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quinta-feira, 3 de março de 2011

O Boca de Ouro com pegada contemporânea do Grupo Gattu retomada temporada e participa de festival

O clássico texto de Nelson Rodrigues volta a ser apresentado na sede da companhia, Teatro Gil Vicente, dia 26 de março. Peça participa do Festival Ibero-Americano de Teatro em 20 de março.


foto de Lenise Pinheiro
Com uma pegada contemporânea, o Grupo Gattu mostra sua encenação jovem (no sentido de frescor) e dinâmica para o clássico de Nelson Rodrigues Boca de Ouro. A história da tragédia tipicamente carioca – que fará apresentação no 4º Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo - Festibero, dia 20 de março, domingo, no Memorial da América Latina – retoma temporada na sede da companhia, no Teatro GIL VICENTE, a partir do dia 26 de março.


Produção elaborada, excelência artística e linguagem cênica divertida também são marcas do Grupo Gattu, que, em Boca de Ouro, apresenta vários recursos para imprimir ritmo e ação à montagem. Para essa peça, o grupo se debruçou sobre as classes dominadas e a figura do anti-herói

A direção é de Eloísa Vitz, que também está no elenco ao lado de Elam Lima, Laura Knoll, Marcos De Vuono, Marcos Machado, Daniela Rocha Rosa, Laura Vidotto, Miriam Jardim, Diogo Pasquim, Breno Mendes, Daniel Gonzáles e Adriano Campos.

Nos últimos dois anos, a companhia - que costuma montar textos de autores nacionais, "obras de fundamental importância para cultura nacional, como Jorge Andrade e Artur Azevedo" - tem se dedicado a recriar o universo do dramaturgo Nelson Rodrigues,com encenações que dialogam com o circo, a dança e a música.
Boca de Ouro - que o grupo estreou em setembro de 2010, no Teatro Gil Vicente, sede da companhia paulista - é parte da trilogia do grupo com obras de Nelson Rodrigues. No primeiro semestre de 2010, o Gattu montou Doroteia e Viúva Porém Honesta. Além da proposta de trabalhar com temas da cultura nacional, o Grupo Gattu pretende formar um público jovem de teatro, não habituado a frequentar esta forma de expressão artística e favorecer o acesso a qualquer classe social.

O grupo mantém o texto original do autor. “Temos um compromisso com a formação de plateia e acessibilidade. É importante para nós montar Nelson Rodrigues na íntegra e mantê-lo com a sua genialidade intacta”, diz a diretora Eloísa Vitz.

Boca de Ouro é uma tragédia carioca em três atos, escrita por Nelson Rodrigues em 1959. Estreou em 19 de outubro de 1960, em São Paulo, no antigo Teatro Federação, depois chamado Cacilda Becker. Sem sucesso, ficou somente três semanas em cartaz, tendo no papel-título o diretor polonês Ziembinski. Com a peça, Nelson Rodrigues pretendia dissecar o submundo carioca.

foto de Lenise Pinheiro - O Boca
Sinopse
Boca, o personagem principal é um bicheiro milionário (temido e respeitado na comunidade onde vive) que troca sua saudável dentadura por outra, inteiramente de ouro, para satisfazer um antigo sonho de menino pobre. Interpretado por Elam Lima (jovem, loiro e de cabelos encaracolados, bem distante do estereótipo do contraventor), o prepotente e cruel Boca de Ouro, também cultiva o sonho de ser enterrado num caixão de ouro só para recompensar o trauma de ter nascido numa gafieira e de ter sido abandonado pela mãe numa pia de banheiro. O malandro banqueiro do bicho, repleto de suíngue e malícia, começa apresentando seu protagonista, que acabara de morrer assassinado.
Sobre o Autor
Nelson Rodrigues (1912-1980) começou a carreira no jornalismo, aos 13 anos, em 1925, como repórter policial do jornal A Manhã, impressionando os colegas com sua capacidade de dramatizar pequenos acontecimentos.
Em 1943 revolucionou a dramaturgia mundial com a peça Vestido de Noiva. Nelson Rodrigues foi jornalista, dramaturgo, romancista e cronista, escreveu 17 peças de teatro, 9 romances, 5 livros de contos e 13 livros de crônicas.
Sua obra e seu gênio literário são um patrimônio da literatura brasileira.

Serviço:
Boca de Ouro – reestreia dia 26 de março no Teatro Gil Vicente - Sede do Grupo Gattu.
Elenco: Elam Lima, Laura Knoll, Marcos De Vuono, Marcos Machado, Eloísa Vitz, Daniela Rocha Rosa, Laura Vidotto, Miriam Jardim, Diogo Pasquim, Breno Mendes, Daniel Gonzáles, Adriano Campos. Direção: Eloísa Vitz. Assistência de direção: Daniela Rocha Rosa Iluminação: Nilton Saiki. Cenografia: Heron Medeiros. Preparação Corporal: Yôga – Ana Cichowitz Fernandes. Coreografia de lutas: Rafael Fernandes. Direção Musical: Rodrigo Scarcello e Gustavo Araújo. Cenotécnico: Fabrício Mendonça de Freitas. Figurino: Adriana Piasecki e Grupo Gattu. Costureira: Alice Correa. Realização: Gattu Produções Artísticas Ltda.

Teatro Gil Vicente – Avenida Rudge 315, Campos Elíseos. Sábados às 21h e domingos às 20h. Ingressos: R$ 30,00 (bilheteria aberta com 2 horas de antecedência). 120 min. Capacidade - 155 lugares. Censura - 16 anos. Duração – 90 minutos. Informações - 3618.9014 www.gattu.com.br. Espetáculo estreou em setembro de 2010.

Assessoria de Imprensa
Arte Plural
http://www.artepluralweb.com.br/





















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