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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cia. Das Artes apresenta “Cala Boca já Morreu” de Luís Alberto de Abreu

Cala a Boca Já Morreu - Foto Sérgio Massa

João é um jovem interiorano e chegou recentemente a São Paulo, já Atílio, mais velho e experiente, nasceu nesta cidade tão grande e cheia de surpresas. Juntos, vivenciam as histórias de migrantes que chegam a São Paulo com as malas cheias de sonhos e ilusões, mas logo descobrem que a realidade é bem outra.  Estreia no dia 03 de outubro de 2013, no Teatro Commune (Rua da Consolação, 1218 – São Paulo/SP), “CALA BOCA JÁ MORREU”, texto de Luís Alberto de Abreu e direção de Antonio Netto, da Cia das Artes.
Apesar de ser comédia em dois atos, “Cala boca já morreu” faz humor a partir de um tema sério: brasileiros migrantes que chegam a São Paulo. Por intermédio da trajetória dos personagens João e Atílio, o espectador depara-se com diversas situações que ilustram o quanto esses migrantes se tornam presas fáceis para a exploração, desemprego, desrespeito, violência e miséria.
Viaduto do Chá, bairro do Bexiga, Cracolância, as ruas do centro velho da cidade. A essência e a verve destes lugares são os cenários por onde caminham os personagens criados por Luís Alberto de Abreu - especialista em teatro popular - e que pontuam este texto escrito por ele durante os anos de repressão política no Brasil. Artistas das casas noturnas, prostitutas, travestis, malandros, homens e mulheres de bem, porém, assolados pela falta de condição, pela moradia precária, pela falta de grana.
Os personagens
Atílio (Jair Aguiar), personagem de 56 anos, nasceu em São Paulo, vive no bairro do Bexiga e conhece a cidade como a palma de sua mão. É um grande reivindicador, tem grande experiência e vivência na época da ditadura, período em que o texto foi escrito. Após conhecer João, inicia uma forte amizade com o recém chegado à cidade e passa a apresentar vários lugares da metrópole.
No decorrer da trama, João acaba influenciando-se fortemente pelas ideias políticas de Atílio. “Os dois personagens costuram toda a história dramatúrgica do texto”, pontua Antonio Netto, que, a partir de um tema que aborda um grande problema social, conseguiu montar um espetáculo recheado com o bom humor tipicamente brasileiro.
Apesar da situação difícil em que os personagens se encontram, fizemos uma montagem em ritmo de comédia. Daquelas comédias que encaram nossos problemas com muito bom humor. Rir da própria miséria é uma das melhores soluções”, pondera o diretor Antonio Netto.
Sobre Luis Alberto de Abreu                                                    
Luís Alberto de Abreu (São Bernardo do Campo5 de março de 1952) é um dramaturgo brasileiro.
O premiado Luis Alberto de Abreu começou a carreira como dramaturgo e, depois, passou a escrever roteiros para cinema e TV. A partir dos anos 80, destacou-se como autor ligado ao grupo Mambembe, com as peças Foi Bom, Meu Bem? e Cala a Boca já morreu. Em seus 28 anos de carreira, já conta com mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica Bella Ciao, as premiadas Borandá e Auto da paixão e da alegria, ambas encenadas pela Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes; e O Livro de Jó, montada pelo Teatro da Vertigem. Como roteirista se destacou no cinema com os filmes Maria (1985); Lila Rapper (1997), juntamente com Jean Claude-Bernardet; e os premiados Kenoma (1998) e Narradores do Vale de Javé (2000); além de Andar às Vozes (2005), juntamente com Eliane Caffé. Já para TV, escreveu os roteiros de duas minisséries globais recentemente: Hoje é Dia de Maria (2005) e A Pedra do Reino (2006). Foi, ainda, professor de dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo André por oito anos e dramaturgo residente no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), sendo o autor de peças levadas à cena por Antunes Filho, como Rosa de Cabriúna e Xica da Silva. O autor recebeu prêmios, como quatro prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA – 1980, 1982, 1985, 1996), Prêmio Mambembe do Instituto Nacional de Artes Cênicas (1982), Prêmio Molière da Companhia Air France (1982), Prêmio Estímulo de dramaturgia para desenvolver o projeto de pesquisa sobre Comédia Popular Brasileira (1994), Prêmio Mambembe (1995), Prêmio Apetesp (1995), Prêmio Panamco (2002) e Prêmio Shell (2004).
Ficha Técnica
Texto: Luis Alberto de Abreu Direção Geral: Antônio Netto Preparação de ator: Márcio Tadeu Iluminação: Will DamasCenários/figurinos: Márcio Tadeu  Assistente de Direção: Glória Menezes/ Samira Aguiar Produção: Cia. das Artes Fotos: Sérgio MassaElenco: Jair Aguiar, Andréa Thomé, Isaac Medeiros, Carol Cardona, Henrique Marques, Talita Younan, Thiago Zurk, André Romin, Rafael Junqueira, Gabriela Adams, Giullia Galli, Aline Ribeiro, Amanda Monteiro, Herbert Manoel, Nathalia Siqueira, Marina Honda, Christian Maillefaud, Weber Pedro, Neuma Rocha, Francisco Ranielson, Eliel Izidro, Leandro Oliveira, Edivaldo Gomes, Raquel Di Marigny, Michel Ribeiro, Diogo Seixas, Celso Ferreira, Marco Cacovichi, Adriana Costa, Edmilson Andrade, Raisa Petrucci, Dolores Vieira, Diego Felipe, Monica Hirano

Serviço
CALA BOCA JÁ MORREU
Temporada: 03 de Outubro a 01 de Novembro de 2013
Horários: Quintas e Sextas Feiras às 21h.
Local: Teatro Commune – Rua da Consolação 1218 (11) 3807-0792
Lotação: 100 lugares
Duração: 70 minutos
Recomendação: 12 anos
Ingressos: R$ 20,00 (Promoção)
A bilheteria será aberta uma hora antes do espetáculo.  
                 
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Márcia Marques
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