervo de Fotos - Lair Assis. Fotos - Paulo Lacerda.  Produção e Coordenação Técnica - Marcio Alves. Assistência de Cenários e Figurinos - Nara Rezende. Produção Executiva - Carina Woldaynsky. Ingressos -  R$24,00 (inteira), R$12,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante) e R$6,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes). Não recomendado para menores de 14 anos.

SESC Vila Mariana - Rua Pelotas, 141. Telefone - 5080-3000. Horário de funcionamento da bilheteria - Terça a sexta das 9h às 21h30, aos sábados das 10h às 21h30, domingos e feriados das 10h às 18h30. Informações - 0800 118220. Estacionamento - Veículos, motos e bicicletas - Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, domingo, feriado, das 9h às 18h30 – Taxas: R$ 3,00 a primeira hora e R$ 1,00 por hora adicional (matriculados); R$ 6,00 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (não-matriculados). Site - www.sescsp.org.br

ARTEPLURAL – Assessoria do espetáculoFernanda Teixeira - 11. 3885-3671/ 9948-5355
Adriana Balsanelli - 11. 9245-4138
www.twitter.com/arteplural  Facebook – Arteplural


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