Espetáculo faz parte do VII Festival “A Cena Tá Preta” do
Bando de Teatro Olodum e contará com a participação de Lia Chaves
Foto: Sidney Rocharte
Após
lançamento do clipe “Preta Brasileira”, dirigido por Fábio Vaz, a
canção homônima de Juliana Ribeiro não parou mais. Percorreu institutos e
universidades com a ação “Preta nas
Escolas”, em que a artista discute questões de gênero e de raça a
partir da obra audiovisual, e agora será exibido pela primeira vez no
Teatro Vila Velha,
abrindo o show “Preta Brasileira”,
próximo dia 19, às 20h, quando Juliana Ribeiro inicia as comemorações do Dia da Consciência Negra (20/11).
O
espetáculo integra da programação do VII Festival “A Cena Tá Preta”, a
convite do Bando de Teatro Olodum. A apresentação acontece na véspera do
Dia da Consciência Negra e propõe exaltar
a beleza do protagonismo feminino através de uma proposta
multiartística que reúne música, teatro e poesia em canções inéditas e
clássicos da trajetória da artista. “A mulher negra que está na minha
canção, está também no mercado trabalho, chefiando famílias
e dirigindo setores”, realça Juliana.
No repertório, canções
lançadas nesta temporada se mesclam a clássicos que falam da mulher
atual, como a própria “Preta Brasileira”, “Canto de Olorum”, que fala do
feminino a partir
do Canto de Oxum - um presente de Gerônimo e Lapa à cantora -,
“Cantador do Sertão”, de Seu Reginaldo Souza, e “Rainha Ginga”, uma
homenagem à eterna Clementina de Jesus, em parceria com Lia Chaves.
Já
as releituras trazem surpresas como “Carcará”, de João do Valle, que
passou por um processo de maturação na carreira da artista. “Carcará
é desejo antigo da minha voz, mas
precisava de algo que desse novo sentido à canção, até que encontrei na
realidade das crianças brasileiras o motivo para cantá-la”, conta a
artista. Uma canção de ninar africana, “Muriquinho”, ganha vida em
dialeto vissungo, e “Maria da Vila Matildes” mescla
a percussão afro-baiana num arranjo peculiar homenageando ‘A mulher do
fim do mundo’, Elza Soares.
Para
esta edição, uma convidada especial e parceira de composições, a
cantora Lia Chaves, que comemora seus 35 anos de carreira em grande
estilo, sobe ao palco do Vila Velha com sua
verve que passeia entre o blues, o jazz, e o samba, dando vida a
canções de matrizes africanas com muita personalidade vocal. Juliana
Ribeiro e Lia Chaves cantarão “Rainha Ginga”, que compuseram juntas em
homenagem à diva Clementina de Jesus.
A poesia
se mistura às projeções fotográficas de Gal Meirelles, que integram a
cenografia do espetáculo. A exposição ‘A Cor do Invisível’ traz
representações cotidianas do feminino
e será pano de fundo para as canções. Já o poema de Cecília Meirelles
inicia o show e cria um momento de encantamento.
Uma homenagem afetiva também
marca o espetáculo. Neta de Herondino Joaquim Ribeiro, um dos 11
estivadores que fundaram o Afoxé Filhos de Gandhy, Juliana irá
reverenciar os 67 anos de
existência do grupo, revivendo laços familiares e contando as histórias
que ouviu do seu avô.
A
letra de "Preta Brasileira" fala sobre a mulher negra na atualidade,
inspirada na própria vivência da artista. Para Juliana, o conceito do
show já é uma grande homenagem, pois “fala
do lugar da mulher contemporânea, de seus desafios cotidianos e
situações inusitadas que precisa enfrentar com jogo de cintura e
irreverência”. “Preta Brasileira é essa mulher que trabalha, é mãe e
mesmo assim arranja tempo para se produzir, seduzir e fazer
suas próprias escolhas”.
Ficha Técnica
Direção artística e concepção: Juliana Ribeiro
Direção musical: Marcos Bezerra
Músicos: André Tigana, Ito Batera, Pacífico
Participação teatral: Diogo Lopes Filho
Participação musical: Lia Chaves
Técnico de Som: Ivo Conceição
Road: Tatu
Produção: Cínthia Santiago
Assessoria: Tatiane Freitas - Viva Comunicação Interativa
Cenografia: Gal Meireles
Figurino: katuka Africanidades
Apoio: Academia do Farol
Serviço:
O quê: Show “Preta Brasileira” de Juliana Ribeiro
Quando: 19/11 (sábado)
Hora: 20h
Onde: Teatro Vila Velha- Campo Grande
Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
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