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terça-feira, 26 de abril de 2011

Com Aílton Graça e Vera Mancini, comédia A Vida que eu Pedi, Adeus reestreia no Gazeta

Foto Joao Caldas


     De Sérgio Roveri, a peça A Vida que Eu Pedi, Adeus volta em cartaz

dia 13 de maio, no Teatro Gazeta. Primeira direção no teatro de Eliane
Caffé, peça - que já foi vista por mais de 20 mil espectadores - tem
cenografia de Vera Hamburger e figurinos de Cris Camargo


Depois de temporada de sucesso no ano passado e de turnê por cidades do Interior de São Paulo, contabilizando mais de 20 mil espectadores, a comédia A Vida que eu Pedi, Adeus volta em cartaz, desta vez no Teatro Gazeta, a partir de 13 de maio. Com texto de Sérgio Roveri (Prêmio Shell 2007 de Melhor Autor, com a peça Abre as Asas Sobre Nós, e Prêmio Funarte de Dramaturgia por Andaime), o espetáculo traz Aílton Graça, Vera Mancini, Antoniela Canto e Paulo Américo no elenco. As apresentações acontecem às sextas-feiras, às 21h, sábados às 20h e domingos às 18h. O espetáculo marca a estreia da cineasta Eliane Caffé, premiada pelos filmes Kenoma e Narradores de Javé, na direção teatral.



O que pode fazer um casal de pouco mais de 50 anos, desempregado e sem um gato para puxar pelo rabo? Se virar, claro! E é isso o que fazem Eurides (Vera Mancini) e seu marido, Armando (Aílton Graça). Mas com muito "profissionalismo", afinal essa é a alma do negócio.


Foto Joao Caldas

Como nas horas de crise o que conta mesmo é a criatividade, Eurides e Armando diversificaram os negócios e entraram em vários ramos de atividade. Seus representantes comerciais são muito versáteis: uns vendem balas, outros fazem malabarismo com bolinhas e tem até engolidor de fogo. Tudo estrategicamente planejado: num ponto de venda amplo, bem-ventilado, com grande visibilidade e muito movimento. Na verdade, o melhor ponto de venda da cidade: os faróis de trânsito.


Sempre otimista, o fracassado Armando tem coração mole e está muito empenhado em aprender inglês. Por isso, atormenta a mulher ouvindo a fita de um curso à distância e repetindo as palavras. Já Eurides tem uma visão mais empresarial da vida. Ela avalia objetivamente o perfil de seus funcionários, como o da menina Doralice, que chegou naquela idade difícil. Está pequena demais para limpar o vidro do carro e grande demais para ficar só pedindo dinheiro.


E como a concorrência está dura, o casal aproveita qualquer chance de fazer um dinheirinho extra. Assim, quando avistam a faixa que uma senhorinha pôs na praça, oferecendo uma recompensa a quem achar sua cadela de estimação que sumiu, decidem tirar vantagem da situação. Quando já estão com a cachorrinha e prontos para dar o golpe, a inesperada visita de Mariana (Antoniela Canto), neta da dona do animal, complica as coisas.


Mariana é arquiteta e trabalha na Prefeitura. Enquanto tenta convencer Armando a mostrar-lhe a cadela - que ele alega pertencer ao casal -, conta a Eurides que a Prefeitura vai canalizar o fétido córrego que passa por ali e fazer uma via expressa, praticamente extinguindo os faróis da região. E, por tabela, o ganha-pão do casal.




O projeto deixa Eurides de cabelo em pé e bastante preocupada, mas não só com o futuro dos negócios. "Imagine como vai ficar a cabeça dessas crianças. Com 5 ou 6 anos e já enfrentando a primeira demissão em massa na vida delas...", filosofa a personagem.

A peça
O autor Sérgio Roveri conta que escreveu a peça a partir da observação do cotidiano. O texto fala dessas milhares de pessoas que estamos acostumados a ver todos os dias tentando ganhar a vida nas ruas das grandes cidades, como verdadeiros equilibristas e acrobatas nos semáforos: vendem de tudo e sempre aprendem novas técnicas para atrair a atenção dos motoristas. “Esta é uma peça que, ao mesmo tempo em que está sendo apresentada nos palcos, está ocorrendo também nas esquinas da cidade”, brinca o autor.


Acostumado a tratar de assuntos do cotidiano como na peça Andaime montada em 2007, Roveri optou por escrever uma comédia, apesar de o texto ter um tom de denúncia. “Ver crianças que mal alcançam o vidro dos carros com caixinha de balas e chicletes é uma imagem triste, que mostra o quanto nosso cotidiano é cruel.” A peça toca em vários assuntos que podem ser reconhecidos imediatamente pelo público.


A encenação
Acostumada a trabalhar com cinema e televisão, a diretora Eliane Caffé acredita que o trabalho com os atores é o ponto de união entre essas diferentes linguagens. “A prioridade na direção é pesquisar e trabalhar com os atores o tom da comédia, em se tratando de um tema delicado como o desse texto, a exploração de crianças nos sinais de uma cidade grande”, explica. “As improvisações com os atores a partir do texto são o método que melhor conheço para garantir a autenticidade e a força da criação coletiva, onde o repertório individual de cada um deles é fundamental para transformar o texto em algo vivo e orgânico”, considera a diretora.


A cenografia está a cargo de Vera Hambúrger, parceria de Eliane no filme Kenoma. A ação acontece na casa dos protagonistas. Vera pensou o cenário como um cortiço, a rua, a matéria reciclada, os espaços reciclados abrigando as aventuras de um casal que também está excluído.


Sobre Eliane Caffé
Sua estreia como diretora de longa-metragem foi com Kenoma, que recebeu o prêmio de Melhor Filme no Biarritz International Film Festival, da França. O segundo longa, Narradores de Javé, conquistou diversos prêmios fora e dentro do país: Festival de Cinema Independente de Bruxelas, APCA, Festival do Rio, Cine PE - Festival do Audiovisual, Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro, Festival de Cinéma de 3 Amériques (no Canadá), Festival Un Cine de Punta (no Uruguai), XIX Muestra de Cine Mexicano e Liberoamericano de Guadalajara, Festival de Friburgo (na Suíça), além de ser selecionado para a mostra competitiva no Festival Internacional de Rotterdam (na Holanda).


Lançou, em 2008, o documentário Milágrimas, que registra o projeto de dança concebido e realizado pelo coreógrafo Ivaldo Bertazzo, Dança Comunidade/SESC-SP e, em abril de 2009, a micro série O Louco do Viaduto, estrelada por João Miguel e produzida pela TV Cultura e TV SESC, da qual é diretora e co-roteirista. Com o longa metragem O Sol do Meio Dia, de 2009, levou o Prêmio de Melhor Filme da Crítica da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e Prêmio de Melhor Ator – duplo, para os atores Chico Dias e Luiz Carlos Vasconcelos no Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro. Atualmente lançando o documentário Céu Sem Eternidade - Prêmio FUNART de residência artística em pontos de cultura.


Sobre Sérgio Roveri
Jornalista e dramaturgo, Sérgio Roveri é um dos autores teatrais de maior destaque da atualidade. Sua carreira jornalística inclui importantes veículos de comunicação do país, como Jornal da Tarde, Diário do Comércio e as revistas Bravo!, Época São Paulo e Serafina. Em 2003, decidiu deixar o jornalismo diário para dedicar-se a escrever para teatro e sua primeira obra foi Vozes Urbanas. O resultado dessa decisão é uma extensa produção de peças (algumas já montadas, outras com leitura pública) e diversos prêmios. Com Abre as Asas Sobre Nós (2006) recebeu o Prêmio Shell de Teatro de Melhor Autor. Com Vista para Dentro, encenada com o nome de Andaime, conquistou o Prêmio Funarte de Dramaturgia como melhor texto de teatro adulto.


Além dos textos teatrais, Sérgio Roveri é também autor das biografias do dramaturgo/ator Gianfrancesco Guarnieri (Gianfrancesco Guarnieri - Um Grito Solto no Ar) e da escritora Tatiana Belinky (Tatiana Belinky - E Quem Quiser que Conte Outra). Quatro de suas peças - Andaime, O Encontro das Águas, O Funil do Brasil e Abre as Asas sobre Nós -, estarão reunidas no livro O Teatro de Sérgio Roveri, a ser publicado este ano pela Imprensa Oficial do Estado.


Em tempos de crise global o que conta mesmo é a criatividade, por isso o casal Armando (Ailton Graça) e Eurídes (Vera Mancini) resolve diversificar os “negócios” e atacar em vários “ramos da pilantragem” para faturar uma graninha extra e levar vantagem como sempre. Só que desta vez muita coisa sai errado e a vida que eles pediram, adeus




Para roteiro:
A VIDA QUE EU PEDI, ADEUS – UMA COMÉDIA DE PARAR O TRÂNSITO – Reestreia dia 13 de maio, no TEATRO GAZETA. Sexta às 21h, Sábado às 20h e Domingo às 18h. Texto – Sérgio Roveri. Direção – Eliane Caffé. Elenco: Ailton Graça, Vera Mancini, Paulo Américo e Antoniela Canto. Gênero – Comédia. Duração – 80 minutos. Lugares: 640 lugares. Ingressos: sexta e domingo: R$ 60,00 / sábado: R$ 70,00; 50% estudantes, aposentados e idosos. Indicação - 12 anos. Realização: MESA 2 Produções e MANCINI Produções. Assessoria de Imprensa - Arteplural Comunicação.


TEATRO GAZETA Av. Paulista, 900 – Térreo. Possui ar condicionado e acesso para deficientes. Televendas: Vendas por Telefone e site www.teatrogazeta.com.br, somente cartão de crédito: (11) 4003 1527 (+ TAXA DE CONVENIÊNCIA). Funcionamento da bilheteria – Terça a Quinta, das 14h às 20h; Sexta e Sábado, das 14h às 22h e domingo, das 14h às 20h. Na bilheteria do Teatro Gazeta serão aceitos cartão de débito e dinheiro. Telefone bilheteria: (11) 3253-4102. Estacionamento: convênio com MultiPark (Rua São Carlos do Pinhal, 303 - subsolo do teatro. de Sexta-feira a Domingo, R$ 12,00 - Até 3 horas ou Av. Paulista, 867 (com selo do Teatro) de Sexta-feira a Domingo. R$ 12,00 - Até 3 horas.


























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