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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Festa do Adoniran, novo espetáculo de Célia, celebra centenário do compositor paulista e 40 anos de carreira da cantora

Em Festa do Adoniran, Célia comemora 40 anos de carreira e homenageia centenário do compositor paulista no Tom Jazz.
Com repertório recheado dos principais clássicos do sambista, a cantora
abre para canjas de Luciana Mello, Verônica Ferriani e Virgínia Rosa

Célia conheceu Adoniran Barbosa pessoalmente em 1981, quando fizeram show juntos no Teatro da Universidade Católica (Tuca), em São Paulo , um ano antes da morte do compositor de Trem das Onze. Hoje, na véspera do aniversário de 100 anos do artista (6/8/1910 – 23/11/82), a cantora faz apresentação única do espetáculo A Festa do Adoniran no dia 5 de agosto, quinta-feira, às 22 horas, no Tom Jazz.

“Naquela noite da década de 80, lembro de ter aberto o show cantando Bom Dia, Tristeza. Adoniran fez uma apresentação bem popular, com aquela sua verve característica. Eu fazia um som considerado mais chique. Ele quebrou minhas duas pernas. Talvez hoje a luta fosse mais de igual para igual”, relembra Célia, que assim como Aracy de Almeida e Leci Brandão fizeram sua fama interpretando Noel Rosa e Cartola, vem se consagrando como uma grande intérprete de Adoniran.

Charuto no bolso, chapéu panamá, gravata e camisa risca de giz. Com figurino nos trinques - "outra forma que a cantora encontrou para prestigiar o centenário do cantor e compositor, símbolo da música paulista" -, Célia aproveita para comemorar seus 40 anos de carreira ao lado das amigas de profissão Luciana Mello, Verônica Ferriani e Virgínia Rosa.

Com uma daquelas vozes que desafiam o tempo, a paulista (criada no Rio) e protagonista do show, interpretará, por cerca de uma hora e quinze minutos, as músicas mais famosas de um de seus compositores prediletos. De quebra, abre para canjas das três convidadas, que seguem na interpretação de canções de Adoniran Barbosa.

O repertório aguardado para a apresentação conta com grandes sucessos como: Saudosa Maloca, Trem das Onze, Iracema, Samba do Arnesto, Tiro ao Álvaro, Prova de Carinho, Bom Dia, Tristeza (de Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes), Agüenta a mão João, entre outras.

Na retaguarda da cantora, músicos experientes compõem a banda do show. Optando por uma formação sem violões, o trio vem com Ogair Jr. no piano, Marcos Paiva no baixo acústico e Giba Faveri na bateria. Os três darão a Célia todo o acompanhamento necessário para que se recrie a atmosfera musical do samba da década de 30 e 40.


Sobre Célia
Aos 13 anos, a cantora Célia começou a se interessar por música. Estudou violão clássico e popular, harmonia, teoria e composição. Incentivada por diversos amigos, decidiu dedicar-se ao canto. Em 1970, foi lançada no programa Um Instante Maestro, de Flávio Cavalcanti, obtendo grande êxito. Tanto que em 1971 já gravava seu primeiro LP na Continental, Célia, celebrado com vários prêmios. No ano seguinte, gravou novo disco, com canções como Detalhes e A Hora É Essa (ambas de Roberto & Erasmo Carlos) e a partir de então participou de alguns festivais da canção na Venezuela e no Uruguai. Nos anos seguintes, continuou fazendo shows em teatros e boates para seu público cativo, especialmente em São Paulo. Comemorou 25 anos de carreira com o show Célia e Banda Son Caribe, no Espaço Vinicius de Moraes (SP), com repertório de salsas, mambos e merengues. Ao lado do mesmo Zé Luiz, gravou em 2000 o CD Pra Fugir da Saudade (Jam), dedicado aos sambas de Paulinho da Viola. Em 2010, a cantora celebra seus 40 anos de carreira com o CD Lado Oculto das Canções, além de ter uma biografia a ser lançada no segundo semestre do ano.

Sobre Adoniran Barbosa
O ator e compositor nasceu em 6 de agosto de 1910, em Valinhos, São Paulo. Seu verdadeiro nome era João Rubinato, mas ficou conhecido por seu personagem mais popular. Em suas músicas contava a vida de um típico paulistano, filho de imigrantes italianos, a sobrevivência do paulistano comum numa metrópole, refletindo passagens de uma vida sofrida, miserável, porém com bom humor. Tirou de seu dia a dia a idéia e os personagens de suas músicas. Iracema, por exemplo, nasceu de uma notícia de jornal - quando uma mulher havia sido atropelada na Avenida São João. Adoniran nasceu e morreu pobre. Com seu jeito simples de fala rouca, contador de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos freqüentadores dos botecos onde sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o samba de São Paulo.

Ficha Técnica:
Festa do Adoniran, dia 05 de agosto no Tom Jazz às 22h. Duração: 75 minutos. Couvert artístico: R$50,00. Vendas na bilheteria da casa. Banda: Baixo: Marcos Paiva. Piano e Arranjos: Ogair Júnior. Bateria: Giba Faveri. Direção geral: Fernando Cardoso. Direção musical: Ogair Jr. e Marcos Paiva. Direção de produção: Roberto Monteiro. Idealizado por: Mesa 2 Produções.


TOM JAZZ – Av. Angélica 2331 – Higienópolis. Telefone (11) 3255- 3635. A casa abre às 20 horas. Duração dos shows – 90 minutos. Capacidade – 200 pessoas. Classificação etária – 18 anos. Formas de Pagamento – Dinheiro, cheque, cartões de crédito e débito MasterCard e Visa. Estacionamento – R$ 15,00 (em frente ao local). Acesso para deficiente físico. Ar condicionado. Site – www.tomjazz.com.br

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