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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Primavera dos Museus




Primavera dos Museus é um evento realizado anualmente pelo Ministério da Cultura para aproximar os museus de sua comunidade. Ao longo de sua história, o MIS tem desenvolvido programas e projetos de ação educativa que convergem para essa interação. Para nós, o museu não é apenas um espaço de reconstituição e representação da memória da participação social, em símbolos, imagens e sons, mas é o próprio campo efetivo de construção social – um espaço plural, vivo, múltiplo e atual.


A programação da Primavera de 2010 expressa essa visão de museu e propõe refletirmos sobre a participação social e suas transformações na construção do Brasil democrático.

Venha ocupar e configurar este espaço que é seu, usufruindo de nossa programação e contribuindo para os debates.
Entrada gratuita.
* Nas atividades assinaladas os participantes receberão certificado.

Museu da Imagem e do Som de Campinas
Rua Regente Feijó, 859, Centro, Campinas, SP
Fone (19) 3733 8800 - mis@campinas.sp.gov.br
21 a 25 de setembro, terça a sexta-feira, 19h30min, sábado, 16h
Semana do Diretor Renato Tapajós
Exibição e debate de filmes do documentarista

21, terça-feira, Universidade em Crise (1975, 17 min.) e Em Nome da Segurança Nacional (1984, 45 min.)

22, quarta-feira, No Olho do Furacão (2003, 60 min.)

23, quinta-feira, A Luta do Povo (30 min.) e Nada Será Como Antes (41 min.)

24, sexta-feira, Linha de Montagem (1982, 90 min.)

25, sábado, 16h, O Rosto no Espelho (2009, 59 min.)
Renato Tapajós é cineasta e escritor nascido no Pará, vivendo em São Paulo desde os anos 60. Desenvolve um cinema militante das causas que vivenciou: estudante nos anos 60, participou da mobilização estudantil com a câmera na mão, filmou a tomada da Faculdade de Filosofia na Rua Maria Antônia, participou da resistência armada à Ditadura Militar e foi preso em 1969, ficando detido até 1974. Acompanhou, nos anos 70, a resistência popular e sindical à Ditadura, modelando seu perfil de cineasta antenado com os dilemas da contemporaneidade. As temáticas dos direitos humanos e da tortura perpassam sua obra, do memorável Em Nome da Segurança Nacional, realizado a partir de um tribunal organizado pela OAB e outras entidades civis para julgar os crimes dos governos militares, até No Olho do Furacão, abordando a memória de militantes políticos que participaram da luta armada contra o regime, e ainda o seu primeiro filme ficcional, em realização no presente ano, tratando da tortura nos porões da ditadura. Do seu foco nas lutas populares, destaca-se o filme Linha de Montagem, tratando das greves do ABC no período 1978-81, onde se gesta o novo sindicalismo brasileiro, e de onde emerge o projeto de poder encabeçado por Luís Inácio Lula da Silva, hoje na presidência do país. Seu último filme, O Rosto no Espelho, aborda a relação entre produção cultural e participação popular, apresentando o saldo de diversidade cultural que frutifica com o exercício do mais longo período democrático que o país já vivenciou. Renato Tapajós, desde 2000, vive e produz cinema em Campinas.

24 de setembro, sexta-feira, 19h30min
Esse é o Jardim São Marcos?! Pelo olhar de seus jovens
Abertura da exposição fotográfica do Grupo Primavera, em cartaz até 8 de outubro. O Grupo Primavera apresenta o resultado final da oficina de fotografia realizada no primeiro semestre de 2010, no âmbito do projeto “Protagonismo Juvenil”, junto aos jovens de sua comunidade. Num trabalho conjunto que envolveu a entidade, a educadora responsável pelo projeto, Paola Sanfelice Zeppini, a artista plástica Carolina Giannini e a fotógrafa Tatiane Pattaro, a exposição busca mostrar ao público uma percepção mais atenta e cuidadosa dos jovens moradores do Jardim São Marcos sobre suas ruas, suas belezas veladas, pessoas e espaços de interação, tão distanciados dos padrões de modernização das grandes metrópoles. O verbo olhar pode ser usualmente entendido como examinar, observar e até mesmo encarar. No entanto, outras noções de olhar, como contemplar, observar, proteger, tomar conta de, foram trazidas para a proposta de trabalho com esses jovens. Neste sentido, a fotografia como linguagem escolhida para desenvolver esse projeto, fornece apoio e ferramentas para construir um novo olhar sobre essa comunidade. Os resultados traduzem a tentativa dessa construção, que, aliando saberes técnicos e estéticos, traz indicativos da trajetória de poéticas pessoais e do empenho coletivo num caminho recheado de ações, mudanças e transformações que incentivam seus participantes a serem protagonistas de sua própria história.

28 de setembro, terça-feira, 19h
Reconstrução da memória coletiva do Jardim Nova Mercedes*
Relato do projeto da EMEI Carlos Drummond de Andrade, de reconstrução da memória oral do Jardim Nova Mercedes, em parceria com a comunidade, que resultou na produção de livros, fotografias e vídeos e que enfrenta agora um novo desafio: a organização de um memorial e a mobilização para a recuperação ambiental das áreas de nascentes do bairro.

29 de setembro, quarta-feira, 19h
Participação social: crise ou mudança?*
Palestra e debate com Profª Drª Doraci Alves Lopes (PUC-Campinas), que irá abordar historicamente a ideia de participação social e cidadania no Brasil e apresentar as características e mudanças básicas sobre a ideia de participação social no Império e República Velha, no Período Populista (1930-1964), Período da Redemocratização (fins da década de 1970 e década de 1980). Indicará certos dados da complexidade e heterogeneidade da sociedade civil a partir da década de 1980, contexto do neoliberalismo e globalização no país. A questão da disputa de projetos políticos nesta realidade. O surgimento da ambiguidade de noções
políticas centrais para os movimentos sociais, como participação social e cidadania. Desafios e mudanças do tempo presente. Exibição de curta-metragem e debate.

30 de setembro, quinta-feira, 17h30min
Paradinha Musical: Geraldo Vandré e Carlos Lira
Audição comentada de LPs.

30 de setembro, quinta-feira, 19h
Um passo de cada vez: o despertar da cidadania*
Lançamento e debate do documentário de Gislaine Raposo e Juliana Siqueira. A Vila Costa e Silva foi um dos primeiros conjuntos de casas populares construídos em Campinas, na década de 1970. A conquista de melhores condições de vida, com escolas, transporte e saneamento básico é fruto da mobilização de seus moradores, desde a formação do bairro. Neste filme, lideranças locais relembram algumas de suas lutas na área da saúde, como o combate à epidemia de esquistossomose e a construção de um centro de saúde, que chegou a ser o maior da cidade. Este documentário é resultado do trabalho de conclusão de curso de graduação em Enfermagem apresentado por Gislaine Raposo à Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, intitulado "Participação Social no Sistema Único de Saúde: memórias de lideranças locais no município de Campinas - SP", sob orientação da Profa. Dra. Eliete Maria Silva.
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Museu da Imagem e do Som de Campinas
Rua Regente Feijó, 859, Centro
CEP 13013-051, Campinas, SP, Brasil
Fone: 55 (19) 3733 8800
E-mail coordenação: mis@campinas.sp.gov.br
E-mail ação educativa: pedagogiadaimagem@campinas.sp.gov.br
Visite nossos site: http://pedagogiadaimagem.sites.uol.com.br
Acompanhe as notícias no blog: http://pedagogia-da-imagem.blogspot.com

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