fala sobre amor, relações familiares e iguanas.
Na peça, atores homenageiam o amor e buscam na comédia
uma forma de falar sobre paixão, carinho e relações familiares
Direção de Eduardo Martini e texto de Regiana Antonini, a comédia O Filho da Mãe estreia dia 7 de outubro, quinta feira, às 21h, no teatro Ruth Escobar. A peça é uma homenagem ao amor, que busca na comédia e na sátira do estereótipo das mães, uma forma de abordar temas como paixão, carinho e relações familiares. No elenco, Bruno Lopes e Eduardo Martini - que também está em cartaz com a peça I Love Neide e atualmente dirige Até que o Casamento nos Separe, As 10 Maneiras de Como Destruir seu Casamento, O Chá das Cinco e Suicídio Patrocinado.
Uma história contada em flashbacks
Com uma história simples, a apresentação permeia a convivência de uma mãe divorciada que mora com seu filho em um apartamento. Apenas com dois atores no elenco, Valentina (Eduardo Martini) e Fernando (Bruno Lopes), a peça mostra de forma bem-humorada, os conflitos e dramas nas mais diversas situações vividas por essa família.
Enquanto Valentina é uma publicitária bem sucedida profissionalmente, mas completamente desmiolada e apaixonada pelo filho, Fernando é um recém formado roteirista, que está indo para Nova York estudar cinema contra a vontade da mãe. São citados ainda o pai e sua namorada de 20 anos que está grávida, Odete, uma mulher dois anos mais nova que Valentina que se envolve com o filho desta e Mandioca, o melhor amigo de Fernando.
Diferente de peças com começo, meio e fim, o Filho da Mãe não possui um enredo linear. Isso quer dizer que a história não ocorre de maneira cronológica. Sendo assim, em quatro momentos diferentes, o texto joga com flashbacks que mostram essa relação de mãe e filho, revelando acontecimentos passados da vida dos dois.
Entre esses acontecimentos, está o dia em que Fernando , aos 15 anos de idade, traz uma iguana para casa, novidade que causa total desespero na sua mãe, que odeia bichos e diz ter certeza de que o novo animal de estimação do filho é um jacaré ou um pterodátilo.
Em uma segunda lembrança do passado, Valentina, em uma atitude ‘tipicamente materna’, atocha remédio garganta abaixo de Fernando. “No geral, mães, quando veem seus filhos doentes, agem dessa maneira exagerada, é uma situação cômica e recorrente com que, acredito, muita gente vai se identificar” – explica Eduardo.
Enquanto se encaminha para um final surpreendentemente emocionante e ao mesmo tempo hilário, o espetáculo segue dessa forma, mostrando ainda mais dois flashbacks: quando ela pensa que ele é gay e quando fica indignada ao descobrir que ele está namorando uma mulher dois anos mais nova que ela e que está dormindo no quarto dele.
Seria errôneo dizer que Valentina é apenas uma mulher quando na verdade ela é muitas ao mesmo tempo. A personagem vivida por Eduardo Martini capta a essência de várias mulheres, absorvendo seus trejeitos, manias e loucuras, maximizando-as e dando alma à personagem, que no final se torna uma caricatura cômica de todas as mães possíveis.
De acordo com Eduardo Martini, “nem todo mundo teve filho, mas todo mundo tem mãe” e é isso que o texto de Regiana Antonini tenta nos mostrar, trazendo um estereótipo de mãe com o qual grande parte das pessoas possam se identificar e pensar: “ei, minha mãe é assim” ou “minha mãe também já fez ou disse isso”, afirma o diretor.
Sobre Eduardo Martini
O ator e bailarino paulistano Eduardo Martini, desde os 16 anos atua, dança, canta, dirige e produz espetáculos, principalmente nos palcos cariocas. Depois de participar do musical Não Fuja da Raia, de Silvio de Abreu, com direção de Jorge Fernando, voltou a São Paulo com a comédia Na Medida do Possível, que foi sucesso de público.
Depois de cursar a Actor's Studio e a prestigiada Alvin Ailey American Dance Theater de Nova York, o ator se destacou nos espetáculos Tango, Bolero e Chá, Chá, Chá e Quem tem medo de Itália Fausta, entre muitos outros. Na TV, fez o apresentador da Gafieira da novela O Clone, além de participações na Escolinha do Professor Raimundo e Os Normais, entre outros.
Mas foi no programa É Show, com Adriane Galisteu, que ficou conhecido do grande publico. Depois, uma participação no programa da Hebe Camargo criou a personagem Neide Boa Sorte, sucesso de publico que há 3 anos lota teatros por onde passa.
(Mauricio Cavasin/agosto 2010)
PARA ROTEIRO
O FILHO DA MÃE – Texto – Regiana Antonini. Direção – Eduardo Martini. Estreia – quinta-feira, 07 de outubro de 2010, às 21h no Teatro Ruth Escobar – Sala Dina Sfat. Temporada – de 07 de outubro a 26 de novembro de 2010. Quinta-feira às 21h e sexta-feira às 21h30. Elenco – Eduardo Martini e Bruno Lopes. Assistente de produção - Bruno Albertini. Iluminação - Marcos Meneghessi. Direção de produção - Yara Leite. Administração - Adriana Amorim. Trilha Sonora - Sergio Luis. Figurinos - Adriana Hitomi. Cenário - Eduardo Martini. Assistente de Palco - Jésus Adriano. Duração – 75 minutos. Capacidade – 390 lugares. Ingressos – R$ 50. Classificação etária – 12 anos.
SERVIÇO
TEATRO RUTH ESCOBAR – Sala Dina Sfat. Rua dos Ingleses, 209 – Bela Vista. Telefone: 3289-2358. Horário de Atendimento - Quintas e Sextas das 14h às 21h30, Sábados das 10h às 23h e Domingos das 10h às 20h. Pagamento – aceita todos os cartões de débito e crédito. Acessibilidade - Possui acesso para deficientes. Estacionamento: Sistema Valet Parking – R$ 15. Vendas pelo site – www.ingresso.com
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