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quinta-feira, 28 de julho de 2011

A comédia: "Meu Trabalho é um Parto" é recheada de relatos sobre gravidez

Escrito e interpretado por Veridiana Toledo, sob direção de Marcelo Galdino e Helô Cintra, monólogo cômico estreia no Teatro da União Cultural dia 5 de agosto. A peça é composta por histórias sobre 12 personagens divertidos. Gestantes têm 50% de desconto nos ingressos

Quando decidiu montar o espetáculo, a autora e atriz Veridiana Toledo buscou por histórias reais sobre gestação para a construção do texto. As mais inusitadas deram origem a Meu Trabalho é um Parto, monólogo cômico que estreia dia 5 de agosto, às 21h30, no Teatro União Cultural, sob direção de Marcelo Galdino e Helô Cintra.

Sozinha em cena, Veridiana Toledo vive situações embaraçosas e divertidas, envolvendo mitos sobre a gravidez, alterações de humor e sensibilidade feminina na gestação. Com 12 personagens e mais 13 intervenções vocais, espetáculo conta com diferentes figurinos, adereços (de Marina Reis) e trilha sonora para cada personagem (de Morris Piccioto). O cenário e a luz ficam a cargo de Marisa Bentivegna.

“Veridiana é uma atriz extremamente flexível e isso facilita o trabalho de um diretor. Juntos, criamos um extenso repertório de voz e corpo que dão vida a estas mulheres tão diferentes”, conta Helô Cintra, co-diretora ao lado de Marcelo Galdino. “É uma comédia inspirada em histórias reais, por isso queremos trazer veracidade para estas cenas. Por mais cômicas que sejam, estamos falando de mulheres reais”, completa.

“Os personagens são reais e reconhecíveis. Isso traz fácil identificação para o público”, conta o co-diretor Marcelo Galdino. “Veridiana é uma atriz com uma força criadora interna muito ímpar, singular, além de ser engraçada no palco e na vida real”, completa o diretor, que é casado com a atriz.

A gestação do projeto
Em 2008, a diretora e atriz Helô Cintra engravidou e, automaticamente, se viu sem opção de trabalho. Nesta circunstância pensou em escrever um monólogo para uma atriz grávida, contando suas angústias para a plateia. Porém, nove meses passam muito rápido tratando-se de uma produção teatral. Assim, em 2009, sua amiga e parceira Veridiana Toledo começou a elaborar, de fato, o espetáculo.

O start para a construção da dramaturgia foi um e-mail enviado para todas as amigas e parentes que são mães, pedindo relatos curiosos que envolvessem o assunto. A aceitação foi tamanha que ocorreu uma corrente “viral” de internet. Veridiana Toledo recebeu centenas de respostas. Destas, selecionou as mais divertidas, misturou respostas para alinhar à linguagem teatral e outras nem precisaram de retoques. “Medos, mitos, preocupações e frases-feitas são recorrentes das muitas contribuições que recebi. Também fiz uma longa pesquisa de campo”, conta a autora.

Sinopse
Uma atriz grávida (Veridiana Toledo) entra em cena para fazer um teste de seleção de elenco para a peça Romeu e Julieta. Quando o diretor percebe a sua barriga, ele corta a cena e a reprova. Seria impossível Julieta, que acabou de perder a virgindade, ter uma barriga de seis meses de gravidez.

Desolada, a atriz se dirige à plateia em busca de um trabalho para uma grávida e desenvolve, a partir de então, um diálogo direto, contando histórias reais e situações variadas do universo feminino no período de gestação. Sempre com humor e descontração, a atriz se desdobra em diversas personagens que a ajudam a contar as diversas histórias de mulheres grávidas.

O espetáculo começa com casos de humor puro, situações constrangedoras que a gravidez traz. Depois, aos poucos, caminha para a delicadeza, que é o resultado natural de relatos mais emocionais sobre a hora do parto, do nascimento.
fotos de Fausto Saez


Alguns personagensMirtes é uma personagem que a autora criou há anos. A “chata de plantão”, como define, conta desgraças sobre a gravidez. “Criei a partir de um relato de uma amiga, que diz ter desenvolvido o terceiro ouvido para se livrar desse tipo de gente”, diz a autora. Riovaldo é o único personagem masculino. Nervoso, queixa-se das peculiaridades de uma mulher grávida, como vomitar ao sentir o cheiro de um salgadinho e o incômodo sobre todos fazerem carinho na barriga de sua esposa.

Jô tem desejos por coisas estranhas. Gosta de comer crosta queimada de pavio da lamparina e melancia com farinha. E a Executiva é uma personagem que tem sérios problemas com gazes e sofre muito durante uma importante reunião de negócios. “A história é verídica e a personagem quase me obrigou a assinar um documento em cartório me comprometendo a manter sigilo sobre seu nome”, brinca Veridiana.

A montagem e O cenário de Marisa Bentivegna tem telas de tecido amassado que dão a sensação de uma imagem orgânica, como se fosse uma célula intra-uterina. A luz, também de Marisa, atua diretamente com a cena, mudando significantemente a cada movimento. O figurino (de Marina Reis) é do universo do bebê, como se a personagem estivesse andando sempre equipada com sua mala de maternidade completa. Adereços, como roupinhas, lavador de mamadeira, tirador de leite e chupetas, ajudam a improvisar e incrementam a montagem.


PARA ROTEIRO:
Estreia dia 5 de agosto de 2011, sexta-feira, às 21h30, no Teatro União Cultural. Temporada: Sextas, às 21h30, sábados, às 21h e domingos às 20h. Até 13 de novembro. Censura: 14 anos. Vendas pelo www.ingresso.com. Capacidade: 285 lugares. Duração: 60 minutos. Ingressos: Sextas e domingos: R$ 50 e sábados: R$ 60. ** 50% de desconto para gestante.

Teatro União Cultural – Rua Mario Amaral, 209. Telefone 2148 2900 / 2148 2904. Capacidade: 285 lugares. Horário de funcionamento da bilheteria: Segunda e terça, das 9h às 17 horas. Quarta a domingo, das 13h às 21h30. Aceita os cartões de crédito e débito: Visa, Máster, American Express e Diners. Possui acesso para deficientes e ar condicionado. Estacionamento conveniado na Rua Teixeira da Silva, 560 a R$10,00.



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