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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sinalizar esta mensagem ESTREIA - PORANDUBAS POPULARES ou PAULICEIA DESVAIRADA


Praça da Sé, Anhangabaú, Liberdade e Ladeira da Memória: sensações de uma São Paulo de 1975
Estreia de Porandubas Populares ou Paulicéia Desvairada mostra essência da cidade

À frente o ator especialmente convidado para a montagem, Sergio Buck

A Cia. das Artes estreia no dia 03 de março de 2012 o espetáculo “Porandubas Populares ou Paulicéia Desvairada”. Com direção geral de Antonio Netto, a peça é inspirada na obra escrita em 1975 por Carlos Queiroz Telles (1936-1993), um dos fundadores do Teatro Oficina, que se baseou nas poesias de “Paulicéia Desvairada”, de Mário de Andrade para criar o texto, cuja essência é a história da cidade de São Paulo. Netto concebeu o espetáculo utilizando de uma mistura de estilos, passando pelo teatro de revista, farsa, circo e ópera-rock.
A trama revisita cartões postais da metrópole, como a Praça da Sé, Anhangabaú, Liberdade e Ladeira da Memória, por meio de uma excursão fictícia para estrangeiros, patrocinada por uma agência de turismo chamada Paulipolitur. Múltipla, complexa, o enredo mostra a difícil tarefa de classificar São Paulo, que passa por uma série de mudanças econômicas, sociais e culturais no início da década de 70.
São citados no texto poetas que centraram sua escrita no tema cidade, como Castro Alves e Álvares de Azevedo, além de fatos históricos, como a Semana de Arte Moderna. O texto de Carlos Queiroz Telles permite essa riqueza de elementos, pois o autor paulistano trabalhava seus registros com os mais variados formatos – do musical à tragédia, da chanchada ao drama – sempre utilizando todo o tipo de recurso disponível, como colagens, adaptações, documentos, depoimentos, entre outros.
Porandubas Populares ou Paulicéia Desvairada”, texto de grande importância política e cultural mostra já naquela época o trânsito, suicídios, atropelamentos, propagandas, globalização, mercado, a compra e venda de tudo que é vendável ou do que pode vir a ser. Todas as mazelas estão lá.  E hoje, passados 37 anos, São Paulo está igual ou pior, apesar de todo o avanço ocorrido na ciência, tecnologia, artes e na sociedade.

Cia das Artes
Aos 20 anos de existência, e desses, 10 na preparação de atores, a Cia das Artes tem o foco na montagem de textos de dramaturgos importantes da cultura brasileira (Dias Gomes, Nelson Rodrigues, Gianfrancesco Guarnieri, Plínio Marcos, Arthur de Azevedo, Paulo Jordão, por exemplo) e percebeu que, ao longo dos anos, o tema cidade é recorrente quando se pensa em uma nova montagem da companhia.
Em 2011 a Cia. das Artes montou os espetáculos A Invasão e Berço do Herói de Dias Gomes, Caiu o Ministério de França Junior, Cala Boca Já Morreu de Luís Alberto de Abreu, O Mambembe de Arthur de Azevedo e A Lenda do Piuí um conto indígena escrito por Sérvulo Augusto e José Rubens Chasseraux.

Biografia do autor
José Carlos Botelho de Queiróz Telles (São Paulo SP 1936 - idem 1993). Autor. É um dos fundadores do grupo Teatro Oficina nos anos 60. Ganha projeção como dramaturgo nos anos 1970, através de adaptações ou recorrendo a temas ligados ao teatro de resistência e inspirados por acontecimentos do momento. Seu primeiro texto, A Ponte, escrito em 1958, é levado à cena pelo Teatro Oficina no mesmo ano, ao iniciar suas atividades ainda em fase amadora. Forma-se em direito na Universidade de São Paulo, USP, em 1959. Volta à dramaturgia somente em 1972, com A Semana - Esses Intrépidos Rapazes e Sua Maravilhosa Semana de Arte Moderna, escrita para situar com novo olhar os acontecimentos do histórico movimento de renovação das artes brasileiras de 1922, e Frei Caneca, sobre a vida do padre revolucionário que pretendeu desligar Pernambuco do jugo português, com a Confederação do Equador no século XIX. Ambos, com direção de Fernando Peixoto, integram o movimento de recuperação do Theatro São Pedro, promovido por Maurício e Beatriz Segall no início da década. Completam as obras do autor A Heróica Pancada, texto sobre um grupo de ex-alunos da Faculdade de Direito, proibido em 1973, ainda inédito; Um Trágico Acidente, encenado sem repercussão em 1976; e o infantil A Revolta dos Perus, de 1985.
Ficha técnica
Texto: Carlos Queiroz Telles Direção Geral: Antonio Netto Preparação de ator: Niveo Diegues Preparação corporal: Talma Salem Preparação vocal: Luiza AlbuquerquesFigurinos e Adereços: Márcio Tadeu Design Gráfico: Jair Aguiar Produção: Cia. das Artes Direção de Produção: Jair Aguiar Produção Executiva: Wesley Keri
Atores convidados: Sergio Buck, Camilla Flores e Wesley Keri
Elenco: Alberoni Quintino, André Vaz Carias, Bruno Canabarro, Christiani Porto, Danyele Borges, Débora Ramos, Diego Lima, Douglas Fonseca, Enrico Mazzola, Fabio Brandão, Fernanda Jesuíno, Gabrielle Dines, Gilson Teixeira, Igor Rocha, Jéssica Guedes, Juliana Gallinari, Juliana Pontes, Keliana Ferreira, Maiara Lourenço, Marcelo Martinelli, Marcio Gomes, Mariana Grandini, Mariano Rodrigues, Matheus Alves, Monica Camilo, Natali Bolonhez, Natalia Breda, Nathan Campos, Paloma Neves, Poliana Alves, Rafael Cavalcante, Ricardo Paixão, Samy Pereira, Steffany Ribeiro, Suelly Cariel, Tamara Batistello, Tatiana Polistchuk, Thais Sorrentino, Thiago Zurk, Valdivia Porto, Vinicius Ribeiro, Vitor Santos, Vitória Rabelo e Zenilda Freitas.
Serviço
Local: Teatro Coletivo - Rua da Consolação, 1623 - São Paulo - SP - Fone: 11 3255.5922
Temporada: 03 de Março a 01 de Abril de 2012
Horários: Sábados às 21h e Domingos 20h
Duração: 60 minutos
Recomendação: 12 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia) e R$ 15 (antecipado)

INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
(11) 3798 9510 / 2914 0770/ 9126 0425 – Márcia Marques

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